domingo, 27 de julho de 2014

Os "despachos!" Uma rutalística de uma Religião Afro-brasileira

Serpenteando, subia a fumaça do incenso, aceso para purificar o ar dos miasmas deletérios das mentes atreladas às maldades, concupiscências e vinganças odientas, manifestadas no ambiente do lar da família católica, apostólica e brasileira... Porém, nada disso adiantava para modificar o ar, pois, todo o espaço visível estava pesado e insuportável, enquanto o invisível era tenebroso, tétrico e gosmento, onde se formavam imagens condensadas e plasmadas nas profundezas das zonas abissais, pelos espíritos trevosos, maldosos e insidiosos ( nossos irmãos desquitados do amor e do bem ), que teimavam em obsidiar os incautos viajores da carne, na tentativa de cobrar suas pendências do passado, cujos elos estavam, espiritualmente, unidos aos mesmos seres que perseguiam, impiedosamente...
Muitas vezes, é inútil a tentativa de higienizar o ambiente doméstico, devido a cumplicidade de nossos atos, jungidos aos companheiros de outras eras, nas estâncias das intercecções das almas... Portanto, de nada adiantam ações, meramente, materiais para resolver problemas espirituais...
A solução está vinculada ao amor e ao perdão incondicional, através da oração, firmando o nosso propósito de mudança em relação aos nossos desafetos, quer do plano material quanto espiritual, na busca da paz que frutifica, somente, no terreno fértil do esquecimento da ofensa e na prática do perdão aliada a oração.
As nossas ambições e desejos não correspondidos, são caminhos abertos para a obsessão, quando procuramos satisfazê-los através da estradas sinuosas do comprometimento com as entidades que povoam as religiões afro-brasileiras com suas ritualísticas para alcançar nossos escusos desejos e objetivos
Na verdade, estou falando dos "despachos", que se fazem nas encruzilhadas, na intenção de resolver assuntos espirituais e materiais de interesses, os mais diversos, desde a conquista do amor até as riquezas, medidas pela moeda sonante...
Atraímos, com isso, o assédio dos espíritos das trevas, do umbral e das zonas abissais, com os quais nos atrelamos pelos laços da cumplicidade e de uma dívida, que, um dia, nos será cobrada... e teremos que pagar... Senão!...

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Rosinha ( Um soneto inacabado)

Ela - a flor mais bela do jardim,
todos a admiravam com muito carinho,
seu perfume exalava - mais que o jasmim,
mas, é preciso ter cuidado com o seu espinho...


Ela tem um nome, e é uma amiga minha,
agora, todo mundo quer saber... Eu a chamo,
simplesmente, carinhosamente: Rosinha!





