domingo, 19 de fevereiro de 2017

HIC ET NUNC

De que adianta pensar na vida para saber e entender a vida?
Quando somos jovens, somos imortais, mas, quem joga o jogo da vida comigo?
Será a morte ou o tempo? Que importa? Afinal, esse jogo é um passatempo!
Envelhecemos... todos, inexoravelmente.
E quando chegamos na idade do condor: Com dor aqui, com dor ali, com dor acolá, parece que nos tornamos invisíveis, pois, ninguém mais olha para nós com os olhos do desejo, apenas com uma certa indiferença com a nossa presença, que parece viver no tempo da ausência... somos anônimos, ninguém nota, e se nota, finge que não vê.
Porém, hoje, nesta utopia da melhor idade, sou eu sem a fantasia dos velhos tempos da juventude, que viver não pude, pela falta da experiência, que hoje me sobra, mas, que de nada adianta, também...
Percebo a vida com seus outonos, invernos, verões e primaveras, cheias de belezas e tristezas siamesas...
Por ser um andarilho da obviedade da vida, cada segundo me fere e atemoriza a alma, e o próximo segundo pode significar a minha morte...
As pessoas insubstituíveis, em minha vida, também, vão morrer... isso não é um consolo, é uma constatação, que não me abala o íntimo do ser, pois, elas serão parte do meu amanhã nas telas do infinito, cujos vislumbres são implacáveis ao meu eu, consciente e presente no meu subconsciente...
Reflito! Reflito! Reflito!
Então, digo a mim mesmo: 
" - Este segundo já passou...
Quando deixamos de fazer amor, por qualquer razão, esse " love act" não se recupera nunca mais... por mais que façamos mais, mais e mais...
Na velhice - o tempo deve ser aproveitado como se fosse pecado: Aqui e agora!
HIC ET NUNC!

Itanhaém, 05 de mar de 2017

Jose Aloísio Jardim    ( Sêo Jardim )


O outro que amamos

O outro não é melhor do que nós, mas, amamos o outro porque ele é melhor do que nós, apaixonamo-nos pelas mascaras das qualidades, que achamos que o outro tem e pelo que o outro projeta em nós, na ilusória busca do par perfeito e da eterna utopia da "alma gêmea..."
E depois de um tempo, descobrimos que o outro não é o que pensávamos que era, pois, cada um é o que é e não o que queremos que ele seja...
Quando estamos enleados na busca do amor, vemos tudo de bom no outro, que idealizamos para ser o nosso amor pela vida a fora... e sua voz é meiga, doce e cheia de ternura, alegria e charme e, aí, a nossa adrenalina sobe e os hormônios querem sair pelos poros, e a gente, depois de algum tempo, achamos que não era bem isso que queríamos ou esperávamos, então, vem a decepção que nos martiriza, pois, a culpa é somente nossa, ao criarmos expectativas inúteis e ilusórias sobre a pessoa ideal, por querer se completar no outro, porque, o ato de amar deve obedecer a incondicionalidade de ser e estar, de viver e renunciar em função do outro... aí, desenvolvemos a agorafobia que é o medo de estar com outras pessoas, quer como um casal ou no meio da multidão, nos impedindo de ser feliz e se doar para o outro sem estabelecer condições... é a solidão na multidão!
O outro que amamos, não deve ser medido pela transitoriedade das formas túmidas e sensuais, e sim pelos valores  éticos, morais e fraternais, senão, cairemos no vale negro das decepções e ilusões, que a vida se nos apresenta na sua trajetória, rumo ao progresso e evolução espiritual, quer individual ou coletivamente falando...
Quando o nosso sorriso de hoje é o resultado das lágrimas de ontem, é sinal que vencemos o nosso eu egocêntrico, que só espera do outro, quando deveria, renunciar e perdoar, compreender e tolerar, doar e amar... sempre, ate doer!
Não há outro caminho para ser feliz, a não ser... amar o outro que amamos!

