sábado, 27 de julho de 2013

Sexo, nexo e complexo

Tudo na vida é movido pelo sexo entre os animais racionais e irracionais, pois, reproduzir é o fim primeiro, tenaz e incansável para conseguir tal objetivo... é uma arma que a natureza desenvolveu para garantir a continuidade das espécies e da vida.
As guerras se fizeram nas alcovas...
Os animais morrem e se matam para subsistir: É um genocídio que nunca termina, entre os racionais, também...
As lutas que os ascetas e sacerdotes empreendem, para fugir das tentações da carne, acabam por desabar sobre suas cabeças, quando o "pecado" bate à sua porta, e ele fraqueja, como um principiante do conhecimento desta força, que é uma das mais poderosas do universo, mas, ela pode ser domada, domesticada e reorganizada: Este é o pensamento de Freud com nuances de racionalidade dentro de um conceito materialista e, como não era adepto do Espiritismo Kardecista, não podia entender a abrangência das possibilidades da evolução espiritual, através das reencarnações e das vidas sucessivas...
Até os dias de hoje o sexo é um tabu, e a maioria não entende o que ele seja ou represente para os nossos filhos e, muito menos, para nós...
Na intimidade da vida de cada um, o sexo continua sendo, para a maioria das pessoas, um assunto espinhoso, maravilhoso e difícil de ser explicado na sua essência, e nunca dizemos o que realmente sentimos ou sabemos sobre sexo: As mulheres mentem e os homens não dizem a verdade!
O sexo discutido em uma reunião é uma coisa, diferente do sexo experimentado, vivido e gozado!
E como somos cheios de preconceitos, precisamos separar o joio do trigo: O que é o sexo de fato, o que é experiências "extras-conjugais" e concretas vividas na monogamia, poligamia, ou, também, "zero experiência..."
Temos a nomenclatura científica e a chula, e a atitude do homem em relação ao sexo, nudez e palavras próprias para explicar esse contexto, é a coisa mais estúpida, doentia e sem nexo, que se poderia conceber...
Dentro das casas, onde a família se reúne para dialogar, reina o mais completo silêncio sobre o tema sexo, e ninguém sabe explicar porque a cama de casal é diferente das outras camas dos aposentos...
Não se fala de onde e como nascem as crianças...
Não se fala dos órgãos genitais que, nos meninos, são diferentes das meninas...
Para as crianças são coisas  incompreensíveis, porque os adultos são incapazes de explicar, corretamente, o significado real de cada uma delas, mas, para os petizes as feições dos adultos são transparentes, pois, demonstram medo, malícia, nojo e horror... Que horror!
As palavras chulas são proibidas, pois, pode conduzir a criança ao "pecado" contra Deus e ir para o inferno, ou, no mínimo, para o purgatório...
Não pode falar... Fazer pode ( escondido ) pois, isso é sujo, pecador e pornográfico, portanto, deve permanecer no silêncio e as pessoas fingem que não vê!
Os desejos da carne são terríveis, a atração, a ansiedade de prazer que leva  o puritano a seus extremos de autoritarismo, sadismo e medo...
Na moral da Religião Católica a masturbação masculina é pecado porque, levando à ejaculação, não alcançava a sua única finalidade que é a reprodução...
Os conflitos são incontáveis, mas, alguns são mais identificáveis: O medo que o adolescente sente por ter cobiçar uma mulher e ela perceber que estava sendo desejada e o rejeitasse...
O amor era lindo e sempre o foi, porém, as grades impostas pela religião e a sociedade dos "bons" costumes, era de uma hipocrisia sem tamanho e ameaçadora... até os dias presentes!
Vergonha e culpa ligada ao ato solitário, nos jovens mal informados e conduzidos pelas "verdades" sócio-religiosa de então...
É nesta época que o jovem começa a fantasiar todos os seus desejos reprimidos...
O nosso corpo é um rio caudaloso de sensações, e quando tocado na superfície de sua epiderme, provoca em nós o despertar de novas e velhas emoções de prazer, amor, carinho, medo e frustração!
Dizem que, as mulheres demoram muitos anos para entender que não amam mais o seu cônjuge e se enganam dizendo que isto não é verdade, embora seja óbvio... de ambas as partes!
As incompatibilidades de relacionamento, as diferenças entre as pessoas, se sobrepõe ao da comunicação falseada no conceito de que tudo está errado, mas, nós tapamos o sol com a peneira e dizemos que está tudo bem... Ledo engano!
Sem me alongar nas interpretações do sexo, que ficará para outro momento direi apenas que existem algumas regrinhas para ser feliz no relacionamento à dois:
Seremos felizes no sexo,
Quando, tivermos vontade...
Com quem tivermos vontade...
Do jeito que cada um permitir...
As  ligações afetivas conjugais são as piores para orgasmos gostosos, infelizmente, porque perde-se o encanto do toque e da carícia entre os cônjuges, devido a mesmice interminável, como se fossem "robôs" e não pessoas com emoções...
Procurar e criar coisas novas para experimentar em qualquer área do corpo humano!
 
Não vou fazer correção do texto, pois, o que importa é o sentido e a essência!
JAJardim (Sêo Jardim)
 
 
 



















quarta-feira, 24 de julho de 2013

Promessas

Fique ao meu lado só mais um pouquinho,
quero beber na fonte cristalina da tua boca,
que deixa minha alma bêbada e muito louca,
de desejos incontidos perdidos pelo caminho...

