segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Poesia da flor do amor que feneceu

Quando encontrei o meu grande amor,
A tristeza foi embora, e tímida, evaporou...
Quando meu amor me deixou apareceu a dor,
Junto ao vazio da tristeza - que foi o que ficou!

Sei que sou  carente do amor que tenho por ti,
Infelizmente, ainda, estou aprendendo a viver,
Neste mundo de dores e decepções que já vivi,
Agora, só me falta aprender, como te esquecer!

Mas, para Deus, creio que nada é impossível,
Portanto, vou pedir ao Nosso Pai, a coragem,
Para esquecer este amor... já falido, e risível,
E com o tempo, a lembrança da tua imagem!

Amor que lembranças eu tenho,
Dos beijos da tua boca,
E agora... esmolando eu venho,
De alma... quase louca!

Meu coração bate tão forte,
Que sinto piedade de mim,
Tu és, às vezes... a morte,
Outras... flor do Jardim!

Se eu soubesse, que tudo acabaria um dia,
Jamais faria meus castelos na areia da praia!
No morro do costão - era lá que eu construiria,
Onde eu podia ver o sol e a noite quando desmaia!

Tudo passa nesta vida e este amor, também, vai passar,
Haverá um momento neste tempo de lhe esquecer,
Que nunca mais, minha mente vai se lembrar,
Da sua imagem, que já foi meu bem-querer!

Sei que a recíproca é muito verdadeira,
Mas, quem ri por ultimo, ri melhor,
Na nossa vida você foi a primeira:
E o final todos sabem de cor!

Ofertório:
A porta do meu coração estará sempre aberta,
Mas, nunca peça para voltar ao que era antes,
Um vaso quebrado, não cola na medida certa:
E é pior entre amores e desdenhados amantes!

Itanhaém, 20 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )



                                            

A coruja do mato

                                                  ( Elegia ao Eco-sistema )

Vindo do meio da escuridão da  mata,
Ouvia pios...  de aves cinzentas,
Era o mistério da mata fechada e escura!
O medo rondava a teimosia ingrata,
Daqueles que se atreviam na procura,
Da origem dos sons das aves agourentas!

Nunca tive coragem e nem de perto cheguei,
Mesmo nas noites cálidas quentes e enluaradas,
Quando a lua brilhava clareando as estradas...

Ate que, um dia, tudo mudou... e hoje sei,
Que o progresso acabou com a assombração,
da mata fechada - pela moto-serra - pelo chão...

Prédios e mais prédios tomaram conta de tudo,
E lá no alto - de uma imponente caixa d´água,
Uma ave pardacenta tinha, enfim, seu pio mudo:
Era uma coruja, ensimesmada, na sua mágoa!

Oferta:
O preço que pagaremos pelo desmatamento irresponsável,
Das glebas nativas de todas as espécies - terá uma consequência,
No futuro das gerações - pelo efeito estufa - irremediável,
Que só pode ser transformado... pelo tribunal de cada consciência!

Itanhaém,29 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )







Tendências e evidências...

                                                   ( Estoria da história )

Quando eu era bem menino... meu pai dizia,
Que menino não pode brincar com boneca,
Nesse tempo, da vida, eu de nada entendia,
Então, obediente, arrumei um colega sapeca!

Um dia, no natal, ganhei como lembrança,
Um ursinho mimoso e colorido de pelúcia,
Fiquei feliz como fica uma inocente criança!

Ao meu pai... falei com uma certa argúcia:
" paiê, sei que com boneca não pode, não,
Mas, posso dormir abraçado com o bode?"
E meu pai me concedeu a sua autorização!

Fui direto dormir na cama da casa do Zeca,
Omitindo o apelido... de Zéca do "bode",
Que tinha o meu amiguinho sapeca!

Oferta:
" Onde foi que errei! Como é que pode?
Vociferava meu pai ao saber do acorrido,
Mais parecia com um vero doido varrido:
Ver onde ninguém vê,
Escutar o que ninguém escuta,
Um rebento é um pouco de você,
Ao desbastar a sua "pedra bruta...",
Por isso, não condene,
E jamais diga que errou,
Pois, um filho, é a imagem perene:
Daquele que o educou!

Itanhaém, 29 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )


Meu vício é voce

Dormindo... esqueço toda a minha dor,
Razão pela qual hoje  dormo mais cedo,
Toda vez que "terminamos" nosso amor,
Porque, dormindo, sou forte e sem medo!

Acordo na noite e vou até a cozinha,
Matar a sede quando aboca seca,
Aí... a triste realidade se avizinha,
Da mulher... com corpo de boneca!

Volto para a cama e não consigo dormir,
Pensando nela... sem sono e no suplício,
Lembrando da dor e da dor que há de vir...

Descubro que sou fraco e tenho um vício,
Que todo mundo olha... mas, ninguém vê:
Que, na minha vida... o meu vício é você!

Oferta:
O vício, de amar alguém, é conhecido como paixão.
Diferente, do amor incondicional, que é pura doação!
Laços eternos de uniões... que se perdem na separação:
Voltaremos aos mesmos braços numa outra reencarnação!

Itanhaém, 29 de fev de 2016

José Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O postulado das cinco afinidades

Bem, antes da gente contrair um matrimônio ou uma relação amorosa, deveríamos passar pelos crivos das cinco afinidades, que se faz presente nestes rabiscos sinuosos, como um postulado da vida de casado!
Algumas considerações, podem ser enumeradas, quando se fala da perenidade das relações amorosas, levando-me a crer, que existem "culpados", quando a mesma falece no último adeus...
Tolerar e amar, é um caminho inevitável para tudo ser aceitável, porém, considero que, algumas regras obedeçam ao princípio da isonomia do amor incondicional, que nos acena para a felicidade e a alegria de viver, principalmente, em condições adversas, quando ha um "pit stop" na relação, ensejando a frieza no leito conjugal, que vai caminhando para o anoitecer do amor cheio de vida e esplendor.
Cinco postulados, ( segundo o professor Leandro Karnal ) deveriam ser levados a sério como medida profilática das emoções amorosas das uniões conjugais:
* Atração física - O olhar, a boca, o corpo, o andar com seus trejeitos, etc, etc. etc.
* Atração emocional - A pessoa tem que "gostar" da outra do jeito que ela é... sentir um certo "friozinho na barriga..." ao sentir-se muito perto ou ao vê-la...
* Atração intelectual - Conversa, diálogo, "papo cabeça", pois, com ela irá conversar pelo resto de suas vidas vividas na intimidade do lar... e uma pessoa, intelectualmente despreparada, é um "pé no saco", haja vista...
* Atração ideológica - As metas, objetivos, sonhos e fantasias, devem ser compartilhadas e, se forem diferentes, não haverá estímulo para conseguir, a dois, alcançar as ideologias ( percepções sensoriais ) e conquistar as benesses da vida...
* Atração espiritual - Ter a mesma religião ou crença similar... ou não impedir que outra seja professada, sem tentar convencê-la de que a sua é a certa e a razão lhe pertence...
Elencados os itens acima, fica mais fácil um relacionamento dar certo, com o maior numero de possibilidades, pois, que elas, são infinitas...
Portanto, é importante que hajam afinidades, para que os reveses do cotidiano sejam suportados e a gente possa dizer, assim: " Que bom é voltar para casa... não vejo a hora de estar nos braços do meu amor, comungando momentos de paz e realizações!"
Bem diferente, quando dizemos: " Puxa vida! Tenho que voltar para casa!"
Dizem... que a infelicidade é uma escolha das almas infelizes que somos!
Mágoas e ressentimentos, matam mais do que câncer, diabetes e infarto!
O maior inferno, na terra, é a solidão numa vida a dois, provocada pela intolerância!
A doçura e a ternura da mulher, é uma potente arma para dominar um casamento, basta ela ter sabedoria para"conduzir" o homem para onde ela quiser, diferente da mulher ranzinza, queixosa, rabugenta, que só estraga os relacionamentos pela sua estupidez contumaz...
Afinidades! Sem esses quesitos estaremos, os dois, na frigideira, bem fritos!
E tenho dito!

Itanhaém, 26 de fev de 2016

Jose aloísio Jardim    ( Sêo Jardim )

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O discurso da queixa

Ninguém presta. Todo mundo é corrupto e, se não é, vai ser!
Os políticos, então, nem se fala, você viu? Até o Lula entrou na festa do toma lá dá cá... E uma vergonha deslavada... Deus me livre!
Esses caras não tem compromisso com a verdade, ética e moral... são uns corruptos!
A cada dia aparece mais e mais falcatruas... o coitado do MP só se desgasta fazendo o que é politicamente correto, para ver, em breve tempo, todo mundo com prisão domiciliar com as maiores mordomias... e os presos por crimes hediondos, comendo do bom e do melhor, com visitas íntimas, fazendo filhos, para que nós cuidemos com as "bolsas" e maletas do capeta...
Pois é, não tem jeito, de jeito nenhum. Estamos perdidos e sem guarida nesta vida...
É fácil depor a expoente máxima do Executivo, mas, quem vamos colocar em seu lugar? Quem de qual partido, se todos são, "farinha do mesmo saco?"
Se fomos nós que os colocamos no poder devido ao nosso modo  de ser e proceder, quando: ( Aí, entra a consciência como um alerta ao "pit stop" das verdades pessoais...)
* Não respeitamos a vaga do idoso e do cadeirante...
* Paramos em fila dupla para pegar nossos filhos na escola, atrapalhando o trânsito...
* Fingimos que a criança, pedinte dos semáforos é problema do governo, enquanto dirigimos nossos carros, com nossos filhos, no conforto do ar condicionado...
* Ao olharmos, com desdém, as mãos encarquilhadas, que se estendem para nós solicitando um auxílio, para a própria subsistência ou de seus filhos, perdidos no infortúnio da própria sorte ou da morte...
* O professor que rouba uma hora do aluno, porque chega atrasado e ninguém o pune, ou falta no seu mister de ensinar, pegando um atestado médico sem estar doente... Um professor é um educador de almas, que solicitam o amor, a tolerância e a compreensão daquilo que falta, muitas vezes, no lar de onde vem... e mesmo que o terreno seja árido, um dia, a planta germinará...
* Se no comércio cotidiano, quando o caixa "erra no troco à mais", ficamos quietos, pois, entendemos que, se todo faz faz assim, porque eu não posso?... Mas, é lógico, que podemos prejudicar os semelhantes... é como nadar a favor da correnteza dos nossos defeitos satisfeitos...
Sem me alongar no discurso da queixa, faço a reflexão que não quer calar:
Pare, portanto, de se queixar e se transforme em um ser melhor, seguindo, e parodiando, a máxima do Ex. presidente J. F.  Kennedy, dos USA: " Não pergunte o que os políticos podem fazer por você, pergunte o que você pode fazer, para que tenhamos um política mais justa com os princípios democráticos e os direitos inalienáveis da nossa Constituição Brasileira...." Mas, para isso, precisamos ser exemplos de cidadãos incorruptíveis e compromissados com o bem e a verdade, atendendo e se filiando à luta dos "Sérgios Moros da vida" e do MPF, que tem pela frente, uma luta homérica em prol de nós, brasileiros, que nos chafurdamos no mar de lama das nossas insensíveis consciências, que geram a corrupção e os desmandos, em que hora nos comprazemos...
A luta é renhida!
A vida é muita curta para apequená-la!
O poder é uma prova terrível... é a famosa porta larga do Evangelho: Fácil de entrar e difícil de sair... Use a empatia e analise o fundo de seus sentimentos e tendências e pense que, se estivesse no lugar desses trânsfugas das Leis de Deus, será que não cairia nas suas esparrelas? Portanto, não julgueis e nem se queixe de nada, apenas, faça uma introspecção no seu queixoso coração!
Não julguemos! Mudemos em nós o que não gostamos nos outros!
Dignidade, decência e ética, precisam de exemplos na estrada da cidadania...
E quando alguém lhe propor uma falcatrua, que venha destruir o homem de bem que você é, simplesmente, não aceite, pois, a sua noite será de paz enquanto a do seu corruptor será de pesadelos, assediada pelos espíritos das trevas e do mal, que não param um segundo na obra de amealhar adeptos ao seu redil... Pense nisto! 
E tenho dito! 

Itanhaém, 22 de fevereiro de 2016

José Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Tempestade de amor, também, passa

Eu queria ser muito mais forte.
Eu queria esquecer e não consigo,
Teu desdém, para mim, é como a morte,
Eu não mereço - de ti - este pungente castigo!

Pergunto... sem ter uma resposta,
O porque da tua inesperada partida,
Penso, que a gente... ainda, se gosta,
E que não queres sair da minha vida!

Minhas noites é cheia de assombrações,
Da nossa história de amor que teve fim,
Não consigo controlar minhas emoções!

Fiquei sem reação, porém, não tenha dó de mim,
Tudo nesta vida passa desde o tempo de criança,
E um dia tu serás, apenas, uma tênue lembrança!

Oferta:
Hoje - a dor parece que não tem fim,
Amanhã - quem sabe, uma nova flor,
Poderá desabrochar... no meu jardim,
Em forma de mulher... cheia de amor!

Itanhaém, 12 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Porque não nos lembramos das vidas passadas?

Digamos, que a pessoa com quem nos casamos nos tenha feito muito mal em vidas passadas ou vice versa...
Imagine, se a gente soubesse que fomos traídos, roubados ou assassinados, e encontrássemos essa pessoa, que nos fez tanto mal, nos encontros casuais, que a vida nos surpreende no decorrer do cotidiano, qual seria a sua reação ao "dar de cara" com um desafeto desse quilate? Isso despertaria o nosso ódio e intolerância total em relação a um ser que nos prejudicou, não é mesmo?
É por isso, que a sabedoria divina nos faz esquecer os acontecimentos do pretérito de nossas vidas...
Já pensou, que, quando encontramos uma pessoa e logo dizemos, que não simpatizamos com ela, enquanto que com outra, o contrário, também sucede, sem que entendamos o porque desta diferença? Isso se dá, em razão de termos nas matrizes do nosso espírito imortal, os resquícios de lembranças impregnadas, que atuam como um "aviso" de boas ou má vindas, pois, a repulsa é imediata, quando fomos personagens de dramas dolorosos e, a bênção da reencarnação, é uma oportunidade de reatarmos elos quebrados pelas dores passadas e vividas... em outras vidas.
E quando amamos, perdoamos e auxiliamos, aqueles com quem vivemos, juntos, quer pelos laços do matrimônio, da amizade, do parentesco ou da convivência no trabalho e nos ciclos socais, nossa vida muda para melhor, as doenças vão embora ou são suportados com resignação e entendimento, pois, elas são a somatização de sentimentos de rancores confusos e controversos... são como venenos que a gente bebe e quer que o outro morra. Ledo engano!
O véu do presente, que nos encobre as passagens de dor em que fomos vítimas, é para o nosso bem e reconciliação com nossos "inimigos..." de pristinas eras!
Quando sentimos repulsa ou ódio por alguém, seja lá quem for, devemos elevar nosso pensamento à Deus e proferir uma oração, para que nos dê força, coragem e entendimento para perdoar, amar e compreender, libertando-nos das amarras dos sentimentos negativos, que teimam em nos ensombrar o coração e a mente.
Palavras do Mestre: " Amai os vossos inimigos, os que vos caluniam e perseguem... orai por eles, que o Pai de infinita Bondade vos atenderá no que precisais... e a paz envolverá teu espirito, cansado dos embates desta lida."
Por isso que, esquecer as ofensas do presente e perdoar, incondicionalmente, constitui a senda para a tranquilidade da alma.
Parece-me, óbvio que, não nos lembrarmos das vidas passadas é, realmente, uma bênção...
Disse Jesus: "Perdoar, não sete vezes uma ofensa, mas, setenta vezes sete..." - a mesma ofensa, completo eu!

Para minha cunhada Rosa, que tinha essa dúvida...

Itanhaém, 11 de fevereiro de 2016

José Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Cidade ridente e aprazível

O sol brilhando...
As flores se abrindo...
Os pássaros gorjeando...
As crianças inocentes sorrindo...
É o espetáculo do alvorecer,
Na primavera do bem-querer,
Juntinho abraçado com meu bem,
Na cidade (ridente ) de Itanhaém!

Tem cidade... que tem gente chata,
Orgulhosa, mas, não sei de quê,
Este é um sentimento que nos mata,
Aos pouquinho, que ninguém vê!

Cidade boa para se viver,
Está dentro... de cada um!

( Sei que é difícil entender,
Ser natural soltar um pum! )

Tudo em todos os lugares é igual,
Mas, cidade ridente... só um lugar tem,
Vou lhe dizer... não me leve a mal:
Este meu recanto aprazível, é Itanhaém!

Itanhaém, 10 de fev. de 2016

Jose Aloísio Jardim    ( Sêo Jardim )


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Citações com um soneto inacabado

Um homem cego é mais feliz quando se ajoelha diante de Deus do que um ganancioso que pode enxergar.

A verdade e a coragem devem andar juntas para fazer justiça.

A vivência de um amor sincero, dedicado e preocupado com o outro, torna a vida mais fácil de suportar nas suas agruras tempestuosas.

A distancia e o tempo cicatrizam as dores da alma de um amor não correspondido, de uma desilusão ou uma separação, consensual ou não.

Com o passar do tempo mudamos nossos conceitos do que é certo e direito.

Somos seres mutáveis de nossos hábitos nas pequeninas passagens, na convivência com nossos semelhantes... que sejam, parentes, amigos, amores ou amantes

Às vezes, não queremos ver o que olhamos, razão essa, que prorroga a dor do que queremos, mas, que não nos pertence, pois, só temos a posse daquilo que nos dão... com amor e prodigalidade.

Dar e receber, equilibra e acalma a dor de nossa alma.

Quando duas pessoas caminham com passos incertos, do abismo fica mais perto.


O amor e a paixão, um do outro, são muito diferentes,
Um é cheio de bom senso e o outro não tem razão!
O amor é como um riacho de águas corrente,
A paixão é como tsunami em destruição.

Quando somos os únicos culpados,
Entre o que é meu, o seu e o nosso,
Passamos a vida a viver no passado,
Nas estradas dolorosas, do remorso!

Às vezes, a dor nos vem fazer justiça,
Pelos erros cometidos, tempos atras,
De nada adianta confessar e ir à missa,
Se você foi - um pecador - contumaz!

Itanhaém, 09 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim    ( Sêo Jardim )





sábado, 6 de fevereiro de 2016

Sobre o céu e o inferno

O céu ou o inferno, é um estado de espírito de acordo com nosso mundo interior, através de nossos pensamentos, palavras e obras, em prol do nosso semelhante e de nós mesmos pelas trilhas do livre arbítrio...Os cristãos, infelizmente, adotaram idéias sobre o inferno eterno para assustar os seus seguidores  e  levá-los a obedecê-los, cegamente, atando-nos ao medo terrível deste eterno sofrimento e, em contra-partida, criaram a ideia do céu... e há céu para todos os gostos, inclusive, para os prazeres da carne...
Nós é quem criamos nosso céu ou inferno interior, e as nossas más ações leva-nos ao remorso, culpa e arrependimento e, consequentemente, ao pagamento de nossas "dívidas", contraídas no tribunal da nossa consciência, e esse resgate pode acontecer nesta ou na próxima reencarnação...
Assistir missas, cultos e participar de sessões espíritas ou outras praticas religiosas, dízimo e ofertas no gazofilácio ou doações materiais, não nos credenciam ao céu, que tantos almejam enganados pelas mentiras e distorções da verdadeira moeda, que nos permite usufruir das benesses do paraíso, que é a caridade, o bem e a bondade, o amor e o perdão das ofensas, plenos de bons sentimentos e não eivado de máculas e maldades... Esse é o passaporte para paz de espírito e acesso às faixas mais elevadas da espiritualidade, quer dizer, do céu...
O que está no íntimo de cada um constitui o lugar, do umbral, onde expiará suas más ações contra o semelhante...
O homem, inativo, sentado em uma nuvem e tocando harpa pelo resto da existência é um contra-senso á justiça de Deus e, em breve, ficaríamos cansados de tanto "dolce far niente..." 
Viver no ostracismo, na estagnação de uma existência vazia pela eternidade seria condenar-nos à loucura...
A lei universal da evolução contínua, tem infinitas possibilidades de regeneração e ajustes pelos nossos erros cometidos contra essa mesma Lei...
A chance é para todos... e nos acena com a luz do Evangelho de Jesus, portanto, urge que estudemo e aprendamos, com o Mestre Galileu, a estrada que nos conduzirá ao seu aprisco...
Amor ao próximo é o resumo de tudo.
E quem é o meu próximo? Todas as pessoas, indistintamente, com as quais convivemos no dia a dia e nas esferas espirituais, quando se tornam nossos verdugos... os criminosos, corruptos e malfeitores, criminosos de todo jaez, esses, são os nossos irmãos em evolução que, ainda, não alcançaram a luz das verdades eternas e, neles, está a nossa oportunidade.
É a falta de conhecimento dos mecanismos da lei de causa e efeito que nos impede de entender, compreender e aceitar os trânsfuga das leis como irmão em evolução...
Perdoar é compreender e deixar de odiar!
Disse, Jesus: " Amai os vossos inimigos e os que vos caluniam e perseguem..." Porque Ele sabia do poder mágico do perdão que nos conduz à paz do coração e nos livra das doenças que nos imantam no corpo físico e espiritual..
Amar é o céu e odiar é o inferno... dentro de nós!

Itanhaém, 07 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim    ( Sêo Jardim )


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Domínio

                                                     ( Crônica de mim mesmo )

Fui dominado, inexplicavelmente, pelo desejo de escrever, contos, poesias, fatos da vida, corriqueira ou não, daqueles que caminham pela via-crucis do cotidiano, mas, o que gosto mesmo é de falar nas minhas mal traçadas linhas, de amor e dor, amor carnal, amor platônico, sentimentos e emoções da alma imortal, descompassada e feminina, masculina... e duplicada entre dois caminhos!
Nos meus tempos de criança já nos umbrais da puberdade, enquanto meus amigos brincavam e se divertiam nos folguedos próprios daquele estágio de crescimento, ficava a ler e escrever sobre tudo que me aparecesse, porém, era nas veredas da poesia que minha alma crescia...
É bem verdade, que sempre gostei de musica clássica, sertaneja de raiz, romântica e outros gêneros...  
Lia, meus livros, ouvindo Chopin, Bethoven, Litz, Ravel, Straus... porém, o que mais me deixava triste era a minha falta de "ouvido" para a música, pois, não conseguia tocar nenhum instrumento, por mais simples que fosse, e isso me deixava decepcionado comigo mesmo, ( mea culpa...) até o momento em que passei a entender que, cada pessoa, tem lá os seus dons... e que não são iguais para todos, mas, quando se quer uma coisa, realmente, do fundo da nossa alma, a gente consegue fazer, os chamados "milagres..."
O que é preciso é descobrir o que você gosta de fazer, qual é o seu domínio sobre o que ... e o meu, era escrever, entre outros, profissionalmente, dizendo, pois, gostava do campo da administração, de empresas e pessoas, na área da hotelaria e gastronomia, e assim fiz, da minha vida, um eterno aprendizado nestas áreas e viés da minha capacidade intelectual...
Hoje, em dia, me dedico a escrever e ouvir as musicas clássicas, no silêncio do meu mundo interior, aprendendo e "trabalhando" minhas opções de viver e ser, sou, até, posso dizer: Sinceramente, feliz!
Apesar das minhas preferências, tudo me interessa conhecer, estudar e aprender: Todos os assuntos, sem distinção, pois, acho que a vida é um eterno aprendizado para que possamos ser melhores para os nossos semelhantes, amando e compreendendo, perdoando e auxiliando os menos favorecidos pela sorte ou pelo seu "carma", compulsório, haja vista...
O tempo, esse mestre, impávido, nos mostra o caminho para ser o que deveríamos ser... porém, o esforço é de cada um no que nos compete...
Term uma coisa que não gosto: É de aniversário! É uma chatice, uma mesmice, sempre a mesma musiquinha do " parabéns à você..." acho, sinceramente, um horror! Ter que cortar o bolo, brindar e abraçar... É um pé no sac... Agora, do Natal, eu gosto quando é só a família,  para agente fazer oração e lembrar do aniversariante, que é, sempre, esquecido...
As comemorações, não passam de comércio, essa é a verdade, nua e crua!
Sou, em suma, um pesquisador da obviedade, pois, tudo é um fato já consumado!


Oferta:
Domino o tempo, a saudade e as lembranças,
Domino tudo sem falácias, nem à esmo,
Sou como aquelas índigas e cristais crianças,
Especiais... bem dentro de mim mesmo!

Itanhaém, 05 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim   (Sêo Jardim )

Cara fechada

Perguntou-me, meu amigo João:
" - José, porque você esta com essa cara fechada?"
Respondi-lhe:
" - É que, ensombrado, esta o meu coração... e as rugas despontam,
como consequência do envelhecimento das minhas emoções, no meu rosto,
mas, ainda bem, que não é mês de agosto,
senão, seriam confundidas, como sintomas de cachorro louco."

É comum, a gente ficar de "cara fechada", por qualquer motivo ou sem ele...
São aqueles vincos, que costumam aparecer na nossa face, quando alguma coisa nos preocupa, pois, ficamos ensimesmados nos nossos pensamentos, que teimam em não nos abandonar, por longo tempo, como se fosse uma escada, em espiral, voltada para o nosso mundo íntimo, porém, sem chegar a uma conclusão sobre o objeto da nossa preocupação, aí, eles despontam de maneira insidiosa, nos causando um certo desconforto, ao aparecer como vivo, mas, estando meio morto... pois, nossas emoções e sentimentos, são os que aparecem e fenecem, pelos sulcos da nossa face, abertos pela pá do tempo, inexorável, que não se abala com as rogativas genuflexas, de nossos pedidos de clemência pela senilidade, que enfraquece as faculdades do intelecto, nos mostrando o caminho da solidão sob o amparo da saudade!
É por isso, que, às vezes, estou de "cara fechada!"
Nada mais a declarar!

Itanhaém, 05 de fev. de 2016

José Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Cartinha

Itanhaém, 04 de fevereiro de 2016.

Meu inesquecível amor.
Estou morrendo de saudade pela tua ausência, já nem consigo comer direito, e nada tem gosto para mim...
Olho para a vida e não vejo nada que me agrade, tudo parece igual...
O sol não tem mais aquele brilho, quando nas tardes fagueiras, saíamos a passear pelos campos verdejantes e floridos, onde os passarinhos, parece que faziam festa com a nossa chegada, cantando como loucos varridos, como a nos dar as boas vindas no arrebol...
As noites são lúgubres e fantasmagóricas, diferente daquelas onde trocávamos juras de amor e beijos, lascivamente, inocentes...
No meu trabalho, onde labutava para construir, um dia, o nosso ninho, já não me dá o prazer do labor que tinha ao traçar os nossos planos de um  futuro, com nossos rebentos correndo pelo quintal numa algazarra danada... ( Quantos? Não me lembro mais, faz tanto tempo...)
Hoje, a maldita saudade veio me azucrinar a alma, perdida nas lembranças do nosso passado e das coisas boas que sonhávamos construir...
Lembra das nossas brincadeiras, com nossos amigos, bebendo e conversando sobre futilidades?
Tudo parecia perfeito...
Hoje, a realidade é uma dolorosa maneira de ser triste, vivendo dentro de mim as lembranças do que foi o nosso amor e a nossa ilusória felicidade, que passou como passam as brisas de verão...
Sei que, um dia, a gente vai se encontrar, mas, enquanto esse encontro não se consuma na sua plenitude, vou, por a cá, desfilando minhas lamúrias, na doce ilusão de que essa cartinha lhe dê um pouco da paz que anseia o meu coração... 
Talvez, este encontro, seja de maneira não programada e a gente se cruze pela estrada, num barzinho, na praia ensolarada ou na intercecção das ruas assombradas, que a vida aproxima os casos mal resolvidos...
ET Estou morrendo de saudade!..
Mas, espere um pouco... vou enterrar essa saudade no cemitério das ilusões perdidas!

Beijos!

Itanhaém, 04 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim   (  Sêo Jardim )

Ninguém muda ninguém

Nada mais sou, apenas, o que sou!
Tua ausência, está dentro de mim!
Caminhando, só, pela vida eu vou!

Visito tua presença em meu ser,
Pergunto se posso entrar e ficar,
Somente um instante, ao teu lado!

Vivo entre escombros na saudade,
Do que foi o nosso amor...
Me afogo no silêncio!

Não sei quem está certo ou errado,
Acho, mesmo, é que houve um engano,
Portanto, vou em busca de uma nova rotina!

Não busco mais um porto seguro... Para quê?
Navegarei em outros mares... e o meu barco,
Sem âncora e sem vela seguirá novos rumos...

Somos, assim, dois navegantes no mar da vida,
Ninguém muda... se não quer mudar:
Tu és o que tu és e eu sou o que sou:
Nesta vida... Neste mar!

Itanhaém, 04 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Brumas, indeléveis... no jardim

Nosso coração, é como se fosse um jardim, florescendo, intermitentemente, ( como as estações do ano ) e as flores, são os nossos sentimentos e emoções que, se não forem bem cultivadas, com carinho e amor, regadas pelo bem querer, certamente, teremos uma gleba árida e escaldante, onde nada de bom itá nascer, que serão os nossos pensamentos, palavras e ações, sem render nenhum fruto que sirva para aplacar a fome da paz, concórdia e fraternidade entre os semelhantes, portanto, veja bem o quanto é importante cuidar deste jardim, para que floresça, espalhando alegria e otimismo, senão, a colheita será de frutos amargos, como o fel do cálice das dores...
É por esta ( uma das razões ), que muitos relacionamentos acabam se deteriorando nas estradas da vida, sem perspectivas ou alternativas, que sustentem mãos dadas na mesma direção, e acaba, cada um, indo para lados opostos...
Quantas vezes, somos açoitados pelo azedume das palavras vãs, das picuinhas e da intolerância aos nossos pequenos defeitos ( quem não os tem? ), às nossas deficiências...
Quantas e tantas outras somos preteridos, esquecidos e desdenhados, sem antes ter-nos ouvido e nem depois sermos escutados?...
Para não desfilar um rosário de penitências sem clemência, deixo aqui, um rascunho, resumido, do que pode ser ou evitar, as brumas que embaçam a visão das uniões conjugais, neste jardim eterno, que é o coração do homem, que, muitas vezes, em vez de céu se transforma na fornalha do inferno...
Portanto, ame, perdoe e entenda, para que a vida não se transforme em uma, ininterrupta, contenda...
As brumas, indeléveis... no jardim, se dissipam, evolando-se no ar, somente com o exercício do verbo amar conjugado com o perdoar, nas veredas sinuosas dos sentimentos e das emoções, quando aprendemos a doar, incondicionalmente!
Aí, as flores florescem em mil cores e matizes, nos corações, felizes, de todos os amores!

Itanhaém, 04 de fev de 2016

Jose Aloísio Jardim   ( Seo Jardim )