Itanhaém, 19 de fev de 2017

José Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Sobre meu Mestre Jesus

                              ( 1ª parte )

Vou transcrever alguns textos de " O homem mais inteligente da história " de autoria de Augusto Cury, que sugiro a leitura na íntegra desta obra literária maravilhosa:

* " Seria fascinante se personagem que estamos estudando não fosse fictício, mas real: um homem que tivesse nas mãos o poder político e religioso, que os lideres jamais tiveram, mas que os recusasse cabalmente, desejando apenas ser humano.
* E como ser humano desejasse transformar a humanidade... Muitos que aderem às mais diversas religiões querem ser deuses. Mas Jesus tinha fome e sede de ser humano!
* Talvez 90% das pessoas que detêm o poder, seja de que tipo for, são indignas dele. O poder as infecta, fecha o circuito da memoria, aprisiona o Eu em janelas traumáticas e asfixia sua humanidade.
* Só é digno do poder quem se curva diante da sociedade para servi-la, não que aprisiona a sociedade para que o sirva.
Mesmo pessoas aparentemente humildes ficam irreconhecíveis com o poder nas mãos.
* Muitos empregados querem ser empresários, muitos muitos empresários querem ser político, muitos políticos querem ser reis, muitos reis querem ser deuses, mas, para espanto das ciências humanas, o único homem que foi chamado de Filho de Deus queria ser humano.
* Jesus propunha uma revolução na essência da humanidade.
* Entendemos que os estragos na humanidade ao longo da história não foram produzidos por seres humanos, mas por aqueles que se postulavam deuses, que faziam guerras, ( mesmo sendo mortais ) que feriam, humilhavam e excluíam sem ter consciência de que um dia iriam para a solidão de um túmulo.
* Que bicho o mordeu? - O bicho da inteligência. A vida é um grande contrato de risco.Vence quem é resiliente, quem renuncia às ambições tolas e se prepara, minimamente, para as curvas imprevisíveis da existência.
* E o que me deixa mais surpreso é que os maiores testes a que Jesus Cristo foi submetido ocorreram porque Ele abriu a boca ao mundo para iniciar o seu projeto. Nunca havia pensado, que a cruz foi apenas a " cereja do bolo" em seu imenso sacrifício pela humanidade.
* Ele atravessou os vales sórdidos do esgotamento físico, mental e social - Quem amaria os bastidores do teatro se pudesse ser aplaudido no palco como ator principal?
* Jesus estava sem nada e sem ninguém. Fisicamente no caos, mentalmente no pó, socialmente fragmentado, mas, como vimos, recusou a usar a sua inteligência para conquistar os reinos da Terra e o poder religioso. Quem renunciaria ao poder máximo se o tivesse? Você que está lendo este texto renunciaria?
* Somos tão humildes que temos orgulho de sermos humildes.
* Ser hipócrita significa dissimular, disfarçar, representar. Todos somos hipócritas, pelo menos ao disfarçar nossos sentimentos diante das pessoas a quem amamos. Eu sou. E você não é, também, de vez em quando?
* Jesus veio transformar a humanidade, mas rejeitou os meios tradicionais: As crítica excessivas, a intimidação, o tom de voz elevado, os sermões, a punição...
* Jesus deveria ter a mais perfeita humanidade, por isso passou pelos mais traumáticos testes. Ele era o protótipo de um novo homem.
* - Não teve vontade de chutar tudo para o alto e gritar: " Deus, você não existe!?"
* Você descrê de Deus por causa do silêncio dele no tempo, enquanto eu creio em Deus  pela sua ação na eternidade.
* Para mim, Deus não é omisso no presente. Ela dá a tinta e o papel, mas nós escrevemos a nossa história.
* Quanto mais sucesso um ser humano tem, mais ele terá para suportar as suas frustrações. Alguns, tolerantes no início da carreira, se tornam implacáveis quando sobem ao pódio. Não aceitam ser, minimamente, contrariados.
* O carpinteiro de Nazaré foi vaiado em sua própria casa.
*Quando ia levar os prêmios, tiraram-lhe o glamour, foi marcadamente rejeitado. Não bastava mais esculpir madeira, tinha que esculpir uma obra-prima na emoção para não se traumatizar..
* Quem nos trai: os amigos ou os inimigos? Os amigos é que nos traem. Só os amigos, aqueles em quem apostamos, podem nos apunhalar pelas costas. Ele educou a sua emoção para não se decepcionar com seus amigos e líderes sociais.
* Jesus usou duas técnicas modernas de proteção emocional: A primeira, doar-se sem cobrar demais e diminuir a expectativa do retorno; a segunda, não exigir dos outros o que eles não podem dar. "Você ajudou a muitos, mas é incapaz de ajudar de se ajudar. Herético! Falso! Impostor. Cura a ti mesmo!"
* Alguns importantes segredos do funcionamento da mente: Nos computadores somos como deuses, arquivamos e deletamos tudo o que desejamos. Mas, na mente humana isso é impossível. Tudo que detestamos é registrado de maneira privilegiada. Se você detesta alguém, essa pessoa vai dormir contigo e perturbar o seu sono. Jesus pensava estrategicamente no futuro e se preparava para suportar o insuportável. Não gastava energia emocional inútil.Crer que um simples carpinteiro, que cresceu no meio deles, mudaria o mundo, não cabia no imaginário deles. Ele estava livre, poderia decidir se calar, ir embora ou usar seu suposto poder para controlar e fascinar seus desafetos, mas, se portou como um simples ser humano. Não queria provar nada para ninguém. Quem de vocês abririam mão de seu poder quando humilhados?
* Muitos políticos e religiosos não admitem que sua autoridade seja questionada por seus liderados. Amam os aplausos, mas excluem seus críticos, todavia, Jesus tratou seus opositores com flores: Fossem críticos, prostitutas, meliantes, ladrões, malfeitores, corruptos, quer do clero, da sociedade ou da política,  ninguém estava fora de sua agenda. Era gestor da sua emoção e escrevia poesias no caos. 
* Queriam um libertador político, mas Jesus era um libertador dos carceres da mente.
* Os homens vendem a alma por causa do poder, se corrompem, destroem seus princípios, esmagam sua ética, se matam, controlam seus pares e fomentam guerras. 
* As cruzadas, a Inquisição e tantos comportamentos agressivos indicam que, em determinados momentos da história, se construiu um Cristo à imagem e semelhança do egocentrismo de seus lideres, e ate hoje perdura o mesmo ranço da intolerância e da beligerância contumaz, que nos apraz.
Vou parar por aqui, para não ser cansativo, pois, são infinitas as realidades doutrinarias atemporais do " Homem mais inteligente da história"