Os tempos da juventude já se foram, já passou,
sou um andarilho que se perde... por onde vou:
quero fazer para ti uma linda e inesquecível festa,
rodear-te de mimos, flores e tudo de bom que resta...

Dar-te-ei os presentes mais caros e joias raras,
farei de tudo para que sejas feliz, eternamente,
obras de arte serão, sempre, aquelas mais caras...

Tudo isso prometi, mas, nada te dei, infelizmente,
até as juras de amor foram feitas "às pressas"...
E tudo não passou de decepções... e promessas!



Vida e morte: Uma tragicômica ilusão!

Vultos que aparecem em minha retina,
oscilantes e confusos,
são, por acaso,
reflexos da minha alma penada ?

Que vos direi das minhas
mais caras emoções,
perdidas,
neste coração em desencanto,
umedecido... pelo meu pranto!

Nas brumas e névoas do meu caminhar,
meu peito aperta a dor que emerge,
caindo, como uma gota de orvalho,
congelando... pela fria e branca neve!...

Oh! Almas tresloucadas, que vivem
no umbral, junto com a minha,
não ouvem mais,
os meus gritos e meus ais...
Sou como o filho pródigo,
que não quer voltar
para a casa de seus pais...

Sinto uma saudade louca
de tudo que tive
e joguei fora...
Do doce mel da sua boca
e dos seus beijos,
quando rompia a aurora!

O tempo passou e agora vem esta saudade,
que meu ser - de tudo esquecido - invade...

Minha voz... ecoa como um lamento,
minhas palavras são levadas ao vento,
as lágrimas sucedem-se, copiosamente,
e os espectros esvoaçam-se, lentamente!

Meu espírito... sinto que se abranda um pouco,
e minha mente descansa junto com meu coração,
que pulsa descompassado, como se fosse louco,
por um instante, livre... desta tragicômica ilusão!

A morte, ninguém sabe que cor que tem,
e como é triste e amargo o dia de morrer,
bem diferente da vida e de cada dia viver:
Quem nasce, morre para a vida do além...

Canta, plangentemente, um sabiá-laranjeira,
longe de sua companheira...
Uma estrela se precipita no lusco-fusco
do entardecer...
As flores e as folhas das árvores caem
descrevendo estranhos arabescos...
Vem o vento etésio, brincalhão,
e se diverte com elas:
Era solstício de inverno,
no meu coração!














terça-feira, 23 de julho de 2013

Avançar... sempre

O ser humano atravessa um vasto período de desenvolvimento, antes de trilhar os caminhos da compreensão, doação e serviços de amor ao próximo.
Nenhuma etapa se dá por mudanças abruptas, mas, por uma série de fatos, percepções e sensações, que podem demorar ou não a serem entendidas e assimiladas, de acordo com a vontade de cada pessoa.
Cada um só dá aquilo que tem. Então, como exigir de alguém um sentimento que ainda não possui?
Existe uma grande diversidade na evolução dos seres que habitam o orbe terrestre.
Seres humanos mal saídos do primitivismo vivemos na sociedade em contato com aqueles que avançaram na senda  da espiritualidade.
Alguns sintomas podem ser relacionados no comportamento cotidiano, que costumam despontar na alma dos homens em evolução:
* Há indivíduos que para conquistar os outros, contam vantagens, apresentam títulos e credenciais para se fazerem notados e respeitados na sociedade em que vivem, satisfazendo, assim, o seu próprio ego e as pessoas que acreditam e aceitam suas explicações pessoais...
* Alguns renunciam ao próprio senso de dignidade e sentem-se vazios e tristes, na sua jornada, no dia a dia, de sua omissão aos preceitos que permitem à si mesmos...
* Certos homens afirmam que amam, mas, o que praticam é o contrário do amor que dizem possuir e doar ao outro...
* Outros tantos geram crenças cegas, mentiras fantasiosas, sufocam e manipulam, criando uma convivência insuportável...
* Algumas criaturas encobrem a realidade, os conflitos e as verdades, achando que devem "mostrar" uma aparência de perfeição para serem amados, acabando por serem fracassados na convivência e no amor, pela falta de honestidade, sinceridade e respeito à companheira (o) de todos os momentos...
* Tem aqueles que vivem na submissão e que nunca dizem o que pensam, não sabem dizer " não", achando que convence o outro da sua mascara de "cara de pau" de passividade enganadora, enganam-se, redondamente, por acharem que receberão carinho, estima e consideração por parte daqueles que ludibriou...
Não devemos forçar pais, filhos, cônjuge e amigos a preencher o vazio de nossa vida, solicitando deles o que eles não podem dar, isso seria, no mínimo, um desrespeito...
É de bom alvitre, que devemos administrar nossas deficiências, com os nossos recursos disponíveis, que temos conquistados até agora, e lutarmos para que novas possibilidades apareçam ao nosso alcance, para que possamos avançar... sempre!
Não peça amor nem carinho, afeto e nem um inocente beijinho...
Não cobres taxas de gratidão que não tens em teu coração!
Siga os passos de Jesus que por ti morreu na cruz,
fazendo de sua vida uma constante doação,
quer nas estradas da luz
ou da escuridão!
O Universo articula nossos caminhos e tudo tem uma razão de ser...
Devemos estar, sempre preparados para as novidades que ela nos traz, pois, às vezes, é tempo de guerra e outras, tempo de paz, mas, quando virão esses tempos, isso, ninguém sabe, nem de entender é capaz!
Modifica-se a vida a cada instante; e as árvores, quando se despem de suas folhas, flores e frutos, é que se renova a vida  na sua plenitude, e um novo ciclo se inicia na embrionária lei que preside a evolução da natureza, assim, somos nós, quando a dor e as vicissitudes vem abraçar nosso ser interior, perdido no ostracismo do evoluir constante, aí, somos chamados a avançar... sempre!
Choques, dores e tragédias, costumam "atualizar" nossa vida no caminho da evolução constante.
Sucessivos acontecimentos de desilusão, decepção e enganos são mensagens que nos alertam que nós passamos dos limites permitidos ao nosso livre-arbítrio....
Perdas de pessoas queridas, podem nos livrar de apegos possessivos, que nos levariam a desgraça sentimental ou ao suicídio deliberado pela insensibilidade do amor verdadeiro e sem apego...
Devemos controlar nossas emoções, nossos sentimentos e ampliar nossa Fé em Deus, para que sintamos a paz e a serenidade que nos impulsiona à nobreza de espírito e caráter, garantindo a estabilidade das Leis Universais e o aperfeiçoamento das criaturas que somos, os habitantes do orbe terrestre, avançando... sempre!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Momentos... com Beatriz


