Nunca acreditei no perdão de Deus às nossas ofensas e erros, da forma que a maioria assim o crê... e digo porque:
Já pensou se não tivéssemos mais oportunidades de ressarcir os deslizes cometidos e fôssemos condenados, eternamente, pelo mal praticado?
As chances que recebemos da Sua Misericórdia Infinita é que nos permite pagar as dívidas contraídas no tribunal da nossa consciência, contra os nossos semelhantes...
Muitas vezes, os nossos débitos são tantos, que precisamos de várias chances no orbe terrestre, para quitar os compromissos assumidos à luz do entendimento e da razão.
De um modo geral, é na dedicação do trabalho aos necessitados, no perdão das ofensas, no auxílio aos desvalidos das estradas, tendo uma vida correta, baseada nos princípios morais, éticos e evangélicos, é que temos o ensejo da reabilitação, mas, não do perdão geral e irrestrito, como apregoam as mais diferentes religiões, que condenam o pecador ao inferno e perdoam os arrependidos, para gozar o céu eterno - vã ilusão - que a morte do corpo físico fará descortinar o véu das crenças sem sentido, pois, pelo livre arbítrio, tudo nos é permitido, mas, nem tudo nos covém... porém, todos o sabemos, que somos enganados, porque, assim, o desejamos e cremos!
O reconhecimento da prática do mal, que perpetramos contra o nosso semelhante, é uma bênção de Deus nas novas chances que Ele nos concede, ao tomarmos noção completa, através do remorso, aceitando de bom grado, o ressarcimento das nossas culpas...
Portanto, entendo que, quem pratica o mal sem se aperceber, de que, o que esta fazendo é um mal e se compraz com as más ações que pratica, tem muito o que aprender, tem muito o que sofrer, para poder a paz merecer... merecer a paz do dever cumprido, da consciência tranquila e dos estados espirituais de felicidade, porém, se isso não acontece, em nossa mente e alma, é que Jesus, ainda, não pode entrar em nosso coração, porque a nossa porta está fechada para o amor fraternal, arrependimento e pagamento dos débitos contraídos... afinal, temos o direito de fazer tudo de qualquer jeito, mas, colher os frutos amargos, é uma consequência obrigatória... e faz parte do efeito!
Mas, se a sua crença o faz melhor... você está no caminho certo, e independente, de tudo que foi dito e escrito, não se sinta como um proscrito.
Dentro da minha capacidade de entender os conceitos filosóficos, científicos e religiosos, esse negócio do perdão de Deus ao pecador arrependido, eu não acredito: Não, não e não! Como dizia, Abraão.
O Deus que acredito e venero, é um Deus de amor, de misericórdia e justiça, na acepção mais profunda da palavra, como a um pai que ama o seu filho, mas, que o responsabiliza pelas suas ações maldosas e erradas, e o corrige, dando-lhe a chance de mudar suas más tendências e conter seus instintos agressivos, passando a conviver, harmoniosamente, com seus semelhantes, após quitar seu passivo emocional, nas veredas dos sentimentos desequilibrados... dos males perpetrados!
Mr. Joe Garden - Sêo Jardim
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