ET - Onde  as letras estão em itálico é porque desviei, imperceptivelmente, o tema original, para poder oferecer esta maravilhosa mensagem, deste maravilhoso escritor, que é o Ilmo. Augusto Cury, como se estivesse falando a quem estas mal traçadas linhas são dirigidas... para pensar e mudar os nossos paradigmas, conceitos e preconceitos, sobre" EcceHomo"
E tenho dito!

Itanhaém, 09 de fevereiro de 2017

Jose  Aloísio Jardim    ( Sêo Jardim )

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Versos livres e brancos

Sou de origem pobre e humilde, mas, nem por isso não me cabo.
Hoje, passado tanto tempo desde que, menino nasci,
sou um poeta à beira do caminho olhando,
a vida que passa, meio sem graça...

As nuvens formam no céu figuras sinuosas, arabescas e complexas.
Houve um tempo (lembranças...) em que ficava sentado no alto do morro,
olhando o fogo fátuo subir dos cemitérios... seriam as almas elevando-se ao infinito?
Não sei, até hoje, o porque e a razão de tal fenômeno, quando acreditava em assombração...

Saio na janela do meu quarto, que fica em frente a casa da vizinha e sua linda filha adolescente.
Minha vida são retalhos costurados do meu pretérito... que não volta nunca mais,
ainda bem, que o tempo voa como o vento... e os meus amores, também,
pois, agora, só a saudade dos beijos que não colhi da boca carmim...

Sou como o nauta da nau... tripulante nas ondas do bem querer do mar bravio das emoções.
Sou como um pingo d´água no rio que corre para o mar, afogando as minhas mágoas,
quando de meus olhos desce a lágrima... em sulcos pela minha face,
tal qual poeta que luta e enluta o coração na faixa preta do laço...

Agora, saio, levando comigo, a ânsia de te amar, como um louco... perdido de amor.
Ruas que não vão a lugar nenhum... assim, são os meus sonhos e as doces fantasias,
como a andorina - sozinha - que não faz verão... nem inverno, outono ou primavera,
mas, que não se anula em querer " sair da vida " pela porta larga do suicídio, ilusório!

Oferta - rimando dor com amor:
Versos livres e brancos... como os meus cabelos da cor da neve.
Sou um pouco de cada um - que sofre por amar sem ser correspondido.
As lições que a vida me dá... para alguma coisa, creio, que, ainda, me serve.
Pois, a arte de amar, é seguir em frente sem nada exigir... ao ter o coração ferido!