Existem momentos que são ímpares e eternos:

" - Quando a gente se encontra
com aqueles que nós amamos,
gostamos ou simpatizamos...

Beber nas águas destes momentos
é como usufruir,
do inebriante aromas das flores
e do canto da cotovia...

Entre risos, alegrias  e inocentes
piadas, improvisadas e decantadas...

Ao sabor das emoções nossos corações
"apanham" inflados de tanta satisfação,
que nossos olhos deixam escapar
uma lágrima represada,
mas, não contida!"

" - Beatriz! Onde estavas que não te encontramos antes?
Em que estrela, planeta ou galáxia te escondias?
Quisera que fosses minha filha - Coisa de poeta!
Mas, viestes enfeitar nossas vidas: Na condição de neta!"

De seu avô: meio lobo, meio bobo, com cara de ovo!
José Aloísio Jardim
Itanhaém, 20 de agosto de 2009

Uma réstia de luz

Entras,
no aconchego do meu quarto,
invades toda a minha cama,
e sinto o calor dos teus raios,
nas réstias de luz,
que me abraça
e seduz,
sem dar tréguas,
quando estou,
debaixo do lençol...
Estou falando:
dos raios do sol!

" _ Choro, e nem percebes... então,
canto e recito uma poesia,
meu sorriso já não é de alegria:
É o seu desdém, a minha decepção!"

Inesperadamente

Quantas vezes, tive vontade de possuir-te
com a malícia, voluptuosa, de um amante
cheio de desejos:
Desejos inconfessáveis e pecaminosos,
nas curvas sinuosas do teu corpo!
Tive ímpetos de abraçar
e aconchegar teu corpo junto ao meu,
do jeito que um homem abraça uma mulher,
que, em seus sonhos, sempre viveu...

Hoje, passado um longo tempo,
só resta-me a saudade e a dor,
companheiras inseparáveis,
do que busquei em ti,
das emoções passageiras que nunca realizei
e que nunca esqueci...
Assim, são os meus devaneios,
perdidos,
na miragem de teus seios,
e do teu olhar inocente,
que ainda me perturba,
todos os dias:
Inesperadamente!

