Pois é, meu amigo!
Frequentemente, me falas, questionando, sobre as torpezas do mundo exterior dos homens maus que enxameiam os lugares onde frequentas, os mais diversos que se possa imaginar, qual é o papel da Doutrina Espirita nas convivências do mundo profano... e do Lar!"
Digo-te, companheiro de jornada terrena:
" - Antes de questionar a vida social, em que condenas comportamentos, usos e costumes, faça uma peregrinação nos lares, onde o amargo problema das uniões infelizes, são um verdadeiro enigma aos desavisados e ignorantes das leis de causa e efeito, quando, as almas envolvidas são surpreendidas pelos laços matrimoniais, permeando escuros labirintos da convivência à dois e, por afetos incorretos e desejos incontroláveis, acabam se unindo para aprenderem, acorrentados às tradições e convenções, em franco burilamento do espirito, sorvem o remédio intragável e necessário da convivência compulsória.
Não identificamos somente os cônjuges desafortunados, para ver, com os "olhos de ver", também, a complexidade da convivência consaguínea, onde pais não toleram filhos, filhos não toleram pais, irmãos não toleram irmãos, emitindo pensamentos de desequilíbrio, que, muitas vezes, nem sabem o porque, numa antipatia de dar dó a quem de longe testemunha, pois, as emissões das larvas deletérias da mente, atingem de cheio esses a quem deveriam amar, mas, procuram se exterminar nas ondas eletromagnéticas dos sentimentos de ódio, raiva, inveja, ciúme e despeito de todo jeito...
Os consultórios médicos de psiquiatria, psicologia, hospitais, casas de recuperação e de repouso, encontram-se lotadas destes enfermos da alma, vindos de um campo de guerra renhida, chamado lar!
Muitos adentram as casa de saúde, mas, outros, procuram as casas de caridade cristã, que são os Centros Espíritas espalhados pelos quatro cantos do orbe terrestre.
É dentro dos lares, que se pratica os mais terríveis crimes sem usar nenhuma arma, a não ser aquelas invisíveis dos sentimentos do egoismo, vaidade, orgulho e da ignorância das leis de amor, exemplificadas por Jesus no seu Evangelho...
Por isso, somos assassinos sem intenção de matar o amor e as afinidades, que a dor nos leva, um dia, a doar vida e amor incondicional, porém, para isso acontecer, teremos que passar pelo crivo das provas e expiações, dentro do reduto sagrado do lar cristão.
Tolerar e amar, compreender e perdoar, usar de bondade e renunciar: Não há outro caminho!
Somos convidados às mudanças necessárias, sem o antagonismo do passado pela rebeldia de nossos sentimentos e desejos não atendidos, quer pela lascívia ou pelo egoísmo cristalizado.
A lei de causa e efeito funciona com absoluto equilíbrio e justiça, e não há endereço errado, quando as uniões se fazem, incompreensíveis, ao nosso entendimento, mesmo aquelas, em que as separações acontecem, no decorrer da vida, que Deus nos prodigalizou na Sua Infinita Bondade!
Tudo está, redondamente, certo!
Há uma urgente necessidade de instruir-se, meditar e concluir... e o caminho é o Evangelho de N. S. Jesus Cristo, que nos apregoa:"
" Instruí-vos e amai-vos!"
Itanhaém, 30 de jun de 2016
Jose Aloísio Jardim ( Sêo Jardim )