sexta-feira, 31 de maio de 2013

Quando eu morrer

Quando eu morrer, não quero choro nem velas,
não quero que lamentem a minha esperada morte,
quero apenas alguns anjos fortes como sentinelas,
me amparando, e também, me guie... e conforte!

Não quero mentiras à beira do meu túmulo,
quando em vida viviam zombando de mim,
quero que sejam, as palavras... no meu fim,
verdadeiras... o contrário, seria o cúmulo...

Hipocrisia... chega de tanto gesto fingido,
deixem-me morto na cova e no jazigo sozinho,
da mesma forma que sempre fui esquecido,
sem nunca ter amizades, e dos amigos: carinho!

Não quero prantos de ninguém que não sejam,
da mulher que foi minha última companheira,
pois, somente ela tem afetos... que sobejam,
junto com meus filhos... pela vida inteira!

Não creio que ninguém me fará uma prece,
e saudades, poucos, também, nem sentirão,
assim é a vida que em minha alma anoitece:
e fenece o meu solitário... e fraco coração!

Resta, em verdade, um consolo fugaz,
antes que termine... este final de dia:
Para ti, minha alma compenetrada te faz,
alguns versos que transformo em poesia!









quinta-feira, 30 de maio de 2013

A minha dor é, sempre, maior que a sua!

Certas situações são atípicas e incompreensíveis na vida, por exemplo:
Quando uma pessoa querida é assassinada a gente perde o rumo, fica abestalhado, parecendo um zumbi andando ao léu... Nesta época, parece que foi ontem, eu tinha cinco filhos!
Os pensamentos perdem a coordenação, e há um misto de ódio e dor a nos acompanhar... por todo lugar que a gente vá!
E quando  a Justiça tranca suas portas pela insensibilidade dos magistrados, que não julgam os delinquentes, os meliantes e os marginais de alta periculosidade, pelo fiel da balança e sim pelo contrapeso da moeda sonante, ou do tráfico de influência, quer dos rábulas ou dos políticos de grande notoriedade, mas, condoer-se com a vítima, isso é fora de cogitação, e aí, entra a omissão...
Porém, seja qual for a motivação da sua insensibilidade, um juiz nunca será julgado e condenado por qualquer uma dessas anotações, nas quais vivi momentos de verdadeiro terror, sem merecer nenhum ato de misericórdia ou compreensão por nenhum representante da justiça, quer delegados, advogados ou magistrados... Os homens são falhos e fracos: orgulhosos, egoístas, vaidosos, gananciosos...
Então, me revoltei contra Deus: O Ser que criou o Universo, as Leis e os destinos...
Comecei a achar que Ele se divertia com a minha dor.... testando minha paciência, resistência e reação perante o enigma que me fazia réu, ao levar meu motivo de viver para os confins do céu!
Quando a dor atingiu um certo grau de loucura, açoitando meu espírito, ignorante das coisas do amor incondicional, minha revolta, em expressão máxima, me fez falar assim:
" - Deus, sei que não posso te chamar de FDP, pois, meu raciocínio, um tanto ilógico, ainda resistia à demência total e pensava: Puxa vida, não posso xingar o " My God" porque Ele nunca teve mãe... é um Ser que não precisou nem de mãe para nascer, ou, nunca nasceu porque sempre existiu e sempre existirá..."
A revolta das minhas palavras era a minha dor que não encontrava abrigo em nenhum lugar!
Mas, estava falando da minha dor, aquela dor que é a maior de todas as dores... A minha dor!
Ainda meio anestesiado com os resultados físicos e espirituais, no meio das coisas que me rodeavam o mundo interior, não conseguia atinar com um prognóstico do ocorrido e o porquê do acontecido...
A realidade parecia um sonho, quer dizer, um pesadelo, e tudo parecia tão distante deste mundo e da minha vida: era uma controvérsia de pensamentos descoordenados, desconexos e sem nexos... achei que iria enlouquecer!
Não enlouqueci!
Lembrei-me das passagens e das lições do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Acalmei meu coração e minha mente, procurei perdoar, nas minhas orações, aquele ser das trevas, que ceifou a vida da minha vida e da vida de meus filhos! Não foi fácil: Várias vezes, caí na tentação da vingança do "Olho por olho.." e vida por vida!
A CRENÇA NA PLURALIDADE DA EXISTÊNCIA BRECOU MINHAS ATITUDES  EM ESTADO DE DEMÊNCIA...
E as lagrimas eram o meu conforto para quem, no lugar do meu amor, deveria estar morto, mas, não foi assim que o destino resolvera intervir...
Dizem que os carmas compulsórios são inevitáveis, e isso, ainda,  me consola um pouco... para não ficar louco!
O livre-arbítrio, no ser humano irracional, não funciona a contento e só nos trazem, a qualquer momento, uma grande dor e muito sofrimento...
Eduquei meus filhos da melhor maneira que pude, ajuntei-os em torno de uma nova vida, amparado por uma mulher maravilhosa, que Deus, na Sua Infinita Misericórdia nos concedeu como sustentáculo, para apagar e diminuir as nossas dores pela perda irreparável... mas, suportável!
Hoje, caminhando para ocaso da existência, elevo meu pensamento à Deus para agradecer-Lhe por Ele ter nos dado tudo que precisávamos...
E as minhas falhas pelos momentos de dor infinda,
também, sei que já me perdoou,
pois, Deus é Amor!
Mas, a minha dor dói...
Ainda!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Educar é preciso, sustentàvelmente...