sexta-feira, 18 de julho de 2014

Indigno-me com certas coisas e fatos

Indigno-me:
Com o prazo decadencial!
Com a prescrição da pena criminal!
Com a prisão domiciliar!
Com o semi aberto!
Com a redução da pena!
Com a "maioridade/menoridade", hoje, absurda do criminoso, que deve ser de 07 (sete) anos, para "pagar" seus delitos!
Com a "proteção" dos direitos humanos ao criminoso, em detrimento dos direitos do cidadão, que se torna a vítima, jogada ao léu e ao "deus dará!" Fruto da hipocrisia de seus defensores!
Com outras aberrações da Jurisprudência, que deixa o réu no "dolce far niente" de seus crimes, pelos homens da lei e das "brechas" desta mesma lei, que serve mais ao criminoso, contumaz e irrecuperável, do que às vítimas dos mais diversos crimes cometidos contra o semelhante!
Com o poder da corrupção do poder de polícia!
Com os desmandos dos políticos, que elegemos e, legislam em causa própria e enriquecimento ilícito e, se acaso, for condenado, não fica encarcerado!...
Com as falcatruas dos três poderes, abusando, nababescamente, das benesses dos conluios, nas caladas da noite, quando todos os gatos são pardos!
Com a morosidade dos projetos de lei ( maravilhosos) e dos engavetamento dos mesmos, penalizando os eleitores e cidadãos brasileiros, espalhados nos duzentos milhões de habitantes desse rincão altaneiro!
Com a corrupção ativa e passiva, principalmente, dos poderes constituídos e protegidos, pela nossa Constituição Brasileira!
Quando e onde vamos ter um Brasil mais justo, mais equânime e sem o protecionismo das classes e poderes dominantes? Quando? Quando? Quando?
Tudo isso, fruto do egoísmo, orgulho, vaidade e maldade humana, sem complacência com o semelhante...
Sempre fomos mais beligerantes do que tolerantes e compreensivos, porém, urge a hora das transformações, antes que seja tarde demais, aos trânsfugas das Leis Universais e da sanha incontrolável de seus maus instintos, onde se comprazem nas torpezas de suas ações...
Dizia, Rui Barbosa:
" - De nada aproveitam Leis, bem se sabe, não existindo quem as ampare contra os abusos!"
Infelizmente, sinto-me desamparado, ou melhor, indignado contra os abusos das leis e dos costumes, principalmente, quando, somente se divisa no horizonte, os recalcitrantes "ensopados" de insensibilidade e más intenções, impunimente, desdenhando e vilipendiando, as nossas mais soberanas leis, instituições e direitos inalienáveis dos seres humanos!
É um processo perverso e automático, de homens protérvios e partidários das iniquidades, que assolam todos os poderes!
Indigno-me!
E tenho dito!




quinta-feira, 17 de julho de 2014

Apagando as pegadas do caminho das afeições e emoções

Como apagar as pegadas do caminho?
Se nós encontramos, no trajeto da existência, a necessidade de parar, devemos obedecer ao nosso instinto de conservação, intuição ou, simplesmente, nosso desejo de não prosseguir, quando somos bafejados pelo simples pensamento de colocar um fim numa etapa, que estamos sentindo que chega ao seu final, pois, se assim não o fizermos, acabaremos perdendo as alegrias e as oportunidades de outras situações, outros rumos, outras emoções... Temos que deixar para traz, os momentos do passado e dos sentimentos vividos que, por alguma razão, que a própria razão desconhece, desvaneceram-se no tempo pretérito...
Inventamos argumentos para nos prendermos ao acabou e não volta nunca mais...
Qual é o seu argumento para se prender ao passado?
Perdeu uma amizade?
Perdeu o emprego?
Perdeu um relacionamento amoroso?
Perdeu um ente querido?
Perdeu um animal de estimação?
Afinal, o que você perdeu, não necessariamente, nesta ordem...
Você pode passar todo o tempo da sua vida perguntando porque isso ou aquilo aconteceu, sem encontrar uma resposta satisfatória...
