Quando, nas horas de tristeza e desgosto, a dor invadir tua alma devido á uma relação amorosa insustentável, lembra-te de Jesus, o meigo Rabi da Galileia, que sofreu os maiores martírios sem reclamar...
Quando há uma separação de corpos... e de mentes, a nossa vida caminha para um despenhadeiro onde chafurda o lamaçal da nossa alma, que se revolta pelas dores sofridas em detrimento das delícias almejadas.
É aí que entra a chance de uma nova vida, pois, a gente não tem a posse do outro e ninguém é de ninguém, a não ser que a outra pessoa o queira...
É a vida nos ensinando através da dor, nos dando a chance de amar, perder e perdoar!
Cada pessoa tem que viver as suas próprias lições...
A mágoa do que foi e ficou, às vezes, é como um fardo muito pesado para carregar e não dá para dividir à dois, como era antes...
Por esta simples razão é preciso exercitar o perdão das ofensas e das dores, que emanaram desses momentos conflitantes do amor que se tornou insustentável...
Diga para si em voz alta:
" Eu te perdoo do fundo do meu coração e peço que me perdoe, também, pois, tudo que aconteceu foi para o nosso bem... a mágoa, a raiva, o ódio, a maledicência e as picuinhas, que avassalaram nossas almas, foram oportunidades de resolver problemas de prístinas eras no túnel do tempo...
As pessoas com quem convivi as deixo ir, se voltarem é porque as conquistei, e se não mais regressarem ao meu convívio é porque nunca as tive, realmente... portanto, no nosso caso fica assim:
Eu te perdoo! Tu vais embora, de minha vida, para sempre nesta vida! E o meu desejo é que sejas feliz e encontre seus caminhos traçados no íntimo de tua alma imortal!
A prisão dos laços amorosos são verdadeiros grilhões, que nos prendem contra a nossa vontade, nos causando grandes cicatrizes e dores insondáveis, quando as retemos dentro de nossa alma em comunhão de silêncio e medo de tomar atitudes...
A libertação depende de cada um e não ha uma receita para tal procedimento, mas, podemos dizer que, a tomada de atitudes com coragem, ajuda muito na libertação deste cárcere privado, que ninguém vê, pela disfarçada vivência da aparência... que aparenta tudo estar bem!
Há sempre um chinelo velho para um pé doente, diz o velho anexim, e parodiando o mesmo posso dizer que - uma dor de amor se cura com outro amor - da mesma forma que veneno de cobra se cura com veneno de cobra...
As relações insustentáveis, são frutos da intolerância, desdem, orgulho, vaidade e egoísmo, enfim, ainda não aprendemos a amar e perdoar, residindo neste campo o mérito ou demérito dessas relações, que minguam e se deterioram na insustentabilidade da convivência no dia a dia, infelizmente...
Mas, nem tudo está perdido: Perdoe e eleve seu pensamento à Deus orando como Jesus ensinou: " - Pai Nosso que estais no céu..."
Não conheço outro caminho para ensejar uma nova vida!
Itanhaém, 30 de set de 2016
Jose Aloísio Jardim ( Sêo Jardim )