Porque te vejo sempre alegre e contente,
embora nunca tenha te visto sorrir?
Vejo teus olhos brilhando,
mas, também, vejo uma réstia de luar,
embaçando teu meigo olhar...
E pergunto porque,
porém, tu não respondes,
e do meu olhar te escondes,
ao sumir na noite densa,
que desce e entristece,
o dia que definha,
no entardecer...
Porque aquela mãe,
caminha pelas ruas da cidade,
pedindo por caridade,
um pedaço de pão,
se tudo o que ela queria,
era ver seu filho saciado,
fruto do amor e do pecado,
por ter errado - um dia -
e nós nada fazemos,
perdidos dentro
do nosso ego,
cruz que carregas,
cruz que carrego...
Porque aquele cão sarnento,
perdido, andando ao relento,
buscando, apenas,
um olhar amigo,
não encontrava
ninguém,
e esse único alguém,
não era tu e nem eu,
pois, dentro de nós,
- compadecido -
esse olhar, ha muito,
muito tempo, morreu!
Porque te vejo sempre alegre e contente,
embora nunca tenha te visto sorrir?
Acho que somos iguais,
somos dois animais,
irracionais,
enganando todo mundo que nos vê,
todos sabem nos julgar,
mas, ninguém conhece,
nossas razões e o por quê!
Teus olhos e os meus olhos,
são estrelas do firmamento,
vivendo na terra por missão,
neste mundo de provas
e total expiação,
e somos, em verdade,
o reflexo,
o côncavo e o convexo,
daquele sarnento cão,
vivendo,
no meio da multidão,
na mais completa solidão...
E meus olhos perguntam:
" - Por quê?"
Itanhaém, 1º de novembro de 2017
Jose Aloísio Jardim ( Sêo Jardim )
Pensamentos e sonhos de um Poeta chamado JOSÉ ALOISIO JARDIM " Membro Efetivo da Academia Itanhaense de Letras!"
terça-feira, 31 de outubro de 2017
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
O engana tico
( Capítulo Um )
Era um homem, aparentemente, comum. Sua aparência não suscitava expectativas alvissareiras. Parecia um daqueles beduínos, nômades das tribos dos tuaregues, perdidos nas areias escaldantes e sem fim do temido Saara... Porém, tinha um ar de nobreza e imponência, dissimuladas nas suas atitudes simples e quase humilde...
Era um homem, aparentemente, comum. Sua aparência não suscitava expectativas alvissareiras. Parecia um daqueles beduínos, nômades das tribos dos tuaregues, perdidos nas areias escaldantes e sem fim do temido Saara... Porém, tinha um ar de nobreza e imponência, dissimuladas nas suas atitudes simples e quase humilde...
Ate seu nome de batismo era diferente: Jacinto Pinto!
Jacinto, era o tipo de cidadão brasileiro que gostava de viver a vida e dizia, sempre, que quem é tolo fala muito e quem é sábio escuta mais para errar menos... tinha lá as suas "tiradas", que, assiduamente, desfiava como se fosse um rosário de contas intermináveis, que dizia ser de sua autoria...
Jacinto, era o tipo de cidadão brasileiro que gostava de viver a vida e dizia, sempre, que quem é tolo fala muito e quem é sábio escuta mais para errar menos... tinha lá as suas "tiradas", que, assiduamente, desfiava como se fosse um rosário de contas intermináveis, que dizia ser de sua autoria...
Seu dia a dia e o desenrolar do cotidiano, era um moto-contínuo na busca incansável de aprender e viver as coisas boas da lida, razão pela qual vivia sempre rodeado de pessoas e procurando "sarna prá se coçar", quando, de tempo em tempo, ia passear pela periferia da cidade nas chamadas "comunidades", que, antigamente, tinha o pejorativo de "favelas..." e, neste assunto, há controvérsias de vários viés, mas, isso fica para outra hora, porque, agora, a conversa versa sobre o que ele, Jacinto, tinha por cognome ou apelido, como se diz, comumente, era: "Engana tico!"
Vou dar um "time", para explicar o que o termo, engana tico, tem a ver com o nosso personagem deste conto proseado na poesia das palavras, explicando:
" Engana tico" ou "Engana tico-tico", também, conhecido como chupim, maria preta e vira-bosta, entre outros, é uma ave que utiliza o ninho de outro pássaro, de preferência o tico-tico, para chocar o seu ovo, botando, na ausência do mesmo, seu ovo no lugar junto aos do passarinho que faz o seu ninho, pois, o chupim não "gosta" de fazer ninho na época de sua reprodução, pois, é um parasita contumaz que passa o tico-tico para traz...
