sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Sêo Zéquinha

Era um homem franzino, de estatura mediana...
Era conhecido por todos, que moravam lá na vila,
Tirando sarro do Sêo Zé, apelidado  de "pé de cana."
Sempre com a "mardita", da garrafa, na boca da mochila...

Nunca foi um esmoler, pois... " trabaiava de sor a sor!"
Caipira, de pouca fala, gostava mesmo, da sua pinguinha,
Quando tinha fome, bebia cachaça, com peixe pego no "anzor."
E assim, vivia feliz sem falar mal de ninguém: O tal de Sêo Zéquinha!

Hoje, quando o tempo marca de rugas, o rosto de todo mundo,
Lembramos, saudosos, do nosso caiçara contemporâneo,
Que veio lá das bandas... do mar mediterrâneo!

Dizem, que era português, outros, que da Russia era oriundo,
Pois, ele tinha um dom, que lhe fora dado... pelo amor divino,
Nas nossas lembranças escutamos, as músicas do seu violino!

Ofertório:
Fatos, boatos e "causos", contados, podem ser puras verdades,
Enganos, ilusões e mentiras - podem fazer parte da imaginação,
Contadas por todo litoral - no burburinho - de todas as cidades!

Obs:
A história do "Sêo Zequinha", ouvi de um caiçara que já morreu:
E se ele não pode dar o testemunho do soneto... Bem,  nem eu!

Do Livro, no prelo: Encontros em Itanhaém

Autor: Jose Aloísio Jardim

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