quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Condenar ou perdoar

Cada um, só dá daquilo que no coração tem,
Nem mais e nem menos do que lhe sobra,
Por isso não se deve condenar a ninguém,
Mesmo quando seja mordido por uma cobra!

O Evangelho conta sobre a mulher maculada,
Pega em adultério, e pela Lei seria apedrejada!
"Mas, quem não tiver nenhum pecado ou falta,
Que atire a primeira pedra", disse à toda malta!

Em silêncio, todos foram embora - envergonhados!
Pois, eram anciões e fariseus... cheios de pecados!
Assim, somos nós... os semelhantes, aqui exilados!

Quem exortou a turba a fazer justiça foi Jesus Cristo!
Não houve nenhuma condenação... pelo que foi visto!
O perdão, pelo Mestre Galileu - sempre foi bem-visto!

Ofertório:
" Se ninguém te condenou, nem eu também, mulher!"
E assim, a história foi construída no exemplo do perdão,
Mas, deixa bem claro a dúvida, para aquele que dela vier:
" Vai e não peques mais!" Pois, maior será a tua expiação!


ET:
Se eu não souber amar como posso perdoar? É preciso aprender a amar, incondicionalmente, ou seja, sem fazer exigência ou esperar algo em troca...
O perdão esta atrelado na paciência e na bondade, exemplificadas por Jesus, nas suas parábolas e exortações no seu Evangelho da Boa Nova.
Entendo, que não é fácil exercitar esse ato sublime, que eleva nossas almas ao convívio com o Mestre, em espírito e verdade!
" - Quantas vezes devo perdoar o meu irmão? Sete vezes sete?"
"- Não, setenta vezes sete!" Disse o Mestre!
E eu completo: 
- A mesma falta! A mesma ofensa!
O perdão e o amor, cujo significado é a genuína Caridade, transforma os mais duros corações, perdidos nos caminhos das dores superlativas... Não há quem resista! portanto, nunca desista de amar, um dia, como Jesus amou!
Se fosse fácil, o nosso orbe seria um mundo de regeneração... mas, ainda é de espiação, provas, doenças e dores, sendo o nosso cadinho de purificação das mazelas da alma, ensejando o perdão como forma de amar e progredir, nas veredas sinuosas da existência...

Itanhaém, 17 de agosto de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )




sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O peso da cruz


Cada cruz... tem o seu peso no padrão de nossos débitos,
Somos compungidos pelos remorsos e nossas culpas,
Onde a verdade transparece sem os créditos,
Quando damos as nossas desculpas!

Ao levarmos a nossa cruz, temos muito mais facilidade,
Quando estamos no declive e o peso da dor nos empurra!
É  na linha horizontal da estrada reta que temos total liberdade,
Bem diferente da subida... quando a mesma dor, em silencio urra!

Por isso, é que o peso da cruz não é igual para todas as pessoas:
Umas são, extremamente más, e outras, extremamente... boas!
Não se queixe dos reveses do dia a dia... lembre-se de Jesus!

Sem queixumes - suportou o suplício, o calvário e a sua cruz!
Porém, como não temos forças para carregá-la... lembremos!
Perdão, amor e caridade, torna leve o fardo do que devemos!

Oferta:

Não peça perdão pelos teus erros e nem se sinta culpado,
Somos viajores da eternidade aprendendo pela dor e a razão,
Para que, sejamos eximidos da culpa, do remorso e do pecado,
Só tem um caminho... Arrependimento, reparação e regeneração!

Obs.
Esta é a tríade pedagógica do Espiritismo,
para progredirmos, espiritualmente, carregando a nossa cruz.
* Arrependimento - Cumprimento das penas da Lei, pela  purificação e o sofrimento.
* Reparação - Concertar o mal feito, repor uma situação anterior, compensar e acertar.
* Regeneração -  Reabilitação, mudança e renovação, nascer de novo, moral e espiritualmente.
Somos, todos, devedores!