O chupim tem penas pretas e azul violeta ao ficar exposto ao sol, seu canto é maravilhoso e seu voo nas telas do infinito, é admirável ao olhar embevecido, quando contemplado...
Os filhotes do tico acabam morrendo, quando nasce o chupim, que é o primeiro a nascer e alimentado, deixando seus "irmãos adotivos" perecer por inanição... e fica maior que sua mãe, destoando da espécie e, mesmo assim, continua recebendo alimento e o criando como se fosse seu...
Pois bem, Jacinto fora trocado na maternidade e a razão desse ato, que a própria razão desconhece, ( Desconhece? ) pertence aos misteriosos caminhos da mente, dita insana ou traumatizada, sem amor maternal ou mesmo o tal trauma pós-parto, que muda o fim de uma história, causando danos irreversíveis aos conhecedores de sua identidade em tempos vindouros, quando a verdade vem à tona por quaisquer razões...
Assim, não conhecia seus pais biológicos, que o abandonara na maternidade, trocado por outra criança nascida no mesmo dia e hora, por um descuido da profissional que cuidava do berçário, ao se ausentar por um lapso de minutos, ate parecia que fazia parte de uma profecia...
E ao chegar a fase pós puberdade, disse à sua genitora postiça, que sofria de uma doença sem cura nos anais da medicina tradicional... mentia pela primeira vez! Disse, também, que, tinha recebido um diagnóstico onde fora informado que tinha poucos meses de vida e, que deveria ter sua pressão controlada diariamente, para que pudesse se livrar de um infarto ou de uma hipoglicemia, devido ao diabetes, que adquirira ao fazer os exames de rotina no Programa Saúde do Homem... portanto, tornara-se limitado nas suas atividades corriqueiras, tais como: Caminhar, fazer exercícios, pegar peso etc, etc etc...
Ao dizer tais disparates à quem a vida lhe provera até a presente data, deixou-a condoída de seu pseudo estado de saúde e, ao se ver em idade provecta, beirando aos 70 anos, achou por bem fazer o seu inventário para que, se viesse a falecer, deixar amparado aquele que fora, ate hoje, o companheiro filial e fiel, amado e querido, devido a tantos percalços enfrentados pela vida a fora... e era muito justo, achava, deixar protegido seu filho do coração que, agora, sabia de seu estado de saúde, cuja debilidade poderia ser-lhe fatal a qualquer momento... ( embora fosse tudo mentira deslavada...)
Jacinto, propositalmente, deixara alguns exames médicos ( falsos...) dentro de uma gaveta do criado-mudo, meio aberta, para serem vistos, quando o quarto fosse arrumado, como era de costume a faxina diária no pequeno ambiente reservado ao repouso da faina da sua preguiça e vagabundice contumaz, que era notada, mas, não contestada ou admoestada, como o fazem os genitores, que "passam a mão na cabeça" dos filhos, fingindo não ver seus defeitos que, mais cedo ou tarde, trazem desgostos, quando a vida vem cobrar suas responsabilidades nas mais diferentes situações, tão ostensivas, mas, não imprevisíveis, que soem acontecer aos incautos, que passam pela lida em "brancas nuvens", sem se importarem com as duras realidades do dia a dia, como se a vida e as pessoas lhes devessem algo ou tudo que tem direito, demonstrando, desde cedo os defeitos da alma, que acabam por trazer consequências funestas e dolorosas, levando tais pessoas à miséria, criminalidade, cadeia, manicômio ou cemitério - sem medo de errar, não necessariamente, nessa ordem...
De posse e conhecedor da partilha dos bens, começou a arquitetar um plano diabólico, para se livrar daquela que o acolheu na tenra infância, mas, sua mente doentia tinha planos escusos, fervendo no caldeirão de sua alma e da sua mente arguta e malévola, que imaginava viver como um rei com uma herança constituída de imóveis, empresas e dinheiro em contas que ele, desde a muito, já vinha se locupletando com as senhas surrupiadas na calada da noite, quando Morfeu abraçava sua mãe "adotiva", conduzindo-a para o sono reparador pelas lutas do cotidiano...
Mas, sempre há um mas... Leucádia, ( nome de sua mãe adotiva ) passou a apresentar um fenômeno conhecido por sonambulismo consciente - Tanto na Medicina tradicional quanto na Doutrina Espírita, há controvérsias sobre a conscientização ou não desse tipo de estado sonambúlico, pois, ao dormir, saia de seu leito e ia a lugares, os mais esquisitos, e apos realizar certos atos inofensivos, voltava ao leito e dormia tranquilamente, só que, no outro dia lembrava-se do que fizera na noite anterior, como se fosse um lusco-fusco na sua memória, porém, não dava importância ao fato e continuava sua vida, como se nada tivesse acontecido, achava até, que era uma projeção da sua mente... e deixava pra lá.
Dizem as tradições do mundo espiritual, que certos fenômenos são providenciais e, na terceira idade - que seria a melhor, se não fossem as dores e mazelas inerentes - certos acontecimentos tem o dom de nos alertar sobre o mau uso do nosso livre arbítrio ou de outra pessoa a quem presamos muito, de nossa convivência diária, portanto, no caso em questão, em uma noite cálida de verão, o sonambulismo se manifestou mais uma vez...
Arquitetando mil e uma situações, Jacinto encontrou a solução que melhor lhe pareceu, para finalizar seu intento de liquidar de vez, sem deixar rastro ou pistas, que o condenasse, que era de colocar uma poção venenosa ( líquido tóxico que produz enfermidade podendo vir a causar o óbito de quem o ingere ) dentro da garrafa de leite, que sua mãe tomava todos os dias, quando ia se deitar.... e dirigiu-se á copa, abriu a geladeira, pegou e destampou a garrafa e, quando ia misturar o fatídico líquido, sua genitora "postiça", como a chamava, apareceu na porta contígua ao ambiente e surpreendeu o filho com aquela atitude estranha, mas, nada disse e virou-se entre pés, voltando ao leito, onde adormeceu como um anjo... no entanto, Jacinto, que era conhecedor do sonambulismo, aquietou seu coração e foi, também, recolher-se ao leito, sem dar importância ao fato...Mas, sua mãe, como já mencionei, era possuidora de um sonambulismo consciente, pois, via e ouvia tudo no seu estado sonambúlico, gravando e retendo na mente, tudo que se passava quando saía por aquém e além...
Muito bem, sua aguda percepção de mãe e psicologa das estradas da vida e tempo de "rodagem" lhe garantiu o entendimento do inusitado e inimaginável fato, ao perceber o nervosismo e o frasco que Jacinto tentava esconder, inutilmente...
Não sabia, seu filho, que ela era manipuladora de medicamentos por profissão, não exercendo-a, em um dos negócios de sua família, na área da fitoterapia... E passou, da imaginação, à realidade dos fatos ao:mandar analisar uma amostra do leite, sem que fosse percebida sua retirada, pelo filho de suas esperanças de se tornar um homem bom e caridoso...
E a verdade se torna cristalina... aí, o que fazer? Nada é tão fácil quanto parece... Incriminá-lo? Chamar a polícia? Expulsá-lo de casa? Expor-lhe os fatos de maneira nua e crua? Leocádia, pensava e não chegava a uma conclusão... Onde tinha errado? Não via uma saída que pudesse acalmar sua alma sufocada pela angústia e decepção com aquele à quem devotara sua vida e seu coração maternal...
Foi aí, que lhe veio à mente a imagem de sua mãe, que fora sua guia espiritual, com sua crença espírita, que à época, era considerada "coisa do diabo" pelas religiões dominantes - católica e protestante - de se ajoelhar e pedir socorro às entidades do Bem, para encontrar uma saída digna e plausível... Orou sem saber quanto tempo, adormecendo em seguida, profundamente...
Jacinto, saíra de casa, como de costume, quando a noite espalhava seu manto negro, apos o entardecer, e ia "curtir" os amigos e os folguedos, tão comuns nas cidades do interior e do litoral, desde tempos imemoriais e, eis que, senão quando, viu em letras garrafais e simples: Centro Espirita Reluz.
Entrou como se fosse um autômato, e dirigiu-se à um dos atendentes e perguntou, sem saber porque, se podia tomar um passe ou fazer uma consulta, pois estava sendo acometido de um mal estar indefinível... Dada as perguntas e respostas de praxe, foi marcada uma consulta para encaminhá-lo ao tratamento que a casa oferece, gratuitamente, e foi-lhe instruído participar do Evangelho, palestra que estava para começar... assentou-se, convenientemente, e ouviu, pela primeira vez, o tal Evangelho que os espiritas sempre falavam... e logo em seguida foi-lhe aplicado o passe magnético e encaminhado para tomar a água fluidificada, que fazia parte do tratamento a que iria se submeter...
