terça-feira, 28 de novembro de 2017

Afinal de contas... Sou dono de que?

Dizem, que sou o único dono de mim,
Que sou dono das flores do meu jardim,
Dizem, que sou dono... da minha vontade,
E que, também, sou dono da minha liberdade.

Dizem que sou dono de quase tudo que existe,
De quando estou feliz - ou quando estou triste,
Dizem, tantas coisas que existe - e ninguém vê:
O que me chateia é eu não ser: o dono de você

De você - eu sou, simplesmente, o próprio otário,
Afinal de contas - de que adianta ser dono de tudo,
Se você não é minha e eu sou... o seu criado mudo!

Tudo isso... faz parte, do meu eterno e terno calvário,
Eu queria ser o seu único dono - amar e prender você.
Afinal de contas - agora, sem você - Sou dono de que?

Concluindo:
Você foi a luz que permitiu meu caminhar na estrada escura da lida e, como raios de luz, sumiu na claridade dos meus dias, misturando sua beleza na natureza dos matizes do arco-íris... E fiquei só, iluminadamente, só!

Itanhaém, 28 de nov de 2017

José Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )


domingo, 26 de novembro de 2017

Casamentos

A gente, de repente, vai morar em uma casa, fica nela um bom tempo e acostuma-se com a rotina do dia a dia, vai conhecendo todos os cômodos, todas as áreas internas e externas, toma ciência das cores e dos mínimos detalhes, sabemos de cor e salteado tudo que é possível saber sobre a construção da nossa moradia, porém, dificilmente, adentramos no sótão da nossa residência, porque, lá, só existem coisas e objetos esquecidos pelo tempo, que não damos valor e que até, queremos esquecer, definitivamente...
Assim, parodiando o cotidiano das uniões matrimoniais e afetivas, o dito casamento, é como uma casa que a gente vai morar por toda uma vida ou por uns tempos, para, depois, mudarmos de endereço e ir viver em outro lugar, esquecendo ou não da moradia anterior, onde as lembranças, às vezes, teimam em aparecer de supetão, nos causando, ora tristezas, ora alegrias pelo tempo vivido, bem ou mal, nos dias do pretérito em estagiamos uma vivência para nossa evolução espiritual e cumprimento de metas traçadas na espiritualidade maior quando aceitamos aqui labutar para aprender...
Mudamos de residência, quantas vezes quisermos e, de casamentos, também...
O que havia no sótão da nossa casa e que la ficou quando mudamos? Talvez, nem saibamos... mas, no quarto escuro da nossa alma, carregamos conosco as mazelas, as dores, decepções, fantasmas e assombrações, que permanecem na nossa mente, aparecendo de quando em vez, para nos atormentar, ao lado de alguém que escolhemos para ser nossa "cara metade", por quanto tempo nem o sabemos...
Esta é a razão pela qual é preciso fazer uma "faxina" nas afeições do passado, perdoando e nos libertando das mágoas, que insistem em nos assombrar na calada da noite, desde o alvorecer de um novo dia que essas lembranças nos crucia...
Portanto, uma união afetiva, quando termina, devido a "n" motivos, plausíveis ou não, é preciso que busquemos a harmonização das mentes que, aparentemente, estavam em conflitos nos campos das " incompatibilidades de gênios", que soe acontecer na humanidade entres os ditos " homos sapiens ..."
Fixando o pensamento na assertiva de que - ninguém é de ninguém - a gente deveria entender que: somos usuários passageiros das emoções e sentimentos de amor, com que deleitamos, em momentos, nas alcovas da vida, que passam como passam as brisas de verão, deixando saudades no nosso coração...
Mas, é pelo nosso egoísmo e sentimentos de posse com a pessoa amada, que caímos no sofrimento e na dor da separação, quando isso acontece, e a gente não esta pronto (a) para um novo alvorecer, um novo amor, preso que estamos às amarras das conjunções carnais efêmeras, efêmeras, efêmeras...
Então, quando uma pessoa busca, ou não busca,  e encontra um novo amor, precisa "deletar" a imagem do pretérito, esquecer a mágoa que é um corrosivo da alegria de viver, e uma alforria do coração pronto para ser feliz, outra vez...
Tem gente que adoece e entra em depressão, pela falta perdão no coração...
Mudemos nosso padrão de pensamentos, palavras e obras, voltadas em prol do nosso semelhante, em moto-contínuo constante, e abracemos o novo dia que começar a raiar no horizonte da vida na plenitude de um novo amor: O amor à Deus sobre todas as coisa e o próximo como a nós mesmos! Este - é a síntese de todos os Mandamentos e de todos os casamentos!
E tenho dito!

Itanhaém, 26 de novembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )






quinta-feira, 9 de novembro de 2017

As religiões e o elo perdido


As religiões politeístas admitem a existência de mais de um deus e as monoteístas: Judaísmo,Cristianismo e Islamismo, juntas, agregam mais da metade da humanidade, dos que creem em um Deus Único, mas, existem mais de 10 mil religiões, segundo o Missionário David Barret, que faz pesquisa, ano a ano, pelo mundo a fora e, pelo sim ou pelo não, a quantidade não é o nosso escopo para esta digressão, e sim uma abordagem simples, sobre a razão e finalidade de uma religião, que entendemos, que seja aquela que nos faça melhor, na escala evolutiva e progressiva da humanidade, nos tornando seres amoráveis e fraternais, sem estabelecermos condições para esses procedimentos, antagônicos ao amor incondicional... apregoado pelos Mestres ascensionados, de quaisquer denominação religiosa...
Isso, posto, cada religião esta para o seu professante, de acordo com seu estado de evolução espiritual, pois, nos meandros dos ensinamentos, ritualísticas, adereços, trajes, usos e costumes, estão implícitas regras de condução daquela religião, que nasceu em determinado tempo, com as interpretações inerentes às fontes advindas, quer de livros ou conhecimentos, ditos divinos ou esotéricos, que devem serem abraçados e seguidos, rigorosamente, para atingir os fins colimados no seu contexto integral, visando o progresso espiritual do neófito, via de regra, sem tergiversação...
Mas, sempre, há um mas, creio que, a religião do futuro, será aquela que encarará a razão, a lógica, o bom senso e a fé inabalável, face a face, em todas as épocas da humanidade, onde haverá um só rebanho e um só Pastor, pois, no contexto de tantas religiões, desponta um só Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis e, se não ha mais de um Deus, nada mais lógico do que haver uma só religião e, as que existem e subsistem, são temporais, passageiras e efêmeras na roda do tempo, que um dia ruirão, nas areias movediça do conhecimento das verdades, que libertarão o homem, ainda preso à ignorância do amor fraternal, incondicional, que une criaturas e Criador, nas telas do universo, vibrando em sintonia de co-criação, de infinitas possibilidades na seara do Bem, a que todos somos chamados a compartilhar e participar, afetivamente, para que haja paz entre as criaturas, em progresso de moto-contínuo...
As leis divinas, a despeito dos inúmeros preceitos, estão inscritas na consciência de cada um, razão pela qual, sabemos o que é errado e o que é certo e direito, e o fazemos devido ao nosso livre-arbítrio, que é uma centelha divina no âmago da nossa alma, vindo à tona pelos nossos pensamentos, palavras e obras, que devem serem evitados, na maioria das vezes, para que não caiamos em tentações de fazer e praticar, aquilo que mais nos apraz e nos é lícito, mas, nem sempre, nos convém... portanto, não ha religião errada, somente atitudes erradas pelo exercício, inflexível, da nossa vontade...
E se tudo está em tudo, só o tempo, esse mestre inigualável, para nos conduzir ao conhecimento e entendimento da vida... e das religiões espalhadas por este "Orbe de meu Deus..."
Qualquer religião que professemos, e seus preceitos conseguirmos seguir, é o caminho certo para a gente evoluir...
Porém, o homem de hoje, perdeu da vida a referência e o seu sentido, por isso é que ele busca, em todas as religiões - onde esta - o ELO PERDIDO...

ET:  
Um simples mimo  ao Escritor: F. RIVAS NETO
( Ainda, não li o seu Livro... )

Itanhaém, 09 de 11 de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo jardim )

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A decepção

Era uma  festa comum de confraternização,
Reuni os amigos e amigos dos amigos... e levei,
Aquela que sempre fizera... parte do meu coração,
Mas, ao final do evento, a dor me invadiu e eu chorei!


Sempre recebi, em contrapartida, pelo meu amor: o desdém.
A alegria tomou conta de todos os participantes - no karaokê,
E a minha amada foi cantar... acompanhada de um certo alguém,
Que a enlaçou por baixo de seus cabelos: assédio que muito se vê!


E o amor de que sou carente, mas, que sempre tive por ela... de repente, adormeceu!
Insensível à minha dor, ao colocá-la a par do fato (com fotos), ainda defendeu o assediador,
O amor, ás vezes, é cego, porém, o meu ciúme não é - e no meu jardim, mais uma flor morreu!

Assim, são muitas histórias de casamentos desfeitos, de amor que morre no peito cheio de dor!
Infelizmente, sou parte daquela turma, que sente a pontada do chifre... e morre do coração:
Pois, ser pré-corno e desprezado, nesta bendita vida, é a pior e " maledetta " decepção!

OFERTA:
Certas coisas... não tem como colocar "panos quentes!"
Agora, entendi aquele ditado que ela sempre me falava:
" - Perdoo, mas, não esqueço!" Palavras, envolventes,
Da mulher que vivia de aparências... e não me amava!


OBS:  

Esta é uma obra literária ( poética ), fruto da minha imaginação... e qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência, mas, que merece ponderação, pois, nesta lida:
O que os olhos não vê o coração não sente, porém, quando vê, a pessoa fica doente e vai definhando, lentamente, pela falta da força, pela perda da fé e ausência do perdão. neste ato de pseudo traição, ocasionando uma ferida - pelo resto da vida - pela ideoplastia da traição! 
Aí, as Casas Espiritas ficam cheias de gente... buscando uma solução, que está na nossa mente e não no coração, isso se chama: Valorização! E enquanto o ser humano não se valorizar, cairá nas malhas da obsessão, ficando fascinado - por uma mono ideia - e depois, subjugado... na dor da decepção, fruto do nosso apego às coisas materiais em detrimento às sublimidades das espirituais, pois, ninguém é de ninguém, nem no aquém, nem aqui e nem no além... E o amor, incondicional, é que nos liberta das prisões, criadas nos nossos pensamentos invigilantes, onde plasmamos as grades intransponíveis das nossas cadeias invisíveis e dos sentimentos risíveis... 
E tudo tem um preço e para começar do começo, eu acho, que tudo isso  eu mereço, então, não fica o dito pelo não dito, pois, enquanto ela anoitece... eu, amanheço!
E tenho dito!


Itanhaém, 09 de 11 de 2017



Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim)




terça-feira, 7 de novembro de 2017

Para eu ser feliz: Decreto.


Para eu ser feliz é muito simples a matemática:
Dou-te meu amor... incondicionalmente!
Meus carinhos, te dou, lascivamente,
Ate minhas horas sorumbáticas...

Dou-te tudo, tudo o que quiseres,
Ofereço-te da vida o que tenho,
Não desejo... outras mulheres,
Sem ti, não vou e nem venho!

As migalhas do teu amor... eu aceito!
Tu és tudo, tudo que eu sempre quis!
E o pouco - é muito para eu ser feliz!

Na nossa vida, à dois, só tem um jeito:
Multiplicar este amor... que eu sinto,
Pela tua taça, de amargo absinto!

Oferta:
Para eu ser feliz, basta o teu sorriso,
O doce momento... do teu carinho,
O teu abraço e o teu beijinho:
Isso, é tudo o que eu preciso!
.......................................................
Mas, em verdade... para eu ser feliz,
Quero ser -  na tua cama - um aprendiz!
Tu serás a delinquente e eu serei o teu juiz!
E jamais te condenarei - como uma meretriz!
Tua sentença será escrita, com um pedaço de giz!
Assim será porque é assim que eu decretei, disse e quis!
Ficam suspensas as opiniões... que esse decreto contradiz!

Itanhaém, 08/11/2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

O coveiro de Itanhaém

Quem morreu? Perguntou o visitante esquisito!
No caixão jazia o imóvel defunto em letargia,
O sobre ele, em zigue-zague, um mosquito,
E  o nato coveiro na sua habitual apatia.

Quantos já enterrara? Já tinha perdido a conta:
Gente com catalepsia... feto vivo e feto morto,
Todos -com certidão de óbito e olhar absorto,
Sabia de cor todos os nomes de ponta a ponta!

Seu negócio era numerar as sepulturas e fechá-las,
Colocando um letreiro com data e nome do finado,
Trocando a água dos vasos e as "zícas" rechaçá las!

Tudo isso - diz ele - faço, totalmente, de bom grado,
Mas, o cemitério de Itanhaém, não é nenhum museu,
E detesto quando me perguntam: " - Quem, morreu?"

Oferta:
Não profanem os túmulos e as almas que dormem,
Com perguntas idiotas, que o silêncio é a resposta,
Deixe que a luz e a paz as novas vidas transformem,
No despertar dos umbrais que ficam além da crosta!

Itanhaém, 07 de nov de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Saudade: projeção da mente


Que saudade louca de ti amada  minha,
Minha princesa, amante e minha rainha,
És tudo isso e muito mais; loucura total,
És o meu bem, minha vida... e meu mal!

Sou um eterno apaixonado pela tua pele,
Pelo teu carinho... teu amor e aconchego,
Quando, à tardezinha, do trabalho chego,
E peço, que desnuda, em pelo, se revele!

Interstício:
Peço te, coveiro, que não enterre o meu passado,
Pois... eu vivo da crença absurda das lembranças,
Do tempo em que fui feliz... por tê-la ao meu lado.

Peço-te, coveiro... não destrua minhas esperanças,
Quero ainda...  abraçar o meu passado de saudade,
Antes que Jesus me chame e leve para a eternidade!

Ofertando:
Era o luar iluminando o meu caminho,
Era uma noite - cálida de primavera,
Eu seguia pela rua triste e sozinho,
Ouvindo na saudade: Espera!
Só podia... ser alucinação,
Dentro da noite tão bela,
Mas, seja sim ou não:
A voz... era dela!

Itanhaém, 02 de nov de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo jardim )


Aves em liberdade

                                           (O título poderia ser: Dia de finados )

Já fui prisioneiro da carne tantas vezes,
Já fui cadáver deitado num ataúde,
Desenganado por dias e meses,
E enganar a morte não pude!

Fui arrebatado pela morte do corpo,
Ganhei a amplidão... uma nova vida:
Meu destino, foi um alvissareiro porto,
Um novo lar - pela esperança perdida!

Nascer, viver, morrer e renascer de novo
Esta é a Lei, inexorável, do progresso,
Inscrita... na consciência do povo!

E nesse vai e vem, o espirito se torna egresso,
Da dor, das provas e expiações da humanidade,
Ganhando a paz - como as aves - em liberdade!

Oferta:
O dia dos mortos, é também, o Dia dos finados...
Pois, quem morre, nesta terra, dizemos que findou,
Os erros da cristandade... chamamos de " pecados, "
Porém, só tem liberdade, quem do egoísmo se libertou!

Itanhaém, 02 de novembro de 2017

Jose Aloísio jardim   ( Sêo jardim \)