Quando perguntamos a alguém, como se faz para educar os filhos, no mundo de hoje, e viver bem em família, encontramos várias respostas conforme as mais diferentes correntes religiosas, que cada um segue, porque descobre, nessa religião, as respostas buscadas desde a muito, ou porque satisfazem-se com suas diretrizes, seus dogmas e ritualísticas...
Porém, existe, de acordo com os preceitos da Sabedoria, uma visão que nos direciona para um novo caminho, baseado na lógica, razão e bom-senso!
Quando nascemos em uma determinada família, percebemos que nos damos melhor com alguns membros, do que com outros, tal fato se dá, devido aos laços de atração, valores e afinidades, mas, isso não deve nos preocupar, pois, a missão dos pais é unir os membros em torno do amor e do respeito, mutuamente aplicado, todos os dias, todas as horas e todos os minutos...
Os pais, somos referência, espelho e exemplo para os filhos, e quando essa crença se esvai, por qualquer motivo, eles ficam abalados, emocionalmente, e vão buscar nas ruas outros valores que que passam a creditar como verdadeiros, porque seu universo interior está, completamente balançado pela "morte" do seu herói... Chega, então, o momento da mãe dizer aos filhos, que seu pai, embora tenha defeitos, quantas vezes, foi em busca de socorro e do sustento do lar nos momentos difíceis... Entra aí, a psicologia, para não gerar a descrença e salvar a união da família através da conciliação dentro do lar!
Quando um filho quer alguma coisa, que sabemos que não é permitido, por alguma razão, não devemos satisfazer seus caprichos, muitas vezes para nos livrarmos de sua birra, de seus choros e seus berros.... temos que dizer que isso não é possível, explicando a razão da negativa.
Quando um outro membro mostra-se rebelde, contra os pais, não acatando suas ordens, é chegada a hora de chamá-lo para uma conversa, com muita calma e amor em suas palavras, para que ele sinta a firmeza de suas explicações e não duvide que tudo é feito para o seu bem estar e de sua família!
Quando um filho mostra-se arredio, isolando-se dos pais e irmãos, é hora de dar início ao diálogo e fazer a clássica pergunta: " - O que posso fazer por você, meu filho?" E pode ter a certeza que os caminhos se abrirão para as perguntas e respostas... É sabido que cada um fala daquilo que está cheio o seu coração... Então, temos a oportunidade de cumprirmos com nosso dever e nossa missão, que é darmos os bons exemplos em favor da dignidade, honradez e comportamento equilibrado, para que os nossos seguidores sejam beneficiados pelos nossos modos de ser e viver, educando, assim, os nossos filhos, e quiçá, os filhos alheios...
Temos que somar esforços para uma sociedade equilibrada começando dentro da nossa casa.
Educar, moralmente, é participar da construção de um mundo melhor...
Respondemos pelo que somos e pelo que inspiramos nos outros, "somos, enfim, responsáveis por aqueles que cativamos..."
Não nos enganemos com a fantasiosa irresponsabilidade, de deixar ao relento, o dever e a missão de genitores e guardiões de nossos filhos!
Como afirmou André Luiz, em um livro maravilhoso chamado: Evolução em dois mundos: " _ Somos co-criadores em plano menor!" Portanto, a missão dos pais e a vivência em família, deve estar pautada no amor, compreensão, tolerância, diálogo e perdão recíproco das ofensas, por mais pequeninas que sejam, resumindo: Fraternidade!
A missão é para ser cumprida, senão, um dia , choraremos a dor do remorso, imposta pela cobrança compulsória de nossas omissões...
Cada educador tem o seu pupilo na condição de um filho... E cada filho vê em seu pai um educador!
Itanhaém, 13 de agosto de 2001
J.A.Jardim ( Sêo Jardim )