quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A decepção que espreita a gente

Quando, nas horas de intimo desgosto, a decepção espreitar teu coração, não te magoes pela ofensa sofrida, pois ela faz parte da vida como reflexo do passado, incrustada na tua alma, cheia de esperança de dias melhores e de felicidade sem fim, isso, faz parte das tuas metas de amar e servir ao próximo, quando aceitastes a cruz da tua redenção, tal qual o Mestre, um dia, aceitou a Dele por amor à humanidade...
A calunia, o sentimento de ódio e raiva, que as pessoas sentem de nós, são advindos dos refolhos da alma de prístinas eras onde fomos, certamente, o causador da dor ou da dívida, que ensombram o nosso espirito imortal que, um dia, defrontaremos frente a frente, nas arenas da existência deste orbe de dores e aflições, prantos e ranger de dentes, pela compulsoriedade das provas... acertando débitos contraídos pelos sentimentos e emoções "roubadas" de nossas vítimas, sem dó nem piedade e que, agora, temos a chance e a oportunidade da redenção, através do amor e do perdão, pelas ofensas que, nem sequer entendemos o como e o porque... ainda bem, que Deus nos brindou com o esquecimento do nosso pretérito, cuja ações, talvez, não suportássemos a minima lembrança... O acerto de contas esta no perdão, amor e oração em prol de nossos "algozes"  e "inimigos" do presente, que se nos apresentam "de graça..." como chance de reabilitação - basta aproveitar a chance, conjugando o verbo amar, incondicionalmente, no presente: Não há outro caminho, quer dizer, há, mas, não convém ao cristão, ainda mais se formos seguidores da Doutrina do Codificador...

Rebuscando a obviedade:
Sei que a tarde é mansa, o coração está cheio de esperança... e no reino do céu só se entra se formos iguais às crianças, de mente o coração puro como as água cristalinas, que desce das matas sobre as campinas...
Sejamos como as flores, que exalam o seu perfume nas noites cálidas, cheias de vaga-lumes, sem ficarem manchadas pelo pó das estradas...
A decepção que espreita a gente vem, sorrateiramente, das pessoas que mais amamos, que temos simpatia ou mais gostamos - é o ciclo do aprendizado do amar e não ser amado, amar pelo prazer de amar e o amor poder sublimar...
E tudo passa, com graça ou sem graça, mas, tudo passa.

Observemos:
Uma árvore vestida de flores de mil matizes...
Um gato que passa, lentamente...
Um cachorro, alegremente, correndo atras do seu próprio rabo...
Um passarinho, feliz, fazendo o seu ninho...
Um rio correndo para abraçar o mar...
O sol nascendo e aquecendo a vida ao amanhecer...
A lua despontando, tímida, cúmplice dos enamorados ao entardecer...
Um vestido de noiva sobre a alcova - sonhos de nubentes...
Manhãs de agosto em dias de inverno... 
Sonhos de primavera em noites de verão...
Uma roseira em flor "falando" de amor...
Coruja piando no silêncio da noite...
Tudo é vibração e harmonia, mas, a palavra falada não volta atras...
O mal feito não é direito...
A oportunidade perdida - é erro na vida e nova dor e a ser vivida...
Digamos que, temos a eternidade como chance de reabilitação, porém, o tempo é agora, senão, depois a gente chora, as lagrimas do coração, pelo cadinho da transição!
Como dizia Jesus: " - Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos perseguem e caluniam..."
Amar os nossos inimigos, fazer o bem e emprestar sem nada esperar, aos que são ingratos e maus... 
Se o amor ao próximo é o princípio da Caridade, amar os inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitorias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho.

A decepção que espreita a gente, é a palavra mal  dita, eivada de sentimento que não compreendemos, por quem nos condena, sem antes ter nos ouvido e nem depois querendo nos escutar...
Só Jesus na causa!

Itanhaém, 01 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Quem bate?

                                                       (  Elegia aos Ventos: Noroeste, Minuano e "El Niño." )

Quem, ao cair da noite, bate à minha porta?
Será amor de mentira ou amor de verdade?
A última hora do dia... já é uma pagina morta!
Sera que é uma alma penada, da erraticidade?                            