Muitas vezes, querer entender as razões, que levaram certas coisas acontecerem em sua vida, é pura perda de tempo... Pois, o resultado, é que nada irá mudar os acontecimentos, mas, poderá causar tristeza, desgaste e mal estar, àqueles que foram protagonistas dos fatos acontecidos... Possivelmente, todos estarão virando a página da história, até quem já morreu...
É possível que alguém sinta dó e pena de você, que não entende e nem se conforma com os tais fatos, mergulhado na depressão, tristeza e solidão... Mas, nada muda...
Quando fixamos nossa mente, nas coisas e entes, que deixamos ou que nos deixaram, enclausuramos nossas oportunidades na cela escura do nosso espírito inconformado...
É impossível estar no passado e viver no presente, ou vice versa...
Tudo que passou, na vida cotidiana, não volta mais, pertence ao passado, cujas memórias, somem como fumaça ao sabor da brisa que passa:
O emprego não é para sempre. A criança cresce, vira adolescente, homem adulto e vai embora da casa paterna, para construir sua própria história. Relacionamentos se desfazem, sem o menor sentido, e não adianta querer reviver os momentos felizes e encontrar o porque da separação... Geralmente, quem vai embora, não tem intenção de retornar ao antigo calabouço das emoções reprimidas...
A melhor coisa a fazer é deixar que a pessoa siga o seu caminho e, por mais doloroso que possa ser, temos que destruir as recordações (físicas), doando, dando, vendendo ou jogando fora todas as coisas, que podem lembrar a afeição perdida na sua nova vida e, ao desfazer dessas "lembranças", significa que estaremos dando espaço para que outras e novas emoções, venham a ocupar o lugar vazio em nosso coração e na nossa mente. O contrário nos adoece.
Deixar ir embora.
Desapegar-se.
Não esperar nada de ninguém.
Não colocar expectativa nas pessoas.
Não esperar que descubram suas qualidades, seus dons, sua generosidade e outros atributos agraciados..
Não espere recompensa pelos seus feitos...
Não deixe que percebam as suas fraquezas...
Pare de sintonizar, sempre, as mesmas emoções, demonstrando as suas dores e fracassos, que ninguém quer saber ou entender, evitando a comiseração e a piedade desdenhosa, que tanta gente, os mais chegados, destilam como veneno mental, emocional e fatal, ao nosso "eu", exposto e, visivelmente, fracassado, na auto piedade detectado... 
É, na vida amorosa, interrompida, que reside os maiores perigos da alma humana, ao buscar a satisfação do nosso ego ferido e preterido, nas atitudes criminosas, que soem acontecer entre os casais que se separam, cujos motivos, muitas vezes, é melhor não saber...
Antes de começar um novo capítulo na sua história é preciso terminar o anterior, para que se possa ter, um final aprazível...
Certas lembranças, são como espinhos a nos ferir a alma magoada, desprezada, inconformada...
Nada e ninguém é insubstituível, mas, a gente tem que encerrar o ciclo que passou, não por orgulho, e sim, porque esses momentos não se encaixam mais na nossa nova vida, na nossa nova etapa, cujos caminhos, deixaremos novas pegadas...
A vida amorosa se transforma em hábito, ate que se estingue, pela necessidade de outras emoções, devido as rotinas e esfriamento, dessas mesmas emoções, de antigamente...
Temos, então, que fechar a porta, ao sair ou sermos saídos de uma relação,  limpar a casa da nossa mente, transformar, mudar o disco, pois, a fila anda e, às vezes, corre...
É preciso deixar de ser quem a gente era para ser alguém que a gente é!
Não existe uma receita perfeita para apagar as pegadas do caminho das nossas emoções... Principalmente, as que são de foro íntimo, dos nossos sentimentos possessivos e amores que se vão...
Se a vida pudesse falar, diria:
" - Jose, esquece, pois, somente o esquecimento, pode apagar as pegadas dos caminhos dos amores desventurados e não correspondidos!"





















