segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Suscetibilidades e melindres

Quando erramos, e algum amigo nos recrimina, nem sempre agradecemos e nem aceitamos a advertência como auxilio para modificarmos e aprimorarmos as nossas ações...
É comum praticarmos alguns atos dizendo que é para conter alguns excessos, ou que julgamos se-los, praticando-os em prejuízo de alguns... e dizemos que os fins justificam os meios, mas, não é bem assim, pois, a nossa consciência "sabe", que estamos cometendo erros injustificáveis, impressos no tribunal da nossa consciência.
E se alguém diz, que temos algum defeito, é o suficiente para nos tornarmos "inimigo" daquele, que sempre dizíamos que nós éramos... seu  fiel amigo de todas as horas.
E quando fazem fofocas maldosas sobre nós, dizendo que somos, "assim e assado", é de praxe acreditarmos na outra pessoa, sem buscarmos a veracidade dos fatos e ficamos "decepcionados" com a pessoa amiga, que sempre esteve ao nosso lado...
Se ouvirmos alguém dizer, que somos: Careca, baixinho, gordinho, zóiudo, beiçudo, orelha de abano, pois, isso, ainda, não é crime falar, ficamos "P" da vida e caímos no melindre sem razão e, mesmo que a razão se faça, devíamos pensar, antes de condenar, afinal, tudo pode ser um equívoco sem tamanho... é assim, que caímos nas armadilhas da suscetibilidade e dos melindres!
Um espírito evoluído, não se deixa levar por qualquer conversinha ao pé do ouvido, principalmente, quando quem lhe conta uma fofoca, pede para você não falar nada, e se falar, não fale que foi eu quem contei, tá bom? Só estou falando isso, porque sou seu amigo, viu?...
Pois é, somos herdeiros da ingenuidade, mas, não somos parvos... ou somos? Parvos cromossomos?
O que liberta o homem é a verdade, que nada mais é do que o conhecimento dos fatos, na sua integridade, no seu bojo, no âmago, no cerne... bem lá no fundinho do buraco negro da nossa egolatria!
Tais credulidades, nos levam a cometer injustiças, perder afeições sinceras e amores " in passant", que a língua pega, mata e não come...
Perguntaram para a caveira:
" - Caveira, quem foi que te matou?"
- Ela respondeu:
"- Foi a língua, meu amigo!"

E tenho dito! 

sábado, 29 de agosto de 2015

A Espera interminável

Meu coração, te espera faz um ano...
Ou mais?
Já nem sei, ando meio perdido...
Mas, uma coisa eu sei,
Para quem espera,
É uma eternidade,
Esse tempo que não chega nunca...
O que fica,
Bailando no ar,
É uma doce saudade...
Saudade do que não foi,
Mas, que deveria ter sido...

Essa espera, é como o mar,
O mar infinito,
Cheio de surpresas,
De belezas mil,
Com ou sem céu de anil,
Nas fortes correntezas,
Nas procelas,
Nos barquinhos à vela,
Nas noites estreladas,
Nas madrugadas,
Deste vate,
Que canta o amor,
A saudade,
E a esperança,
De ver-te chegar!

Constelações, praias desertas,
Grutas, enseadas e parcéis,
Tudo isso, junto e misturado,
Faz com que a minha espera,
Seja uma monotonia danada.
Às vezes, penso que queres,
Que eu suma, como se fosse,
Flutuantes e brancas espumas,
Como se a minha vida fosse,
Uma barco de papel,
Seguindo na marola,
Mas, tu sabes,
Infelizmente,
Que, somente,
A tua chegada me consola!
É por isso, que vivo a te esperar!

Lá fora, o tempo está chuvoso,
Há um frio congelante,
E o vento está cheio,
Cheio de melancolia,
Cheio de tristeza,
Sem nenhuma alegria...
E lá no alto do outeiro,
Deste meu rincão praeiro,
Da minha Itanhaém querida,
Onde vivo a minha vida,
Esperando a tua chegada,
Fazendo a minha alvorada,
No meu coração apaixonado,
Inocente e sem pecado...
Ofertório:
Por ti, meu jardim só tem,
Cruzes, de madeira, pretas,
Nele... não esvoaçam mais:
Os rouxinóis e as borboletas!







Via crucis

Anaz e Caifaz
Anaz, é o pontífice supremo da egrégia platéia,
deseja, apenas, condenar...  Jesus de Nazaré,
ensejando neste fato uma grande epopeia,
para conturbar os judeus e a sua fé!

Anaz, o acusa de blasfemar... contra Deus,
quer a sua morte... pregado em uma cruz,
diz que todos os seus seguidores são ateus,
e que ninguém deve dar ouvidos... à Jesus!

E o Filho do Homem é crucificado como réu,
E morre perdoando todos os seus inimigos,
E em seguida abrem-se Lhe as portas do céu...

Por amor... recebeu os mais cruéis castigos!
Outra porta se abriu nas trevas... para Caifaz,
Que condenou Cristo pela acusação de Anaz!


Pôncio Pilatos
Escribas e fariseus, todos gritam contra Jesus,
E Pôncio Pilatos tem uma chance na vida,
De impedir que o Mestre morra na cruz,
sem lavar as suas mãos em seguida...

Porém, sua covardia e omissão é bem maior,
Não encontrando no Mestre... culpa alguma,
Mas, temendo de Herodes... coisa bem pior,
Lava as mãos e condena sem culpa nenhuma!

O governador romano, poderia tudo isso evitar,
Mas, fraqueja pela voz inflamada do seu povo,
Pedindo - a liberdade de Barrabaz - de novo!

Não pode ficar indeciso, não pode vacilar!
Então, o Procurador romano... da Judeia:
Condena - Jesus de Nazaré - da Galileia!

Jesus e seus seguidores
Para Jesus foi longa a rua da amargura,
Seus pés foram sangrados e seu rosto,
imitaram seu corpo... nesta desventura,
na última hora... dos raios do sol posto!

No final da caminhada, estava coberto de sangue,
Era um amarfanhado homem, totalmente, exangue,
Quem suportaria - tanto flagelo - pela humanidade,
E daria - esse testemunho - pelo amor da Verdade?

Hoje, joelhos se dobram contritos e sem honrarias,
Na humildade de nossos corações arrependidos,
Pela felicidade que nos outorga nosso Messias!

Nós, que já fomos, também, pássaros feridos,
Pela ignorância de termos feito ouvidos moucos,
E até hoje.. os que seguem Jesus, são poucos!

Oferta:
Jesus de Nazaré, sofreu em silêncio - e vivia a orar,
Ao Pai de infinita bondade - sem nenhuma revolta,
Pois, sabia que amar... rima com o verbo perdoar,
E quebra os elos do ódio que da corrente se solta!