Nos desígnios de Deus nada é por acaso, então, vamos falar sobre o tema daquele dia que versava sobre uma das páginas do Evangelho Segundo o Espiritismo, que a médiun, através do Mentor da Casa, assim falou aos que escutávamos, atentos e bebendo suas palavras esclarecedoras sobre o tema já tantas vezes escutados, mas , não ouvidos com os "ouvidos de ouvir..."
Evangelho do dia:
"-
Texto em construção...
Assim, não conhecia seus pais biológicos, que o abandonara na maternidade, trocado por outra criança nascida no mesmo dia e hora, por um descuido da profissional que cuidava do berçário, ao se ausentar por um lapso de minutos, ate parecia que fazia parte de uma profecia...
E ao chegar a fase pós puberdade, disse à sua genitora postiça, que sofria de uma doença sem cura nos anais da medicina tradicional... mentia pela primeira vez! Disse, também, que, tinha recebido um diagnóstico onde fora informado que tinha poucos meses de vida e, que deveria ter sua pressão controlada diariamente, para que pudesse se livrar de um infarto ou de uma hipoglicemia, devido ao diabetes, que adquirira ao fazer os exames de rotina no Programa Saúde do Homem... portanto, tornara-se limitado nas suas atividades corriqueiras, tais como: Caminhar, fazer exercícios, pegar peso etc, etc etc...
Ao dizer tais disparates à quem a vida lhe provera até a presente data, deixou-a condoída de seu pseudo estado de saúde e, ao se ver em idade provecta, beirando aos 70 anos, achou por bem fazer o seu inventário para que, se viesse a falecer, deixar amparado aquele que fora, ate hoje, o companheiro filial e fiel, amado e querido, devido a tantos percalços enfrentados pela vida a fora... e era muito justo, achava, deixar protegido seu filho do coração que, agora, sabia de seu estado de saúde, cuja debilidade poderia ser-lhe fatal a qualquer momento... ( embora fosse tudo mentira deslavada...)
Jacinto, propositalmente, deixara alguns exames médicos ( falsos...) dentro de uma gaveta do criado-mudo, meio aberta, para serem vistos, quando o quarto fosse arrumado, como era de costume a faxina diária no pequeno ambiente reservado ao repouso da faina da sua preguiça e vagabundice contumaz, que era notada, mas, não contestada ou admoestada, como o fazem os genitores, que "passam a mão na cabeça" dos filhos, fingindo não ver seus defeitos que, mais cedo ou tarde, trazem desgostos, quando a vida vem cobrar suas responsabilidades nas mais diferentes situações, tão ostensivas, mas, não imprevisíveis, que soem acontecer aos incautos, que passam pela lida em "brancas nuvens", sem se importarem com as duras realidades do dia a dia, como se a vida e as pessoas lhes devessem algo ou tudo que tem direito, demonstrando, desde cedo os defeitos da alma, que acabam por trazer consequências funestas e dolorosas, levando tais pessoas à miséria, criminalidade, cadeia, manicômio ou cemitério - sem medo de errar, não necessariamente, nessa ordem...
De posse e conhecedor da partilha dos bens, começou a arquitetar um plano diabólico, para se livrar daquela que o acolheu na tenra infância, mas, sua mente doentia tinha planos escusos, fervendo no caldeirão de sua alma e da sua mente arguta e malévola, que imaginava viver como um rei com uma herança constituída de imóveis, empresas e dinheiro em contas que ele, desde a muito, já vinha se locupletando com as senhas surrupiadas na calada da noite, quando Morfeu abraçava sua mãe "adotiva", conduzindo-a para o sono reparador pelas lutas do cotidiano...
Mas, sempre há um mas... Leucádia, ( nome de sua mãe adotiva ) passou a apresentar um fenômeno conhecido por sonambulismo consciente - Tanto na Medicina tradicional quanto na Doutrina Espírita, há controvérsias sobre a conscientização ou não desse tipo de estado sonambúlico, pois, ao dormir, saia de seu leito e ia a lugares, os mais esquisitos, e apos realizar certos atos inofensivos, voltava ao leito e dormia tranquilamente, só que, no outro dia lembrava-se do que fizera na noite anterior, como se fosse um lusco-fusco na sua memória, porém, não dava importância ao fato e continuava sua vida, como se nada tivesse acontecido, achava até, que era uma projeção da sua mente... e deixava pra lá.
Dizem as tradições do mundo espiritual, que certos fenômenos são providenciais e, na terceira idade - que seria a melhor, se não fossem as dores e mazelas inerentes - certos acontecimentos tem o dom de nos alertar sobre o mau uso do nosso livre arbítrio ou de outra pessoa a quem presamos muito, de nossa convivência diária, portanto, no caso em questão, em uma noite cálida de verão, o sonambulismo se manifestou mais uma vez...
Arquitetando mil e uma situações, Jacinto encontrou a solução que melhor lhe pareceu, para finalizar seu intento de liquidar de vez, sem deixar rastro ou pistas, que o condenasse, que era de colocar uma poção venenosa ( líquido tóxico que produz enfermidade podendo vir a causar o óbito de quem o ingere ) dentro da garrafa de leite, que sua mãe tomava todos os dias, quando ia se deitar.... e dirigiu-se á copa, abriu a geladeira, pegou e destampou a garrafa e, quando ia misturar o fatídico líquido, sua genitora "postiça", como a chamava, apareceu na porta contígua ao ambiente e surpreendeu o filho com aquela atitude estranha, mas, nada disse e virou-se entre pés, voltando ao leito, onde adormeceu como um anjo... no entanto, Jacinto, que era conhecedor do sonambulismo, aquietou seu coração e foi, também, recolher-se ao leito, sem dar importância ao fato...Mas, sua mãe, como já mencionei, era possuidora de um sonambulismo consciente, pois, via e ouvia tudo no seu estado sonambúlico, gravando e retendo na mente, tudo que se passava quando saía por aquém e além...
Muito bem, sua aguda percepção de mãe e psicologa das estradas da vida e tempo de "rodagem" lhe garantiu o entendimento do inusitado e inimaginável fato, ao perceber o nervosismo e o frasco que Jacinto tentava esconder, inutilmente...
Não sabia, seu filho, que ela era manipuladora de medicamentos por profissão, não exercendo-a, em um dos negócios de sua família, na área da fitoterapia... E passou, da imaginação, à realidade dos fatos ao:mandar analisar uma amostra do leite, sem que fosse percebida sua retirada, pelo filho de suas esperanças de se tornar um homem bom e caridoso...
E a verdade se torna cristalina... aí, o que fazer? Nada é tão fácil quanto parece... Incriminá-lo? Chamar a polícia? Expulsá-lo de casa? Expor-lhe os fatos de maneira nua e crua? Leocádia, pensava e não chegava a uma conclusão... Onde tinha errado? Não via uma saída que pudesse acalmar sua alma sufocada pela angústia e decepção com aquele à quem devotara sua vida e seu coração maternal...
Foi aí, que lhe veio à mente a imagem de sua mãe, que fora sua guia espiritual, com sua crença espírita, que à época, era considerada "coisa do diabo" pelas religiões dominantes - católica e protestante - de se ajoelhar e pedir socorro às entidades do Bem, para encontrar uma saída digna e plausível... Orou sem saber quanto tempo, adormecendo em seguida, profundamente...
Jacinto, saíra de casa, como de costume, quando a noite espalhava seu manto negro, apos o entardecer, e ia "curtir" os amigos e os folguedos, tão comuns nas cidades do interior e do litoral, desde tempos imemoriais e, eis que, senão quando, viu em letras garrafais e simples: Centro Espirita Reluz.
Entrou como se fosse um autômato, e dirigiu-se à um dos atendentes e perguntou, sem saber porque, se podia tomar um passe ou fazer uma consulta, pois estava sendo acometido de um mal estar indefinível... Dada as perguntas e respostas de praxe, foi marcada uma consulta para encaminhá-lo ao tratamento que a casa oferece, gratuitamente, e foi-lhe instruído participar do Evangelho, palestra que estava para começar... assentou-se, convenientemente, e ouviu, pela primeira vez, o tal Evangelho que os espiritas sempre falavam... e logo em seguida foi-lhe aplicado o passe magnético e encaminhado para tomar a água fluidificada, que fazia parte do tratamento a que iria se submeter...