Itanhaém, 05 de fev de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )




Origem e fim das doenças

A causa das doenças, tanto as mentais, quanto as físicas, está no espírito doente que ainda somos.
Vivemos, amiúde, combatendo as doenças, indo ao médico, tomando remédios e "estagiando" nos hospitais, com a mais alta tecnologia, com diagnósticos precisos da enfermidade, mas, curar mesmo passa a ser um martírio nessa busca libertadora das enfermidades e, no entanto, continuamos doentes...
Doenças do passado aparecem como por encanto, a nos fazer verter o pranto, junto com as que nascem com novos sintomas incompreensíveis ao nosso entendimento, mesmo que a medicina esteja tão avançada e a profilaxia seja feita com esmero para debelar os males novos e antigos, com surtos de endemias e pandemias incontroláveis...
Afinal, onde a cura? Estamos à mercê de um destino inexorável de dores, prantos e ranger de dentes?
Creio que não, pois, segundo os estudiosos e seguidores da doutrina cristã, na sua essência, diz que a origem das doenças esta no perispírito, que é o liame que liga o espirito a matéria, modelada por nossos pensamentos, palavras e ações, nas veredas dos nossos conflitos emocionais, que despontam na nossa consciência, em forma de remorso e culpa, por danos causados à outrem e, pela Lei de Causa e Efeito, descem sobrem nós os corpúsculos negros, que se aglutinam nos mais variados órgãos do nosso corpo físico, clamando por justiça em emergindo nas doenças curáveis e incuráveis, temporariamente, ou vida afora, se não houver mudança de hábitos e procedimentos morais, éticos e cristãos, através do amor, do perdão das ofensas e reconciliação com a nossa consciência, onde estão imprimidas  as matrizes das enfermidades manisfestando no corpo físico em forma de cobrança de débitos contraídos pela omissão do seguimento das Leis Divinas, que, também, estão impressas na nossa consciência...
Então, podemos dizer que as doenças são bloqueios de energia ( fluido vital ) que, somatizadas, desarmonizam a mente, que atraem, por assim dizer, as mazelas que se acumulam no corpo físico impedindo-nos de termos saúde, bem estar e paz de espírito...
Dizia um filósofo da antiguidade: "Conhece-te a ti mesmo!" e outro Mestre disse: " Conhecereis a verdade e ela vos libertara!"
É na transformação do espirito para Deus, em amando, perdoando e auxiliando o próximo, que as enfermidades desaparecerão, junto com a dor e a depressão!

Itanhaém, 05 de fev de 2017

Jose Aloísio Jardim... ( Sêo Jardim )

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Atitudes renovadas: Sempre

Somos iludidos pelas nossas fantasias, nossos sonhos e crenças irracionais, que insistimos em aconchegar no íntimo do nosso ser...
Se estamos doentes, é preciso interpretar os sintomas e procurar a cura convencional da medicina e, se a enfermidade continuar, outros métodos alternativos devem merecer a nossa investigação para debelar o mal instalado, harmonizando o nosso psiquismo.
Se somos abandonados, ultrajados e decepcionados, tais fatalidades, que acontecem na estrada da vida que percorremos, não deve ser motivo para mudar o rumo traçado no início da jornada, mas, há que enfrentar as vicissitudes inerentes aos tais acontecimentos, que servem para nosso progresso espiritual...
As perdas de pessoas queridas pela chegada da morte física deve ser uma grande lição para que saiamos do patamar do egoísmo pegativo psicológico, nos livrando das atitudes possessivas, tanto para quem fica quanto para quem vai para o oriente eterno...
Nossos vícios são perniciosos ao nosso espírito a nos incentivar às mudanças de comportamento e atitudes, para que posamos controlar nossos desejos mal direcionados, principalmente, na área da emoção dos sentimentos de afetos conquistados...
Ficamos, ás vezes, possuídos de alucinações e desvarios, beirando a insanidade, aí, é a hora de mudar nossa realidade, nos afastando desses pensamentos de "menos valia", que ensombram os nossos dias nas ideações das fantasias...
Alguns apontamentos necessários para renovar atitudes:
Fé em Deus e na vida.
Esperança de dias melhores e realizações positivas.
Caridade para com todos, sem distinção de raça, credo ou posição sócio econômica.
Amor incondicional e perdão das ofensas, com esquecimento dos fatos e atos perpetrados.
Nada, nesta vida, nos pertence... e daqui só levamos a vida que levamos, por isso, devemos nos desapegar das coisas materiais e das pessoas, sendo este ( desapego ) o amor sem fronteiras que sustenta a fraternidade universal e nos liberta do egoismo fratricida.
Ao renovar atitudes, pensemos assim, nas palavras evangélicas: "O que tenho eu vos dou!"

Itanhaém, 05 de fev de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )