sábado, 9 de dezembro de 2017

Um Natal com Jesus

Quem fostes tu, meigo Jesus,
Que superou a ti mesmo,
Desde o nascimento,
Até o pó da sepultura,
Entre os judeus e romanos,
Todos, foram cruéis tiranos,
Nos teus momentos de agrura,
De êxtase e sofrimento...
Nada deixastes à esmo,
Ao abrir teus braços na cruz!

Fico a pensar nas tuas lutas,
No teu amor pelas prostitutas,
Pelos ladrões e pelos meliantes,
Os doentes... e as dores gritantes!

Curador de almas e mentes enfermiças,
Estás nas homilias dos rituais das missas,
E nos púlpitos das palavras dos crentes,
E na tribuna dos espiritas... abertamente!

Qualquer que seja a sua religião,
Derivada do vero Cristianismo,
Somos, em Cristo... Um irmão,
Retirando o pecador do abismo!

Amor, perdão, tolerância e caridade,
Sem estas diretrizes não existe a luz,
Ficando difícil... para a humanidade,
Passar o Natal - com o Mestre Jesus!

Ofertório:
Neste dia de Natal... o aniversariante é Jesus,
Que nos exortou a amar à Deus e ao próximo,
Por isso -  Ele ofereceu sua vida em uma cruz,
Que - para o pecador - é um grande negócio!
Mas, para passar:  Um Natal com Jesus,
Só o amor ao próximo é que nos conduz!

Itanhaém, 09 de dez de2017

Jose Aloísio Jardim    ( Mr. Garden )



terça-feira, 28 de novembro de 2017

Afinal de contas... Sou dono de que?

Dizem, que sou o único dono de mim,
Que sou dono das flores do meu jardim,
Dizem, que sou dono... da minha vontade,
E que, também, sou dono da minha liberdade.

Dizem que sou dono de quase tudo que existe,
De quando estou feliz - ou quando estou triste,
Dizem, tantas coisas que existe - e ninguém vê:
O que me chateia é eu não ser: o dono de você

De você - eu sou, simplesmente, o próprio otário,
Afinal de contas - de que adianta ser dono de tudo,
Se você não é minha e eu sou... o seu criado mudo!

Tudo isso... faz parte, do meu eterno e terno calvário,
Eu queria ser o seu único dono - amar e prender você.
Afinal de contas - agora, sem você - Sou dono de que?

Concluindo:
Você foi a luz que permitiu meu caminhar na estrada escura da lida e, como raios de luz, sumiu na claridade dos meus dias, misturando sua beleza na natureza dos matizes do arco-íris... E fiquei só, iluminadamente, só!

Itanhaém, 28 de nov de 2017

José Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )


domingo, 26 de novembro de 2017

Casamentos

A gente, de repente, vai morar em uma casa, fica nela um bom tempo e acostuma-se com a rotina do dia a dia, vai conhecendo todos os cômodos, todas as áreas internas e externas, toma ciência das cores e dos mínimos detalhes, sabemos de cor e salteado tudo que é possível saber sobre a construção da nossa moradia, porém, dificilmente, adentramos no sótão da nossa residência, porque, lá, só existem coisas e objetos esquecidos pelo tempo, que não damos valor e que até, queremos esquecer, definitivamente...
Assim, parodiando o cotidiano das uniões matrimoniais e afetivas, o dito casamento, é como uma casa que a gente vai morar por toda uma vida ou por uns tempos, para, depois, mudarmos de endereço e ir viver em outro lugar, esquecendo ou não da moradia anterior, onde as lembranças, às vezes, teimam em aparecer de supetão, nos causando, ora tristezas, ora alegrias pelo tempo vivido, bem ou mal, nos dias do pretérito em estagiamos uma vivência para nossa evolução espiritual e cumprimento de metas traçadas na espiritualidade maior quando aceitamos aqui labutar para aprender...
Mudamos de residência, quantas vezes quisermos e, de casamentos, também...
O que havia no sótão da nossa casa e que la ficou quando mudamos? Talvez, nem saibamos... mas, no quarto escuro da nossa alma, carregamos conosco as mazelas, as dores, decepções, fantasmas e assombrações, que permanecem na nossa mente, aparecendo de quando em vez, para nos atormentar, ao lado de alguém que escolhemos para ser nossa "cara metade", por quanto tempo nem o sabemos...
Esta é a razão pela qual é preciso fazer uma "faxina" nas afeições do passado, perdoando e nos libertando das mágoas, que insistem em nos assombrar na calada da noite, desde o alvorecer de um novo dia que essas lembranças nos crucia...
Portanto, uma união afetiva, quando termina, devido a "n" motivos, plausíveis ou não, é preciso que busquemos a harmonização das mentes que, aparentemente, estavam em conflitos nos campos das " incompatibilidades de gênios", que soe acontecer na humanidade entres os ditos " homos sapiens ..."
Fixando o pensamento na assertiva de que - ninguém é de ninguém - a gente deveria entender que: somos usuários passageiros das emoções e sentimentos de amor, com que deleitamos, em momentos, nas alcovas da vida, que passam como passam as brisas de verão, deixando saudades no nosso coração...
Mas, é pelo nosso egoísmo e sentimentos de posse com a pessoa amada, que caímos no sofrimento e na dor da separação, quando isso acontece, e a gente não esta pronto (a) para um novo alvorecer, um novo amor, preso que estamos às amarras das conjunções carnais efêmeras, efêmeras, efêmeras...
Então, quando uma pessoa busca, ou não busca,  e encontra um novo amor, precisa "deletar" a imagem do pretérito, esquecer a mágoa que é um corrosivo da alegria de viver, e uma alforria do coração pronto para ser feliz, outra vez...
Tem gente que adoece e entra em depressão, pela falta perdão no coração...
Mudemos nosso padrão de pensamentos, palavras e obras, voltadas em prol do nosso semelhante, em moto-contínuo constante, e abracemos o novo dia que começar a raiar no horizonte da vida na plenitude de um novo amor: O amor à Deus sobre todas as coisa e o próximo como a nós mesmos! Este - é a síntese de todos os Mandamentos e de todos os casamentos!
E tenho dito!

Itanhaém, 26 de novembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )






quinta-feira, 9 de novembro de 2017

As religiões e o elo perdido


As religiões politeístas admitem a existência de mais de um deus e as monoteístas: Judaísmo,Cristianismo e Islamismo, juntas, agregam mais da metade da humanidade, dos que creem em um Deus Único, mas, existem mais de 10 mil religiões, segundo o Missionário David Barret, que faz pesquisa, ano a ano, pelo mundo a fora e, pelo sim ou pelo não, a quantidade não é o nosso escopo para esta digressão, e sim uma abordagem simples, sobre a razão e finalidade de uma religião, que entendemos, que seja aquela que nos faça melhor, na escala evolutiva e progressiva da humanidade, nos tornando seres amoráveis e fraternais, sem estabelecermos condições para esses procedimentos, antagônicos ao amor incondicional... apregoado pelos Mestres ascensionados, de quaisquer denominação religiosa...
Isso, posto, cada religião esta para o seu professante, de acordo com seu estado de evolução espiritual, pois, nos meandros dos ensinamentos, ritualísticas, adereços, trajes, usos e costumes, estão implícitas regras de condução daquela religião, que nasceu em determinado tempo, com as interpretações inerentes às fontes advindas, quer de livros ou conhecimentos, ditos divinos ou esotéricos, que devem serem abraçados e seguidos, rigorosamente, para atingir os fins colimados no seu contexto integral, visando o progresso espiritual do neófito, via de regra, sem tergiversação...
Mas, sempre, há um mas, creio que, a religião do futuro, será aquela que encarará a razão, a lógica, o bom senso e a fé inabalável, face a face, em todas as épocas da humanidade, onde haverá um só rebanho e um só Pastor, pois, no contexto de tantas religiões, desponta um só Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis e, se não ha mais de um Deus, nada mais lógico do que haver uma só religião e, as que existem e subsistem, são temporais, passageiras e efêmeras na roda do tempo, que um dia ruirão, nas areias movediça do conhecimento das verdades, que libertarão o homem, ainda preso à ignorância do amor fraternal, incondicional, que une criaturas e Criador, nas telas do universo, vibrando em sintonia de co-criação, de infinitas possibilidades na seara do Bem, a que todos somos chamados a compartilhar e participar, afetivamente, para que haja paz entre as criaturas, em progresso de moto-contínuo...
As leis divinas, a despeito dos inúmeros preceitos, estão inscritas na consciência de cada um, razão pela qual, sabemos o que é errado e o que é certo e direito, e o fazemos devido ao nosso livre-arbítrio, que é uma centelha divina no âmago da nossa alma, vindo à tona pelos nossos pensamentos, palavras e obras, que devem serem evitados, na maioria das vezes, para que não caiamos em tentações de fazer e praticar, aquilo que mais nos apraz e nos é lícito, mas, nem sempre, nos convém... portanto, não ha religião errada, somente atitudes erradas pelo exercício, inflexível, da nossa vontade...
E se tudo está em tudo, só o tempo, esse mestre inigualável, para nos conduzir ao conhecimento e entendimento da vida... e das religiões espalhadas por este "Orbe de meu Deus..."
Qualquer religião que professemos, e seus preceitos conseguirmos seguir, é o caminho certo para a gente evoluir...
Porém, o homem de hoje, perdeu da vida a referência e o seu sentido, por isso é que ele busca, em todas as religiões - onde esta - o ELO PERDIDO...

ET:  
Um simples mimo  ao Escritor: F. RIVAS NETO
( Ainda, não li o seu Livro... )

Itanhaém, 09 de 11 de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo jardim )

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A decepção

Era uma  festa comum de confraternização,
Reuni os amigos e amigos dos amigos... e levei,
Aquela que sempre fizera... parte do meu coração,
Mas, ao final do evento, a dor me invadiu e eu chorei!


Sempre recebi, em contrapartida, pelo meu amor: o desdém.
A alegria tomou conta de todos os participantes - no karaokê,
E a minha amada foi cantar... acompanhada de um certo alguém,
Que a enlaçou por baixo de seus cabelos: assédio que muito se vê!


E o amor de que sou carente, mas, que sempre tive por ela... de repente, adormeceu!
Insensível à minha dor, ao colocá-la a par do fato (com fotos), ainda defendeu o assediador,
O amor, ás vezes, é cego, porém, o meu ciúme não é - e no meu jardim, mais uma flor morreu!

Assim, são muitas histórias de casamentos desfeitos, de amor que morre no peito cheio de dor!
Infelizmente, sou parte daquela turma, que sente a pontada do chifre... e morre do coração:
Pois, ser pré-corno e desprezado, nesta bendita vida, é a pior e " maledetta " decepção!

OFERTA:
Certas coisas... não tem como colocar "panos quentes!"
Agora, entendi aquele ditado que ela sempre me falava:
" - Perdoo, mas, não esqueço!" Palavras, envolventes,
Da mulher que vivia de aparências... e não me amava!


OBS:  

Esta é uma obra literária ( poética ), fruto da minha imaginação... e qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência, mas, que merece ponderação, pois, nesta lida:
O que os olhos não vê o coração não sente, porém, quando vê, a pessoa fica doente e vai definhando, lentamente, pela falta da força, pela perda da fé e ausência do perdão. neste ato de pseudo traição, ocasionando uma ferida - pelo resto da vida - pela ideoplastia da traição! 
Aí, as Casas Espiritas ficam cheias de gente... buscando uma solução, que está na nossa mente e não no coração, isso se chama: Valorização! E enquanto o ser humano não se valorizar, cairá nas malhas da obsessão, ficando fascinado - por uma mono ideia - e depois, subjugado... na dor da decepção, fruto do nosso apego às coisas materiais em detrimento às sublimidades das espirituais, pois, ninguém é de ninguém, nem no aquém, nem aqui e nem no além... E o amor, incondicional, é que nos liberta das prisões, criadas nos nossos pensamentos invigilantes, onde plasmamos as grades intransponíveis das nossas cadeias invisíveis e dos sentimentos risíveis... 
E tudo tem um preço e para começar do começo, eu acho, que tudo isso  eu mereço, então, não fica o dito pelo não dito, pois, enquanto ela anoitece... eu, amanheço!
E tenho dito!


Itanhaém, 09 de 11 de 2017



Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim)




terça-feira, 7 de novembro de 2017

Para eu ser feliz: Decreto.


Para eu ser feliz é muito simples a matemática:
Dou-te meu amor... incondicionalmente!
Meus carinhos, te dou, lascivamente,
Ate minhas horas sorumbáticas...

Dou-te tudo, tudo o que quiseres,
Ofereço-te da vida o que tenho,
Não desejo... outras mulheres,
Sem ti, não vou e nem venho!

As migalhas do teu amor... eu aceito!
Tu és tudo, tudo que eu sempre quis!
E o pouco - é muito para eu ser feliz!

Na nossa vida, à dois, só tem um jeito:
Multiplicar este amor... que eu sinto,
Pela tua taça, de amargo absinto!

Oferta:
Para eu ser feliz, basta o teu sorriso,
O doce momento... do teu carinho,
O teu abraço e o teu beijinho:
Isso, é tudo o que eu preciso!
.......................................................
Mas, em verdade... para eu ser feliz,
Quero ser -  na tua cama - um aprendiz!
Tu serás a delinquente e eu serei o teu juiz!
E jamais te condenarei - como uma meretriz!
Tua sentença será escrita, com um pedaço de giz!
Assim será porque é assim que eu decretei, disse e quis!
Ficam suspensas as opiniões... que esse decreto contradiz!

Itanhaém, 08/11/2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

O coveiro de Itanhaém

Quem morreu? Perguntou o visitante esquisito!
No caixão jazia o imóvel defunto em letargia,
O sobre ele, em zigue-zague, um mosquito,
E  o nato coveiro na sua habitual apatia.

Quantos já enterrara? Já tinha perdido a conta:
Gente com catalepsia... feto vivo e feto morto,
Todos -com certidão de óbito e olhar absorto,
Sabia de cor todos os nomes de ponta a ponta!

Seu negócio era numerar as sepulturas e fechá-las,
Colocando um letreiro com data e nome do finado,
Trocando a água dos vasos e as "zícas" rechaçá las!

Tudo isso - diz ele - faço, totalmente, de bom grado,
Mas, o cemitério de Itanhaém, não é nenhum museu,
E detesto quando me perguntam: " - Quem, morreu?"

Oferta:
Não profanem os túmulos e as almas que dormem,
Com perguntas idiotas, que o silêncio é a resposta,
Deixe que a luz e a paz as novas vidas transformem,
No despertar dos umbrais que ficam além da crosta!

Itanhaém, 07 de nov de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Saudade: projeção da mente


Que saudade louca de ti amada  minha,
Minha princesa, amante e minha rainha,
És tudo isso e muito mais; loucura total,
És o meu bem, minha vida... e meu mal!

Sou um eterno apaixonado pela tua pele,
Pelo teu carinho... teu amor e aconchego,
Quando, à tardezinha, do trabalho chego,
E peço, que desnuda, em pelo, se revele!

Interstício:
Peço te, coveiro, que não enterre o meu passado,
Pois... eu vivo da crença absurda das lembranças,
Do tempo em que fui feliz... por tê-la ao meu lado.

Peço-te, coveiro... não destrua minhas esperanças,
Quero ainda...  abraçar o meu passado de saudade,
Antes que Jesus me chame e leve para a eternidade!

Ofertando:
Era o luar iluminando o meu caminho,
Era uma noite - cálida de primavera,
Eu seguia pela rua triste e sozinho,
Ouvindo na saudade: Espera!
Só podia... ser alucinação,
Dentro da noite tão bela,
Mas, seja sim ou não:
A voz... era dela!

Itanhaém, 02 de nov de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo jardim )


Aves em liberdade

                                           (O título poderia ser: Dia de finados )

Já fui prisioneiro da carne tantas vezes,
Já fui cadáver deitado num ataúde,
Desenganado por dias e meses,
E enganar a morte não pude!

Fui arrebatado pela morte do corpo,
Ganhei a amplidão... uma nova vida:
Meu destino, foi um alvissareiro porto,
Um novo lar - pela esperança perdida!

Nascer, viver, morrer e renascer de novo
Esta é a Lei, inexorável, do progresso,
Inscrita... na consciência do povo!

E nesse vai e vem, o espirito se torna egresso,
Da dor, das provas e expiações da humanidade,
Ganhando a paz - como as aves - em liberdade!

Oferta:
O dia dos mortos, é também, o Dia dos finados...
Pois, quem morre, nesta terra, dizemos que findou,
Os erros da cristandade... chamamos de " pecados, "
Porém, só tem liberdade, quem do egoísmo se libertou!

Itanhaém, 02 de novembro de 2017

Jose Aloísio jardim   ( Sêo jardim \)


terça-feira, 31 de outubro de 2017

Por quê?

Porque te vejo sempre alegre e contente,
embora nunca tenha te visto sorrir?
Vejo teus olhos brilhando,
mas, também, vejo uma réstia de luar,
embaçando teu meigo olhar...
E pergunto porque,
porém, tu não respondes,
e do meu olhar te escondes,
ao sumir na noite densa,
que desce e entristece,
o dia que definha,
no entardecer...

Porque aquela mãe,
caminha pelas ruas da cidade,
pedindo por caridade,
um pedaço de pão,
se tudo o que ela queria,
era ver seu filho saciado,
fruto do amor e do pecado,
por ter errado - um dia -
e nós nada  fazemos,
perdidos dentro
do nosso ego,
cruz que carregas,
cruz que carrego...

Porque aquele cão sarnento,
perdido, andando ao relento,
buscando, apenas,
um olhar amigo,
não encontrava
ninguém,
e esse único alguém,
não era tu e nem eu,
pois, dentro de nós,
- compadecido -
esse olhar, ha muito,
muito tempo, morreu!

Porque te vejo sempre alegre e contente,
embora nunca tenha te visto sorrir?
Acho que somos iguais,
somos dois animais,
irracionais,
enganando todo mundo que nos vê,
todos sabem nos julgar,
mas, ninguém conhece,
nossas razões e o por quê!

Teus olhos e os meus olhos,
são estrelas do firmamento,
vivendo na terra por missão,
neste mundo de provas
e total expiação,
e somos, em verdade,
o reflexo,
o côncavo e o convexo,
daquele sarnento cão,
vivendo,
no meio da multidão,
na mais completa solidão...

E meus olhos perguntam:
" - Por quê?"

Itanhaém, 1º de novembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )



quarta-feira, 11 de outubro de 2017

O engana tico

                                   ( Capítulo Um )