Nos desígnios de Deus nada é por acaso, então, vamos falar sobre o tema daquele dia que versava sobre uma das páginas do Evangelho Segundo o Espiritismo, que a médiun, através do Mentor da Casa, assim falou aos que escutávamos, atentos e bebendo suas palavras esclarecedoras sobre o tema já tantas vezes escutados, mas , não ouvidos com os "ouvidos de ouvir..."
Evangelho do dia:
"-
Texto em construção...
terça-feira, 10 de outubro de 2017
Petitório aleatório
Pedi, aleatoriamente, varias coisas à vida, mas...
" - À aurora a beleza do nascimento,
mas, a aurora não me respondeu!
Ao entardecer a maravilha do poente,
mas, o poente se calou acabrunhadamente!
À noite, que se aproximava, pedi o seu frescor,
mas, a noite adormeceu nos braços de Morfeu!
Entendi que, não adiantava pedir nada,
aos fenômenos da natureza,
para mudar minha jornada, traçada,
nos desígnios do meu destino...
Então... a vida começou a ensinar-me coisas importantes,
acolhendo-me com seus modos rudes, ásperos e malfadados,
entre a pureza e os pecados dos amores ilícitos
de todos os incompreendidos amantes...
Caminhei por caminhos jamais imaginados,
entre o bem e o mal, entre o certo e o errado,
para aprender o sentido da vida,
nos acontecimentos desta má lida,
neste latifúndio que não me pertence,
devido ser, apenas, usuário passageiro...
Na sequência, a vida me ofereceu banquetes, amigos, inimigos,
amores e desamores, paixões e ilusões...
Chicoteou-me com o látego da fome, das mentiras e amarguras...
Feriu-me com asperezas mil e deixou-me à míngua do amor,
mas, cheio de dor... dor que não sara, coisa não muito rara...
Hoje sou, com as palavras, um chicote de açoite,
na expectativa da morte, a qualquer dia... à qualquer noite!
A vida explode dentro de mim:
Sou o resultado das dores, das alegrias,
sou expectador da esperança e da utopia,
sou como uma criança que aprendeu a viver,
e, mais forte, não tenho mais medo da morte...
Aprendi a amar, perdoar, compreender e ser feliz!
Parei de pedir...
Hoje, sou um cristão convicto nas lides de Jesus!"
Itanhaém 10/10/2017
Jose aloísio Jardim ( Mr. Garden )
" - À aurora a beleza do nascimento,
mas, a aurora não me respondeu!
Ao entardecer a maravilha do poente,
mas, o poente se calou acabrunhadamente!
À noite, que se aproximava, pedi o seu frescor,
mas, a noite adormeceu nos braços de Morfeu!
Entendi que, não adiantava pedir nada,
aos fenômenos da natureza,
para mudar minha jornada, traçada,
nos desígnios do meu destino...
Então... a vida começou a ensinar-me coisas importantes,
acolhendo-me com seus modos rudes, ásperos e malfadados,
entre a pureza e os pecados dos amores ilícitos
de todos os incompreendidos amantes...
Caminhei por caminhos jamais imaginados,
entre o bem e o mal, entre o certo e o errado,
para aprender o sentido da vida,
nos acontecimentos desta má lida,
neste latifúndio que não me pertence,
devido ser, apenas, usuário passageiro...
Na sequência, a vida me ofereceu banquetes, amigos, inimigos,
amores e desamores, paixões e ilusões...
Chicoteou-me com o látego da fome, das mentiras e amarguras...
Feriu-me com asperezas mil e deixou-me à míngua do amor,
mas, cheio de dor... dor que não sara, coisa não muito rara...
Hoje sou, com as palavras, um chicote de açoite,
na expectativa da morte, a qualquer dia... à qualquer noite!
A vida explode dentro de mim:
Sou o resultado das dores, das alegrias,
sou expectador da esperança e da utopia,
sou como uma criança que aprendeu a viver,
e, mais forte, não tenho mais medo da morte...
Aprendi a amar, perdoar, compreender e ser feliz!
Parei de pedir...
Hoje, sou um cristão convicto nas lides de Jesus!"
Itanhaém 10/10/2017
Jose aloísio Jardim ( Mr. Garden )
Jesus Cristo: O Filho do GAU
Para matar a sede de Jesus - deram-lhe fel!
Para coroar sua cabeça - galhos de espinhos!
Para seus pés descalços - nem azeite e nem mel!
Para seu ombro - uma pesada cruz pelos caminhos!