sábado, 20 de julho de 2013

Detalhes

Quem passou pela vida e não sofreu, foi aspecto de homem... Não foi homem e já morreu!
Sofri muito, que não dá para descrever a dor da perda daquela que amei... e das pessoas que, uma simples ajuda procurei, mas, que fizeram seus ouvidos moucos, e foram tantos, que quase fiquei louco...
Essa parte da história é a mais triste e quando falo, as lágrimas ninguém resiste...
Então, vou pular essa parte e me ater a alguns detalhes, quando a história começou a frutificar e oferecer os seus doces frutos, para que as lembranças, no futuro, pudessem ser amenizadas por aquelas que somente dor nos traria:
Bom, tive a felicidade de ter um sogro maravilhoso e, muitas vezes, sentávamos nas cadeiras côncavas feitas de ferro e fios plásticos, trabalhados por algum artesão interiorano, que nos dava um conforto tão grande, que relachávamos ao ponto de adormecer... e até dar um ronquinho, como se fossemos porquinhos carunchinhos...
Isso, quando não deitávamos nas redes de juta, estrategicamente colocadas, para que um ficasse olhando para o outro para ver quem dormia primeiro...
Como mandava o protocolo, fui até a cidade de Taiúva para pedir a mão de sua filha em casamento e ele, meio desconfiado, me falou assim: " - Tá, tudo bem, vou dar permissão para vocês se conhecerem melhor, mas, se "mijar fora do pinico" a coisa vai pegar...! Seja bem vindo a nossa humilde residência!"
Quando fui à sua casa para "ficar noivo" de sua filha e marcar o casamento, ele me olhou com aqueles olhos  que invadiram a minha alma e disse, pausadamente: " - É, parece que você tem boas intenções com a nossa filha, mas, não acha que é muito cedo? Pense bem, pois, a gente do interior não gosta de ter uma filha com filho e descasada..."
Falei prá ele que, a razão da pressa era porque eu havia recebido uma proposta de trabalho fora de São Paulo, e queria dar uma vida digna à sua filha!" Ao que aquiesceu de bom grado e nos abençoou na nossa nova jornada...
A festa foi somente para os mais chegados: amigos, parentes e aderentes, e todos estávamos, aparentemente, felizes, nos deliciando com o coquetel oferecido aos convivas e, após o brinde, fomos cada um para o seu aposento, para começarmos, esperançosos, uma nova vida á dois, muito em breve... 
Sempre tive algumas habilidades na cozinha e o meu sogro gostava quando fazia alguns pratos, mesmo que fosse o trivial, e sempre dizia que a minha sogra não era uma cozinheira de " mão cheia", como se falava pelas bandas interioranas, mas, que se consolava com a descendente de italianos, que tinha lá os seus dons, que o fazia esquecer esse detalhe...
Certo dia, servi-lhe uma azeitonas com palitinhos e tentei pegar uma para "fazer bonito" e por mais que tentasse não conseguia pegar e ele olhando a minha dificuldade... até que, de repente, fisguei uma "cavernosa" e ouvi seu deboche sobre ter levado muito tempo para o fato consumado, mas, como não nasci ontem, falei: " - Olha aqui, meu sogro, eu estava, simplesmente, deixando ela cansada para poder espeta-la, "capiche? Ele achou tão engraçado a minha saída, que sofreu uma crise de riso tão grande, que acabei engasgando e teve que "bater" na minha costa para expelir a dita cuja... Fiquei meio traumatizado, mas, toda vez que ia na sua casa fazer um visitinha, ele me oferecia um pratinho de azeitonas... sem palitinhos, é claro! Esse era o meu sogro!
Ele nunca engoliu a história que contei que a sua neta nasceu de sete meses, pois, com aquele ar de quem sabe tudo, me falou assim: " - Meu genro, sete, é conta de mentiroso!"
E saiu caminhando, vagarosamente, com seu cigarrinho no canto da boca e um sorriso disfarçado de quem, não só sabe das coisas, como é "adivinho". Essa é a magia da "terceira idade".
Pelo seu bondoso coração, sei que me perdoou a piedosa mentira!
Esse era o meu sogro!
Hoje, vive no céu, ao lado de sua amada filha, ( amore mio) que Jesus levou para abrilhantar a Via-láctea, como estrelas resplandecentes, na imensidão do Cosmo...

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Chorei

 
Chorei, quando, um dia, li o soneto de Olavo Bilac, o poeta romântico do parnasianismo, que morreu em 28 de dezembro de 1918, aos 58 anos de idade, assistido por sua amada e musa inspiradora Amélia de Oliveira, além de amigos, parentes e o Zé Pirata, um de seus queridos amigos de longo tempo, assim conhecido pela sua perna de pau... 
Uma jura de eternos namorados, feita na época de noivado, para quem partisse primeiro, era banhar o corpo do falecido com a colônia Vitória-Essência. A promessa foi cumprida e seu corpo foi perfumado pelas mãos de quem floriu sua mocidade, pois, faleceu solteiro
Foi velado na Academia Brasileira de Letras por ele fundada, e sepultado ao sons de marchas fúnebres tocadas pela Banda do Exército seguindo para o cemitério de São João Batista, em Botafogo no Rio de Janeiro... Ressalto esses detalhes para fazer entender o quanto o romantismo fazia parte de sua vida, assim como o faz os poetas de hoje e de sempre, senão, como escreveria um soneto tão belo quanto o que abaixo vos brindo, com a alma dos vates de todas as épocas:
 
 
Via-Láctea       XIII
 
" Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas. pálido de espanto...
 
E conversamos toda noite, enquanto
A Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
 
Direis agora: " Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
 
E eu vos direi: " Amai para entende-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Antigamente

Antigamente você era muito recatada,
e eu gostava muito dessa sua timidez,
diferente da mulher, hoje, bem casada,
que chega e despe-se de uma só vez...
cabelos soltos  e os seios desnudos,
sem aquele seu jeito de jovem arisca,
sem as promessas de uma "petisca..."
seus lábios permaneciam... tão mudos!

Nunca conseguia tê-la, totalmente,
e isso me dava aquelas raivas danadas,
assim, era nosso amor... antigamente,
mas, agora, isso são... águas passadas!

Essas lembranças estão em nossas memórias,
porém, agora eu choro a mulher que não existe,
cuja timidez e seu rosto sério eram as suas vitórias,
que me prendiam ao seu pudor... e que ainda persiste!

Oferta:

Antigamente, fui muito feliz... como sou até agora!
Hoje, você tem os dons lascívios da "Belle de jour!"
E nossa suíte resplandece... com a luz lá de fora:
" - Por favor, querida, deixe aceso, só o " abat jour!"










A coruja

Ensimesmada na sua observação do mundo,
olhava a coruja o movimentos do entorno,
tinha um olhar perspicaz e profundo,
ao ver passar por si... aquele corno!

Era conhecido como dono de um império,
vivia debochando de todos e sorrindo à toa,
e sua vida particular era um grande mistério,
não era senil, mas, tinha as feições de um coroa!

Fazia sempre o mesmo e cotidiano caminho,
por ser metódico e cheio de velhas manias,
gostava de viver a vida na usura e sozinho...

Sua mulher era linda e não tinha companhias...
E de nada sabia de sua outra vida... Tão suja!
Pensava: Ainda bem que é muda essa coruja!

OFERTA

Toda vez que passava de volta para o lar,
via a coruja no mourão da cerca a espreitar,
parecendo querer chamar sua atenção:
Traição... pode ser paga com traição!...









Meu cantar

" - Sou como um pássaro que gorjeia,
e no cantar procura sua amada,
não sabendo se ela é bonita ou feia,
mas, ansiosamente, é esperada!"

Meu cantar, hoje, é de nostalgia,
de um tempo e amor que morreu,
e que jaz, sob a lápide, tão fria...
porque, não és minha e não sou teu!

Canto desafinado e sem esperança,
mas, não choro o amor que partiu,
na tarde agourenta e ninguém viu!

" - Sou pássaro que no galho descansa,
olhando o céu das grandes imensidões,
cantando, plangente, amores e solidões!"

Boca fechada

Foi assim!
Enquanto você falava,
fiquei de boca aberta...
Meu coração,
descompassado,
pulsava:
Pequei!

Hoje,
tanto tempo passado,
meu coração,
ainda fica,
igualzinho
ao primeiro dia,
quando,
da primeira vez,
você falou...

Creia, minha amada,
aprendi a ficar calado...
não cometo mais o pecado,
pois, a minha boca está fechada!







Four seasons

Era natal... E se bem me lembro,
esta emoção mais que sincera,
explodia em flores na Primavera
quando finava o mês de dezembro...

Eram os últimos botões que se abriam,
das flores que nasciam no meu jardim,
as pessoas, alegremente, me sorriam,
mas, eu não sabia, se eram para mim...

Na verdade, era uma tarde de Outono,
me trazendo a dor de um abandono,
que começou numa tarde de agosto...

Nunca mais comtemplei o teu rosto,
e minha vida - virou um inferno...
É Verão para todos, mas, para mim:
........................................É Inverno!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Conversé

Todas as minhas poesias, poemas, rimas, trovas, contos e prosas, são, na verdade, frutos das observações do cotidiano e das realidades da vida, mas, também, um tanto da minha imaginação e da capacidade de criar alguma coisa, inventar e perseguir a ilusão e a utopia, que desce bailando as paisagens da minha existência, nos arabescos das curvas e das formas, do certo e do errado, das verdades e das mentiras... do inacreditável, do inimaginável, do inatingível e das ilusões que podem se tornar realidades insofismáveis...  Sou o que sou, e não posso mudar porque alguém assim o quer, porém, procuro alguém que pense e seja semelhante ao meu pensar, nas pequeninas, mas, importantíssimas insignificâncias do meu viver cigano... Sou como o tuaregue no deserto buscando o oásis com água cristalina para aplacar a sua sede!
Posso ser reto já que tantos são oblíquos!
A ilusão da ótica engana a visão, mas, difícil é enganar o espírito, acostumado aos reveses da lida e da faina do cotidiano!
Mas, ai dos teus olhares concupiscentes aos meus desejos carnais e não tão inocentes, com que me enrosco nas tuas palavras de amor cheias de mentiras e ilusões funerais...
Sou igual pau de angico... Sempre fumegando!

Adolescência

Sou como fogo-fátuo que sobe dos cemitérios,
nas noites de luar da minha São Lourenço,
e dos contos de assombração: É um  caso sério,
que nunca esqueço e neles... sempre penso!

Meu amigo de serenata: O Geraldo Nicola,
em noites de lua cheia ou outra que fosse,
e os outros colegas... Da minha escola:
Essas lembranças tem um gosto tão doce!

( Minha professora do ginásio: A dona Dinah,
onde andará? )

Hoje, só resta a saudade adolescente e criança,
esse tempo que passou e vive ao léu,
deixando-me tão triste - e sem esperança...


O Parque da Águas é um pedaço do céu,
e tudo parece das águas da alma emergir,
mas, a vida é um rio... na correnteza a fugir!

Itanhaém, 02 de jun de 2008

Capricho

Na encruzilhada da vida,
foi que nos encontramos,
e nem sei como explicar,
porque nos apaixonamos!

Aí, meus dias cinzentos,
começaram a ser embalados,
pela esperança
mas, o destino, o meu:
Fleumático,
brincava comigo
como se fosse criança...
Precisavas encontrar um remédio
para os teus momentos de tédio,
mesmo sabendo
que sou diabético,
com tratamento continuado,
pela insulina
paliativa do teu amor...

E de que adianta falar?
Se, nos teus gestos,
e na tua arte de representar,
me deixastes perceber,
que, em breve,
me jogarias nos lixo,
quando acabasse,
definitivamente:
O teu capricho!...

A "maria-fumaça" de Minas Gerais

A " maria-fumaça" deixa saudades,
por onde passa!

No apito e no balanço,
nos bancos de pau-peroba,
olho a paisagem
e não me canso...

Ela funga,
seguindo nos trilhos,
e seu maquinista,
bem longe dos filhos,
saudoso e contente,
( essa vida de artista...)
olhando os dormentes,
e os cravos,
que suporta a maria-fumaça,
indo e vindo,
todos os dias,
pachorrento, na subida,
e intrépido na descida...

Na minha cidade
de Carmo de Minas,
ela passa,
com seu balançar,
desengonçado,
tem por a cá,
a sua graça...

Serpenteando e seguindo,
as encostas das montanhas,
e nos horizontes os cafezais,
todos enfeitando as paisagens,
do Estado de Minas Gerais...

Oferta:

A maria-fumaça,
é um trem de ferro,
que faz parte,
da nossa memória,
e esta poesia,
que ora encerro,
é uma pincelada
do retrato,
da beleza
da nossa
História!

" - UÁÍ! "















terça-feira, 16 de julho de 2013

Acho que:

Os nossos sonhos tem como impedimento para realiza-lo, a grandeza do nosso medo e a pequenez da nossa fé!
Cada dia é um presente que Deus nos oferece, para que possamos trilhar a vereda da evolução, no exercício da fraternidade, do amor e do perdão...
Ninguém é dono de você a não ser você mesmo.
Temos que nos amar como se fosse um romance que vai durar a vida inteira... Até à velhice!
Quase tudo pode ser roubado de você, exceto, o seu conhecimento que o torna, cada vez mais forte, talentoso e admirado!
Não fale de seus problemas, pois, ninguém quer sabe-los e a sua repetição torna-os mais aflorados na sua própria vida cotidiana.
Perdoar um inimigo, muitas vezes, o enfurece mais do que odiá-lo, mas, também, não perca tempo amando quem não te ama...
Reavalie, sempre, as suas expectativas e as suas metas, pois, o tempo é um mestre inigualável, que pode mudar todos os nossos sonhos e objetivos, de uma hora para a outra, sem nos perguntar o que achamos de suas "atitudes" submetidas ao moto-contínuo da vida...
Não fique parado no tempo pensando nas coisas que já passaram e nem perdido nos acontecimentos do futuro, que podem nunca acontecer: Pense e  atenda ao presente! Alie as suas possibilidades com a esperança de realizar os seus sonhos, mas, não fixe nos dois extremos... ( do antes e do depois) A chance é aqui e agora!
Certa vez ouvi dizer que, o pessimista, é aquele que reclama do barulho quando a oportunidade bate à sua porta...



Só... Somente imaginação?

Se eu fosse um passarinho,
iria cantar... todos os dias,
perto de ti... bem pertinho,
nas alvoradas... mais frias!

Se eu fosse um gatinho,
ficaria... no teu colinho,
no teu ventre, agarrado,
imitando teu namorado!

Mas, não passo de um porco-espinho,
suplicando um pouco do teu carinho,
e tendo como resposta... o teu desdém...

Estou condenado a viver na solidão!
Não sou nada... Não sou ninguém!
Na sua vida... Nasci na contramão!

Ita 24/12/11

Esperança enganosa


A esperança consegue nos enganar,
disfarçada... De possibilidades:
Da gente ser amado e amar!

É um sonho de uma noite de verão!
É um sonho de um dia ensolarado!
O eterno desejo... De um coração!

Mil beijos, carinhos e desejos,
tudo isso espero da vida,
seguindo-me em cortejos,
bálsamo desta alma ferida!

Porém, o que a esperança me dá?
Onde está o seu doce fruto?
Acho, mesmo, que a vida é má:
Pois, tenho... Meu coração de luto!

Itanhaém, 24/12/11  JAJ

O mar e o homem

Onde começa este imenso oceano?
Dizem que começa nos Andes,
Mas, eu acho que nasce - e não me engano,
Nasce das lágrimas que chorei,
E em mares... Expandes!

Um mar de rosas, também, dizem que existe,
para o nauta, feliz, que vagueia ao léu,
mas, para mim, que vagueio à sós e tão triste,
vou singrando e buscando, a ilusão de um céu!

Maior que o mar é a minha solidão,
que marola e enjoa esse meu coração,
descrente de tudo... Não quer mais pulsar!

Piso na areia e olho os rastros meus,
tenho medo deste imenso e salgado m ar,
tenho medo desta grandeza: Que reflete Deus!

Ofertório:
O mar tem um gosto de sal,
que é o gosto do meu viver,
parece, também, com o mar,
o tamanho... Do meu sofrer!...

São Pedro, 22 de dezembro de 1990



Minha inspiração

Aprendi as notas musicais solfejadas,
para compor uma canção de amor,
para imortalizar-te,
em uma melodia imortal...

Falei de ti para o mundo,
comparando-te,
em superioridade:
À beleza das flores...
À inocência das crianças...
À ternura dos enamorados...
Ao azul cristalino
de um céu de verão...
À noites românticas de luar,
na abóboda de agosto...
E às brisas da primavera,
acariciando as flores de um jardim,
para descobrir que tu és:
Poesia pura, doce e esplêndida,
inspirando,
permanentemente,
a terra inculta,
de minha alma que mareja ,
as delícias do porvir,
no céu dos meus sonhos,
que desagua as palavras,
de amor...
Que nunca te disse!

Almas separadas

Este amor, que emerge das ondas,
que o mar enrola jogando na praia,
quando na areia minha alma sonda,
seus segredos, e ao sabe-los: Desmaia...

Saístes do alcance dos meus olhos,
indo para o fundo de minha alma,
hoje, os meus dias são os abrolhos,
que me mata: Tirando toda a calma...

Os abrolhos são as dores da vida,
em nossas almas - acorrentadas,
em nossas almas - mal amadas!

Minha amada e minha querida,
vivo procurando uma solução,
mas, só achei: A reencarnação!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

A partida do Venerável

Ele partiu para o oriente Eterno e foi recebido pelo GADU com um abraço fraterno!
Quando em vida, foi um paladino da justiça e da luta pelo bem estar de seus irmãos, da Oficina em que trabalhava, incansavelmente, do meio dia até a meia noite...
Falava, amiúde, do amor fraternal no qual colocava seus mais caros sentimentos, para direcionar os corações para as atitudes, que enobreciam seus praticantes nas sendas do bem, quando exercitado com frequência contínua...
Era um irmão acima do seu tempo, e achava que o amor era efêmero como a vida, que se esvai a cada segundo... mas, fazia, sempre, uma ressalva para o amor fraternal.
Dizia que este amor é benevolente  e mais belo que o desabrochar de uma flor, que o pincelar da natureza, quando desce o crepúsculo sobre a terra, pelas maravilhas que ela encerra...
Que é anjo e demônio, e que sabe julgar como ninguém, sem cometer erros...
É puro quando se liga a uma pessoa... de corpo e alma.
É belo e indefinível, grandioso e eterno, sobressai sobre a vida e a morte, sobrepujando tudo e a todos no universo infinito...
Não há necessidade de dizer como brota e aparece na vida de cada um que tem a sorte de encontra-lo...
É fonte de alegrias e ventura e nos dá uma paz muito grande por tê-lo ao nosso lado, convivendo nesta irmandade indefinível...
É nosso dever amar e respeitar esta criatura que  chamamos de irmão... e de amigo!
Um amigo é mais que um cônjuge, mais que dois amantes carnais, pois, um amigo é uma parte de nós mesmos projetada em outra pessoa da mesma forma que ela é projetada em nós...
São duas pessoas que tornam uma e como uma se eternizam!
As abordagens feitas por este irmão, que partiu par o Oriente Eterno, são frutos da sua pesquisa, estudos e convicção, no seu mundo interior, desta realidade fantástica que os homens ainda não aprenderam a interpretar...
E lá do andar de cima, deve estar se preparando para o seu breve retorno, para continuar nos ensinando, que caminho devemos seguir!
 
Uma homenagem (póstuma) ao meu irmão Ubirajara Antunes V M  - Gº 33

Soledade...

Só... no meu mundo sem cores,
só, tenho desilusões guardadas,
só sei que as mulheres amadas,
e todas.. querem ser a primeira,
entre tantos e todos os amores!

Sobre minha vida,
em cima da minha mesa,
busquei a mulher querida,
no meu Diário: só surpresa!
Surpresa, porque tempo apagou
todas as minhas anotações...
Porém, a saudade ficou...

E hoje, tanto tempo depois,
somente as ilusões,
sem passado...
sem esperança...
E nesta caminhada de volta,
sozinho, vou levando
as minhas dores,
de todos os amores,
e a tristeza,
uma frágil lembrança!

Oferta:

A solidão é um estado de espírito,
de quem muito amou na vida,
mas, deixou pelos caminhos,
a felicidade:
Totalmente, perdida!

Itanhaém, 1º/01/11









Êta gente...danada de fofoqueira.

Quanto tempo passado,
daquele tempo de criança,
quando tanta gente maldosa,
dizia que a gente,
"éramos namorados"
que a gente era gay...

Ninguém podia entender,
quando, nas noites de lua cheia,
viam nossas mãos entrelaçadas,
porque tínhamos um medo danado,
das estórias contadas,
pelos mais velhos,
que diziam e juravam,
que havia mula sem cabeça,
saci-pererê e assombração...

Era gente... danada de fofoqueira,
que só tinha maldade no coração,
e faziam da nossa amizade,
para a época: Uma aberração!

Oferta:

Não vou gritar para o mundo,
a nossa doce inocência...
Só peço, à Deus,
para o fofoqueiros e caluniadores:
A Sua Misericordiosa Clemência!






O homo sapiens e o spiritualis

O homem é um  ser social que não foi moldado para se ajustar ao seu "habitat", ao contrario dos irracionais, que tem seu "kit" de sobrevivência imantado aos seus instintos, transformando, assim, o homem no grande paradoxo, onde sua aparente fragilidade permite que se adapte em todos os ambientes.
O homem transforma o meio em que vive, antes de vivenciar suas asperezas e comodidades, através da sua aquisição cultural, ou seja, conhecimentos, talentos e seus dons de imaginação pelo pensamento contínuo, como a voar pelos céus das descobertas de novos horizontes, advindo, daí, o aprendizado de poder criar, combinar, inventar e planejar as mais intrincadas formas de poder usar seus dons, de forma ascendente, nos diferentes tempos da humanidade.
Não podemos eternizar as conquistas no tempo pretérito do relógio da vida, pois, as continuidades surgirão, sempre, derivadas dos pensamentos de uma civilização para outra, de um tempo para outro...
O homem é igual a um rio que segue, serpenteando, pachorrentamente, seu destino rumo ao mar e, no seu trajeto, vai contornando todo tipo de obstáculo...
As épocas que o homem vivenciou exige reflexão sobre as incoerências do mundo, pelos atos, nefastos, de seus semelhantes, em razão do poder temporal das ordens religiosas, políticas, econômicas e, outras, nem tanto...
Minha abordagem, despretensiosa, reflete o fascínio que sinto pela capacidade que o homem tem de ser, ao mesmo tempo, advogado de defesa, juiz e carrasco, ao usar a condescendência, autoridade e indiferença pelo seu semelhante para exprimir sua natureza, essencialmente, humana, mas, sem se libertar do jugo de sua consciência que o faz sofrer pelo peso do remorso ou pela Lei de Causa e Efeito, passando a evoluir pela dor quando poderia fazê-lo pelo amor, em direção ao Grande Arquite to do Universo para, finalmente, habitar uma das moradas da casa do Pai, que é o nosso grande destino, escrito nas estrelas e aceito pela maioria das ordens religiosas sem preconceitos e pensamentos pré-concebidos!
Itanhaém, 18 de setembro de 2009
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 2 de julho de 2013

O relacionamento humano

Um dos maiores problemas enfrentados pela humanidade é o do relacionamento humano:
Todo mundo quer ter razão, quer estar certo ou não concorda com a opinião do outro, e por aí vai o desfile de "desculpas" para ser e dizer, achar que é superior ou estar acima de alguém...
Não damos chance e nos julgamos através do complexo de superioridade, onde entendemos que a nossa supremacia é insuperável... Ledo engano, mas, como convencer a nós mesmos que tal fato é uma burrice, uma idiotice... e, quem foi que disse?
Nas paginas da Bíblia Sagrada e no Evangelho encontramos os caminhos e os roteiros para nos clarear a vista embotada pela intolerância e altivez mal fadada.
São palavras de solidariedade, fraternidade universal e amor ao próximo.
Humildade, compreensão e sabedoria, para seguir a vereda da paz entre os homens.
Deixemos de lado o orgulho e a vaidade.
Quando nos sentirmos encurralados por sentimentos de superioridade, meditemos na transitoriedade da vida, e que daqui, nada levamos a não ser a vida que levamos...
Quantos irmãos nossos estão, em silêncio, a nos pedir um pedaço de pão para o filho doente, um trabalho honesto para suprir as necessidades do lar ou uma palavra amiga repleta de compreensão, para enfrentar as agruras da vida, com seus destinos aziagos pela Lei de causa e efeito a que somos submetidos e, nunca sabemos quando será a nossa vez e o nosso quinhão de dor...
Tratamos nossos irmãos como filhos pródigos do nosso amor, que condenamos sem dó nem piedade...
E o nosso vizinho? Nós o conhecemos? Cumprimentamos e falamos com ele? Ou, simplesmente, o desprezamos e fingimos que ele nem existe?...
Numa cidade grande, como São Paulo, dentro do elevador entramos e olhamos para cima, evitando o nosso semelhante, a qualquer custo, com "medo" de nos relacionarmos e sermos atacados como se eles fossem bichos: Fruto do nosso desamor!
Isso se dá em qualquer parte do mundo... somos frutos das manias, dos sistemas e das convenções sociais que discriminam o ser humano...
Está na hora de mudar a nossa maneira de ser, para termos um mundo melhor, um Brasil melhor, um estado melhor, uma cidade melhor e uma sociedade melhor... e um lar melhor!
Vamos buscar um novo meio e um novo tempo de nos relacionarmos com o nosso semelhante?
Vamos mudar nossa mentalidade!
Tente! Você pode! Nós podemos!
Então: Oremos!
 
 
 
 
 

Pontinhos finais

Todo teu corpo seria
um poema que não teria fim,
na arrogância
das linhas e das formas
túmidas e sensuais,
se a natureza, sábia,
não pusesse,
nos picos culminantes
de teus seios:
Dois pontinhos finais!

Do Livro: Poemas do amor ardente
Do Poeta: J.G. de Araújo Jorge

Coisas do amor ... coisas da vida!

Dizes que sou um "galinha..." e que as minhas palavras de amor são verdadeiras mentiras, lorotas para enganar trouxas... que sou um Don Juan de quinta categoria, e que eu não vou mais te enrolar, como tenho feito a tanto tempo, perdido nas memórias das tuas emoções de mulher, que acreditava no amor eterno... e o teu desejo era que fosse para o inferno, para pagar os meus pecados imortais!
Creio e entendo que tu tens razão, mas, não totalmente, pois, se te disse e fiz juras de amor, é porque, realmente, as senti, embora, para outros amores as tenha feito, mas, sempre foram verdadeiras aquelas que murmurei aos teus ouvidos...
Nunca foram tão fortes e singulares... não há como estabelecer comparações, e parâmetros não encontro, para justificar as diferenças que existem, somente, dentro do meu coração e, infelizmente, tu não podes ver com os olhos materiais...
Porém, tentar justificar é o mesmo que me condenar ao báratro profundo, para onde teu coração já me destinou, ao me julgar sem ao menos, antes, ter-me ouvido...
Aceito tua condenação e teu desprezo ao meu sincero amor, mas, um dia, quando o tempo branquear os teus cabelos e a idade provecta, avançar nas tuas carnes, enrugadas pelo tempo, que passa inexorável, talvez, te sintas tocada pelo tênue fio que liga as possibilidades, e aceites que perdestes a chance de viver um grande amor, na plenitude de tuas emoções, que este sentimento provoca naqueles que acreditam na sua existência, e se entregam, de corpo e alma, para viver a tão decantada felicidade à dois...
Tempo perdido em amar é como perder tempo em não "fazer" amor, pois, o amor que deixamos de "praticar"... não se recupera nunca mais!
As oportunidades que perdemos, não voltam, jamais... e o tempo, também, não!
E para os novos tempos do presente e do futuro, compete, a cada um, mudar o fim da história, cujos capítulos, ainda, podemos escrever... pois, há prazeres para todas as idades!
As coisas do amor e da vida, são oportunidades, ainda, não vividas, basta que sintonizemos a razão, a lógica e o bom-senso, para decidir que caminho seguir, porém, " quem não sabe para onde ir... qualquer caminho serve!"
Então, fui!