terça-feira, 15 de julho de 2014

Trovas em versos diversos

Versos escritos no calor da noite,
são pedras preciosas lapidadas,
através do látego - Em açoite:
Sem o amor das madrugadas!


Sou um homem, deveras, carinhoso,
longe dos teus beijos e do teu calor,
embora - Nosso amor seja gostoso,
a tua ausência... É a nossa dor!


Porque tu foges de mim,
toda vez que eu te vejo?
Mude teu jeito: Assim:
Deixe fluir teu desejo!


Sou como um passarinho,
preso... Pelo teu laço,
sou cativo do teu carinho,
no amor do teu abraço!


Te amo! Te amo! Te amo!
Teu desdém, só me enlouquece!
Teu nome... Grito e chamo!
E o silêncio, responde: Esquece!


São as abelhas, colhendo o mel das flores...
São as flores,  enfeitando as nossas vidas...
Nas primaveras, vicejam muitos amores!
São flores e abelhas, no jardim: Perdidas...





Reminiscência da pré adolescência

Eu era menino, andava de calças curtas e pé no chão... Era muito feliz e não sabia!
Gostava - um pouco - de jogar futebol, andar a cavalo, nadar nas lagoas, formadas pelas enchentes, que aconteciam na época das chuvas, enchendo as partes côncavas dos sítios e fazendas esparramadas pelas glebas, que circundavam a minha doce e querida cidade de São Lourenço nas cercanias de Minas Gerais...
Paixões e amores platônicos, faziam, também, parte da minha meninice, que me encaminhava para a puberdade precoce, pois, fantasiava amores proibidos com as meninas da mesma idade, porém, mais maliciosas e audaciosas nas paqueras, quando o entardecer abraçava as noites cálidas de verão...
As brincadeiras do meu tempo de "enfant" eram sadias e dava gosto "comete-las" nas ruas de terra batida e poeirenta, bem como nos arrebóis do nosso bairro, reduto de seresteiros apaixonados, cantando os amores impossíveis e as paixões, que envolviam suas almas, esperançosas de encontrar  a outra !"alma metade"... e ser feliz para sempre!
Nunca tive medo de nada, a não ser de assombração e alma penada, mas, de resto, tudo era festa e alegria, mesmo nos momentos de dor, quando alguém morria, pois, isso, eu nunca entendia, e sempre perguntava o porquê, ao olhar para as estrelas do infinito azul, abraçando o cruzeiro do sul...
Vivia solto, em total liberdade, era dono de mim, das noites e da cidade...
Mas, o tempo foi cruel e passou, deixando um rastro de saudade por todo lugar por onde me vou...
E hoje, cansado, que ironia, brinco, somente, de "empurrar com a barriga", a minha melancolia...
Olho, para este novo mundo, esquisito, e me lembro das janelas e das portas sem tramelas...
Lembro-me de alguns amores, de olhos serenos e peitos morenos, e daquela que me fez homem na volúpia da sua nudez, tirando-me a paz, de uma só vez...
Cresci!
Meus amigos, onde estão?
E minha cadela, "Diana", fiel companheira de andanças e peraltices nas horas de lazer?
Onde estão os grilos e as cigarras, que faziam uma baita algazarra, com seus sons de notas agudas e estridentes, que ensurdeciam as mulheres anciãs  e os homens com suas cãs?
E quando anoitece, onde estão os vaga-lumes piscando, voando em ziguezague e a noite iluminando?
Vejo-me: Só!
Neste momento, noto que estou olhando para o espelho da minha vida e a figura do menino vai se desvanecendo, devagarinho, nas lembranças deste pretérito, que não volta nunca mais...
De repente, ouvi uma voz que vinha de dentro de mim:
" - Eu sou o tempo! Passo para todos e para tudo, tão rapidamente, que, às vezes, até eu me iludo... Sou como um relógio, que passa as horas, os minutos e os segundos, desapercebidamente...
Sou o começo e o fim, e trago dentro de mim, o adeus aos sonhos, fantasias e quimeras...
Sou todas as estações: Verão, outono, inverno e todas as primaveras!"

Oferta:
Um presente do presente!

Eu sou -  Como um menino assustado,
Cheio de sonhos e quimeras do passado:
E no espelho, aparece a imagem refletida,
Do homem, que chegava - Ao final da vida!