O pescador que pescou um gato

                                ( O rio Itanhaém, também,  tem... )

Dizem que gato escaldado com água quente,
tem um medo danado... de água fria,
mas, foi no meio de uma corrente,
do rio... que o gato descia!

Não sei, qual foi o homem maldoso,
que jogou... o bichano na correnteza,
quem assim o fez achou bem gostoso,
esse gesto... da mais pura malvadeza!

E o gato nadava, mas, morria de sede,
querendo... da água profunda se livrar,
eis que aparece, por milagre, uma rede...

E o rio Itanhaém, que ia para o mar,
tem nos anais da sua história... um fato:
A de um pescador... que pescou um gato!



Uma brasa coberta de cinzas

Dentro de cada um de nós dormita um vulcão pronto para entrar em erupção!
Nós temos a mania de dizer, que somos bons, justos e até perfeitos... mas, desde que ninguém mexa com nossos brios, desvios de conduta e defeitos, enfim, as mazelas da nossa alma, que, se tocadas, nos tiram a calma e nos faz entrar na zona quente da intolerância, maldade e arrogância...Em resumo, viramos do avesso...  passamos a ser outra pessoa, diferente daquela que mostramos para a sociedade e a convivência social, entre amigos, festas, reuniões e encontros fortuitos...
Porque somos assim? 
É que, devido a nossa evolução espiritual ser primitiva, somos influenciados pelas situações favoráveis ao nosso bem estar, sem a preocupação com nossos semelhantes, sem nunca usarmos a empatia, para podermos fazer uma comparação, pois, a infelicidade começa na comparação, pela simples constatação de que não somos o centro do universo, e que nada gira em torno de nós... Não somos o centro de nada, e na grande peça do teatro da vida real, somos coadjuvantes, cujo personagem principal é o Diretor, que a rege e que conhecemos, pelo nome de: Jesus!
Dentro das furnas das nossas imperfeições, dorme um gigante, chamado ego, que faz do homem uma marionete nas atitudes maléficas e atávicas, desde prístinas eras, sem que queiramos, sinceramente, mudar, transformar para o bem dos demais, nossos irmãos de caminhada, rumo às maravilhas do porvir...
Condenar? De jeito nenhum! Ninguém ficará impune das agruras do anoitecer se não soube acender a luz da claridade do amor e da fraternidade, enquanto o sol brilhava no horizonte, assim é a vida, pois, a cada um segundo as suas obras e a semeadura é facultativa...
A natureza não dá saltos e nem se sobe numa escada se galgar os degraus, um a um, pois, se o fizermos na ânsia subir, rapidamente, podemos nos machucar e adoecer, solicitando a medicação amarga da dor, a nos visitar, como medida profilática de recuperação...
Já que temos consciência, de que somos uma brasa coberta de cinzas, devemos partir para a luta gloriosa da extirpação dos nossos defeitos, começando a exercitar o verbo amar na sua plenitude, parodiando as palavras de uma assertiva maçônica: "Vamos cavar masmorras aos vícios ( defeitos ) e templos à virtude..."
E tenho dito!

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Trovas novas

Passam-se os tempos... vai longe a juventude,
A vida bruxoleia... cheia de desenganos,
O coração, às promessas não se ilude,
Enfrentando, só, o passar dos anos...

A fortuna é um mérito do espírito imortal,
Mas, o dinheiro, é como verba da prefeitura,
Quando a situação da saúde fica feia... e vai mal,
A corrupção torna-se um burro que ninguém segura!

A mulher de saia curta que vai no domingo à missa,
Cheia de dengos e com os seus maravilhosos brocados,
As mulheres casadas tem ciumes, mas, até o padre a cobiça,
E no silêncio e segredo do confessionário, perdoa todos os pecados!

A mulher que na flor dos anos, faz da vida uma festa,
Onde tudo é permitido: Bebidas, sexo e incontáveis amores,
Vê, no ocaso da lida, como se tivesse embrenhado numa floresta,
Cheia de dor, solitária e doente, colhendo, apenas... trágicos horrores!
" - Nesta hora dolorosa, uma mão encarquilhada, eleva à Deus uma oração e pede para filha, querida, do seu coração, que tenha piedade do fruto do seu ventre... Então, ouve-se na imensidade do infinito, a voz de Deus, na música suave, da melodia imortal de , que nós conhecemos por: " Song of joy."

Condenação hermética:
" Foi no passado, uma linda e encantadora menina,
Mas, a vida mudou o seu destino... Assim, ela quis!
O livre arbítrio a transformou, numa bela messalina,
Que todos nós conhecemos, apenas,  por meretriz!"
Oferta:
Porém, não podemos julgar, quem comete, algum erro,
Devemos ter piedade - amar e perdoar - todo pecador,
De que adianta enviar - um ser humano para o desterro,
Se desterrados todos o somos de Capela por desamor?

Obs: Capela, é um planeta de onde os espíritos, cristalizados na maldade, foram exilados para a terra, até que nos modifiquemos pelas leis sublimes do amor fraternal e incondicional.
Há controvérsias dogmáticas...



As nossas filhas

As nossas filhas nos dão maiores cuidados,
devido aos conceitos errôneos da sociedade,
colocando a mulher no patamar dos condenados,
dos direitos humanos, inalienáveis, da vera igualdade!

Quando a gente vê uma filha partir para um novo lar,
ficamos preocupados com seu destino em outros braços,
que podem mentir, com promessas vãs e falsas, e nos enganar,
nós, que somos pais, e temos, mutuamente, com elas amorosos laços...

A mulher é como um passarinho implume quando sai do ninho,
voando nas asas de um sonho lindo, em busca da almejada felicidade,
mas, se existir entre os dois - incompatibilidades - morre esse amor tão lindo...

As promessas de amor e os juramentos - perante Deus e o juiz - de fidelidade,
nunca são cumpridos, fielmente... Por esta razão, há muitas separações de casais...
Então, a solução, agora, é pedir à Deus, em oração, como fazem os verdadeiros pais!

Ofertório:
" Existe neste mundo - muita injustiça - mas... não existe injustiçados..."
O lar é um reduto de aprendizado, este anexim tem uma mensagem funérea,
Ao pecador a gente perdoa, porém, condenamos um simples pecado,
é por isso que devemos amar e perdoar, senão, nossa vida será: Só miséria!


A missão do homem na terra

A missão do homem consiste em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso, melhorar as instituições, por meios diretos e materiais, portanto, o que cultiva a terra desempenha tão nobre missão quanto o que governa, ou que instrui.
Há contudo, missões pessoais de grande importância, que é a paternidade e a maternidade. Sem contestação é de grandíssimo dever e responsabilidade.
Os filhos estão sob a tutela dos pais, para que dirijam os seus passos nas sendas do bem, do amor e da fraternidade. Muitos há, no entanto, que mais procuram aprumar a arvore do seu jardim e de fazê-la dar frutos, do que formar o caráter de seus filhos... O preço a pagar, pela omissão, é facultativo desse modo de descumprir o dever e a missão dos pais...
Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos dos filhos na vida futura, por não terem feito o que era possível e estava ao seu alcance, para que avançasse nas estradas do bem...
Existem as missões de progresso, de auxílio aos indivíduos, às famílias, cidades, povos e nações, na medicina, nas artes, na ciência, enfim, em todos os campos e oportunidades, onde se possa realizar o auxilio ao semelhante!
Portanto, a missão do homem na terra é simples. Foi por isso, que Jesus veio nos trazer a Boa Nova, que é o seu Evangelho de amor e luz, para que tenhamos um roteiro, para viver e entender a vida, nos seus pormenores e praticidade.
Quem se instrui, pelas palavras do Mestre, passa a ter um conhecimento correto, para cumprir a missão do homem sobre a terra.
As religiões, tem os seus avatares, que vem em missões de amor e renúncia, para o progresso da humanidade, porém, nenhum deles nos deu tantos exemplos, quanto o Mestre Jesus de Nazaré, em terras do ocidente, que se propaga pelos confins deste orbe em transição, para construir a  mútua simpatia, que edifica a legítima fraternidade universal.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Quem tem medo da morte?

A grande maioria das pessoas tem medo da morte!
Mas, o que é a morte? O que sucede com a alma no instante da morte?
Ela volta a ser Espírito e retorna ao mundo dos espíritos de onde se aparta, momentaneamente, segundo Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, questão 149.
O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que, ordinariamente, ocorre em momento de inconsciência, mas, a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação.
A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da alma. 
Na morte natural, a a que sobrevém pelo esgotamento dos órgãos, em consequência da idade, o homem deixa a vida sem o perceber: é como uma lâmpada que se apaga por falta de óleo. L. E. questão 145
Em todos os casos de morte violenta, desastres, calamidades naturais ou provocadas pelo homem, e no suicida, principalmente, ( essa situação ) excede a toda expectativa. Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz repercutir na alma todas as sensações daquele, com sofrimentos cruciantes... inimagináveis de dores atrozes.
O céu e o inferno, segunda parte cap 1, item 7 - 8 e 12
Naturalmente, que há controvérsias devido ao entendimento das diversas religiões cristãs, ou não, mas, não vamos entrar no mérito da questão, para não gerar constrangimento de idéias e crenças arraigadas, sem o aval da razão, lógica e bom senso.
Uma coisa é certa, quanto mais o espírito se apega à matéria, mais difícil é separar-se dela. Há pessoas que a coesão é tão fraca, que o desprendimento opera-se por si mesmo... é como o fruto maduro se desprendendo de seu caule, sem dor e calmamente... É claro que, quem se apega às coisas e gozos materiais, e à sensualidade, fica mais doloroso esse desprendimento...
Posso afirmar, que não há uma receita para o desprendimento que atinge a  todos... para cada um  existe uma maneira diferente e infinita, de "sair" do corpo pelo mecanismo da morte, que virá para todas as pessoas e seres viventes, mais cedo ou mais tarde... invariavelmente!
O espírito ( e espírita ) serio não se limita a crer, porque compreende e raciocina...
Os incidentes, da jornada terrena, tem que ser compreendidos e suportados com resignação e fé, e a perturbação, consequente à transição pouco irá perdurar, sem estranharmos a nova situação da vida, após a morte.
Porém, uma voz se faz ouvir, fruto da descrença nas minhas palavras, portanto, se tens alguma dúvida, procure estudar e meditar, para compreender esse fato, esse último ato no palco das vidas sucessivas nas moradas da casa do Nosso Pai... 
Sugiro que leia e estude, o Evangelho segundo o espiritismo e o Livro dos espíritos, então, depois... conversaremos!
Tens o livre arbítrio... Tens a escolha... Tens a oportunidade... Tens a eternidade como chance de reabilitação... 

Uma breve exposição de como se preparar para a morte:
- A cristalização de maus hábitos é uma praga tiranizante: Mude-os, imediatamente.
- Comece a renovação de seus costumes alimentares, pela comida que consome, fartamente, gulosamente...
- Evite o consumo de carne vermelha, de porco, vitela, etc. isso, nos situa como os tamoios, que devoravam uns aos outros, e o cemitério da barriga é um tormento após a grande transição.
- Bebidas alcoólicas, fumo, drogas em geral... as suas vítimas demoram longo tempo nas celas escuras da dor, da sede, da inércia e da abstinência...
- Concupiscência, lascívia, sexo sem responsabilidade, nos situam nas furnas do sofrimento.
- Faça o bem que puder, sem a preocupação de satisfazer à todos.
- Se não gosta de alguém, esqueça! Muita gente, talvez, não goste de ti.
- Se tens o tesouro de uma fé religiosa, viva de acordo com os preceitos que abraça.
- Trabalhe, sempre, trabalhe sem cessar, em qualquer atividade, física, intelectual ou de auxílio fraternal.
- O serviço dissolve as mágoas, as dores, os sofrimentos, os rancores, portanto, não se canse, inutilmente, e nem indague em excesso, pois, a morte, a qualquer hora te apresentará seu cartão de visita.

E no meu jazigo, estará escrito:
" Estou te esperando!"


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Chose de loc...

A minha tristeza - minha filha única - era tão grande que seduziu a minha alegria que ficou gravida de uma linda criança chamada esperança que espero que cresça e me ampare quando a minha dor envelhecer e eu não puder mais ser feliz como é o desejo de todo pai no ocaso da lida cotidiana...

Tentei fugir de mim mas me encontrei brincando na praia olhando as vagas do mar morrendo de saudade dos náufragos que faleceram de ataque cardíaco no mar dos sargaços...

Na tua vida sou como um peixe fora d`água que morre na praia dos pesadelos meus... e dos sonhos teus!

Vejo a criança que mora dentro de mim e as lágrimas que correm como as águas que correm para o mar mas tudo isso é a carência que sinto de ti com o teu desdém me mordendo como se eu fosse uma isca e tu a sereia sorrindo na areia...

Não não vá embora fique mais um pouco senão vou ficar louco louco de saudade de ti...queres ir? Então vá suma da minha vida me deixe só me deixe em paz... Paz?... Que paz?... Sem ti a paz é apenas uma palavra do dicionário que apaguei do meu relicário por ser tão otário... ainda bem que não me chamo Olegário..