Seu olhar... era de tristeza misturada ao pranto,
Pela dor imposta por seus impiedosos algozes,
Com o corpo desnudo... pelo seu roto manto,
Ao som sacrílego, de histéricas e altas vozes!
A turba enfurecida não se importava com Jesus,
Açoitava, humilhava, gritava e cada vez mais feria,
Numa" via crucis " das trevas, cega, bruta, e sem luz!
Quando passou por sua Santíssima mãe - a doce Maria,
Ouvia com os ouvidos de ouvir: " Deus Pai, tenha piedade,
De meu filho, mas, seja feita a Tua sagrada - e única vontade!"
Ofertório:
Quando, nas horas de íntimo desgosto, lembramos do calvário,
Sentimos uma dor imensa, inexplicável... culpa e remorso atroz,
Como se desse tempo, a gente lembrasse, na qualidade de adversário,
Então - do imo da nossa alma suplicamos perdão: Perdão em alta voz!
Itanhaém, 10/10/2017
Jose Aloísio Jardim ( Mr. Garden )
Para coroar sua cabeça - galhos de espinhos!
Para seus pés descalços - nem azeite e nem mel!
Para seu ombro - uma pesada cruz pelos caminhos!
Seu olhar... era de tristeza misturada ao pranto,
Pela dor imposta por seus impiedosos algozes,
Com o corpo desnudo... pelo seu roto manto,
Ao som sacrílego, de histéricas e altas vozes!
A turba enfurecida não se importava com Jesus,
Açoitava, humilhava, gritava e cada vez mais feria,
Numa" via crucis " das trevas, cega, bruta, e sem luz!
Quando passou por sua Santíssima mãe - a doce Maria,
Ouvia com os ouvidos de ouvir: " Deus Pai, tenha piedade,
De meu filho, mas, seja feita a Tua sagrada - e única vontade!"
Ofertório:
Quando, nas horas de íntimo desgosto, lembramos do calvário,
Sentimos uma dor imensa, inexplicável... culpa e remorso atroz,
Como se desse tempo, a gente lembrasse, na qualidade de adversário,
Então - do imo da nossa alma suplicamos perdão: Perdão em alta voz!
Itanhaém, 10/10/2017
Jose Aloísio Jardim ( Mr. Garden )
A solidão no ocaso da lida
Temos durante a nossa vida: Amores, romances e paixões...
Somos frutos da ânsia de viver,
De viver um grande amor!
Sonhamos com um berço balançando,
E uma vida inocente palpitando,
Num bercinho,
De seda ou de cetim,
Ornado com flores perfumadas de um jardim...
O tempo, inexorável, passa,
E nos curvamos à sua inflexibilidade,
E tudo vai ficando na saudade,
Nas desilusões e nos desenganos,
De duas vidas unidas,
Pelas pessoas que amamos,
Separadas, pela própria lida!
Nas escadas, descemos e subimos,
Com dificuldade... já na provecta idade!
Nossas vidas e nossos corações,
Mais parecem uma colcha de retalhos,
E as flores do nosso jardim,
Já não abrem em botões,
E suas pétalas, caídas ao chão,
São restos de sonhos e alegrias:
Tudo em vão!?...
Nossos pés sangram ao andar e ao pisar na terra seca da vida,
Somos almas vencidas nas veredas da solidão...
O que nos resta? O que esperar no ocaso do último dia?
Qual sera a foice que decapitará nossas esperanças,
De amar e ser amado?
Não sei e ninguém sabe, mas, se tivermos um pouco de lucidez,
Entenderemos que, na curva deste longo caminho,
Infelizmente, estaremos, simplesmente: Sozinhos!
A gente, geralmente, começa em dois,
Aí, o destino nos separa, agora ou depois,
Então, contamos com o talvez,
Da separação... ou da viuvez!
Acho que todos nós somos iguais aos passarinhos,
No final desta jornada, deste orbe em transição,
Todos temos como sina ficarmos sem ninhos,
Na dita viuvez...ou na maledeta separação!
" Quem vai primeiro? Eu ou você? Só quem sabe... é Deus!
Mas, uma coisa é certa: Para nós dois... a porta está aberta,
A vida é um ponto de interrogação para os crentes e os ateus:
Uma coisa podemos ter certeza - a morte é uma coisa certa!
Itanhaém, 10 de out de 2017
Jose Aloísio Jardim ( Mr. Garden )
Somos frutos da ânsia de viver,
De viver um grande amor!