Itanhaém, 12 de agosto de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Um momento de saudade

Saudade, o que é que você quer deste jardim?
Me deixe em paz , pois, já não aguento tanta dor.
Não quero saber nem se você gosta de mim,
Ou se é, apenas, preocupação com as minhas flores...
Vá embora. Saia daqui, deixe-me na solidão!
A alegria, o sol e o perfume, que embalsama os ares,
Já não tem mais sentido... não me interessa!
E meu caminhar, também, não tem mais pressa,
Pois, não sei para onde ir e que direção devo tomar...
Não sei quanto tempo você vai ficar,
Mas, não  demore...
Você, saudade, é como uma erva daninha que vem,
Para destruir meu fluido vital e me deixar bem mal!
Às vezes, tenho vontade de "sair da vida",
Pela porta, ( in ) consciente do livre arbítrio...
Saudade, saudade danada, você atrapalha a estrada,
Que, ainda, me falta percorrer... antes de morrer!
Vamos fazer um acordo: Você vai embora,
Sem dizer adeus, saindo de mansinho,
Do mesmo jeito que você chegou!
Tudo bem? Fechou?
Olha, saudade!
Não quero reclamar os meus direitos...
Vou esquecer - tudo que você me fez!
Mas, pelo que você, ainda, me faz,
Vou tomar... uma decisão:
Vou trancar meu coração,
Vou viver... sem emoção,
E minha palavra... é não!
Essa, é uma grande ilusão... e outra calamidade,
Quem consegue, fechar a porta para a saudade?
Então, abri a janela do meu coração, para viver,
Mais um momento de saudade dentro do meu ser,
Cheio de dor, misturado com a efêmera felicidade,
Que a gente chama... e diz que é amor!

E.T.
Saudade... é o sentimento da sua ausência!
De quem se foi, junto ao medo de ser esquecido,
razão pela qual, essa lembrança, de momentos vividos!

Saudade... é o valor que se paga,
Pelos momentos... inesquecíveis!

Você, que era o meu amor e o meu sonho,
Virou, simplesmente: Saudade!

Itanhaém, 11 de agosto de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Nota de falecimento: O fiel da balança

A morte nos chega - a qualquer hora  e momento,
Ninguém foge do seu tempo... e do que nos resta,
Na imprensa sai apenas como nota de falecimento:
Ninguém diz que a gente é ruim ou que não presta!

Há um certo respeito - hipócrita - sem nenhuma razão,
Mas, quem conhece, sabe o que é uma louca obsessão:
Que se a gente, falar mal de alguém... depois de morto,
A vida, do que dela restar será um longo caminho torto!

Para todos - será frio o ambiente - onde fores enterrado!
Não adianta pedir ajuda à ninguém - se fostes do lado mau!
Tua carne será fogo e tua alma arderá... ao ser sepultado!

Vagarás nas trevas onde edificastes a tua morada no umbral,
Sociedade medrosa, sem valores morais e longe da fraternidade,
A tua Nota de Falecimento, será o fiel da balança da Verdade!

Ofertório:
Mas, as Leis de Deus, não desampara nenhum proscrito, 
E na consciência humana - todas elas vem por escrito,
E uma nova chance nos oferece pela reencarnação,
Com parentes e aderentes... na dor da expiação!

Itanhaém, 11 de ago de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )






segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Sincretismo - do amor e da dor - puro niilismo

O amor a gente pode - um dia, perder,
Se estiver escrito - no Livro da Vida:
É melhor - ter sido amado - e sofrer,
Do que não chorar uma afeição vivida!

Pode ser muito prazeroso,
Encontrar um amor gostoso,
Um colo para apoiar a cabeça,
Para que a dor - nele desapareça!

Uma palavra doce e carinhosa,
Uma flor sem espinho: Uma rosa!
Um abraço - um beijo e um cafuné,
Ao som ... do batuque do Candomblé!