" - Às vezes, a vida não tem ponto, vírgula, travessão, exclamação, etc e tal, mas, tem muitas interrogações e  reticências..."

Je t`aime
Eu não consigo te esquecer,
sem ti -  não sei mais como viver,
tu és a razão da minha vida e o começo,
de tudo que sou, por isso, não te esqueço!

Para viver ao teu lado tudo fiz,
pois, eu só queria ser feliz,
tu és a única mulher,
não quero outra,
qualquer...

Não te quero - como minha escrava!
Não te quero - como minha amiga!
Nos meus sonhos eu te sonhava!
Tu és... a única paixão antiga!




Um orbe em transição

O mundo em transição,
tem no comportamento humano,
uma grande lição:
" A mulher moderna é um tipo diferente,
da mulher de antigamente...
Antes, era recatada, não andava de saia curta,
não usava pintura,
para falsear a formusura...
não tinha cílios postiços,
não tinha silicone nas partes protuberantes,
mas, algumas, tinham amantes...
A mulher de hoje em dia,
trabalha até de madrugada,
solteira, viúva ou casada,
ela tem vida independente,
e faz dela o que quiser,
também, é muito frequente,
amar e "ficar" com outra mulher..."

" Os homens tem que tomar cuidado,
com a mulher de hoje em dia,
mas, tem homem, que tem "namorado"
Isso, quem é que diria?..."

Assim... é a nossa transitória vida: 
De onde menos se espera, infelizmente, é que a coisa medra!
Porém, quem não tem pecado... que atire a primeira pedra!
" - Tá bom prá você - Querida?!..."




Mãos que calam

Mãos amigas que fazem carícias, 
afagando o meu rosto...
que me amparam quando caio,
na rua da amargura...
Mãos que me oferecem flores,
no mês de agosto...
que me protegem da dor que violenta,
a minha alma, quase, pura...

Mão que me aliviam a incompreensão dos meus amores,
sinuosos...
que me deixam perdido na lascívia de prazeres,
gostosos...
Mãos que me indicam caminhos,
certos...
que são meus oásis,
nos desertos... 

Mãos que me apontam o rumo da esperança e da alegria de viver...
que envolvem os meus dias  na doce poesia da penumbra do anoitecer...

Mãos que falam...
Mãos que exalam...
Mãos que calam...

Mãos que constroem casebres, palácios e templos às virtudes...
Mãos que trazem a paz às lutas fratricidas...
Mãos que dão adeus e boas vindas...
Mãos que oferecem o pão...
Mãos que calam,
o grito na boca
da gente!...

Mãos que escrevem:
Aquilo que vem à mente!

Decisões e omissões

O livre arbítrio nos confere as oportunidades de decidir ou omitir as nossas ações, pois, se assim não fosse seria um contra senso as colheitas, que, certamente, abarrotam os nossos silos...
Quantas vezes, questionamos a forma com que o nosso destino é traçado pelo plano divino, nas veredas da compulsoriedade, que nos acena com os horizontes das dores, sofrimentos e desenganos? Quantas vezes?...
Isso, porque, somos seres humanos racionais e cometemos muitos erros fatais, pela nossa decisão ou omissão, portanto, o cadinho da dor é a solução para nosso espírito, transgressor contumaz, das leis imutáveis da vida...
Ao fazer uma opção sobre o caminho a seguir, já estaremos delineando o nosso futuro e as consequências inerentes, que haveremos de arcar, se ela for baseada na maldade, irresponsabilidade e egoísmo...
A busca da verdade, sempre, será a de conhecer aquilo que não sabemos, não entendemos e não compreendemos, mas, temos o nosso livre arbítrio para não procurá-la, nos comprazendo na zona de conforto, que nos indica um a lassidão, inércia e preguiça, até que a dor bendita, venha nos visitar nas horas mais imprevisíveis do tempo que passa, célere, como uma brisa de verão na primavera...
Aí, não adianta chorar, nem espernear... é aceitar a força dos fatos, pela decisão ou omissão, dos nossos atos...
Haja vista, que a omissão é uma decisão, portanto, a única coisa a fazer é mudar, transformar e tomar atitudes, que venham servir para o bem e ao amor entre os nossos semelhantes, para que possamos nos livrar do peso angustiante de decisões e omissões ignorantes...
Na vida e em tudo que fizermos, sejamos como o lírio no charco, que, mesmo vivendo no meio da lama, continua belo e puro, cuja brancura, nem Salomão se vestiu como um deles na sua realeza...
Que seja a nossa decisão em prol do bem e do amor!
Que seja a nossa omissão em detrimento do mal e do desamor!
Que seja este momento, o devenir das nossas decisões e omissões, para o porvir de nosso espírito imortal nas sendas da espiritualidade, auspiciando a vera felicidade, na paz que nos compraz!



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Minha vida vivida de outras vidas

                                                          ( Poesia com reentrâncias e saliências... )

Minha vida é uma variável de surpresas...
Minha idade? Não sei dizer ao certo!
Há no meu mundo tantas incertezas,
Que já nem sei o que é o correto.

Meu corpo foi dobrado pela luta e o pranto,
Carpi a terra e adubei todos os prados,
E cantando me curvei ao encanto,
dos meus amores passados...

Sou um viajor nos páramos da eternidade,
Tudo que aprendi devo aos meus sentidos,
E à sabedoria - que me ensinou a verdade,
Nos momentos de dor dos amores vividos.

Minha idade? Não sei dizer ao certo!
Tenho minha mente e o corpo aberto!
Porém - não quero o teu amor como esmola!
Quero que me ame - que seja a minha escola!

Quero ter a vida, vida em abundância,
Quero ter todas as flores do teu jardim,
Quero ter das rosas a doce fragrância,
Quero ter o teu amor somente para mim!

Sou como a folha, bailando ao vento,
Caindo... caindo... caindo tão docemente,
Até que se canse no penúltimo alento,
Para descansar no teu colo... suavemente!

Grito, meu grito de saudade... ao espaço infinito,
Como um rio correndo ao sabor das correntezas,
Minha vida, sempre foi uma variável de surpresas:
Minhas verdades são frutos de tudo que acredito!

E assim, vou levando a vida que Deus me deu,
Procuro errar cada vez menos e fazer o bem,
Não desejo nada daquilo que não é meu,
E nem quero ter o que os outros tem!

Ofertório:
A  idade que nós temos... cronologicamente,
É diferente da idade espiritual, de todos nós,
espíritos eternos - nossos netos - de repente,
Podem ser mais velhos do que nossos avós!





Diante de um túmulo de um "amigo da onça."