" - Constitui entendimento comum, que o comportamento dos homens, na sociedade, é reflexo das relações familiares."
Quando o indivíduo agride a sociedade na pessoa de seu semelhante, é porque foi criado, assim, no seio der sua família, em constantes agressões, quer com palavras ou atitudes destituídas de nobreza.
Daí, a importância do papel dos pais, nos lares, educando os filhos, aparando as imperfeições de seus espíritos incultos e belicosos, que soem despertar na mais tenra infância... portanto, não se pode culpar os Educadores e as Escolas por falhas que derivam da responsabilidade dos genitores.
As Escolas e os Professores tem como competência complementar a educação, que tem seu início na intimidade do Lar.
Não é fácil educar um filho, no mundo globalizado, robotizado, informatizado de hoje, onde a mídia vende ilusões funerais nas novelas, nos comerciais e nos mais diferentes agentes de comunicação, porém, existe um fator que pode superar essa dificuldade:
A educação baseada nos princípios morais e cristãos!
Afirmam diversas religiões que todos os males tem origem no egoísmo e no orgulho: A criança apresenta, desde o berço, essas tendências através de seu comportamento, centralizando toda a atenção para si ( Manifestação do Egoísmo ) e desprezando tudo e todos, quando seus desejos não são satisfeitos ( Manifestação do Orgulho )
Estudar e combater essas manifestações é dever dos pais...  ( Vós sois como o oleiro a trabalhar a argila! )
Muitas vezes, a correção mais expressiva, dói, mas, constrói o homem do amanhã que deverá ser o gestor da Ordem e do Progresso, além do fiel da balança da Justiça e da Fraternidade!
Um filho é como um diamante oculto na imperfeição da pedra bruta, cabendo aos pais a lapidação de suas arestas, para que todos possamos nos beneficiar de sua beleza, quando exposto ao cadinho das provas e intempéries, próprias deste orbe de expiações em todos os níveis da sociedade humana...
Assim, não falou Zaratustra, mas, é óbvio que, o Lar é a Célula-Máter da Sociedade, e a Escola é o berço que os Educadores embalam, cantando canções de ninar, quando, muitas vezes, tem vontade de chorar...
" - Pais e Educadores, eduquem as crianças de hoje para que, amanhã, não seja preciso derramar lágrimas de arrependimento...
Utilizem a Tabuada do Amor, a palmatória da compreensão e o castigo do perdão!"
 
Itanhaém, 30 de maio de 2013
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

As separações, às vezes, são necessárias!

A Lei não sanciona a obrigação, para a filha, de deixar os pais e seguir o seu marido?
E, deixando seus entes queridos, não constituirá uma nova família?
Um cidadão não deixa seus pais, filhos, esposa e amigos para marchar em defesa de seu país?
Os motivos é que abrigam as decisões...
Portanto, as separações, às vezes, são necessárias, mas, nem por isso as afeições se rompem...
Existem separações que são melhores que aconteçam para evitar um mal maior, que seria uma briga ou desavença, mesmo que as razões sejam, plenamente, justificadas, que seria uma contenda seguida de morte ou, simplesmente, de agressões físicas e morais, cujas marcas ficam na alma... das duas partes!
Também, as afeições, quando não são baseadas no verdadeiro amor, que implica a renúncia dos prazeres mundanos egoístas, ou quando os melindres e ressentimentos falam mais alto, melhor será uma separação consensual, para que cada um siga o seu caminho, buscando novas oportunidades de ser feliz... pois, é melhor estar sozinho do que mal acompanhado, convivendo com as brigas constantes... tirando o doce mel da vida à dois!
Na verdade, tudo começa e termina na cama... Inclusive, os maus costumes...
Vamos para o quarto e, na cama, não nos falamos. Não nos tocamos, mas, roncamos...
Não nos suportamos nas pequeninas coisas, e tudo, até os mínimos detalhes são motivos de briguinhas e cara feia, vivendo lado a lado, no maior silêncio e nas discordâncias contumazes nas quais vamos nos acostumando... vamos?
Pense num sufoco danado!
Isto posto, o que é o amor?
Vou buscar nas páginas da Bíblia, em Coríntios, 13:
" - O amor é paciente e prestativo.
Não é invejoso e não se ostenta.
Não se incha de orgulho nem é inconveniente e não procura seu próprio interesse.
Não se irrita e nem guarda rancor.
Tudo desculpa e tudo crê.
Tudo suporta e ama pelo prazer de amar, compreender e perdoar."
Em Eclesiastes 25,26 lemos:!
" _ Coração abatido, rosto triste e coração ferido, é obra da mulher má. Não deixe a água escapar das mãos, nem dê liberdade de falar para a mulher má. Se ela não obedece as ordens que você dá, separe-se dela. Mulher má é canga de boi mal ajeitada, e querer dominá-la é como pegar escorpião..."
E pela Lei da igualdade humana, estes conceitos aplicam-se, também, aos homens!
Embora, dolorosa, porque nos sentimos "dono" do outro, uma certeza podemos ter:
As separações, às vezes, são necessárias!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 28 de maio de 2013

Ma vie

Mas, que destino,
Arrolei-me, que tantos
Rios de lágrimas
Imensos,
Afogam sentimentos em prantos?

Jamais te quis distante,
Onde a vista não alcança,
Somente esta saudade cruciante:
É o reflexo do meu agir criança...

São Paulo, 04 de outubro de 1989


PROVAS

Provas... na vida são
tantas,
que vezes minha alma chore,
quantas,
desta lida, desta faina, deste tropeço,
caio e começo, outra vez, desde o começo...

Provas, para uns é indiferente,
para mim, minha vida se recente,
quando a dor bate devagarinho,
é uma rosa coberta de espinho.

Provas, quem não as tem?
mas, é preciso saber vencer:
Caridade no caminho do bem!

Provas... elas podem e devem doer,
só assim, caminhamos para Deus:
Os seus problemas, também são meus!

Ofertório:

É difícil,
quem acha que a vida é só flores,
vive... sem nesta lida sofrer,
passa a vida entre os amores:
E aqui volta, em provas... viver!



Andando por aí

Nesta vida o que é a sorte?
é uma pergunta indiscreta,
só temos a certeza da morte,
mas tudo é possível ao poeta!

Minhas mãos são mãos de anjo,
que modelo tantos arranjos,
com samambaias e jasmins,
cultivadas... dentro de mim!

Pergunto e, também, decoro,
a tristeza de cada um,
e depois, não me demoro:
E assim, vou levando "algum!"
















Mudando de assunto

Certa vez, meu amigo Paulo perguntou-me:
" Olá, como vai?"
Respondi-lhe:
" Na foto estou bem, mas, na radiografia... estou mais perto do além!"

Ontem, pelado, olhei de frente para o espelho... e virei de bunda e, também, não gostei! "rs.rs.rs."
A velhice é uma merda!

Eu gosto de você e você gosta de mim!

Carrego comigo uma tristeza imensa,
e comigo vai, também, uma alegria enjaulada,
nenhuma das duas vai embora, parece uma doença,
que me persegue, nas altas horas, tristes, da madrugada!

Ontem, sonhei contigo e com teus encantos
de mulher ardente,
acordei molhado em prantos:
Era um homem carente!

Trago comigo todas as primaveras,
todas as flores,
e do arco-íris as cores:
em sonhos, fantasias... e quimeras!

Sei de cor e para todos ensino,
sobre tudo que, na vida, aprendi,
sou reflexo do inocente menino,
das lições amorosas... vindas de ti!

Sou escravo do teu amor,
e sem ti não sei como vivo,
não sei viver sem o teu calor,
sou, em liberdade, na verdade,
um apaixonado... pássaro cativo!

Então, ficamos assim:
Eu gosto de você e você gosta de mim!
Sei que é difícil esconder nossos desejos,
e quando nos encontramos:
nosso mundo vira em abraços, alegrias e beijos...

Coisa de caipira

Fui certo dia, na casa do cumpade, mais o cumpade num tava lá, só tava a cumade, mais é mesmo que o cumpade tá...
Eu só quiria sabe cumu o cumpade tava...
Intão, puxei uma prosa cum a cumade, qui tava tão suzinha, longe do cumpade qui tinha saído para pescá...
A noite tava tão bunita qui dava vontade da gente se abraça...
O céu tava lindo dimais e todo pintadinho di estrelas...
Inté us passarinhos começaram a cantá...
As crianças tavam tudo durmindo que fazia gosto de oiá...
Aí, falei pra cumade:
" - Cumade, a gente pudia se deitá na rede, e ficá oiando a noite passá, dispois a gente tomava um gorpinho da cachaça especiar, que o cumpade guarda no garrafão, que ganhô du vizinho..."
A cumade riu de fazê gosto e trouxe uns pitiscu pra nóis biliscá...
Pensei muito, agarrei a coragem que eu num tinha e falei prá cumade:
" - Óia cumade, tudo tem a primeira veis e eu quiria, desde a muito tempo podê, um dia ti amá..."
A cumade riu... riu... riu e inté mijô pela perna abaxo...e me falô assim:
" - Óia cumpade, inté qui o sinhô é muito guapo e inté qui tenho um certo atrativo pela sua pessoa, mais, eu quiria ti dizê qui o seu cumpade tá lá dentro di casa oiando, e esperando aquele presente qui o sinhô disse qui ia dá prus nossos fios... e a espingarda dele tá carregada i gospe um fogo danado..."
Aí, quem mijô nas carças fui eu, inté me borrei todo... e nunca curri tanto im minha vida de "Guapo", qui inté hoje num sei o que significa...
Tô aqui contano essa istória purque a ispingarda do cumpade faiô... o gatio imperrô...
Se argum cumpade passá pur uma situação dessa... tome cuidado cum a língua e antes, óia bem na casa e pirgunte se o cumpade tá, mais... do lado di fora da casa.
Meu cumpade, oce num sabe, mais, sei que a sua oreia vai pegá fogo com o que vou contá:
" - Teve um dia, que u sinhô foi na cidade comprá mantimento  e eu fui inté a sua casinha de sapé, e falei prá cumade mi perdoá pela fraqueza e pela emoção di meus sintimentos, purque minha cabeça parecia oficina du demo e eu tava pussuído de um ispírito do mar... "
A cumade riu di novo e mi falou assim:
" - Ora, cumpade, dexa isso prá lá, já são águas passadas pur baxo da pinguela, mais, se o seu cumpade morrê primero qui u sinhô, me procura prá  nóis continuá a nossa conversa..."
 
Mais, pode fica sussegado, cumpade, qui mata o sinhô eu não vô, pois, sou devoto das armas penadas qui procuram pur sarvação!
Óia, cumpade, essa sua muié é uma santa, divia tar num artá!
Eu tenho é inveja du sinhô!
Minhas discurpas pelo ocurrido: Eu pudia ter morrido..."
Mais, pur vias das dúvidas, comprei uma ispingarda, e coloquei na parede da minha casa, e entortei u cano dela... prá pegá chifrudo na curva... 
 
 
 
 
 
 
 





domingo, 12 de maio de 2013

Mestre, fale-me sobre a amizade!

" - Quem encontra um amigo encontra um tesouro!
Quem revela um segredo destrói a confiança e nunca mais encontrará um amigo íntimo!
Ame seu amigo e seja fiel a ele, contudo, se você revelou os segredos dele, não o procure nunca mais. Porque, assim, como você perde uma pessoa que morre, da mesma forma você perdeu a amizade do seu próximo, como pássaro que escapa da mão, você deixou escapar seu amigo e não conseguirá mais apanhá-lo! Não vá atrás, pois,  ele já foi para longe, fugindo como gazela que escapou da armadilha!
Amigo os há em quantidade, mas, em qualidade, são poucos... Quem pisca um olho pode estar planejando maldade, mas, quem o conhece afasta-se dele... preste atenção para não cair nas suas esparrelas...
Tem "amigo" que na frente de você fala com delicadeza e elogia o que você diz, mas, por trás, ele fala diferente e arma ciladas com as mesmas palavras que você disse.
Eu detesto muitas coisas, e a esse tal muito mais e, também, o Senhor o detesta!
Os que se alegram com a queda dos amigos serão apanhados na própria armadilha e, antes de morrer, a dor os consumirá!
Todo amigo declara amizade, mas, existe amigo que é amigo só de nome!
Por acaso, não é tristeza mortal o companheiro ou amigo que se transforma em inimigo? Ó inclinação perversa!
O amigo que se alegra com a felicidade do amigo, e quando ele passa por alguma desgraça torna-se hostil, é uma grande covardia!
Em seu coração não se esqueça do amigo; e não se esqueça dele quando você estiver na prosperidade!
Seja cauteloso com o amigo conselheiro e procure saber quais são as suas necessidades, pois, ele pode aconselhar em benefício próprio!
O companheiro sofre com o amigo por interesses!
Se algum amigo o olha com desconfiança, desvie-se dele com cautela, para não ser reprimido na frente dos outros... esconda suas intenções de todos os que tem inveja de você!
O núcleo da amizade verdadeira é a felicidade, contudo o amigo verdadeiro só se revela nos momentos difíceis!
Os amigos conselheiros, tanto quanto os políticos, são necessários, quando entra em jogo, não apenas uma questão pessoal, mas, o bem comum de um grupo. Todavia, é preciso discernir o conselheiro, pois, ele pode ser um traidor do povo!"
 