quinta-feira, 10 de julho de 2014

Política avulsa indesculpável

Os políticos que elegemos, é o preço que pagamos de impostos, que sobrecarregam nossas parcas economias...
Temos leis retrogradas, obsoletas e injustas, para os tempos atuais da corrupção, do narcotráfico e da violência, pautadas na impunidade de uma justiça de "direitos humanos", onde o meliante é beneficiado e a vítima, relegada ao ostracismo e às dores dos atos cometidos pelos latrocínios, sequestros, assaltos e violências de todo tipo, sem perdão nem misericórdia...
Porque elegemos, fulano ou sicrano, nos poderes tripartite, somos penalizados por leis elaboradas em benefício dessa casta de políticos, que são verdadeiros "príncipes das trevas",  oprimindo, ditatoriamente, os quem os elegemos, na nossa boa fé, por acreditarmos em promessas vãs, que nunca são cumpridas, e tudo fica por isso mesmo, devido nossas atitudes de "carneirinhos" do poder dominante.
Urge o tempo, não de revolta, mas, de fazer um exame de consciência, votando e cobrando as palavras empenhadas no calor dos discursos ilusórios, das verdades que se tornam mentiras, pelo descumprimento de "governar" para o povo...
Basta! Estamos indignados! Massacrados, vilipendiados...
Quando formos às urnas, votemos naqueles que tenham um plano de governo, condizente com as nossas aspirações de cidadania, de liberdade, igualdade social e justiça para todos, não para um grupo de elite, que, mesmo condenados, saem por aí, em "semi abertos", "liberdade vigiada" "prisão domiciliar" e outros privilégios, que a maioria nem sonha em receber, dada a nossa subserviência e servidão humana atrelada ao medo...
Está na hora de mudar os rumos da política e dos políticos, que enxameiam o Congresso Nacional, fazendo, desta Casa de Leis, um reduto paradisíaco das más intenções e da impunidade contumaz... E o povo/eleitor...Que dane?!...
As palavras de ordem devem ser: " Impeachement" e " Plebiscito", pois, o povo tem um poder que desconhece, e está na hora de tomar as rédeas da nossa força, mas, não pela força, e sim através do diálogo, a exemplo de como faziam os nossos antepassados, os índios, que, para decidir quaisquer problemas, que envolvessem a comunidade, sentavam-se à beira da fogueira, com seus cachimbos e os líderes mais velhos e experientes da Taba, expunham e votavam, as medidas adequadas a cada situação...
Isso, não será sonho, se cada um votar consciente e interagir, com mais vigor nas redes sociais, formando um bloco de cidadãos, gritando, à maneira de Dom Pedro: " - Independência da prisão de nossas casas, cheias de arame farpado, grades e câmeras de monitoramento... Abaixo a corrupção, o nepotismo, o governo despótico, as impunidades e malversação do erário publico!"
Essa política"avulsa" é indesculpável...
"La lege e iguale per tutti!' " Mas... " Non per tutti?"
Não somos uma Nação beligerante... Porém, tudo tem um limite e, uma hora, a gota vai entornar o copo...
Assim, do jeito que está, não dá!
E a indignação vai, sorrateiramente, atropelar nossos sentimentos de agregação e tolerância!









segunda-feira, 7 de julho de 2014

Tempo de mudanças


Dizem os contraditores das realidades da mediunidade, que a sua pratica é cheia de perigos e que pode levar seus praticantes, até a loucura... Isso é uma verdade, não o negamos, mas, somente para aqueles que não estudam e nem se preparam para esta aventura no mundo dos espíritos, ao se entregarem às praticas, investigações ocultas, passatempo e diversão frívola, sem o devido conhecimento do que é, e quais os mecanismos que regem a sua orquestração a serviço do bem, da verdade e da caridade.
Quem se aventura a manipular aquilo que não conhece e domina, fatalmente, irá ter dissabores imprevisíveis e dolorosos.
Parodiando Vinícius de Morais: " São demais os perigos desta vida." E da mediunidade, também, desde que seja exercida sem o conhecimento de suas leis e normas, que legitimam seus efeitos nos mais variados campos das mazelas do corpo e do espirito.
E a ignorância atravanca o progresso e nos deixa suscetíveis às investidas dos irmãos, que vivem e militam, neste  orbe, como se nele ainda estivesse e vivesse nas sensações materiais em que se comprazem, tanto para o bem quanto para o mal...
Sabendo-se, que todos somos médiuns, em menor ou maior grau, fica a critério de cada um, desenvolver ou não, as aptidões inerentes à mediunidade, quando despertam seus efeitos nos primeiros passos, quer no sentido de "provas" ou de "missões", pois, aí, entra o livre arbítrio, para que se dê continuidade, à sua trajetória permanente ou temporária, a não ser, quando a mesma é compulsória e irreversível ao portador, penalizando a si e aos que convivem, no cadinho da intercecção das emoções e sentimentos de resgate de débitos passados... e presentes!
As mudanças dos nossos sentimentos de maldades e contendas, gera firmeza no cumprimento do dever e nos coloca acima dos conflitos morais e materiais, e isso se faz, abrindo o nosso coração para a prece sincera, humilde, fervorosa e destituída das palavras banais e decoradas, permitindo as influências do plano maior, atraindo os fluídos salutares da vida, que tanto carecemos...
Fora das condições elevadas, a mediunidade pode constituir um perigo pelo seu portador, ao passo que, exercida para o bem e o amor ao próximo, cria-se uma atmosfera protetora em torno do mesmo, que o preserva dos erros e das ciladas dos nossos irmãos ignorantes do amor e do bem, na esfera do invisível.
Sabemos que tudo no Universo é força, luz e vida.
A lei das atrações implicam em aproximações, vinculando almas e pensamentos, no mesmo teor e diapasão eletromagnéticos: São os afins que se encontram e o contrário, também , é verdadeiro no mundo das afinidades, portanto, cuidado com o que pensa e deseja, pois, forças universais serão canalizadas para realizar suas aspirações...
Que a mudança se faça sob as sublimes orações, que emitiremos ao Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, pautada a fé inabalável que emana de quem ama!
