Um dia irás morrer e verei que teu mundo ruiu,
talvez recebas uma coroa de flores, enviada,
pelas pessoas  que você, sempre, traiu,
e tua alma, talvez, fique emocionada!

Irás para o vale das trevas... para o umbral,
onde o pranto e o ranger dentes... só dói,
fizestes, somente, com a vaidade... o mal,
encontrar a dor, como resposta, é que soe!

E verás cair sobre ti - a terra que cobre,
em vão tentarás - da morte e do fato fugir,
mas, nada tendo para dar, pois, é pobre,
dos valores da alma que agora vem te punir...

Quem sabe que por ti os sinos dobrem,
como última homenagem - ao homem do povo,
alguma beata ainda ore por ti e sobrem,
amigos a te esperar na crosta do mundo novo!

Oferta:
Não é mera coincidência se a carapuça te servir,
mas, não vai aqui, nenhuma intenção, proposital,
É que todos nos igualamos ao morrer... ao partir:
A diferença está na pratica do bem... ou do mal!



O jardineiro

Sempre fui um cultivador de flores, mas, hoje, não as cultivo mais,
rosas, cravos e jasmins, entre tantas... cultivei um lindo amor-perfeito,
encontrando neste amor a flor que iria trazer aos meus dias os meus ais,
e assim, abandonei a profissão, que foi da causa o mais melancólico efeito...

Plantei muitas flores pela vida a fora... nas curvas de todos os caminhos,
porém, no final da lida, o que me resta agora?
Só consigo receber a ingratidão das pessoas num "bouquet" de espinhos!
E meus olhos sem lágrimas nem sequer chora!

Plantei uma quantidade incontável de flores de vários matizes,
e até hoje não sei qual é a flor que tu, realmente, preferes,
talvez, por isso, sejamos os dois, assim - tão infelizes,
pois, vingou no nosso jardim: Dois malmequeres!



Até parece um relógio

Meu coração até parece um relógio-cuco
batendo por ti vinte e quatro horas por dia,
o tempo tem um cronômetro meio maluco,
desde a hora, em que por ti, ele não existia.

Meu coração parece um relógio que não regula,
na tua ausência são mais longas as horas,
foi consertado pelo relojoeiro, mas, ele só pula:
Pula os segundos, minutos, dias e auroras...

Meu relógio, quer dizer:
Meu coração está, completamente, desgovernado,
seria um grande prazer,
acertar - com o seu - o meu coração apaixonado!


domingo, 23 de agosto de 2015

Perguntas e respostas

As perguntas mais frequentes, entre outras que nos atormentam a mente, podem se resumir, assim:
- Perdi meu emprego, e agora, o que faço?
- O meu amor me abandonou, mas, estava tão bem entre a gente...
- Se falecer uma pessoa muito querida, acho que não vou suportar essa perda...
- Porque, sou assim, tão chato, que ninguém quer ficar nem um minuto perto de mim?
- Porque sou intransigente, pessimista e mau humorado?
Porém, as perguntas mais frequentes, são aquela direcionadas para as experiências da alma e a consequente incompreensão das dores inerentes...
As respostas para essas e tantas outras perguntas, estão dentro de nós mesmos, basta analisarmos os nossos pensamentos, palavras e ações, no dia a dia, desde quando nos levantamos até o momento em que vamos dormir...
Somos os artífices do nosso mundo interior, das coisas que nos acontecem, exceto sobre a morte de quem quer que seja, pois, esse departamento pertence ao Criador e aos desígnios de suas leis imutáveis e inexoráveis... a não ser quando nos tornamos réu, pela execução ou influência deste abominável ato de insanidade, que permeia no seio eletromagnético da humanidade...
Naturalmente, que as nossas perguntas objetivam, sempre, uma resposta, e a buscamos nos lugares e com pessoas erradas, porque não paramos para analisar as pequeninas coisas, visíveis e invisíveis, a que damos causa, ensejando a sua realização, proporcionando as mudanças de rumo das águas, que correm para o mar... Isso, quer dizer que:: Por mais que multipliquemos as nossas interferências, negativas, nos atos e nos fatos, nunca vamos lograr a plena tranquilidade da nossa consciência, que é o tribunal superior em nos julgar de acordo com o nosso desejo materializado nas ações...
Para nos auxiliar nesta empreitada de compreender os acontecimentos, sejam eles pequenos ou grandes, devemos nos amparar na reflexão interior e na confiança, depositada no hausto de Deus, que sintonizamos pela nossa fé, pois, tudo é possível ao homem que crê!
As perdas e os danos, em nossa vida, fazem parte da nossa trajetória rumo à vitória, que o vencer a nós mesmos, pelo conhecimento, é o único caminho viável, neste mundo cheio de dores e de prantos...
Qualquer que seja a pergunta, a resposta, sempre, estará dentro de nós, portanto, não percamos tempo em fazer a nossa reforma íntima, mudando nossos pensamentos, para o bem geral de todos os que amamos, e dos que são nossos desafetos, inimigos e caluniadores...
A pratica salutar, do Evangelho no Lar, é um rumo certo no coração aberto às vicissitudes do cotidiano, pois, quando o lar se converte em santuário o crime se recolhe ao museu... e nossa vida fica mais fácil de suportar e entender!
Acreditemos no bem e caminhemos com a certeza de que, os nossos problemas serão resolvidos, e as perguntas, serão respondidas na hora certa, no tempo certo, mas, é preciso que colaboremos com a nossa boa vontade de pensar, falar e praticar o melhor...
Do céu, só cai chuva, raios e aviões... portanto, façamos a nossa parte!

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Só rindo

O filho chega para a mãe e fala:
- Mãe te amo!
E a mãe responde:
- Não tenho. Pede para o teu pai!

----------------------------------------------------------------------------------------------

A dona de casa pede para o menino:
- Filho, vá ver se o açougueiro tem pé de porco.
O garoto sai e volta meia hora depois e fala:
- Não consegui ver, mãe. Ele estava de sapato!

-----------------------------------------------------------------------------------------------

Assim que o Joãozinho chega na escola o pai dele o intima:
- Quero ver o seu boletim!
- Infelizmente, não vai dar!
- Como não vai dar?
- É que eu emprestei para um amigo... ele queria dar um susto no pai dele!

-----------------------------------------------------------------------------------------------

Bruxelas é o nome da cidade onde nascem as bruxas?
------------------------------------------------------------------------------------------------

Um condenado à morte esperava a hora da execução, quando chega um pastor e fala:
- Meu filho, vim trazer a palavra de Deus para você!
- Perda de tempo seu pastor. Daqui  a pouco vou falar com Ele pessoalmente. Algum recado?