Quem bate? Quem bate? Responda, por favor!
Esse silêncio me mata... me arrasa e me destrói,
Quem será... que vem perturbar meu ocaso de dor,
Sem saber que ele é pungente e o quanto em si dói!

Sera a brisa - ou os vultos notívagos da noite erma,
Que querem assustar a minha vida e a alma enferma?
Nada disso tem  - verdadeiramente - um vero sentido!

Porém, fico amedrontado ao ouvir a força do batido:
Não me preocupo  - se alguém entra... e me mate!
Só quero saber, na realidade, quem... Quem bate?

Finalmente:
Com muita precaução, abri a porta, bem devagarinho...
E o vento, em forma de redemoinho, entra no recinto,
Tinha uma aparência daquele fenômeno: " El Niño."
Isto é a mais pura verdade - e juro que não minto!

ET:  - Esperava eu, que fosse o derradeiro amor, que batia à minha porta, no ocaso da lida, perdida nas entranhas da vida... mas, era o vento que invadia o meu aposento - esse coração - que debocha do próprio sofrimento, como se fosse um masoquista, equilibrista das "surpresinhas" do cotidiano, açoitado pelos ventos noroeste e minuano, que invadem a minha "praia particular", cheia de nudistas envergonhados...

Itanhaém, 31 de ago de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Soneto da perdição

Sou um eterno viajor... das delícias da vida,
Nunca fui celibatário nem contra o matrimônio,
Gosto de sexo sem compromisso, querida,
Às vezes, meu nome é fogo... outras, demônio!

Quero uma mulher impura, quando na cama deita,
Que goste de fazer amor tanto de noite quanto de dia,
Que goste, também, de muita luxúria e muita, muita orgia.
Que seja sensual, carinhosa e pecadora e ao vinho... afeita!

Quero-te, mulher, com seios túmidos de amor e desejos,
Que com meus carinhos fiques toda - totalmente - desfeita,
Quando sentires o doce prazer... dos meus calorosos beijos


Oferta:
Essa mulher - existe somente na minha imaginação,
Mas... é difícil encontrá-la na realidade,
Pois, é um misto de pecado e santidade,
Que todos os homens desejamos com muita tesão!

Itanhaém, 28/08/2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Um retrato de família

Já, bem antigo, à guisa de moldura na parede,
O retrato de meus pais, meu único irmão e eu,
Chegava até a me dar um pouquinho de sede,
Na garganta, que um nó de repente aconteceu.

Eram lembranças de um pretérito bem distante,
De meu pai... de olhos azuis e sua barba ruiva,
De minha mãe... pálida  e pela tísica galopante,
De meu irmão... minhas saudades chora e uiva!

Na parede, o retrato está hirto completamente,
Minhas lembranças afloram num estático surto,
Nas imagens, que pela retina minha alma sente.

O espaço entre o passado e o presente é curto:
O retrato na parede, faz parte da nossa mobília,
E para matar a saudade: Um retrato de família!

Oferta:
Pendurado... entre tantos outros retratos,
Todos eles... tem a sua história e seu motivo,
Estão no contexto da família - substratos,
Para me lembrar a razão - porque estou vivo!

Itanhaém, 28/08/2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

domingo, 27 de agosto de 2017

Esse sou eu

Sou aquele cara, que sofre calado,
Por ter cometido "aquele pecado",
Que o tempo célere já prescreveu,
O quanto te feri por ter-te amado!

Tu eras uma mulher quase virgem, fria.
E eu, apaixonado... cheio de desejos,
Fiquei bem louco pelo amor de Maria,
Cobrindo-a, com meus loucos beijos!

De tê-la amado como um profano,
Ao pedir teu perdão me esforço:
É a lâmina cortante do remorso!

O tempo passou - foi ano por ano,
Fui eu quem teu corpo colheu:
Hoje, peço socorro - esse sou eu!

Itanhaém, 27 de ago de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Isabela

Isabela, minha neta querida, criança mimosa,
Teus encantos são a nossa doce felicidade,
Tu tens a beleza de uma flor... A rosa!
No teu casto coração sem maldade!

No teu olhar trazes a esperança almejada,
Por teus pais, teus avós e tua irmã Beatriz,
Anjo de luz que clareia a nossa caminhada,
Cujo sorriso faz à todos, imensamente feliz!

Teus jeitos e trejeitos são atitudes angelicais,
E quanto mais tu os fazes... queremos mais,
Serás por certo motivos de futuros madrigais.

Tens dons celestiais, que surpreso, reparo,
Quando falas coisas incríveis... isso, é raro,
Sabes de cor toda resposta... e isso, é claro!

Oferta:Oferta:
Isabela - Criança índigo, cristal ou diamante?
Não sei ao certo, só o tempo nos dirá, creio eu,
Porém, por vezes... me quedo num breve instante,
Pela certeza que na terra, um anjo: Isabela -  nasceu!


Itanhaém, 27 de ago de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Meu coração

Meu coração, mais parece um lago adormecido,
Cujo fundo negro nada nele  vejo palpitar,
Um monte de pedras e gravetos: tudo escondido,
Como a prenunciar... as procelas do mar!

Meu coração... já teve um AVC isquêmico,
Venceu e foi herói - ficou cheio de glória,
Forte... tornou-se um tanto polêmico,
Sem mudar, no amor, a sua história!

Meu coração, vive o passar das horas,
Na solidão e no desdém - assim:
Não tem flores - o meu jardim!

Meu coração, por ele, nem tu choras,
Meu coração, não tem o teu regaço,
Meu coração, não tem o teu abraço!

Oferta:
Meu coração - ficou escravo de uma jura!
Meu coração - Só queria ser um pouco feliz,
Meu coração - Sempre e somente te quis,
Meu coração - Espera a morte na amargura!

A sofrência é o equivalente da querência pela falta condicional do teu amor transformado em dor da alma que somente a tua presença me acalma...

Itanhaém, 27 de ago de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Fenômeno vespertino

Era uma tarde de verão no lugar aprazível da "Pedra que canta" - cujos quase quarenta graus, fazia um buraco na camada de ozônio do planeta, lá pelas latitudes dos polos e, também, num pedacinho do céu de Itanhaém, que insistia em ser indiferente ao tal fenômeno, que causa câncer de pele, herpes e cataratas insidiosas, que a nossa imprevidência desconhece a causa - quando descia, faceira, a ladeira....................uma linda mulher, cor de jabuticaba, gingando os quadris, naquele mexe e remexe, que parecia não ter fim, deixando embasbacados os marmanjos de plantão, que jogavam "conversa fora", tranquilamente, sentados nas cadeiras confortáveis em uma das mesinhas, que ladeavam o "point" do Colibri, Cafeteria já tradicional da cidade, sem tirar os olhos parados e pregados na deusa cor de ébano, que descia e sumia do declive, sem ao menos olhar para traz, deixando um certo perfume no ar, que embevecia a nossa alma e ativava, num ímpeto, a lubricidade meio que adormecida pelos anos já vividos...
O difícil era esquecer sua fragrância de flores do campo, mas, fácil era recordar a imagem, que acendia as emoções dormentes nos corações e nas mentes dos sexagenários - ditos em melhor idade - pelas experiências e usufruto do amor carnal, nas alcovas do cotidiano, quando, solteiros ou casados, nas "escapadelas", saindo de fininho pelas portas ou janelas, quase sem roupa, numa corrida louca, como se da polícia fugisse, ou se alguém, talvez, o visse, como enfrentar a situação?
Bom, se aconteceu ou não, fica na imaginação...
O fato curioso, nessa tarde de verão, era a mulher que, no outro dia, era um comentário danado e, como quem conta um conto aumenta um ponto, a deusa do dia anterior, que descia a ladeira, diziam que era uma feiticeira, pois, deixou todos os que a viram, totalmente apaixonados e em êxtase profundo na utopia de um belo dia, pela beleza singular daquela diva, que ao entardecer, quando o sol declinava seus raios de luz no horizonte,  todos os que ouviam a história - achavam e entendiam - que era uma loira maravilhosa, com lábios carmim, parecendo uma rosa de um jardim.
Pois é: A linda mulher cor de ébano, tornou-se uma loira esplendorosa, de lábios rubros e com gosto de mel, pela singular transformação do poder das palavras, que passa de boca em boca, nas prosas do povo, nas cidades litorâneas, onde o caiçara dolente se diverte, como se fosse um pescador das invenções do cotidiano, que muda o conteúdo e o fim da mesma estória, contada e recontada nas "rodinhas" da terceira idade, que enxameiam os "point´s" da nossa cidade.