Em tudo nesta vida se corre um risco,
Nada é estático... em face do dinamismo,
O minuano - é um vento forte e meio arisco,
Comparado ao amor... que nos leva ao abismo!

Enquanto o inverno e o vento não passar,
Vamos nos embriagar... nas nossas emoções,
Antes da despedida, que virá no marulho do mar,
Invadindo nossas vidas... e nossos púberes corações!

PS:

Amo-te - do meu jeito - pelo sincretismo afro descendente,
Dos pais de santo, que me ensinaram do "banzo", as minhas dores,
Razão, também, pela qual a Lei de causa e efeito não é condescendente,
Com nenhum de nós dois, que cativamos o outro, e nos tornamos devedores!

Itanhaém, 08/08/2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )









terça-feira, 2 de agosto de 2016

Ânsia de ser... ânsia de viver!

Este desejo,
Tão veemente,
Esta aflição de ser,
Muito me incomoda.
Sou como o passarinho,
Que vê... a sua amada,
E dentro do seu ninho,
Não pode fazer nada,
Quando - ela  sai,
E embora ela vai,
Com outro amor,
Toda apaixonada!

- Minha ânsia de ser tem me ensinado, que:

* A árvore deve ser podada para dar bons frutos no tempo certo da colheita.

* Aprendi, também, que não adianta culpar as vicissitudes da vida, os temporais que nos pegam de surpresa, se somos nós que deixamos nossas janelas - da alma - abertas e a roupa no varal para secar, tantas vezes, imprevidentemente, sob um céu nublado.

- Essa minha ânsia de ser - tem me levado a conhecer a obviedade das coisas da vida, por exemplo:

* Deus não nos perdoa porque não temos como ofendê-lo. Ele é inofensável!

* As religiões são caminhos para Deus, quando a nossa mudança de proceder melhora nossa vida e do nosso semelhante, caso contrário, é como chover no molhado: Só pode aumentar a enxurrada!

* Sentado em uma cadeira de balanço, descansamos e até adormecemos, mas, quando acordamos, percebemos que não fomos a lugar nenhum...

* Não olhemos o pretérito, vivamos o presente, porque o futuro não é do conhecimento de ninguém... nem dos médiuns clarividentes!

* Toda mágoa abrigada no coração é represa cheia de dejetos, que um dia irá romper, causando dor e aflição!

* Aquele ser de mãos encarquilhadas, pedindo-lhe uma esmola, somente o seu amor o consola: A moeda mata a fome, a fraternidade no doar, é o seu cognome!

* A felicidade não depende de outra pessoa, porque ela habita no fundo da alma da gente, quando nos tornamos das paixões independentes!

* Pense, fale, aja! A vida não tem controle remoto: É preciso sair da letargia, ter foco e movimento, quando queremos mudar o caminho para encontrar a paz!

* Quando não ativamos nosso dever ou direito, projetamos consequências na vida futura, para o bem ou para o mal com interferências na nossa felicidade.

- Essa minha ânsia de ser:

Ser perfeito.
Ser reto. 
Ser oblíquo.
Ser direito.
Fazer bem feito.
Fazer mal feito.
Fazer de qualquer jeito.
De entender.
De compreender.
De mal dizer.
De bem dizer.
De matar.
De amar.
De perdoar.
De esquecer...

De repente, ela disse:
 " - Não te amo! Nunca te amei!
E você sempre soube, mas, não quis ver o que era óbvio!"
- E agora José? O amor se foi, a vida passou... e o que restou?
- Pela janela, vejo teu vulto sumindo...
E no vidro embaçado, diluindo, como se fosse névoa,
em plena estação de inverno... no meu coração!

Ânsia de ser... ânsia de viver!
" - Oh, Meu Deus! Porque me abandonaste se sabias que eu não era deus?"

Itanhaém, 02 de agosto de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )