quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A via sacra do desdém

Ando triste e  falando sozinho,
parecendo um doido varrido,
não sei e não tenho caminho,
por não ser mais por ti querido!

Corro pela vida meio sem jeito,
e ninguém consegue me pegar,
meu destino é cheio de defeito,
e não tenho... com quem falar!

Nunca fui muito valente,
e sempre perdendo a saída,
sozinho... sou mais contente,
por ser... um "gauche" na vida,

A solidão me deixou acostumado,
com a tua ausência da minha vida:
Hoje sou um homem condenado,
pelo teu desdém: minha querida!

Já nem reclamo mais da vida,
suportando a tua ausência,
também... não busco guarida,
e nem peço tua clemência!

Como bem devagarinho,
o pão que o demo amassou,
pela falta do teu carinho,
caminhando... sozinho vou!

Muitos querem me ajudar,
dar um pouco de conforto,
mas, não adianta enganar,
o coração, que está morto!

Uma parte de ti vive em mim,
a outra parte alguém levou...
mas, isto não significa o fim,
pois, meu amor, ainda te dou!

Nossas almas foram separadas,
com tua saída do meu coração,
essas almas... desencontradas,
terão, no fim, um roxo caixão!

Na terra, por um tempo, fomos ligados,
como amigos suportamos mutuamente,
o que não suportaria creio, muita gente,
pelo fato... de não sermos apaixonados!

Minhas ideias, escrevo, porque as sinto,
na minha dor bebendo a taça de absinto!
Meus versos, tem uma condição e meta:
De você interpretar o que diz este poeta!








É preciso repensar a conduta dos políticos do Brasil.

Vem comigo: reflitamos!
 
Porque não atender aos anseios do povo, cumprindo as leis contidas na Constituição, que expressam a sua vontade política com igualdade de oportunidades, sem restrições e preconceitos sociais, econômicos, raciais, religiosos ou outros quaisquer, integrando as minorias na plenitude nacional.
Democraticamente, garantir os direitos ao lado dos deveres, sob a égide da liberdade, preservados pelas leis emanadas do povo, e que, em seu nome... deveriam serem exercidas!
Quem escolhe o governo é o povo, através de seus legítimos representantes nas casas legislativas: Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Câmara dos deputados, Senado Federal, Presidente e Vice,  que possuem uma Comissão de Constituição e Justiça, que verifica as propostas para dizer se elas podem ou não serem votadas, ou seja, se está dentro da constitucionalidade política e jurídica da Nação.
Srs. políticos e Juízes, será que ignoram as leis soberanas dos Estados Unidos... do Brasil?
Fora das leis da Constituição Federal, impera e prevalece a lei da força em detrimento da força da Lei, que conduz governos e governados, ao caos e ao apocalipse das instituições, empresas, e organizações diversas, além da paz, ordem e progresso, afetando a todos, que deveríamos viver em harmonia e esperança, em uma Nação, cujo brado retumbante, deveria elevar um hino de agradecimento aos eleitos pela vontade popular, mas, o que temos? Somente as lágrimas e a decepção com os destinos que esta Nação nos oferece, pelas atitudes dos governantes que deveríamos amar, ou, pelo menos, respeitar...
Será que precisamos de um Plebiscito para elaborar uma Nova Constituição, através de uma Assembleia Geral composta e eleita por representantes do povo, ao invés de fazer cumprir as leis que já existem, deixando transparecer a honestidade, o compromisso, a determinação de servir ao bem comum, o interesse coletivo e social, etc e tal?...
O poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido, porém, os desmandos dos governos, serão as sepulturas de seus breves estágios, nos cargos investidos de tantas responsabilidades relegadas ao léu...
A Constituição só vale se for cumprida por todos nós, governados e governantes
Quantas Constituições tivemos? Mais de sete, não?
Pensando bem, já é hora de cada um fazer a sua parte... e já que quem os elegemos não fazem, aproxima-se o momento, que eu não gostaria que chegasse:
O momento dos Movimentos em prol de um Brasil melhor...
E isso pode gerar conflitos que deveriam ser evitados, através das posturas de honestidade, compromisso social e Justiça pelos poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário!
Li, não me lembro onde, a seguinte trova:
 
" Mais forte que a voz do rei,
é a voz do homem da rua,
o rei passa, passa o rei,
mas, o povo continua."
 
Estas palavras, não é um aviso aos navegantes, e sim, um alerta para os espíritos que se comprazem no mal, nos caminhos sinuosos da Administração Pública, que, embora cheia de armadilhas, instigando à corrupção pela facilidade do poder temporal e lapidação do erário público... Fascina aqueles que passam por suas veredas!
E tenho dito!
J. A. Jardim  ( Sêo Jardim )
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Porque ser maçon exerce um fascínio nas pessoas?

Porque, a Maçonaria, não está de portas abertas para todas as pessoas, que não pertencem a esta sublime ordem, e somente adentram em seus templos, através de um convite formal de um de seus membros.
Ao leigo, é impossível saber o que acontece dentro das quatro paredes de um Loja, e os boatos, mitos e mistérios que a envolvem, pelas mentes curiosas, tornam a Maçonaria objeto de desejo de saber as "verdades..."
Quando se fala de Maçonaria, todos os ouvidos ficam atentos...
Certas passagens, conhecidas pelos pesquisadores e curiosos não-maçons, como o culto ao demônio Bafomé, a posse do Santo Graal, os Illuminati, o compasso, o esquadro, e as lendas, instigam o homem do mundo profano a conhecer, cada vez mais, tudo que envolve a Ordem dos Pedreiros Livres...
As igrejas católicas francesas, tem seus símbolos com significados ocultos, com mensagens perdidas no tempo e no templo da "Igreja de Chartres", esperando ser desvendadas... esclarecendo a franco-maçonaria...
Surge na França a " camaradaria" para ensinar as artes da construção aos pedreiros e torna-los Mestres, permitindo que pudessem estabelecer-se por conta própria, surgindo, assim uma embrionária união sindical, que, além do trabalho, garantia alojamento, alimentação e roupas, desta forma, pertencer à organização significava uma vida mais digna e segura: O aspecto fraternal da Ordem!
Consideramos, pelos indícios, que a sociedade exista desde a Antiguidade, e fortalecida através dos tempos, ate os dias presentes pela coragem e sentimentos fraternais, que envolvem os maçons espalhados pelos quatro cantos da terra...
O segredos da geometria sagrada e os métodos de construção chegaram aos italianos nas cidades de Veneza e Ravena, onde passaram a se reunir num lugar chamado de "Loggia", supondo a derivação do nome, que hoje mantemos, originado deste vocabulário.
Símbolos, tais como o nó, a corda da eternidade entrelaçada, as historias do Rei Salomão e Hirão, no Livro de Reis, na Bíblia Sagrada, são testemunhos de um tempo em que a Maçonaria firmou sua força, onde a fraternidade universal era e é uma das razões da sua existência até os dias de hoje...
Acredita-se, também, que os conhecimentos iniciáticos foram adquiridos na época das Cruzadas, quando, nas guerras santas, os Cavaleiros Templários defendiam os territórios conquistados pelos cristãos...
Temos, na composição da Ordem, graus que consideramos principais e importantes na escalada do obreiro, ( Aprendizes, Companheiros e Mestres ) onde caminhamos para o GADU ( Grande Arquiteto do Universo) que é Deus. Existem outros graus, indo até o 33º, mas, que depende de quem esteja interessado em crescer mais rápido na sua escalada evolutiva, cuja menção bíblica da Escada de Jacó, simboliza esse desejo que nos faz olhar para dentro de nós, adquirindo saber e sabedoria para sermos cada vez melhor... na convivência  e auxílio ao nosso semelhante!
A maçonaria, em seu esforço de iluminar a humanidade, sempre se opôs ao poder vigente que governa em prol de si próprio e não dos cidadãos.
A meta das sociedades maçônicas é ajudar o progresso da humanidade, e a forma de atingir um conhecimento supremo, é através de uma consciência superior: É o encontro do "deus" interior em detrimento do abandono do ego...
Aqueles que se iniciam na maçonaria, são despertados pela consciência da fraternidade universal, portanto, os maçons não precisam de uma igreja, não estão obrigados a seguir nenhuma autoridade religiosa ou temporal.
O mundo material é o reflexo do mundo espiritual, ( máxima hermética ) base esotérica dos antigos mistérios egípcios, do cristianismo místico, gnosticismo, cabala, rosa-cruzes e maçonaria, mas, para as religiões, isso é um contra senso e motivo de perseguições contra a ordem maçônica, acusando-a de satanismo e outras similares...
O caráter sigiloso da maçonaria, serve de inspiração para as teorias de conspiração e de adoradores do demônio, assunto, extremamente controverso, da filosofia e preceitos maçônicos, que visam o progresso da humanidade, a fraternidade, a luta pelos direitos humanos e  pela construção de templos à virtude e masmorras ao vício... E todos os maçons são possuidores de bons costumes, e como a Maçonaria é auto-limpante, os maus maçons "pedem demissão" e vão aportar nos edifícios da corrupção, construídos pelos maus governantes, que solapam o erário público... ou nas igrejas que cobram o "dízimo" prometendo o céu e o perdão dos pecados... Esta ilusão, que a realidade da vida após a morte, descerrará o véu das crenças irracionais... que nada tem a ver com Martinho Lutero ou Calvino, nas promessas pentecostais de um mundo novo, através do Evangelho de Jesus Cristo!
A fé, em alguma coisa, tem que ser racional e passar pelo crivo do bom senso, da lógica e da razão!
A intenção foi dar uma pincelada, uma rebuscada nesta Ordem Maçônica, que fascina tantas pessoas...
E tenho dito!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Moléstias "psicossomáticas."

Recordações e sentimentos  negativos, às vezes, transformam-se em doenças!
Nossos clichês mentais, arquivados em nosso eu profundo, que muitos chamam de inconsciente, vem a tona através de velhas recordações do passado delituoso, ou na atualidade dos pensamentos, palavras e obras,  praticadas nos caminhos da estrada larga dos "pecados" de todo jaez!
Registrados nas retinas da alma, emitem energias que nos aprisionam no fluxo desses "insigts" desagradáveis de antigas mágoas, vergonhas, culpas, amarguras, feridas morais e remorsos de ações perpetradas contra nosso semelhante, em qualquer tempo, passado ou presente.
Não entendemos que o perdão a nos mesmos e aos outros, é um maravilhoso instrumento de cura para todos os males que nos conduz às enfermidades do presente.
Muitas moléstias reconhecidas, agora, como "psicossomáticas" eram tratadas como orgânicas, somente, deixando um vazio no tratamento essencial da sua origem, que são as doenças psicológicas, que ensombram a alma humana, e são de difícil diagnóstico pela medicina tradicional, que, hoje, já aceita uma diagnose dos meios convencionais e espiritualistas, cujas insanidades físicas, são enfocadas pela ótica das somatizações das recordações de ódio, raiva, ressentimentos e vinganças, que culminam em doenças de longa duração...e de difícil debelação.
A deficiência imunológica  é resultado das tendências morais da alma, que pode modificar o sangue, provocar secreções ácidas ou hormonais, perturbar as multiplicações celulares e a saúde, de um modo geral...
As maldades, os sentimentos de raiva, rancor  e ressentimentos outros, são a força motriz que conduz o homem à doença, às moléstias antigas e recentes que prolifera, assustadoramente...
Tudo isso está vinculado ao nosso padrão vibratório de sentimentos negativos, desarmonizando nosso corpo físico, e nos conduzindo à somatização das sequelas das mais diversas doenças atuais e pré-existentes...
Se quisermos saúde e paz de espírito, temos que nos libertar destes algozes da alma, que são os culpados do nosso sofrimento, traduzidos em: Não esquecimento das ofensas, não tolerância, não perdão incondicional, não compreensão...
Das moléstias "psicossomáticas" nos libertaremos, quando as forças do "não perdão" deixarem de comandar o leme das nossas vidas...
Não sejamos coléricos.
Não sejamos inflexíveis.
Não mantenhamos as velhas chagas do passado.
Esqueçamos os ódios, as raivas e os ressentimentos.
Somente o amor e o perdão incondicional é o antídoto para as moléstias "psicossomáticas."

Decisões

Sempre nos deparamos com a decisão a ser tomada.
O que fazer, pra onde ir, com quem ficar, subir ou descer, sair ou não deste mundo! Enfim, tomar uma decisão é uma questão de atitude, de coragem ou de estilo de vida, e por aí a fora...
Quando pensamos, falamos ou agimos, plasmamos no universo infinito, as diretrizes futuras da vida e do nosso destino, ou seja, do nosso futuro e, consequentemente, dos destinos daqueles com quem convivemos no dia a dia, pois, as nossas palavras e ações influenciam os que nos cercam e com os quais convivemos no cotidiano...
Para isso, Deus nos deu, como oportunidade, a dádiva do livre-arbítrio, para que decidamos o que fazer do tempo, através de ações voltadas para o nosso desenvolvimento espiritual, e dos que são partes da nossa vida, na condição de parentes, consanguíneos ou não, amigos e aderentes...
Quando agimos erradamente é porque optamos pelo que nos parecia melhor de acordo com o nosso entendimento e a nossa visão pela nossa maneira de entender a vida.
A decisão do melhor para nós esta vinculado ao raciocínio lógico e as experiências que temos em nossa alma de prístinas eras até o dia presente.. o que sentimos em profundidade é o que somos de melhor.
Ao decidir o que nos convém, está contido o amadurecimento de nosso espírito, e o que de melhor somos perante a vida e, sempre sofreremos no amanhã, a lapidação da nossa escalada evolutiva, pelas atitudes do passado recente, também...
Faltas e ineficiências são supridas pelas atualizações do porvir, que nos condicionam a um tratamento de imunização doloroso ou não, mas, eficiente.
Nossas decisões são protegidas pela Providência Divina desde que não transgridamos os limites das Lei Naturais que nos sustentam e amparam, na nossa aptidão de fazer, decidir, analisar e tomar decisões...
"... mas, Deus lhe deu, a mais do que ao animal, o desejo incessante do melhor que o impele à procura dos meios de melhorar sua posição..." Cap. XXV, itens 1 e 2 de E S  E
Nós fugimos de tudo, menos de nós mesmos! Onde quer que vamos levamos conosco o nosso "eu" profundo, que não nos deixa um instante sequer, nos cutucando com a "vara curta!
Porém, abrindo o coração para uma das máximas do Evangelho, diria que: " - Não vos preocupeis com o dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. A cada dia basta o seu mal!"
Uma decisão baseada na genuflexão da oração é um roteiro seguro para seguir a viagem planejada nos caminhos da existência!
Decisões devem ser baseadas no amor e no bem do nosso semelhante, senão, estaremos cavando a cova das nossas alegrias...
Assim é se vos apraz, meu amigo Corona!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Esperança enganosa

Dizia, o transeunte, andando sozinho, pelas ruas da cidade, sem rumo certo, sem objetivo, sem eira nem beira, com olhar esgazeado, perdido no tempo, que parecia brincar com sua parca lucidez:
" - Viver sem teu carinho é melhor viver e morrer...sozinho!
Minha esperança entrou  em coma induzida pela frieza do teu amor!
Minha esperança não passa de uma triste lembrança do que poderia ter sido!"
O que esperar da vida se tenho o meu coração de luto!"

Mas, a esperança consegue nos enganar,
disfarçada... de possibilidades,
da gente ser amado e amar!

É um sonho de uma noite de verão,
é um sonho de uma noite enluarada,
o eterno desejo... de um coração!

Mil beijos, carinhos e desejos,
tudo isso espero da vida
me seguindo em cortejos,
bálsamo... desta alma ferida!

Mas, o que a esperança me dá?
Onde está o seu doce fruto?
Acho mesmo que a vida é má:
Pois, tenho o meu coração de luto!

Mediunidade servidora


- Lá no céu...
Nossa Senhora sempre ouvia,
um pedido... Diferente!
Era uma outra mãe que pedia:
Saúde... para um filho doente!-

E, assim, respondia através da intuição:

" Busque na oração,
a força e o caminho para suas ações,
com resignação e aceitação,
abrace todos os corações,
buscando encontrar a razão,
do sofrimento,
e do amor que nada cobra,
na coragem que afasta o medo,
que nos atinge muito bem cedo
quando os joelhos em terra se dobra...

Coloque o lenitivo da esperança,
exercitando a temperança,
que nos guia nas sendas da evolução,
mas, não se esqueça de ser flexível,
e ter uma postura dominadora,
fazendo-se forte no amor...
e na dor... invencível!
Pois, evoluímos ao praticar,
somente:
A mediunidade servidora! "

Oferta:

( A mediunidade não é privilégio,
muito menos um sortilégio:
Ela é uma oportunidade,
de servir a humanidade! )




Trovas

A vida de cada um é cheia de mistérios,
ninguém sabe o que é certo ou errado,
nem como avaliar todos os critérios,
que leva o homem a buscar o pecado!

De que vale um homem bem culto,
se não tem nenhum gesto de compaixão,
parece mais criança do que adulto,
brincando com a vida... que na sua mão!

Certa vez, Jesus veio visitar a terra,
que há muito tempo havia deixado,
triste, percebeu  o que ela encerra:
Um vale de lágrimas e de pecado!

Todo poeta tem na vida,
outra vida - toda à parte,
quando a dor é bem sentida,
em mil versos... ela reparte!

O reencontro na eternidade

" Algum dia, quando as flores, novamente, florescerem...!"

Sei que a encontrarei na eternidade,
mesmo que o tempo demore,
e meus olhos, ainda, chorem,
pela dor, pungente, da saudade...

As provas, para almas endividadas,
são oportunidades, únicas, de saldar,
os "pecados" vividos nas estradas,
pelas maneiras, erradas... de amar!

Hoje sei que o erro maior, foi o meu,
por ser, na vida, um homem tão rude:
mas, sei que você nunca me esqueceu!

Melhor do que fui... Nunca pude:
Precisou, você, fatalmente, morrer,
para que eu pudesse, ( Só! ) Crescer!

Itanhaém, 22 de julho de 2011



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O meu piá: Douglas Chrystian Jardim

Quando morávamos em São Pedro, interior de São Paulo, fiquei ausente de casa quando fui trabalhar em São Paulo, para ganhar o pão de cada dia através da minguada moeda sonante que percebia, nos empregos que conseguia, pela sorte ou pelo QI dos amigos, que sempre me favoreciam nas estradas do destino, que às vezes, era meio ingrato... Mas, isso é outra história...
Neste tempo perdido no tempo das recordações que não se apagam da minha memória, vou falar do meu amado filho: ( Todos os são sem distinção...) O Douglas!
Nos seus bolsos encontrava, sempre, papel dobrado de maço de cigarros, bolinhas de gude, pedaços de madeira cortadinha e outros restos de objetos não identificados, isso sem contar com o estilingue esquecido, pois, vivia escondido... Não que ele fosse um matador de passarinhos, mas, para dizer aos outros garotos que tinha um... e até melhor, mais caprichado no feitio...
Andava sempre descalço e sem camisa ( Um dos motivos de minhas broncas... )
E era muito sujinho para o meu gosto, pois, não era chegado a um banho, diariamente... Descabelado e de olhos arregalados, como se estivesse escondendo alguma coisa ( E como escondia... )
Seus cadernos viviam desenhados com cores variadas e, arabescamente, traçadas... A letra mais parecia uma montanha russa... E mentia tão bem que eu chegava a acreditar nas suas façanhas, contadas com ar de tanta seriedade e convicção... de um petiz que fala e que sabe o que diz...
Curioso por demais, andava sempre por perto para escutar uma conversa e entrava em todas, dando seu palpite, cheio de gracinhas, e muitas vezes, um tanto inconveniente, com seu ar de ironia e gozação não dissimulada...
Em baixo de sua cama tinha tanta bugiganga, que era difícil catalogar sem a ajuda de um fichário por ordem alfabética... ( Neste tempo era fichário, hoje, temos o not-book e outros equipamentos de alta tecnologia e resolutividade )
Suas roupas, guardadas, eu disse, guardadas? Não! Amontoadas de qualquer jeito, limpa com suja e suja com limpa...
E quando sua mãe falava alguma coisa, fazia aquela carinha de piedade, que dava dó....
Castigo? Ele já estava calejado... E parece que piorava cada vez mais...
De vez em sempre sumia de vista... Onde andava agente nunca sabia, só depois que chegava em casa, e contava, aumentando alguns pontos...
Seus olhos pareciam os de uma coruja no meio da noite: Sempre arregalados...
Na escola não sei se colava, mas, que amolava a professora, isso, ele amolava: contava estórias de assombração, piadas cabeludas, gesticulava  e pulava de um lugar para outro como se fosse um macaco sagui...
Atrapalhava a aula com conversa fiada e jogava aviões de papel para o ar...
Às vezes,  gritava, outras, dava umas palmadas... colocava de castigo e ficava doido de raiva, sabem porque? Porque nunca fui um menino de verdade, nunca fiz nada disso que estou falando... Meu pai que não o diga...
Sou, hoje, um adulto e o Douglas, meu filho, é um menino, ou seja: Um piá! Quer dizer: Foi!
Hoje, também, um adulto que soube viver seu tempo de criança junto com seus seis irmãos, cujas reminiscências, descrevi ... Um tantinho só!
Lembranças de um tempo, na cidade de São Pedro, no interior de São Paulo...
POIS É, MEU PIÁ, A VIDA É A ARTE DO ENCONTRO, EMBORA HAJAM MUITOS DESENCONTROS PELA VIDA... Assim dizia o poeta Vinícius de Morais.
Amplexos paternais!

Como trabalhar a energia sexual

 
O sexo foi feito para a vida e não a vida para o sexo!
A energia sexual é inerente aos seres da criação.
Na polarização o princípio germinativo atua através dos insetos, aves e o vento que venta lá e venta cá... fazem essa permuta constante e atuante.
Já no reino animal, a sexualidade ganha novas fronteiras, dimensões, caracteres morfológicos e funcionais que consagram o macho e a fêmea.
No homem, está condicionada à razão e ao sentimento para atingir suas finalidades sublimes!
Vamos abordar, sinteticamente, três temas complexos que explicam essa energia que gera a vida. 
A reprodução.
A troca energética.
A sublimação da energia sexual.
 
A reprodução assegura a perpetuação da espécie, a modalidade e estrutura do corpo, a formação da família e a viabilidade da reencarnação no orbe terrestre para cumprir a missão ou os carmas compulsórios.
A troca energética de energias entre os parceiros sexuais, em comunhão de corpos e almas, que se manifesta, sutilmente, como alimento magnético de almas que se relacionam, principalmente, nas afinidades espirituais relacionadas ao amor, confiança e desejo afetivo, mas, podendo estar apenas no plano da comunhão platônica, sem sexo, propriamente, dito, vivendo na dimensão psíquica.
O vazio que sentimos quando a relação é apenas sexual se justifica pela falta do ingrediente mais importante de uma relação que é o amor sublimado que nos leva ao êxtase pleno dos seres que se amam, verdadeiramente, pois, o sexo genital se faz somente com o corpo físico, excetuando as almas e o amor que é energia pura.
A sublimação é a canalização da energia para a caridade, o amor e a benemerência, incondicional, ao semelhante que culmina no progresso e evolução da humanidade.
Não devemos bloquear essa energia que criadora e uma força motriz que move céus e terra, na acepção mais simples encontrada.
Essa energia não se extingue e é fator, importantíssimo, para a saúde do corpo e da alma,  a sua contenção gera equilíbrio no campo mental, sendo criadora de infinitas modalidades nos campos da cultura, da arte, ciências exatas e humanas, bem como da filantropia e da caridade, contribuindo para a expansão do bem, do belo e da bondade no orbe terrestre.
Tal energia não pode ser destruída por uma imposição ou religião.
O espiritismo apresenta a energia sexual como uma força motriz sem imposição religiosa ou sectária,
canalizando suas ações para a construção do bem, do bom e do belo, para a evolução do homem na terra em eterna escalada.
Não proibir, mas, educar o sexo para a vida plena e feliz na escalada evolutiva.
Responsabilidade, disciplina, controle, educação e respeito.
Se fora da caridade não há salvação, fora da responsabilidade iremos reaprender com as experiências dolorosas, no mar da vida, que não será de rosas...
 

Divórcio, sim... E os filhos?

Tristeza, angústia, raiva e medo! Estes são os efeitos na alma da criança, que é vítima das separações dos pais, dos divórcios e desquites!
O divórcio, regulamentado por Lei, em 1977, deixou aberta a porta da possibilidade de um novo enlace matrimonial, apesar de estar ocorrendo há tempos, mas, não era reconhecido ou aceito socialmente, constituindo assunto vedado em qualquer sociedade e meios familiares de então.
Os novos modelos familiares foram apresentando feridas, não só nos adultos bem como nas crianças, que ficaram à mercê de um novo e admirável mundo novo e impactante, sem compreenderem o que estava acontecendo...
Sem questionar o mérito ou demérito do divórcio e das separações, procurarei enfocar os conflitos vivenciados pelas crianças, que assistem a tudo de forma alienada, sem compreender as atitudes dos adultos, que esquecem o quanto prejudicam suas vidas iniciantes na formação do caráter, ética e moral, no futuro dos jovens, que serão o sustentáculo e o reflexo da nação brasileira... nas suas atitudes equilibradas... Ou não!
Como não existe, para as crianças, a possibilidade da permissão de interferência e questionamento, na decisão dos pais em se separar, as mesmas são atingidas, violentamente, pela maneira incorreta de compartilhar desse processo, às vezes,  inevitável, na vida familiar, que toma novos rumos, mas, exclusivamente, no universo infanto/juvenil, que passa a ter consequências desastrosas na formação do indivíduo na fase adulta, com resquícios de alienação, e efeitos deletérios sobre a saúde física e mental, moderada ou não, que a sociedade terá que enfrentar, como resultado da " mea culpa" dos que não conseguiram suportar a convivência à dois. Isto é um fato!
Decantado por cientistas e estudiosos,  a - SAP - Síndrome da Alienação Parental, foi sugerida em 1985 pelo Psiquiatra Richard Gardner, o enfoque sobre esse distúrbio da infância, que se origina  dentro do contexto da guarda dos filhos, por quem quer que seja...
Um dos cônjuges acaba por ser considerado como "vitima ou algoz" na avaliação da criança, órfã de pais vivos, influenciada pelos mesmos na disputa da razão pelo ato de separação.
Gerando dificuldades no aprendizado da criança, timidez e medo da vida, a temática vem sendo estudada por profissionais na área da saúde mental, pediatria e do direito constitucional, para determinar o que já sabemos de cor e salteado: A criança tem que ser objeto de atenção na separação dos pais, promovendo o diálogo nas veredas da verdade e do amor incondicional, aos pequeninos, órfãos das nossas atitudes e desejos de sermos felizes, ao buscarmos o divórcio, a separação ou o desquite.
Não transformemos os nossos filhos em cúmplices de nossos atos, colocando a culpa no outro...
As grandes dores podem ser inevitáveis, mas, suas consequências, amenizadas pelo amor e solidariedade ao nosso próximo, principalmente, quando estes próximos são os nossos filhos!
A criança, no seu universo infantil, possui um cabedal de conhecimento, que desdenhamos, por sermos egoístas contumazes na busca, desenfreada, pela felicidade que está dentro de cada um...
A violência doméstica da criança/adolescente não é alcançada pela justiça dos homens, quando os pais, inescrupulosamente, as abandonam na rua da amargura do silêncio, e da pseudo superioridade de acharem, que criança não entende das coisas de adultos...
Aí, somos responsáveis pelas vidas que criamos, mas, egoisticamente, desdenhamos!...
O assunto não se esgota, já que somos co-criadores, em plano menor, física e mental de nossos filhos!
Sem apontar o dedo em riste, entendo que, a separação, às vezes, é necessária para solucionar um mal maior, que poderá vir à tona na desgraça de um ato insano... e desumano!
A Constituição Federal e o ECA, asseguram que a SAP, tem como amparo a Lei 12.318/10, que dá o real significado desta síndrome, como um crime, quando cometido... pelos genitores e seus cúmplices, quer parentes ou aderentes!
E dias melhores virão!
Reflitamos!...
 
Mr. Garden
 
 
 
 
 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Os filhos de Maria

Vejo a dor que a todos desafia,
vejo o pranto e a aflição todo dia,
vejo a angústia e a alma na amargura,
vejo tudo isso no cadinho que se depura!

A orfandade chora na triste desventura,
no lar onde a alma se enclausura,
pela dor que, aos gritos, nos anuncia:
Os desventurados filhos de Maria!

Que sofrimento maior existe na terra,
que supere a tristeza da orfandade,
e tudo que a dor na face descerra...

Posso dizer sem faltar com a verdade:
É o perdão e a prece benfazeja,
à quem nos fez tanto mal... Assim seja!

Oferta:

O perdão sincero... E uma oração apenas!...
superando tudo: A saudade e a mim mesmo!
A paz, o amor fraterno e as palavras serenas:
ao lado de Cristo... Já não sigo mais à esmo!...

Longe da meiguice do teu olhar,
Sigo meu caminho na triste solidão,
teus olhos, brilhantes, tem a cor do mar,
diferente da cor carmim do teu meigo coração!






Obcessão insone

Quisera ser um iconoclasta,
para, sem remorsos, destruir,
tua imagem que me devasta,
a alma, na hora de dormir...

Teu ser, aos pouco, desvanece,
qual bruma da região Ibérica,
quando, à terra, nas noites desce,
causando, uma dor homérica...

Teu rosto, teu sorriso e teu olhar,
sinto materializar, quando vejo,
teus lábios úmidos, que tanto desejo...

E quando o dia começa a raiar,
cansado, insone, quero adormecer:
Ilusão para quem deve novo dia viver!

Há tempo para tudo na brevidade da vida e do amor!

Nada mais gostoso do que você e eu, juntos, de pé e abraçados ou na cama, deitados na grama, derretidos um pelo outro...
Esse encontro de duas pessoas, que tem um imenso prazer de estarem  juntas, essas almas se iluminam na luz que emana do âmago de cada uma, no entrelaçamento de suas mais profundas emoções...
Há um estado de exaltação intenso e duradouro, que pode levar o casal a realizar relações sensuais maravilhosas e cheias de magias indescritíveis e inesquecíveis... Este encantamento tem raízes na química e afinidades recíprocas!
 
Uma pessoa fica encantada com a outra quando se veem pela primeira vez, isso é um impacto natural entre seres afins, isso, chama-se amor verdadeiro e independe das situações sociais, morais, éticas ou religiosas...
Duas pessoas enamoradas, apaixonadas, encontram vida e gosto de viver...
Podemos dizer que isso é ilusão, poesia, romance passageiro que, de repente, se vai da mesma maneira que chegou...
O amor é vida, alegria e prazer, e está nas coisas visíveis e invisíveis, percebidas por quem ama...
A intimidade entre duas pessoas que se amam geram uma cumplicidade maravilhosa e profunda, que se expande em êxtases prolongados, culminando naquilo que tanto buscamos:  A Felicidade!
Porém, no outro lado da moeda, temos os casais que se estranham no recinto do lar ou em qualquer lugar onde estejam...
Porque?
É porque há tempo para tudo: Há tempo de plantar e tempo de colher o  que se plantou...
Há tempo para sorrir e tempo para chorar...
Enfim, choro, insônia, depressão, raiva, despeito
Rompimento de relações...
Palavras de ferir... de magoar.. de ofender...
Não há remorso para quem sai de uma relação...
Vontade de não perdoar e vingar-se do outro a qualquer jeito... Esse é o nosso defeito!
A minha dor é maior do que a sua...
A minha ira será a sua destruição...
Estes são sentimentos errados contra a justiça e estabilidade da harmonia universal, que acaba por voltar-se contra quem as produz pelo pensamento, palavras e ações...
É por isso que há tempo para tudo!
Resumindo: não há solidão e sentimentos negativos... nem a  perda que gera os martírios da dor, quando temos amor em nosso coração, e estamos abertos ao diálogo com os espíritos de luz, que nos direcionam para as pessoas certas, ou seja, encontrarmos as nossas almas gêmeas!
Mas, que há um tempo para tudo, isso há!
O nosso tempo precisa ser examinado, sempre, pelo crivo do amor, compreensão e tolerância!
Deixemos o amor fluir e abandonemos os sentimentos negativos, os ressentimentos e os estados de comiseração com a nossa própria vida... deixemos de ser a vítima, como uma criança que tem medo do escuro!
Cada dia que amanhece é um presente de Deus para que façamos, do tempo ao nosso dispor, um hino de amor e agradecimento ao Criador e às suas criaturas!
Há tempo para tudo na brevidade da vida e do amor! Pense nisto amparando-se em  Cristo!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Fogo na mata

Nuvens de fumaça preta encontrando as nuvens do céu...
A flora morrendo na dor silenciosa das chamas...
A fauna correndo para escapar do imenso fogaréu...
E os homens tentando, inutilmente,
Apagar as labaredas desumanas...

A tragédia começou, vagarosamente,
Ao anoitecer,
E varou por toda a noite enluarada,
Durou, exatamente, até o alvorecer:
Deixando cicatrizes na mata fechada...

Tudo ficou reduzido a cinzas pelo fogo destruidor,
Parecia o fim do mundo...
Um verdadeiro apocalipse!
Que a tudo destruía na sanha insana do seu calor....

Alvorecia! Formava-se no céu um estranho eclipse:
A natureza voltara ao normal, devagarinho,
Mas, a fauna perdera, para sempre...
O seu ninho!

Ofertório:

Às vezes, o incêndio é criminoso e cruel,
E não há ninguém, na noite ou no dia,
Que possa ver a face deste réu...
Então, como fazer Justiça:
Em nome da Ecologia?

sábado, 7 de setembro de 2013

Futuros Cônjuges


 
Sem entendimento, respeito, tolerância, renúncia, afinidade espiritual e perdão das ofensas, torna-se difícil o êxito nas relações afetivas amorosas no casamento.
É por isso que a gente namora por um determinado tempo e ficamos noivos durante outro tempo para que estudemos o "outro" (a)
Os aspectos a serem analisados são diversos, desde a compatibilidade de gênios, a situação financeira e a religiosa, mas, isso não serve como parâmetro para definir se vamos ou não casar com aquela pessoa, e sim, analisar e buscar o entendimento no período da convivência pré-matrimonial...
Os choques de opinião religiosa ou outra qualquer, são debitadas aos casais que procuraram o caminho da união que não deve ser destruída por meros motivos corriqueiros...
Não se deve manipular situações e sentimentos ao bel prazer, mas, buscar a pratica da empatia: colocar-se no lugar do outro!
Para que uma situação seja tolerada é preciso que se dê o exemplo, que supera mil palavras!
Um simples ato de bondade, compreensão ou tolerância, constrói a confiança entre os cônjuges.
Um sacrifício ou um gesto de perdão, conduz mais ao entendimento do que mil palavras ou leituras impostas, por aquele que tem uma religião contrária à crença do outro.
Nossos entes queridos são espíritos livres, porém, unidos pelos laços da Lei de Causa e Efeito, e somos ou estamos colocados, lado a lado, em regime de intimidade a fim de aprendermos uns com os outros e ampararmo-nos, reciprocamente...
Quando as forças do mal entram em nossa casa, por descuido nosso, evitemos o desespero, irritação, desânimo e ressentimentos, recorramos à prece, rogando à providência Divina que nos fortaleça, ampare, guie e nos inspire através dos espíritos superiores...
Porém, busque a libertação nas palavras doces e sem maledicência, leviandade e calúnias provocadas...
Não deixe sua mente boiando nas águas turvas da maldade contumaz e das picuinhas, que só atrapalham a vida à dois.
Liberte-se dos flagelos das lutas domésticas, que tem início no orgulho e na vaidade, cuja renovação começa no silêncio da oração e no perdão das ofensas.
A vida à dois é uma oportunidade de resgatar débitos passados, e começa num simples olhar... Aí, é quando o coração dita que caminho seguir... as emoções afloram, emergem das entranhas do nosso ser e, de repente, eis que estamos casados, amigados juntados, amasiados e conjugados...
Não há uma receita, mas, há um caminho: Amor, perdão, compreensão e tolerância!