Itanhaém, 27 de ago. de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Delírios de um santo

Era homem e não um santo... tinha suas mazelas,
Da alma de beato... em ascensão à santidade,
E ao ficar junto das índias e outras donzelas,
Tinha que ser bem forte, e não covarde!

Era seu dever levar a luz da Verdade,
Aos corações... na volúpia encarcerados,
Nada podia ser feito só pela metade,
Nesta questão sagrada sobre os pecados!

Mas, de repente, uma selvagem bela e louca,
Abraça seu corpo casto e dedicado à Deus,
E crava-lhe um delicioso beijo na sua boca,
Cujo néctar sorve, emergindo delírios seus.
Rasgou sua batina, gasta pelo tempo de ministério,
Deixando-o quase nu e seu corpo másculo à vista,
Transforma seus desejos em milhões de  mistérios,
Nunca experimentados em sua vida de seminarista.

Carecia vencer os seus desejos ardentes de sexo,
Então, desvencilhando-se da deusa do amor carnal,
Caiu de mãos postas ao céu e pediu ao Pai, genuflexo,
Que o livrasse desses delírios loucos - desse gostoso mal.

Conta-se uma lenda tribal, tupiniquim... que uma linda mulher,
Fora transformada em flor, pela compreensão de Tupã e Jaci,
Ao suplicar pelo Padre Jesuíta... a continuidade de seu mister,
E o perdão de seu pecado pela nova convertida da tribo Tupi.

No costão que o mar banhava... na cama de Anchieta,
Nasceu, de repente, a mais bela das flores no paredão,
Tinha nuances das histórias de amor - do nosso planeta,
Sua estoria é contada aos descendentes - como tradição.

Ofertório:
E as estrelas com suas centelhas luminosas,
Desde essa época passou a brilhar no azul:
São as lágrimas de Anchieta... perfumosas,
Que descem rutilantes, do Cruzeiro do Sul!

Exortação:
" É preciso ser forte na minhas fraquezas!"  Apostolo Paulo.
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Itanhaém, 21 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )



Paixão de verão

                                              ( Encontros em Itanhaém )

Meu ser é uma infernal tortura,
Por amar tua carne fresca e fogosa,
Esta é uma paixão...sem cura,
Ao afagar teus seios... cor de rosa!

Paixão nascida de um simples olhar,
De duas cumplicidades sem razão,
De desejos... repletos de tesão,
Só podia ser: paixão de verão!

Quando, na alcova, fazemos amor,
Somos duas almas, apaixonadas,
Entregues - sem nenhum pudor!

Não tem hora nas madrugadas,
Quando dizes baixinho: Sou tua,
Entre beijos - sob o olhar da lua!

Oferta:
Quando terminou o verão... chorei!
Pois, estava ainda ébrio de desejo,
E naquela noite tua boca sufoquei,
Quis até matá-la num único beijo!
Mas, não tive coragem, ainda bem:
Ela nunca mais voltou... à Itanhaém!

Itanhaém, 21 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )




sábado, 19 de agosto de 2017

Neste mundo de expiação e provas

Neste mundo, temos a oportunidade de mudarmos nossos paradigmas, conceitos, crenças arraigadas e impostas por mentes admiráveis e perversas, embora tenhamos a eternidade como chance de reabilitação, creio não ser de bom senso viver por esse viés do "dolce far niente" da vida, que o criador nos prodigalizou com tanto amor, para que o nosso progresso espiritual seja um moto contínuo, sem interrupções no calendário dos evos...
Diz a Doutrina Espírita, que este mundo é de expiação e provas, para que atinjamos nossa evolução no cadinho das dores pela Lei de Causa e Efeito, pois, o espirito, que é imortal, só consegue crescer nesse "mar dos sargaços" que é a terra, onde o lapidar da "pedra bruta" da alma, se faz necessário pelas múltiplas reencarnações, ate que aprendamos a amar, incondicionalmente, como Jesus nos amou...
Porém, criados simples e ignorantes, Deus nos concedeu o livre arbítrio, para que possamos ter mérito próprio na nossa escalada evolutiva, decidindo o que fazer de nossos pensamentos, palavras e ações, sem imposições de nenhuma vontade, que não seja a nossa, pois, é ela que nos conduz às trevas ou à luz, ao bom ou ao mau caminho, à porta estreita do Bem ou à porta larga do mal: a decisão é pessoal e intransferível e ninguém paga a nossa dívida, contraída e inscrita no Tribunal da nossa consciência, razão pela qual somos os artífices da nossa dor no caminho da evolução, portanto, ninguém paga o que devemos a não ser nós mesmos, demore o tempo que demorar, um dia, a "casa cái..." aí, não adianta se lamentar, por isso é que o planeta é considerado um reduto de prantos e ranger de dentes, onde temos a chance de "pagar" os nossos débitos perpetrados pelo livre arbítrio, que tanto falamos, pois, semear é facultativo, mas, colher é obrigatório!
Estacionar a vida no marasmo da preguiça, na insensibilidade de auxiliar o próximo e praticar os erros e desvios, contra as Leis de Deus, que é de nossa vontade e responsabilidade pessoal e intransferível.
Dizem que, se conselho fosse bom a gente vendia, mas, é bom... é só agir dentro do bom senso, razão e lógica, até, e principalmente, nas pequeninas coisas que não damos valor, pois, tudo está interligado e tudo está em tudo, como elos de uma corrente, onde nos unimos uns aos outros e fazemos parte de um todo, um emaranhado de situações, onde só nos sentiremos felizes, quando todos fizermos parte de tudo, na intercessão de almas em estado de amor e êxtase, em plena consciência universal...
Os gigantes da alma, que fala Mira Y Lopes, e que nos atrasa a jornada, são os sentimentos negativos: o medo, raiva, ódio, rancor, orgulho, vaidade, egoísmo, prepotência, arrogância e intolerância... existem outros, não menos importantes, que paralisam nossa evolução, nos impedindo de sermos felizes e termos um pouco de paz...
Nos Evangelhos de Jesus está o caminho, a verdade e a vida. Procura e acharás!
Mas, até lá, aprenderemos pela dor o que é possível pelo amor... neste mundo de expiação e provas!

Itanhaém, 19 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Anna Bela e o caiçara

                        ( História de um caiçara da " Pedra que canta" ) 

Disse-me um caiçara: 

" - Eu tinha uma namorada,
E o nome dela,
Era Anna Bela!
Eu mandava para ela,
Rosas vermelhas e uma amarela,
E a gente, junto, parecia,
Pipoca na panela,
Era noite era dia,
Eu vivia ao lado dela...

Mas, um belo dia,
Eu entrei numa fria,
Por causa da Anna Bela,
Por ciúme,
Segui os passos dela,
Porem, o Zé também seguiu,
Aí, a Anna Bela me traiu...
Fiquei com muita raiva dos dois,
( E me arrependi bem depois. )
Ao mandá-los... para a P.Q.P."

Oferta:
" Tudo aconteceu em frente uma gruta:
E ainda tenho saudade daquela F.da P."

Itanhaém, 18 de setembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

terça-feira, 15 de agosto de 2017

O poder da palavra

A palavra pode ser falada,
A palavra pode ser escrita,
A palavra pode ser desenhada,
Pelo pincel de um artista.

A palavra pode ser mal dita,
Nascida do imo do pensamento,
Tem palavras que são bem ditas,
E também, as palavras ao vento.

O poder da palavra é insofismável,
Faz a paz, mas, também, a guerra,
Neste Mundo Novo, dito, admirável.

É com palavras que uma contenda encerra,
O dito pelo não dito... faz a gente de arteiro,
Peço vênia ao Acadêmico: Altamiro Rollo Ribeiro

Oferta:
A palavra dita, nunca mais volta atras,
Mesmo que seja... só palavras ao léu,
Falar à esmo é um defeito contumaz,
Que não leva... ninguém para o céu!

Exortação:
" Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação."
                                                                                                         Paulo.              ( Efésios, 4:29 )

Itanhaém, 16 de setembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim ) Membro efetivo da AIL  Cadeira Nº 05 - Patrono - Isaías Cândido Soares

A síndrome de Down

                                           ( Sob a ótica espírita do amor pater/maternal )  

Essas crianças, com síndrome de Down, que a vida nos mostra no cotidiano das dores da alma, são os filhos de alguém, que para eles, a felicidade é apenas um aceno da ilusão passageira, pois, vieram ao mundo para a difícil tarefa do resgate compulsório, por esta razão, é preciso que estendamos as mãos compassivas à esses pequeninos enfermos, que chegam ao planeta terra com a missão definida, como se fossem flores recebendo a chuva de granizo do sofrimento, enquanto vida tiver...
Mães e pais - ao acalentar os seus filhos nos braços, que no sacrossanto reduto de seus lares, que é sinônimo de alegria e deles se orgulham como pérola rara, sentindo, no âmago de suas almas, alvissareiras esperanças por pequeninas e importantíssimas insignificâncias, tais como: Seus olhos são reflexos dos astros e das estrelas do firmamento... seus pequeninos dedos lembram a fragilidade das pétalas das flores, caindo ao entardecer... seus cabelos lembram espigas de milho ao sabor do vento... seu corpo frágil acalentado no abraço apertado e carinhoso desde o amanhecer... e sua boca assemelha-se a um botão inocente de uma flor, que seus beijos de amor e ternura desfalecem na plenitude da vida, que palpita no ser gerado e amado...
Não esqueçam que, na outra face da moeda da vida, estão aqueles que o destino ofereceu mais uma chance de reabilitação, pela compulsoriedade da dor, para quitar antigos débitos de pristinas eras - são aves cegas que não conhecem o seu ninho, pássaros de asas quebradas pedindo socorro em lugares perdidos na densa floresta do orbe... muitas vezes, os vemos como anjos paralíticos, pregados na cruz, como se imitassem o Mestre Jesus, perguntando à Deus: " - Oh! Pai, porque me abandonaste?", com a mente cheia de tristezas, incompreensões e nas densidades agourentas das trevas da alma, quase que ensandecida...
Nessas horas, não faltam acusadores nem detratores, que acham que devem ser exterminados da face da terra... Aí é que entram os pais, que sabem o que é a missão de um genitor (a), que tiveram o prêmio de ter um filho sadio e inteligente, recebendo o conforto de um lar...
Pensa neles, pois, são esses os nossos outros filhos do coração, pelo sentimento do amor, que volvem das vidas passadas, solicitando devoção, carinho e entendimento, para quitar dívidas contraídas no Tribunal da consciência devedora, com seu próprio corpo físico passageiro e seu espírito imortal em ascensão e progresso, pelas dores e limitações necessárias...
Liberte-se da compaixão imprudente, porque, por enquanto, só sabem padecer e chorar as oportunidades malbaratadas...
Enterneça-se, compreenda-os o quanto possa e ame até doer, na sublimação de si mesmo!
Ofereçamos à eles, todo o auxilio possível do tempo da nossa vida, do alimento que fortalece o corpo, o pão, o leite, e a água que mitiga a sede na solidão das enxergas dos hospitais do SUS... a carícia de um talco ou de uma "água de cheiro..." no corpinho diferente, principalmente, quando a criança não é filho biológico da gente! Então, amemos incondicionalmente!...
Sem medo de errar, posso dizer:  
Verás a prodigalidade misericordiosa de Deus, envolvendo seu coração, sua mente e sua alma, no perfume da gratidão e na transcendente melodia da bênção, descendo sobre aqueles a quem diz tanto amar, pois, a Lei de Causa e Efeito é justa e perfeita, e a gente só recebe, na contabilidade Divina, aquilo que doamos quando, verdadeiramente, amamos!
ET: O amor  dos pais não tem barreiras, pois, " um pai é para cem filhos e cem filhos não é para um pai! Ditado popular.
A síndrome de Down é um bem e não um mal para ninguém... Basta olhar e sentir com os olhos do amor!

Itanhaém, 16 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A dançarina solitaria

Ela entrou no salão de maneira sutil,
Era uma deusa descendo do Olimpo,
Seu corpo... retorcia de maneira febril,
Nas suas curvas - meu desejo garimpo!

Vejo-a em enlevados volteios,
No espetáculo da casa noturna,
Deixando à mostra os seus seios,
Como se eles fossem... uma urna!

Mulher como poucas, bem ardente,
Olha-me, com olhos de uma serpente,
Provoca em mim... toda lubricidade.

Toda volúpia, sexo, tesão e fúria!
Tê-la nos braços seria a felicidade:
Dançarina do meu pecado de luxúria!

Oferta:
Fico, ao ver seu corpo e seu jeito de ser,
Como um alucinado: Oh, minha dançarina,
Você é a única mulher, fatal, que me fascina,
Deusa solitária: Em seus braços quero morrer!

Itanhaém, 15 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )











Os passarinhos


Era o alvorecer...que despertava o dia com seus raios de sol, cheio de vida e esperanças de dias melhores, sob o teto azul anil da cidade litorânea de Itanhaém.
Eu nunca tinha visto tantos passarinhos - e de tantas espécies - em revoadas sinuosas e arabescas, enfeitando a orla da praia... e os que estavam no chão, pelas calçadas desenhadas, faziam uma algazarra danada, saltitando, correndo com seus passos acelerados, que ninguém era capaz de pegar, nenhum deles, quando paravam, por tão longe que já se encontravam, mas, era um divertimento para as crianças, que tentavam aprisioná-los, sem realizar seus intentos de pura peraltice, nestes tempos da inocência da infância dos seres índigos e cristais, como à elas se referem os estudiosos da parapsicologia...
Pede-se para que não seja dada comida aos pombos da praça ( causadores de doenças infecciosas agudas e infecções varias ) porém, nunca vi ninguém fazer tal solicitação aos passarinhos, razão pela qual a passarinhada estava, aos bandos, na orla da praia buscando saciar a fome, com as migalhas e guloseimas - miolo de pão francês, salgadinhos crocantes e alpiste - espalhadas, não sei por quem, mas, certamente, é alguém que gosta de passarinhos, pois, boa parte do calçadão estava salpicado desses apetitosos acepipes, que a fauna adora se abarrotar e ficar de "papo cheio..." e, ainda  mais, por estarem de frente para o mar da Boca da barra, que a todos encanta por sua beleza natural e sem igual, destes litorais afora...
O sol ia se despedindo do dia, nos instantes em que a lua ia abraçando o anoitecer, e os passarinhos, já ensaiavam seus voos em direção à flora da Mata Atlântica, que os aguardavam na soberana beleza do verde esperança e dos vários matizes, que transmite paz e vitalidade aos que se acercam de suas imponentes árvores, que a depredação humana, ainda não conseguiu chegar com suas máquinas (moto serra) potentes, que cortam, matam e destroem a vida do meio ambiente, junto aos passarinhos, que perdem os seus ninhos!
Agora, era o anoitecer que se avizinhava, e a lua faceira e serelepe, com seus raios prateados iluminavam o poente, como se quisesse ficar namorando o sol, que sumia no horizonte, para renascer no outro lado do mundo, como se quisesse correr da lua, por quem, certamente, ficaria perdidamente apaixonado, criando um caos, ao cometer, por amor, um ato que, erroneamente, chamamos de "pecado!"
E no lusco-fusco do entardecer, uma brisa marinha afarfalhava minha audição, e depois, o silêncio, apenas o silêncio do anoitecer, que era quebrado por uma música suave, ao longe, misturada  com o  pio de uma coruja, pressagiando o "vento noroeste", que costuma nos surpreender com a força dos elementos e pelo calor  abafado e repentino, com que açoita a noite, a  natureza verde esperança e a gleba da cidade da "Pedra que canta", que tem, no seu pendão, a inscrição em latim: " Angulus ridet" que nada mais é do que ... Lugar aprazível... que nada mais é, do que um sentimento indizível, e pelo poder da palavra é que construímos a paz, dita, impossível!
E como diz o velho anexim: " Em tempo de tempestade passarinho não muda de galho!"


Itanhaém, 15 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

sábado, 5 de agosto de 2017

As múltiplas faces do egoísmo e da ignorância

Enquanto estamos no caminho, onde houver desarranjos afetivos, temos a chance de reparar o erro cometido contra o nosso semelhante, principalmente, na família, que é uma estratégia Divina...
Quando não disciplinamos a nossa energia e a deixamos cair nas malhas da luxúria e promiscuidade, ficamos refém de nossas emoções atávicas e grosseiras, pois, o afeto e o respeito sai pela porta dos fundos da nossa alma, para cair no precipício das dores pontiagudas, que nos fere como se ferro em brasa o fosse...
Se eu fosse uma planta ( reino vegetal ) iria querer um meio favorável para crescer, mas, como sou um homem ( do reino animal ) preciso de um meio adverso para florescer as minhas potencialidades, submersas no fundo do meu egoísmo latente, fervente e emergente...
Preciso, também, de um poder de síntese analítica, pois, quanto mais equivocado eu sou, mais mais mal eu faço aos outros e à mim mesmo...
Nós, sem querer querendo, arruinamos nossa vida, pelo sucesso de Deus, na Sua perfeição, justiça e misericórdia, ao sabotarmos nossos planos de sermos felizes - pelo egoísmo - porque não entendermos que somos deuses...
Somos, a maioria, enfim, pessoas comuns que se preocupam com coisas extraordinárias, e não pessoas extraordinárias que se preocupam com coisas comuns e naturais.... 
Para que entendam o viés dessa exposição em relação ao título:
A homossexualidade não é comum, mas, é natural porque é do ser espiritual e do livre exercício do amor incondicional, portanto, lidamos com o não comum, mas, extraordinário, quando percebemos que a homo afetividade é natural e comum... e vem desde prístinas eras e, só sabemos "julgar e condenar", pela ótica nublada dos nossos recalques, idéias  pre-concebidas e tradições da religiosidade do pseudo cristianismo dos" doutores" das igrejas...
Deus, se pudéssemos defini-Lo, seria homem ou mulher? Sabemos que Ele é espirito e não possui sexo como o entendemos, morfologicamente...
Para que compreendamos a razão do nascer homem ou mulher, é só procurar no "Livro dos Espíritos" as respostas que, também, contém o porque nascer com tendência homo afetiva ( pelo mesmo sexo ), porém, sem os abusos do  sexo, a promiscuidade, a falta de respeito aos limites e liberdade do outro, limitando a conter os impulsos sexuais em público, ao manifestá-los, abertamente, sem os pudores de praxe, pois, a liberdade de um termina quando começa a do outro, seja ele quem for ou esteja exposto aos olhares alheios... Entre quatro paredes estamos á sós? Não! "Uma multidão de testemunhas vos observam e acompanham, constantemente..." já o disse o Apostolo Paulo! Então, tenhamos cuidados com as nossas manifestações homo afetiva, de um modo geral...
Amar e dar vazão ao instinto animal não é "pecado..." e sim, a maneira como procedemos em público. Ainda, neste mundo de expiações e provas, que caminha para um tempo de regeneração, somos e seremos, por muito tempo, perseguidos pelo texto do Velho Testamento, que diz: " O homem que deita com outro homem fazendo dele sua mulher, é uma abominação aos olhos do Senhor..." Levítico, senão me engano. Isso, também, vale para a mulher, só que, com a incompreensão potencializada na condenação!
As classes e o pensamento dominante, ao seu bel prazer, obedecem e fazem as Leis, conforme seus interesses e evolução espiritual, ainda, no jardim da infância do orbe terrestre.
Somos egoístas e ignorantes, e as nossas faces são máscaras no teatro da existência, que mudamos a cada ato, isso, é um fato!
Não julgueis para não seres julgados! 
O agravante é o conhecimento da razão dos atos e o atenuante é a ignorância dos fatos! Porém, as Leis de Deus, existe e persiste na consciência do homem, "sapiens ou spiritualis...", que não nos exime do erro, do julgamento e da condenação , implicando na Lei de causa e efeito, que é justiça na medida certa. Isso, não tem jeito, é liquidação da divida... com o nome de oferta!

Itanhaém, 05 de 08 de 2017


Jose Aloísio Jardim    ( Sêo Jardim )