-------------------------------------------------------------------------------------------------

Um menino pergunta ao pai:
- papai, quanto custa para se casar?
- O pai responde:
- Não sei meu filho, ainda estou pagando até hoje...

------------------------------------------------------------------------------------------------

Um bêbado entrou no cemitério e viu uma inscrição numa lápide:
" Aqui jaz um político e um homem honesto!"
Aí, ele falou para todo mundo ouvir:
- Ué, enterraram os dois na mesma cova? Coisa de louco...

-------------------------------------------------------------------------------------------------

A mãe grávida pergunta a filha de cinco anos:
- Então Beatriz? Você quer ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha?
E a garotinha responde:
- Olha mãe, se não for pedir muito eu quero mesmo é uma bicicleta...

--------------------------------------------------------------------------------------------------

Em um baile uma moça ao dançar solta um pum. Envergonhada ela sussurra ao parceiro:
- Espero que isto fique entre nós!
E ele, gentilmente:
- Se não se incomodar, espero que ele se espalhe...

-------------------------------------------------------------------------------------------------

O empregado diz ao patrão que está chegando da rua:
- Está chegando da feira, seu velho imbecil, otário e idiota?
- Não! Estou voltando do médico que me curou da surdez!...

-------------------------------------------------------------------------------------------------

Gostou?


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A dor

Só quem passa pela dor é quem sabe o quanto dói a dor.
Tem gente que vive condenando aqueles que sofrem, por quaisquer razões, sejam elas  quais forem... são os amargos caluniadores de plantão, que vivem infernizando a vida alheia, com suas conclusões, seus vereditos e suas condenações, sem antes ouvir o condenado e nem depois dando-lhe crédito...
Afinal, qual dor é maior, a minha ou a sua?
Eu acho que é a minha, pois, ela dói muito mais do que a sua, que vive choramingando pela rua...
A dor maior, dizem que foi a de Jesus Cristo, quando subiu o calvário carregando o seu madeiro, onde seria pregado como um condenado, um cordeiro sem pecado...
Outros, dizem que foi o da sua mãe, Maria, quando O viu ensanguentado, caindo pela primeira vez, com uma coroa de espinho, colocada sobre sua cabeça, sob o látego das chibatadas de seus algozes...
Dizem, também, que foi quando Jesus foi traído por Judas Iscariotes, que, por remorso, pela sua atitude em trair o seu Mestre, pendurou-se numa árvore, suicidando-se e indo para o reino das trevas, onde o pranto e o ranger de dentes tem a sua dor superlativa, imensurável e quase eterna...
Alguns, vates e menestréis, dizem que a dor maior é a do amor não correspondido, outros, que é a dor de ser enganado pela pessoa amada...
Ao seresteiro, falam que é não ver a lua despontar na madrugada...
Falam tantas coisas, que até me perco nas minhas conclusões...
Como diz o velho ditado: Até agora, não consegui achar o caminho de casa!
Só sei que, agora, parto, parto sem dor, mas, que a dor maior, dizem as mulheres, é a dor do parto!
Então, vou ficar, e não parto... vou ficar bem quietinho no meu quarto...
E você? Não entendeu nada? Bem, não é para entender, apenas, ler...
A saudade causa dor: A dor da saudade!
A felicidade não causa dor... quando há cumplicidade em duas almas que só tem afinidades...
Tem a dor de "olho de peixe", que quem já teve sabe o que é... é bem diferente de "bicho de pé" que de tanto coçar, ele fica de pé... brincadeirinha, isso é mentira de caipira!
A dor de calo, em sapato apertado, dói mais que calo em mão de homem no roçado...
Ia esquecendo, da dor de cotovelo, da dor de corno e de homem traído na condição de marido...
Mas, a dor mais fdp é a dor de barriga, quando você não tem um banheiro por perto... e sente as suas lombrigas, querendo sair pelo reto...
Fui!




As razões do divórcio

Para tudo há uma explicação e uma razão de ser, até aquilo que nos parece sem solução, quando não vemos saída, que nos satisfaça o egoísmo, vaidade e orgulho, principalmente, quando os dilemas são de foro íntimo, no campo das emoções do amor possessivo e encharcado de ciúmes doentios...
Aí, entra o divórcio como uma solução legal na medida em que as partes estão insatisfeitas, uma porque quer e a outra porque não quer...
Duas pessoas inimigas, vivendo sob o mesmo teto, é um passo para o desafeto, porém, a separação deve acontecer, quando passa a existir a falta de respeito, da teimosia, das ofensas pessoais, acusações infundadas ou não, humilhações verbais e outras, em multiplicidade, desvalorizando o outro, então, desaparece a afetividade, o carinho, o amor e o encanto, deixando cada um, sozinho, num canto com o pranto, que desce aos bordões... e uma tristeza de dar dó, pelo fato de estarem juntos, mas, num réquiem de uma nota  só...
O egoísmo é a pedra angular e o fundamento das separações...
O carma se inicia na ruptura, é como adiar uma dívida, que um dia teremos que pagar... por isso, ao invés de constituir um débito para as futuras reencarnações, porque não proceder a uma reforma íntima, libertando-nos do egoísmo, do ciúme, da possessividade intempestiva, do orgulho e da vaidade dominadora sobre quem devíamos amar, proteger e renunciar, em nome do do amor incondicional?
Nunca vamos encontrar no outro, a felicidade que mora dentro do nosso coração, tornando a nossa busca inútil e falaciosa, nos causando dor e infelicidade, revolta e tristeza...é na convivência conjugal que deixamos cair a máscara do tempo de namoro e noivado, que só perdura quando há afeto sincero amor e carinho verdadeiros, já as uniões por interesse, sexo, beleza e status, são as que caminham para o divorcio dos corpos, já que as almas estão, por longo tempo, separadas no cotidiano...
Sem os valores da fé, da tolerância, da renuncia e do amor, o caminho é a solidão na estrada da vida...
Para que uma relação doente possa salvar-se no mar de abrolhos, em pleno naufrágio, o egoísta  tem que dar passagem ao altruísta, esse construtor de sonhos nos páramos celestes do próprio coração...
Se, após uma análise profunda e consciente, os dois acharem que o caminho é a separação, não devemos esquecer que, as promissórias dos elos compulsórios, um dia, teremos que proceder à  quitação no tribunal da nossa consciência, voltando ao ponto de partida, tendo, por união consanguínea, os desafetos de outras eras...
O espiritismo não é contra o divórcio, porque entende que, a lei dos homens sacramenta o que já estava definido na convivência à dois, devido ao clima pesado e triste, em que viviam sufocados... é a lei humana sacramentando um fato consumado na desídia da responsabilidade... porém, haja ciência, que a solução buscada é semelhante ao doente, que amputa um membro do corpo para não morrer de gangrena, pois, o ditado sabido, que se ajusta, é que amar é construir...
Quando as uniões não são levadas á sério ou como fuga de um problema, é como uma criança que, brincando na praia, constrói castelos de areia... e vindo as ondas, destroem tudo, como se fosse um tsunami...
Mas, não julguemos, severamente, pois, se estivermos no lugar da pessoa que apontamos, será que teríamos condição de fazer e de ser melhor? Será?...
Diz um velho anexim que, a razão tem razões que a própria razão desconhece...
E as razões do divórcio, então, não falo nada... e minha alma fica genuflexa e calada!
Alás, quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra...
Lembrando, que, a oração é o lenitivo para todas as dores, quando buscamos o auxílio do nosso Criador, cujo escudo é a paz, que nos protege a  alma cansada dos embates da lida...
Portanto, oremos:
" - Oh! Pai, de infinita misericórdia... derramai em filigranas de luz, os raios abiogenéticos da vida, sobre os lares desajustados nas sendas do divórcio..."