Sonhamos com um berço balançando,
E uma vida inocente palpitando,
Num bercinho,
De seda ou de cetim,
Ornado com flores perfumadas de um jardim...
O tempo, inexorável, passa,
E nos curvamos à sua inflexibilidade,
E tudo vai ficando na saudade,
Nas desilusões e nos desenganos,
De duas vidas unidas,
Pelas pessoas que amamos,
Separadas, pela própria lida!
Nas escadas, descemos e subimos,
Com dificuldade... já na provecta idade!
Nossas vidas e nossos corações,
Mais parecem uma colcha de retalhos,
E as flores do nosso jardim,
Já não abrem em botões,
E suas pétalas, caídas ao chão,
São restos de sonhos e alegrias:
Tudo em vão!?...
Nossos pés sangram ao andar e ao pisar na terra seca da vida,
Somos almas vencidas nas veredas da solidão...
O que nos resta? O que esperar no ocaso do último dia?
Qual sera a foice que decapitará nossas esperanças,
De amar e ser amado?
Não sei e ninguém sabe, mas, se tivermos um pouco de lucidez,
Entenderemos que, na curva deste longo caminho,
Infelizmente, estaremos, simplesmente: Sozinhos!
A gente, geralmente, começa em dois,
Aí, o destino nos separa, agora ou depois,
Então, contamos com o talvez,
Da separação... ou da viuvez!
Acho que todos nós somos iguais aos passarinhos,
No final desta jornada, deste orbe em transição,
Todos temos como sina ficarmos sem ninhos,
Na dita viuvez...ou na maledeta separação!
" Quem vai primeiro? Eu ou você? Só quem sabe... é Deus!
Mas, uma coisa é certa: Para nós dois... a porta está aberta,
A vida é um ponto de interrogação para os crentes e os ateus:
Uma coisa podemos ter certeza - a morte é uma coisa certa!
Itanhaém, 10 de out de 2017
Jose Aloísio Jardim ( Mr. Garden )
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
A boca da barra de Itanhaém
Sozinho, caminho até a boca da barra,
Olho para a água do mar e do rio,
Onde meu olhar... se esbarra,
Neste mar, mar tão bravio!
Quando a água do rio invade o mar,
No refluxo gravitacional da maré,
Quedo-me sozinho a pensar:
E agora, e agora José?
A boca da barra... tem lá os seus mistérios,
Nas ondas que fazem... divisa com o rio,
Em perigo constante qual cadela no cio...
Olho com os meus olhos meio perdigueiros,
Caçando a esperança na volta dos marinheiros,
Os barcos atracando no Baixio, tem seus critérios!
Então, vem-me uma tristeza de veras indefinida,
E uma névoa, devagarinho, se abate sobre mim,
Me envolvendo em recordações da minha vida,
De um passado, que me parece nunca ter fim!
Perdido no tempo das minhas memórias,
De antigas amizades - amores e saudades,
Que fazem parte ( ... ) das minhas histórias!
A boca da barra de Itanhaém - é um recanto indefinível:
Lá, a pedra, o mar e o rio canta, neste lugar aprazível!
E seu verbete, em latim é:
" Angulus ridet!" Não é, Beth?
Itanhaém, 10 de out de 2017
Jose Aloísio Jardim ( Mr. Garden )
Olho para a água do mar e do rio,
Onde meu olhar... se esbarra,
Neste mar, mar tão bravio!
Quando a água do rio invade o mar,
No refluxo gravitacional da maré,
Quedo-me sozinho a pensar:
E agora, e agora José?
A boca da barra... tem lá os seus mistérios,
Nas ondas que fazem... divisa com o rio,
Em perigo constante qual cadela no cio...
Olho com os meus olhos meio perdigueiros,
Caçando a esperança na volta dos marinheiros,
Os barcos atracando no Baixio, tem seus critérios!
Então, vem-me uma tristeza de veras indefinida,
E uma névoa, devagarinho, se abate sobre mim,
Me envolvendo em recordações da minha vida,
De um passado, que me parece nunca ter fim!
Perdido no tempo das minhas memórias,
De antigas amizades - amores e saudades,
Que fazem parte ( ... ) das minhas histórias!
A boca da barra de Itanhaém - é um recanto indefinível:
Lá, a pedra, o mar e o rio canta, neste lugar aprazível!
E seu verbete, em latim é:
" Angulus ridet!" Não é, Beth?
Itanhaém, 10 de out de 2017
Jose Aloísio Jardim ( Mr. Garden )
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