Tem uma poesia que fala mais ou menos assim:
 
" - Amizade, é um sentimento,
sincero no coração,
Amizade, são dois galhos,
com a mesma gota de orvalho,
caindo pelo mesmo chão...
Amizade, é o canto do passarinho,
é o doce aroma da flor:
Amizade, é quase amor!"
 
Aí, o Mestre se calou, a pensar... com o seu olhar perdido nas desavenças da humanidade!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Amor passageiro

Caminho pela vida como nauta perdido,
nas ondas revoltas das aguas do mar...
tenho dentro de mim o coração ferido,
por não saber... como vou te perdoar!

As lágrimas descem pelo meu rosto:
Vivo cheio de um amargo desgosto!
Vivias, alegremente e feliz ao meu lado:
Mas, só o meu coração era apaixonado!

O meu amor era o suficiente por nós dois,
Esse foi o grande erro que, tonto, cometi:
crendo que me amarias um tempo depois...

Hoje, sofro em dobro o que já sofri...
Se o meu amor era puro e verdadeiro:
O teu era falso, fácil... e passageiro!


Os fatos não permitem possibilidades

As afetividades, não estão circunscritas às faixas etárias, e quando criticamos os sentimentos entre uma pessoa idosa e uma jovem, limitando o amor somente aos jovens, estaremos nos condenando à solidão afetiva no ocaso da existência, que ,um dia, chegará para todos os seres da criação!
Porque tanta hipocrisia? Porque tanta incompreensão, descaso com os novos casos, afronta aos sentimentos e emoções do amor sincero, que nasce, de repente, na alma da gente?
Sociedade de valores arcaicos, ultrapassados nas voragem dos tempos, que se foram para nunca mais se reciclar...
Se o espírito não tem sexo, e sendo energia, misturam-se nas frequências magnéticas, em diapasões que se acomodam na intercecsão dos seus destinos... então, porque violar a liberdade de ser  e querer? Não é melhor deixar acontecer?
Não existem possibilidades aventadas para fatos consumados!
Deixemos que cada um viva conforme lhe apraz, pois, quem ama o feio é porque bonito lhe parece, não é mesmo? Assim, dizia Shakespeare!
E concluo a minha moda: Quem gosta de velho não é só o reumatismo...
Muitos jovens chegam a se apaixonar, devido ao fato de encontrar outros valores, que não sejam somente os descritos nos conluios materiais e sexuais, do mundo moderno, perdido na sua própria tempestade moral...
Digamos, que seja, até, um amor platônico... mas, é amor!
Maldizentes, fofoqueiros e falsos moralistas de plantão, são os que não aceitam os fatos... que não permitem possibilidades!...
Que coisa!...
 
 

Mãe biológica


Minha homenagem singela pela passagem do Dia das Mães em 12/05/2013

Mãe criança,
Mãe adolescente,
Mãe adulta,
Mãe esperança
da alma da gente...

Mãe pobre, classe média ou milionária,
Mãe amorosa,
Mãe "mater" dolorosa,
Cheia de amor para dar,
E, às vezes, tão perdida,
Ao esquecer ou abandonar,
o fruto sagrado do seu ventre,
Que Deus permitiu,
Que ela lhe doasse à vida!

" - Amemos sem julgar,
os seus atos atormentados...
E jogue a primeira pedra,
Na Mãe: Aquele que
Não tem pecados..."

Para vir à este mundo,
Tenha certeza, que você pediu!
E se foste abandonado...
Outras Mães lhe darão guarida,
Pelo desprezo daquela
Que te pariu,
Dando lhe a chance de reabilitação:
Para viver uma nova vida!


J.A.Jardim   ( Sêo Jardim )












terça-feira, 7 de maio de 2013

A miopia frente à ferrovia

Desenvolver a malha viária da ferrovia, para escoamento da produção agrícola deve ser prioridade dos governos tri-partíte, isso, sem mencionar que o turismo nos Municípios seria uma chance de melhorar a renda per-capita, principalmente, entre aqueles que tem seus atrativos naturais como dádiva do criador, pelas suas belezas infindas...
Porem, o que falta é vontade política, visão política e governo voltado para o povo, que está implícito quando se faz o juramento e recebe-se o diploma de legislador, ou seja: EDIL!
Pois é, são os vereadores que tem o sagrado dever de fiscalizar o Executivo e aprovar leis e outros mecanismos de desenvolvimento do município para que os fins sejam atingidos a benefício dos munícipes...
Está na hora de mudar essa mentalidade arcaica de fazer prevalecer a "lei de Jeferson", onde leva-se vantagem em tudo, pelos caminhos das propinas duvidosas e imerecidas, onde nossos políticos se enriquecem de um dia para o outro, a nos chamar de palhaços e nos empurrando na cara a carteirinha de imputável, que só pode ser preso em flagrante delito ( pode? )
Existe um movimento chamado " Impeachetment", que pode ser manipulado pelos eleitores, com palavras de ordem, para destituir um político do seu mandato, quando ele não satisfaz os anseios da população que o elegeu... ou quando ele se corrompe pela ganância desmedida do vil metal, que envia muita gente para o inferno de Dante...
Mas, voltemos a miopia, que aludi no cabeçalho do texto: As vias terrestres, no caso, as estradas de rodagem são mais caras que as vias férreas, então porque não construir ferrovias? Será que é porque a indústria automobilística impede que isso aconteça, injetando numerário e benesses aos nossos políticos, que fazem "vista grossa" para as soluções deste empreendimento que viria beneficiar todos os brasileiros?
Já pensou, você sair de São Paulo e vir parar em Juquiá, numa viagem turística, que beneficiaria todos os municípios por onde a composição, trem de ferro ou litorina,  passasse?
E o escoamento dos produtos agrícolas regionais, que dariam emprego a tantos que nas cercanias residem, sem ter onde trabalhar, onde, no litoral, a empresa que mais pessoas empregam são as Prefeituras... que se incham pelas promessas de campanha!
Existem bons projetos, por favor, não subestimem os  homens de boa vontade e com grande capacidade de criar oportunidades, é só tirar das gavetas esses projetos... às traças relegados!
Sei que não adianta muito falar e debulhar certos fatos, aos ouvidos moucos e insensatos dos nossos políticos, que se comprazem na impunidade de seus atos contra a  cidadania...
Entra nesta pauta, os aeroportos, as plataformas de petróleo, os portos marítimos e toda a rede hoteleira que, se houvesse interesse e conscientização política, os municípios seriam mais promissores aos investidores, que, como sói acontecer, vão investir em outros lugares onde os visionários do amanhã recebem isenção de tributos e outras facilidades para fazer do local, um lugar aprazível!...
É a ferrovia da vida que a miopia dos políticos desvia: Alcaides, Edis e outros membros das Assembleias legislativas, (  Deputados e Senadores ) todos, fazem parte do "pacote!"
A regra não é para todos, felizmente... Então, ainda resta uma esperança pela minoria dos políticos que honram o voto que recebeu na eleição... e, certamente, do hades escaparão!
" - A cada um segundo as suas obras..." É o texto bíblico!
Tenho dito
J.A.Jardim
Ex assessor da Secretaria de Saúde de Itanhaém - 1999/ 2000
Pós graduado em Gerente de Cidades pela FAAP/ 2000
 
Itanhaém, 06de maio de 2013
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

O poeta decide morrer

Pensava o poeta, que queria se suicidar:
 
" - De que vale a vida?
Acho que é melhor
ganhar um pouco de publicidade,
e tornar-me um suicida..."
 
Pensou e começou a imaginar como seria seu fim...
Como seria a sua morte...
Afinal, de quem é a vida, não é minha?
Então, vou fazer dela o que quiser:
 
Posso pular na frente de um trem e me acabar, todo quebrado, fatiado... e ensanguentado...
 
Também, raciocinou: Posso mergulhar nas águas profundas de um rio e deixar que a correnteza me
engula como se estivesse com fome, pois, até para morrer é preciso ter coragem e ser homem...
 
E se desse um tiro na cabeça? Legal, não? Seria miolo para todo lado e ninguém seria culpado...
 
Mas, até que poderia ser um "acidente" de carro: 50,80,100, 120.160...210 quilômetros p/hora... e não seria nem multado pelo radar imóvel, insensível, indiferente...
 
Outras formas encontrou para se matar, mas, não quis falar sobre elas, pois, sua mente começou a ficar vazia, sem ideias, sem fantasia, sem eira nem beira... e sem poesia!
 
O poeta estava parado em cima da linha do trem que atravessava sobre o rio...
Pegou seu revolver, cano curto, e jogou-o na água escura da correnteza que se avolumava fortemente... no rio Itanhaém!
 
Entrou no seu carro e foi até um quiosque à beira mar, pediu uma cerveja bem geladinha e uma porção deliciosa de bacalhau, colocou as mãos atrás a cabeça e pensou alto:
" - Puta que pariu, dizem que cabeça vazia é oficina do diabo... e não é mesmo?
Neste momento eu poderia estar morto!..."
... E deu uma gargalhada alto e a bom som... ainda bem que não havia ninguém, mas, o Edsom, dono do quiosque, já se acostumara com certos tipos de fregueses que frequentavam seu estabelecimento, e nem deu importância ao fato, senão, iria virar um boato!
E qualquer semelhança é mera coincidência!...































A primeira vez

Que grande timidez,
quando te beijei,
pela primeira vez...
Tremias, também,
e querias fugir...
e querias ficar...
não sei se era eu
ou se eras tu,
que tal sentimento
maior sentia...
ou se eles se fundiam...
Era a doce embriaguez,
da felicidade
pela primeira vez!...

Esse tempo já passou,
vai distante, ao léu,
como brisa de verão,
pelos confins do céu!...

Hoje, somos adultos,
desenvolvidos,
nos cromossomos...

E quando passamos
pela mesma calçada,
sentimos,
sem saber porque,
aquela mesma emoção,
do primeiro beijo...
E da primeira vez!



domingo, 5 de maio de 2013

Perdas... e danos que causamos!

Perder um ente querido não é fácil!
Nunca estamos preparados mesmo que as religiões nos afirmem que, um dia, nos veremos no paraíso!
Na visão espírita, esse é o foco primordial para as dores que visitam os que ficam com saudade...
A morte é uma passagem para outro plano, outra vida, outra realidade...
Portanto, todos devíamos nos conformar com a ausência de nossos entes queridos, porém, a maioria das pessoas sofrem muito com a perda, e daí, advém os danos...
Dependendo da crença de um o sofrimento está em função dos conceitos religiosos da vida após a morte e das realidades do mundo espiritual, que aguarda quem parte, recompensando ou condenando para o fogo eterno, ou entendem que ficam aguardando o dia do juízo final...
Nos nossos dias pós morte e descerramento do corpo à sepultura, ficamos a prantear o falecido como se isso resolvesse nosso estado de dor infinda, mas, nos esquecemos que quem daqui se vai, pelas leis naturais da vida, pode ficar preso às emoções desgovernadas e intermináveis dos pranteadores, que nos tornamos, causando grande sofrimento ao "morto", que não se liberta do apego sem motivos... e demorando um tempo maior para se desprender do corpo físico e do ambiente do local onde conviveu nas horas de alegrias e tristezas...
A gente só possui aquilo que somos e que doamos e não o que queremos, portanto, faz-se urgente nos libertarmos das amarras do desejo de posse... O plano espiritual conduz quem morre para o mundo terreno ao nascer no mundo maior que é a verdadeira vida do nosso espírito imortal.
Tudo nesta vida passa!
O tempo que você conviveu com aquela pessoa que amou, já passou! Não volta nunca mais, então, cuide de outros cuidados para não viver das ilusões do passado!
Todo apego é como erva daninha e caminho certo para obsessão, depressão e sintomas degenerativos físicos e espirituais, de difícil diagnóstico pela medicina, nos causando doenças, as mais variadas, pois, tudo vibra na matriz perispiritual do ser comprometido  com a sua falta de fé e apego irracional aqueles que diz amar!
Diz uma passagem da Bíblia " - Deixe os mortos cuidarem de seus mortos!"
A continuidade da vida sem aqueles que amamos não costuma ser fácil, mas, tem que ser entendida e vivida da melhor maneira possível, pois: A vida continua!
Não deixe que a tristeza e o remorso invada seu coração, pelo que não fez por aquela pessoa que se foi, pois, mais cedo ou mais tarde, chegará a sua vez!
E o encontro se fará numa das moradas da casa do Pai!
Então, chegou a hora de mudar, não importa o que fez ou o que não fez. Faça! A partir de agora:
Ame mais! Perdoe mais! Esqueça as ofensas! Auxilie mais, sem esperar algo em troca... e sim, pelo prazer de ajudar! Compreenda! Tolere! Enfim, que as próximas pessoas que partirem possam sentir o quanto você mudou, o quanto você amou... E sejamos felizes, né?
Não discute-se aqui o mérito de cada religião, pois, entendemos, que:
" -  A melhor religião é aquela que te faz melhor! " Sai Baba!
E tenho vos dito!
J. A. Jardim
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Um soneto de saudade

Um soneto de saudade,
que me faz compreender,
esse amor que por maldade,
atormenta o meu triste viver!

Essas suas mãos serenas,
seu olhar, só claridade,
eu só sei compor apenas,
um soneto de saudade!

Oh! Meu Deus, peço que afaste,
essa saudade... essa dor infinda,
ou então, me dê força que baste!

E por não ter mais felicidade,
para Evanilde faço, ainda:
Um soneto de saudade!...

05/05/2013 - 2:51
A Solidão é um estado de espírito que abraça a alma enferma pela ausência de um amor!


Pensando bem acho que:

Que nosso ouvido é um labirinto é um fato, mas, que é do minotauro, é boato!
O salsão é irmão da salsinha ou primo da salsicha?
Engordecer faz parte da nova nomenclatura verbal?
E quanto mais você me corrége mais eu pioreio!
Um cozinheiro é um artista que se compraz em ver sua obra destruída por um "gourmant!"
 
SABES O QUE AMEAÇA AS OPORTUNIDADES? A INCOMPETÊNCIA E O MEDO!
 
CARREGUEMOS A NOSSA CRUZ COM PACIÊNCIA E TOLERÂNCIA, POIS, SE TIVERMOS QUE RETORNAR... FICARÁ MAIS PESADA!
 
A ética é irmã siamesa da estética, quando se fala de nudez artística, e só se transforma em "pecado", quando os olhos de quem a contempla, sente e vive a imoralidade e a concupiscência...
 
ONTEM - É O PASSADO QUE NÃO VOLTA NUNCA MAIS!
HOJE - É O PRESENTE QUE SOMENTE VOCE TEM A OPORTUNIDADE DE MODIFICAR!
AMANHÃ - SERÁ O FUTURO QUE PERTENCE AO CRIADOR DO UNIVERSO EM CO-CRIAÇÃO COM  AS NOSSAS PALAVRAS, PENSAMENTOS E OBRAS!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O cálice de Jesus

Certa vez, Salomé, mulher de Zebedeu, ao encontrar com Jesus, disse-Lhe:
" - Senhor, quando chegares ao teu Reino, quero Vos pedir, como mãe, que coloques meus dois filhos, João e Thiago, um à Tua direita e o outro à Tua esquerda!"
Ao que o Mestre lhe respondeu:
" - Poderei fazer o que me pedes... se eles beberem do meu cálice!"
Na canção de Chico Buarque, a letra da música nos faz pensar por outro prisma da mesma questão quando diz assim: " - Pai, afasta de mim esse cálice!..."
Imaginemos agora, o quanto era doloroso o caminho da " Via-crúcis", nos seus pormenores de dor e tristeza, que o Filho do Homem teria que passar por amor à humanidade: Foi caluniado, julgado e condenado, sem ter culpa alguma, carregando nos ombros o peso de uma cruz, cujo madeiro era pesadíssimo, sob o látego dos soldados de Roma, e ironicamente, em sua cabeça colocaram uma coroa de espinhos que lhe furava o crânio e deram-Lhe um cajado para simbolizar a coroa de um Rei...
Com as vestes rotas e ensanguentadas, caminhava para o Gólgota, sem ódio, sem raiva e sem ressentimentos aos seus algozes, que se rejubilavam com a façanha, inédita, dos tempos de intolerância e perseguição aos cristãos, seguidores de Jesus.
E quando foi crucificado na mesma cruz que levara até ao cume do calvário, ouviu de seus detratores zombando de suas palavras proclamadas sobre o seu Reino " Não ser deste mundo!..."
" - Se sois Rei, lança-Te da cruz e livre- Se da morte..."
E o Mestre, calmamente, erguendo os olhos para o céu diz:" -  Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!"
Porém, antes dessas palavras, disse nos últimos alentos de seu corpo, pregado pelos pontiagudos cravos de ferro fundido, que os soldados romanos martelavam sobre a sua carne, de encontro com a madeira de lei com que sua cruz fora construída: " Pai, afasta de mim esse cálice!"
Ao dar o último suspiro, elevou seu pensamento aos céus e disse: " Pai, em Tuas mãos entrego meu espirito!"
Conta-se nas paisagens siderais do Universo Infinito, que Thiago morreu na boca dos leões nas arenas do império romano, e João, ascendeu aos céus em idade provecta, e os dois se tornaram Seguidores e Evangelizadores das palavras da Boa Nova, por isso, comungam, ao lado de Jesus as benesses que, merecidamente, recebem... pois, beberam do cálice que Jesus falara para Salomé...
Continuam suas jornadas, ora entre as estrelas no Mundo Maior, ora no orbe terrestre, auxiliando aqueles ( romanos... ) que retornam para o regate compulsório da dívida contraída...
 
Dizem, também, que Jesus atendeu,
o pedido da mulher de Zebedeu,
mas, do cálice...
somente a outra, Salomé, não bebeu,
foi picada por uma víbora...
e morreu!
 
" - Os nomes podem ter semelhanças e serem pequenas coincidências!"
 
J.A.Jardim
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Só, pela casa vagando... em recordações,
quem me vence é a tristeza e a melancolia
pela saudade de minha amada - doce Maria!
meu coração expele as lavas como os vulcões...

Direis vós que me ouvis pelas palavras em brasa:
" - Louco! Demente! Insano! Até parece brinquedo,
expor para todo mundo este teu grande segredo,
que podia ser guardado no aconchego da tua casa!"

Mas, que importam  as convenções se não tenho receio,
de expor minha vida, e minha paixão ao mundo real,
já que não tenho paz e nem encontro nenhum meio,
de debelar essa dor que causa tanto... tanto mal!

As horas mais felizes de nossas vidas,
pertencem, todas elas, ao passado,
quando as vivia ao meu lado,
na esteira do tempo... transcorridas!

Fico pensando em ti... fico a cismar,
que  um dia poderias me amar...
E meu pensamento, atormentado, voa,
e minha alma, de joelhos, te abençoa!

Sinto frio! Deve ser a velhice que aparece,
meu coração faz para ti uma sentida prece,
lembrando que, um dia, unida ao meu peito,
dizias que nosso amor, jamais seria desfeito...

São as ilusões da vida que soem acontecer,
àqueles que, realmente, amam alguém na vida,
mas, seu destino, como carma, é só sofrer,
longe da pessoa que ama... no tempo, perdida!

Só! Este é o meu caminho que vou enfrentando,
na mais triste solidão que adormece a minha alma,
sou como um pássaro da tempestade escapando,
como o mar que os vagalhões, em silêncio, acalma!

Jamais te esquecerei e isso eu posso jurar,
nunca no meu peito irei deixar tua doce imagem,
jamais meu amor por ti irá, um dia, acabar,
e te prometo, mesmo que me falte a coragem,
sacrificar-me... se algum dia tu me condenar...
Todo tempo que passar, não será suficiente
para eu deixar de te amar...
No meu peito reina a saudade, que a alma
me corta,
vem, minha querida, dar vida à minha alma,
quase morta...
Tu és tudo que eu procuro:
Eu te amo! Isso, eu juro!


















O vento que passa

O vento que passa embaixo da tua saia,
nunca sente vergonha de olhar,
tua calcinha, mesmo quando desmaia...
nos teus pelos pudicos ao beijar!

PRESENTE DE NATAL

Uma chuva,
caindo, fininha.
Uma flor,
deslizando na enxurrada.
Um barquinho de papel,
junto à flor,
ao léu...
Um homem
caminha na chuva,
com passos incertos...

A chuva desce
sobre a terra,
molhada,
no dorso
da calçada!

Um gato mia,
desesperado,
encharcado,
assustado!

Um menino,
socorre o bichano!
Pega a flor na correnteza!
chama o homem,
ensopado, para sentar-se
à sua mesa,
que tinha, como enfeite,
um barquinho de papel...
E algumas guloseimas
do fogão à lenha!

" - Era Natal e o menino:
Era Filho do Papai Noel!"










Dois destinos iguais

Gosto dos teus lábios úmidos,
Gosto do teu perfume,
Gosto dos teus seios túmidos,
Que me enlouquecem der ciúme...

Gosto do teu corpo à luz da lua,
Adormecido, feliz, no meu corpo, seminua...
Amo-te, sob os lençóis, na cama,
E quando amanhece, nosso amor se inflama...

Amo-te... desde o tempo de menino,
E sempre soube que nossas vidas seria,
A união de duas vidas num só destino,

O tempo, célere, implacável, corria,
E hoje... já não sofremos mais!
No amor, somos: Dois destinos iguais!

Reabilitação expontânea

A célula-tronco, perguntou para o neurônio:
" - Porque você é tão de mente?"
" - De mente, eu? Que mente?
" - E você, porque vive querendo sair do seu "habitat?"
E porque vive só no meio de tantos semelhantes?"

Aí, combinaram e saíram dos corpos sadios e foram
se prestar a auxiliar uma criança com Síndrome de Dowm, no útero,
que abraçava o pequenino nascente, em vias de ser convidado a sair do aconchego maternal,
para um mundo desconhecido, onde as almas elevadas praticam o bem sem olhar a quem...
na mais pura e caridosa medicina, dos tempos modernos do século vinte e um!"

De onde vens e para onde vais?

" - De onde vens, doce mulher de meus encantos?"

" - Venho dos ventos alísios do hemisfério sul...!"

" - Desde que te conheci tenho derramado meus prantos,
mesmo vivendo num lugar onde o céu é mais azul..."

" - Ora, por aqui, as belezas são infindas,
 a felicidade é passageira, mas as flores são mais lindas..."

" - Dizes que as bandas de cá são mais tímidas
 e pequenas, e que nossa banda não é tudo?"
 " - Não! Isso, não é verdade! É que em nossas
bandas, temos nossas crenças e nossa inabalável Fé,
e as coisas impossíveis realizamos com mais tempo!
Venha! Venha conhecer nossas bandas, nossas glebas,
nossos usos e costumes, então, quero ver se manterás
tuas  ideias, pré-concebidas, de que o mundo gira em torno
dos ventos alísios sulistas..."

Moral da história:

" - Não se pode falar da vida após a morte para os incrédulos
e materialistas contumazes das realidades do espírito imortal!"




Admite-se políticos

Que sejam honestos
e comprometidos com o povo,
que não façam manifestos,
nem lisos como a casca de um ovo...

Que tenha gosto pela profissão,
exercida com muita devoção,
que tenha respostas
aos direitos humanos,
e livre seus eleitores
de tantos desenganos...

Que crie oportunidades de trabalho,
e viva somente, com fruto do seu salário,
seja contra todo tipo de crime
e que da verdade... nunca se exime!

Que faça Leis e as faça cumprir,
pelo dever, juramentado, de servir...

" - Não se pediu muita qualificação,
mas, não houve procura, infelizmente,
pois, todo o perfil do pretendente:
Era contra a corrupção!"

J.A.Jardim














Considerações...

" - Quem empresta sem olhar a quem ficará no futuro sem o que tem..."

Perguntas sem resposta:
" - Que diferença existe entre o amor e a dor quando a separação abala o relacionamento de quem ama?"

" - Qual é a natureza da sutileza do fio tênue, que separa a razão da loucura, de um gesto insano de uma paixão... mal resolvida?"

Como é viver na solidão desejando ser amado, pelo menos, por um coração?
Onde mora a felicidade?
Onde vive e esconde-se o amor, a paixão, a dor e a solidão?
Onde encontrar a verdade, a bondade e a compreensão?
" - Não perguntes nada disso a quem já encontrou
a mulher que gosta,
pois, o medo de perde-la,
fará com que o silêncio,
seja a sua única resposta!"

Chega de sofrer

Nesta minha vida... meio tresloucada,
persigo meus sonhos na minha alma,
extravasando um pouco de tudo,
e, às vezes, um pouco de nada!
Perguntando, sem respostas,
o porque de ser assim...
e o porque de ter
minha alma
enjaulada!

Anda comigo a tristeza e a alegria,
anda comigo a dor e o prazer euforia,
anda comigo a saudade e a nostalgia,
anda comigo teus desdém que me crucia...

Levo comigo a inocência de uma criança,
e a consciência de ser um homem evoluído,
sou amigo, companheiro e tolerante,
sou carinhoso, amoroso e amante,
sou, enfim, um homem de amor ardente,
porém, não sei direito porque sou tão carente!

Tudo isso carrego comigo - É um mistério,
que ninguém consegue decifrar,
e sei que de nada adianta perguntar,
não sei quem sou e ninguém jamais saberá...

E destas páginas vividas, só me traz uma lição:
Se nunca fui amado... e ninguém me amará,
já é hora de deixar de sofrer e de apanhar...
e começar a bater na porta... de outro coração!













Envolvimento psíquico pelos irmãos do astral

A tristeza nos procura e nós aceitamos suas influências negativas, deixando abrir uma grande fenda em nossa alma passando a ter uma vida cinzenta e agourenta.... e nada nos agrada e em tudo vemos uma razão para criticar e denegrir...
Projetamos nossas amarguras na nossa convivência do cotidiano, nas coisas que pensamos, falamos e escrevemos, ensopando de acidez o que se passa em nosso eu interior e no vazio que nunca é preenchido nem com a mais pequena esperança...
Viramos arrogantes, maledicentes, pedantes, frios e calculistas, envolvidos nas sombras que acompanham nossos passos...
Em nossa ilusão somos os maiores e os outros, os menores e piores...
Fazemos inimizades e cavamos túmulos à honra, aos preceitos morais, ao bem e a bondade e achamos que o mundo está cheio de metecaptos, exceto: Nós!
Flutuamos no meio de um lixo mental que nós propiciamos aos espíritos das trevas e do mal, que assolam a terra, pela nossa invigilância  e falta de sintonia com os seres evoluídos do mesmo astral...
Mas, chega o momento de abrir as portas do nosso coração para que outras emoções ventilem os nossos corações...
Desprender deste clima psíquico e tomar um banho de "vida nova" nas palavras do Evangelho de Jesus!Este é o caminho mais curto para sair do ridículo de condenar sem saber perdoar...
Não é fácil sair deste emaranhado psíquico que envolve o nosso ser, sem a força de vontade e a fé de que, tudo tem solução, inclusive, todo e qualquer envolvimento psíquico pelos nossos irmãos do astral... Todos somos mentes vibrando em sintonia, quer para o bem ou para o mal, e para afastar a tristeza, a melancolia e a dor que tal estado provoca, basta ler, todos os dias, uma passagem do Evangelho e vibrar amor e perdão aos nossos algozes contumazes... do astral!
Quando eu era menino pensava como menino, agora que estou no umbral da terceira idade, penso com mais racionalidade e mesmo com tanta experiência, ainda sofro um pouco o assedio das trevas que querem me derrotar, mas, consegui transformar a amargura em paz através do pensamento positivo e da oração sincera aos meus perseguidores... Sei que há um tempo para rir e um tempo para chorar, mas, permanecer em um dos dois polos, depende, unicamente, da gente!
Se, por acaso, fui agourento em meus escritos foi porque, ainda, não tinha encontrado o caminho da paz interior, que possuem as almas tocadas pelo amor ao semelhante e por não ter aprendido, no passado, que existia um caminho para nos blindar das influências do mal: A fé, o exercício do amor e do perdão, mesmo à custa de sacrifícios ao nosso ego, cheio de orgulho e vaidades!
A tristeza, a depressão e a dor, é como um passarinho, que faz seu ninho, nos galhos das roseiras cobertas de flor...
 
J.A. Jardim