São Lourenço - Bairro Carioca - Onde moram as minhas recordações...

Heis que, as recordações aparecem, novamente, como quem não querem ficar, mas, vão entrando devagarinho, pelas frestas abertas do meu pensamento...
O cheiro de capim gordura nas bordas dos caminhos, que meus passos conduzem à casinha de sapé, na encruzilhada do morro, é um desafio a qualquer viandante desprevenido das agruras do íngreme terreno de terra vermelha batida...
Lá dentro do casebre, tinha um morador cheio de histórias para contar a quem quiser ouvir, sempre sentado ao pé do fogão a lenha, num tamborete, entrelaçado de galhos de arueira e pedaços de jacarandá, aparado de um tronco esquecido no quintal, que o tempo não consegue destruir, devido ser uma madeira de lei, como dizem os caboclos da redondeza... as louças e utensílios, brilhavam, penduradas nos ganchos de arvores, improvisados como se fosse uma decoração exótica e primitiva, mas, com um bom gosto da dava gosto de apreciar na sua singeleza caipira... O teto, em cima do fogão, era de madeira, caibros, taboas e cipos, amarrando tudo de tal forma, que não havia nem um buraquinho, por menor que fosse, para deixar passar os raios de sol e nem os do luar do sertão... porém, descia do teto, pontiagudos picumãs, que seu morador usava para cicatrizar os umbigos das crianças recém nascidas, como era a crença do povo mais carente do entorno do morro daquela ermida... O tempo que passa, célere, deixa recordações, que não querem adormecer, definitivamente, na minha alma de sonhador...
Recordo-me, com uma doce saudade, da minha querida namorada ( uma prima em segundo grau ), de nome Maria, que deixou meu coração, perdidamente enamorado, cheio de esperanças e sonhos de adolescente nos caminhos da puberdade e dos hormônios à flor da pele, em uma época de contenções e restrições aos sentimentos do amor romântico, extravasado entre dois seres humanos , pela religião tradicionalista, moralista e dogmática, além dos costumes morais inflexíveis, que não permitia o despertar desse sentimento, podando, com rigor, seus voos nos afagos e desejos, ás escondidas, exigindo que o mancebo se casasse com a donzela, que nem chegou a desonrar, apenas, se apaixonou e sonhou... Por isso, e outros tantos cerceamentos das emoções latentes do ser humano, me vi na condição de um proscrito, que enfrentaria a condenação e a prisão de uma união, onde não tinha eiras nem beiras, para sustentar aquela por quem meu coração vivia e palpitava, como um demente consciente do mal que causaria, se assim aceitasse tal enlace... 
E fugi! Fugi como o diabo foge da cruz e disse, em carta de amor - a última - que se a visse, mesmo que fosse fosse em sonhos, sairia correndo e me atiraria no abismo, para sumir de sua vida, portanto, pedi: Esqueça-me!
Fiquei com as recordações mais belas da minha juventude, já que ser feliz, com a Maria, não pude...
Não há arrependimento, devido ao meu ato de coragem, ao sacrificar o amor e a felicidade dos meus tempos de juventude, em detrimento dos sonhos e felicidade da minha amada, que, certamente, encontraria em outros braços uma nova razão para viver!
Bem parecido com um jardim, outras flores nasceram... foram os meus amores, que a vida me ofertou nas oportunidades infinitas de ser feliz, mas, o perfume de Maria - ficou - Aparecida... somente, nas recordações na minha vida!

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dois cegos... de amores

Antigamente, tinha os olhos azuis cor do céu,
E junto com a menina brincava sob a luz do luar,
Eram jovens, na puberdade da vida, alegres, ao léu,
Esperando chegar o tempo - de um dia poder namorar!

Mas, o destino, no seu capricho e na sua razão os separou,
E o tempo foi passando... como passam as estações da vida,
Do antigo enlevo e das esperanças... muito pouca coisa restou!
Até que um dia, mais uma vez, o destino voltou ao ponto de partida!
Unindo dois corações... pelo laço do puro amor da juventude,
O encontro não foi, na verdade, marcado por ninguém,
E o jovem mancebo não queria ser rude:

Estático, ficou parado sem dizer nada, na estação do trem,
Apenas, murmurou: - Aceite a aliança - que ora te entrego,
E perdoe - oh minha querida - o amor de um homem cego!
Só que ele não sabia que ela era tinha ficado cega também!...

Ofertório:
Quem perde a visão - ficando cego - perde, às vezes, a razão!
É uma cicatriz que nunca sara, é uma dor que não tem cura,
Esse mundo é um vale de lágrimas, de tristeza e solidão:
Assim dizia - a minha vó Maria - com sabedoria pura!

ET - O pior cego é aquele que não quer ver!...
Cruz credo! Quanta morbidez!
E tenho dito!


E do passado abre-se uma janela para o futuro

Preciso abrir meu coração para deixar a felicidade entrar - vou abrir a porta que está fechada,
Porque, perdi tudo que eu tinha - o bem mais precioso: O amor e o carinho da mulher amada!

Quando o coração ama, verdadeiramente, as nossas recordações só podem perecer com a visita do Mal de Alzeimer, que chega e se instala, sem pedir licença...
Sou um colecionador de sonhos, utopias, quimeras e  fantasias...
Sou, também, um construtor de esperanças, nas linhas sinuosas das minhas poesias, tentando, sempre, colocar um pouco de beleza na realidade do meu dia a dia e de tudo que escrevo...
A missão de um poeta é levar as pessoas a sonhar junto com ele, para suportar as agruras do cotidiano, que teimam em bater em nossa porta, trazendo dúvidas para a perspectiva da felicidade, que tanto buscamos, incansavelmente...
Por isso, e tudo o mais, vou falando sobre as coisas que vai em minha alma e que não quer calar:

" - É na intenção de matar que reside a maior culpa de um crime, passional, mesmo que ele não tenha sido levado a efeito...é como desejar a mulher do próximo e dizer que não cometemos adultério... pois, o que faltou... foi a oportunidade..."