sexta-feira, 4 de julho de 2014

A oportunidade

Genésio, encontrara no plano espiritual o resultado de si mesmo, em franca bancarrota moral, perdedor de todas as oportunidades que a vida lhe oferecera.
Estava sozinho, sob o látego do remorso e da culpa, que amealhara nos longos anos que viveu na terra e suplicava nova chance de vir ao mundo, para saldar os seus débitos com a consciência pesada de tantos crimes, veniais e capitais, contra os seus semelhantes... e a si mesmo. Sabia que perdera todas as oportunidades de regeneração pelo menosprezo da família, do trabalho e do corpo físico que malbaratara na lascívia e na concupiscência...
Sabia que não podia e nem tinha direito de pedir nada a seu favor, disso, tinha noção absoluta.
E na condição de trânsfuga das leis divinas, humildemente, solicitou nova reencarnação sem pedir nada de especial a não ser servir aos de quem se tornou devedor.
Desceu das esferas maiores, um anjo do Senhor para tratar do pedido, e como não podia atender como gostaria, informou ao meliante Gênésio, o que poderia fazer sem comprometer sua responsabilidade, que assumiria, ao abonar seu pedido.
" - Pois, bem, disse o anjo, solicitei ao Senhor da vida, que um empréstimo lhe fosse concedido desde que cumpra alguns itens que vou mencionar:
Terás, na terra, uma posição de destaque na sociedade, pois, serás um político e a tua vida não será fácil, porque não estarás imune aos assédios da corrupção, da malversação do erário público e do poder de influência...
Não atenderás aos caprichos do teu coração e nem procurarás a fortuna nos negócios, que lhe propuserem, apenas, atenderás aos ditames da Boa Nova de Jesus, colocando, sempre, o bem dos teus semelhantes na frente de interesses escusos de quem quer que seja... És um devedor da humanidade, e os empréstimos a que me refiro, serão importantes para tua reabilitação, pois, serão te dado a capacidade de raciocínio rápido, argúcia, conhecimentos em diversas áreas humanas e matemáticas...
Nunca esqueças a tua condição de devedor e priorize o lar, os amigos, os desvalidos da sorte e o teu trabalho na condição de gestor dos bens públicos... e tudo que terás não te pertencerá por direito e sim, como dádiva, com tempo certo de devolução...
Ao voltar ao orbe terrestre, não foi capaz de cumprir as promessas e enveredou nas estradas largas da perdição... Apossara-se da vida com as antigas mesmices de maldade, usura, corrupção, infidelidade e tantos outros defeitos da alma, contumaz nos erros que lhe apraz...
Orgulhoso, egoísta e despótico,  caiu nas malhas de muitos crimes ocultos dos homens, mas, transparente aos olhos de Deus e de Suas Leis...
Falar de coisas da espiritualidade, nem pensar...
De nada adiantou as influencias do mundo maior na tentativa de fazê-lo mudar o rumo de sua vida para o bem, isso era, totalmente, impossível, dado a insensibilidade de seu coração às coisas espirituais e cristãs...
Como tudo na vida tem um fim, o seu breve estágio, chegara ao final...
Tudo foi tirado de seu mundo exterior e interior: Posição social, esposa, filhos, amigos, dinheiro, tudo, tudo, tudo... até a saúde física!
Tornou-se um homem amargo, ingrato, maldoso, tirano... Vivia a blasfemar contra tudo e contra todos... até o seu Criador entrava nas imprecações de sua mente insana, voltada ao ódio e à vingança,  que o tornava pior no final de sua vida!
Os anos se passaram...
Sua vida chegou ao fim...
Ao adentrar as portas do umbral, deparou com o seu já conhecido, Anjo do Senhor, ao qual pediu, ajoelhado e em lágrimas,  que lhe desse uma nova oportunidade, para reparar os males cometidos, e que desta vez, jurava cumprir...
Nisto, o anjo do Senhor disse, com sua voz calma e inflexionada de autoridade:
"- Genésio, fui teu avalista e não tive, ainda, oportunidade de pagar todos os teus empréstimos, que me comprometi em saldar quando da tua reencarnação... Tuas lagrimas e teu juramento já não me comovem com antigamente... Agora, tens que passar pelos vales das trevas, onde a dor e as lagrimas serão tua única recompensa... podes pretender, um dia, merecer uma nova oportunidade de voltar ao planeta terra, só que, em condições bem diferente da oportunidade que relegaste, pelo teu livre arbítrio, ao não cumprimento das tuas promessas... Foi-te oferecido a regeneração pela dor que salva, mas, preferiste a estrada larga dos prazeres e das maldades que, hoje, lamentas!
Um raio de luz, pode brilhar nas trevas da tua dor, esse raio é Jesus... Só Ele pode te renovar a esperança, para que voltes a ser, outra vez, uma criança!"