" - Podemos, pelo livre-arbítrio, questionar a justiça e a misericórdia infinta de Deus, perante os mortos da segunda guerra mundial, onde mais de seis milhões foram trucidados pela sanha insaciável de Hitler e de seus comandados e impiedosos algozes...
Digo, sem medo de errar: Deus estava onde sempre esteve: Onipresente e jamais ausente...
Isso, porque, a Lei de causa e efeito é para todos os seres da criação na sua universalidade insofismável, e os carmas, são individuais e coletivos, de acordo com o planejamento do mundo maior, que delimita as nossas dores em função dos nossos débitos do passado, desde prístinas eras, onde fomos os trânsfugas das Leis de Deus, que preceitua amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos...
Aí, reside todas as leis e todos os seus preceitos cristãos, portanto, não fiquemos na dúvida da existência do Criador e procuremos ler, estudar e aprender, para nos livrar da ignorância, que nos aprisiona no quarto escuro dos passos incertos da nossa alma imortal...
É só ler o Evangelho de Jesus e as obras Allan Kardec... para encontrar o caminho da luz!"

" - Existe uma variedade de amor:
Amor de mãe; amor carnal; amor platônico; amor à Deus, etc e tal... mas, amor igual ao meu, esse igual não há, assim, a gente fala, quando ama alguém, que representa para nós a razão do nosso viver e do ar que respiramos, por isso, dizemos que amamos... que não conseguimos viver sem a pessoa amada, aquela que é a preferida para caminharmos na mesma estrada... a longa estrada da vida!...
Com o tempo a gente percebe, que não é bem assim, que o verdadeiro amor é doação, renúncia e compreensão... então, amadurecemos e começamos a entender a vida na sua plenitude, mas, ainda há quem se ilude e caminha entre as trevas do egoísmo, do orgulho, da soberba e da vaidade, achando que é o centro do universo... infelizmente, essas pessoas só irão aprender pelo cadinho da dor, que é o contrário do amor!
Libertarmo-nos da materialidade do mundo, é um passo para alcançar a paz e a felicidade, que reside nas pequeninas e importantíssimas insignificâncias, a favor do nosso semelhante:
É o amor como recompensa por amar..."

" - É no silêncio da oração que nós conseguimos sobreviver às intempéries da vida, acalmando o nosso coração das mágoas sofridas..."

" - Se Deus não fosse amor e perdão, iria ficar sozinho no céu, pois, todo mundo iria para o beleléu.. assim, falava o bêbado, que era irmão da meretriz... ele tinha lá as suas razões sob o efeito etílico..."

" - São os nossos pensamentos, as janelas abertas para as realizações das coisas boas e más, às quais estamos sujeitos, com a chance de mudança, ao policiarmos e transformarmos os mesmos... em prol do Bem! "

" - Tudo o que fizemos é página escrita na memória do tempo, que não tem mais jeito de apagar, porém, podemos mudar tudo, daqui para frente, sendo mais tolerantes, amáveis, educados e praticando a genuína caridade, baseada no amor e na compreensão, enquanto o dia não anoitece na nossa vida tão tênue e fugaz como um sopro..."

" - Nem todo aquele que diz:  "- Senhor!... Senhor!... Entrará no reino dos céus! "

Depois de tanto tempo te encontro numa festa,
És uma deusa que meus olhos, então, divisa,
Vejo que, no baile da vida, nada mais me resta,
A não ser o teu amor que tanto me martiriza!

Sou como um passarinho pego no laço de visgo,
Não sei mais voar - sinto-me preso ao teu amor,
Pensei que era mais fácil  te pescar no meu fisgo:
Ledo engano... deste vate, andarilho e sonhador!

E do passado abre-se uma janela para o futuro,
Um amor se vai e outro logo vem, assim, é a vida:
Vou abrir meu coração... para ser feliz: Isso eu juro!

" - Está bom, para ti, minha amargosa querida?!... "





terça-feira, 4 de agosto de 2015

Enquanto não anoitece


A saudade, cada vez mais, invade o meu coração,
E a tua ausência tira-me a paz e o doce da ilusão,
Não sei por qual caminho devo seguir em frente,
Ando a esmo, perdido no passado, sou doente...

Porque, meu Deus, não tenho a força dos imortais?
Preso ao pretérito - das minhas alegres recordações,
Sou prisioneiro das minhas fatídicas e veras emoções,
Como um dependente que a droga mata... e quer mais!

De que adianta lutar por um amor que já morreu,
Que vivendo sob o mesmo teto mais me parece,
A história de Julieta... que nunca amou Romeu!

Alguém, me disse: " Porque você não faz uma prece?"
Mas, afinal, porque é que Deus não me socorre?
Minha alma já morreu: Só o meu corpo morre!

Ofertório:
A gente tem que dar valor na vida que Deus nos deu,
Foi, na verdade, um presente, que muita gente queria!
Então, porque não valorizar... enquanto, ainda é dia,
Enquanto a nossa verve ferve... e ainda não anoiteceu?!...





A nossa vida é uma panacéia

Juro que rasgarei todas as minhas poesias,
E os versos de amor... que te fiz,
Ainda bem que não amo todas as Marias,
Pois, basta uma para eu ser infeliz!

Somos duas almas diferentes na ação,
Vivemos prisioneiros de um só destino,
Pelos filhos da carne... e do coração,
Até que a morte chegue num repentino!

Nossa história, é uma verdadeira odisséia,
A escolha foi feita para evitar um desatino:
Foi um remédio salutar... foi uma panacéia!

Oferta:
E assim - sem tapas e sem beijos,
Seguimos... enquanto Deus quiser,
Dormindo estão os nossos desejos,
que acalentam, o homem e a mulher!

...... de Bizet

Um soneto de amor tal qual uma ópera inacabada...

Onde estás... que não te vejo mais?
Quem será hoje o teu par constante?
Será que é um esperto e sarado rapaz?
Que tem por ti - um desejo - de amante?

Não sei porque fico, assim, tão louco,
Ao pensar que tu podes ser de alguém,
Me deixando a morrer pouco a pouco,
Na solidão aumentada pelo teu desdém!

Tua linda imagem baila na minha lembrança,
Nas notas da ópera de Bizet  - na faculdade,
Teu nome começa com C...Só de saudade!