 

Da dura realidade da vida!

Afinal, o que é a vida?
O que somos?
De onde  viemos?
O que, realmente, estamos fazendo aqui?
E para onde vamos no dia em que  a morte vier nos buscar?

Eu, embebido na minha razão e na lógica, sou partidário do "dolce far niente", e de uma máxima, que li, não sei onde e nem quando:
" - No tiene la vida tan en sério a fin de cuentas no sabrás o final de ella!"
Conceitos religiosos aceitos, não devem interferir no meu jeito de ser e levar a vida, pois, quem critica as teses de uma filosofia de viver, não imagina que, amanhã, terá outro ponto de vista, diferente daquele, que, devotadamente, defendeu.
Faz parte do cotidiano, as mudanças de opiniões, devido a evolução do ser humano, que estuda, pensa e julga, sob novos prismas as tangentes de um mesmo assunto... Isto, é um moto contínuo, mas, responder as perguntas acima, quero ver quem responde!
Quer coisa mais esdrúxula do que a chamada melhor (terceira) idade?...
Devia ser chamada de - O começo do fim, pois:
Não há mais reposição de células, os membros ficam fracos (todos eles...), e o esquecimento inicia sua caminhada rumo ao nada,  leia-se: Mal de Alzeimer.
As dores se tornam mais constantes nas juntas, articulações e massa corpórea, a pele se enruga formando sulcos profundos, nas mãos a tremedeira mais parece galhos ao sabor dos ventos alísios, leia-se, também: Mal de Parkinson.
Os ossos enfraquecem, proveniente da osteoporose, que deixa-nos à mercê dos pinos de aço e outros materiais de última geração, para fixa-los quando se quebram, e como quebram...
Correr? Nem pensar! Andar? Só bem devagar, com muito cuidado para não tropeçar, senão...
Cabelos brancos? Faz parte, inexorável, do novo visual dos sexagenários...
Sexo? Nem fingindo! A não ser que você seja do sexo frágil... ( As mulheres! ) Que podem nos enganar na hora "H"... Mas, isso, não chega a ser um consolo, pois, a emoção, não faz despertar o tesão!...
Aí, os geriatras vem dizer que, a melhor idade, é quando a gente atinge a capacidade de entender a vida na sua essência, ou seja: Senilidade e impotência sexual, perante o mundo real?...
Experimente caçar sapo de bodoque, pois, você, está ficando "loc!"
Se você ainda não chegou lá, é só esperar, que você vai chegar...
Este texto, é apenas ,um esboço do croqui... Da dura realidade da vida!