Era um homem, aparentemente, comum. Sua aparência não suscitava expectativas alvissareiras. Parecia um daqueles beduínos, nômades das tribos dos tuaregues, perdidos nas areias escaldantes e sem fim do temido Saara... Porém, tinha um ar de nobreza e imponência, dissimuladas nas suas atitudes simples e quase humilde...
Ate seu nome de batismo era diferente: Jacinto Pinto!
Jacinto, era o tipo de cidadão brasileiro que gostava de viver a vida e dizia, sempre, que quem é tolo fala muito e quem é sábio escuta mais para errar menos... tinha lá as suas "tiradas", que, assiduamente, desfiava como se fosse um rosário de contas intermináveis, que dizia ser de sua autoria...
Seu dia a dia e o desenrolar do cotidiano, era um moto-contínuo na busca incansável de aprender e viver as coisas boas da lida, razão pela qual vivia sempre rodeado de pessoas e procurando "sarna prá se coçar", quando, de tempo em tempo, ia passear pela periferia da cidade nas chamadas "comunidades", que, antigamente, tinha o pejorativo de "favelas..." e, neste assunto, há controvérsias de vários viés, mas, isso fica para outra hora, porque, agora, a conversa versa sobre o que ele, Jacinto, tinha por cognome ou apelido, como se diz, comumente, era: "Engana tico!"
Vou dar um "time", para explicar o que o termo, engana tico, tem a ver com o nosso personagem deste conto proseado na poesia das palavras, explicando:
" Engana tico" ou "Engana tico-tico", também, conhecido como chupim, maria preta e vira-bosta, entre outros, é uma ave que utiliza o ninho de outro pássaro, de preferência o tico-tico, para chocar o seu ovo, botando, na ausência do mesmo, seu ovo no lugar junto aos do passarinho que faz o seu ninho, pois, o chupim não "gosta" de fazer ninho na época de sua reprodução, pois, é um parasita contumaz que passa o tico-tico para traz...
O chupim tem penas pretas e azul violeta ao ficar exposto ao sol, seu canto é maravilhoso e seu voo nas telas do infinito, é admirável ao olhar embevecido, quando contemplado...
Os filhotes do tico acabam morrendo, quando nasce o chupim, que é o primeiro a nascer e alimentado, deixando seus "irmãos adotivos" perecer por inanição... e fica maior que sua mãe, destoando da espécie e, mesmo assim, continua recebendo alimento e o criando como se fosse seu...
Pois bem, Jacinto fora trocado na maternidade e a razão desse ato, que a própria razão desconhece,  ( Desconhece? ) pertence aos misteriosos caminhos da mente, dita insana ou traumatizada, sem amor maternal ou mesmo o tal trauma pós-parto, que muda o fim de uma história, causando danos irreversíveis aos conhecedores de sua identidade em tempos vindouros, quando a verdade vem à tona por quaisquer razões...
Assim, não conhecia seus pais biológicos, que o abandonara na maternidade, trocado por outra criança nascida no mesmo dia e hora, por um descuido da profissional que cuidava do berçário, ao se ausentar por um lapso de minutos, ate parecia que fazia parte de uma profecia...
E ao chegar a fase pós puberdade, disse à sua genitora postiça, que sofria de uma doença sem cura nos anais da medicina tradicional... mentia pela primeira vez! Disse, também, que, tinha recebido um diagnóstico onde fora informado que tinha poucos meses de vida e, que deveria ter sua pressão controlada diariamente, para que pudesse se livrar de um infarto ou de uma hipoglicemia, devido ao diabetes, que adquirira ao fazer os exames de rotina no Programa Saúde do Homem... portanto, tornara-se limitado nas suas atividades corriqueiras, tais como: Caminhar, fazer exercícios, pegar peso etc, etc etc...
Ao dizer tais disparates à quem a vida lhe provera até a presente data, deixou-a condoída de seu pseudo estado de saúde e, ao se ver em idade provecta, beirando aos 70 anos, achou por bem fazer o seu inventário para que, se viesse a falecer, deixar amparado aquele que fora, ate hoje, o companheiro filial  e fiel, amado e querido, devido a tantos percalços enfrentados pela vida a fora... e era muito justo, achava, deixar protegido seu filho do coração que, agora, sabia de seu estado de saúde, cuja debilidade poderia ser-lhe fatal a qualquer momento... ( embora fosse tudo mentira deslavada...)
Jacinto, propositalmente, deixara alguns exames médicos ( falsos...) dentro de uma gaveta do criado-mudo, meio aberta, para serem vistos, quando o quarto fosse arrumado, como era de costume a faxina diária no pequeno ambiente reservado ao repouso da faina da sua preguiça e vagabundice contumaz, que era notada, mas, não contestada ou admoestada, como o fazem os genitores, que "passam a mão na cabeça" dos filhos, fingindo não ver seus defeitos que, mais cedo ou tarde, trazem desgostos, quando a vida vem cobrar suas responsabilidades nas mais diferentes situações, tão ostensivas, mas, não imprevisíveis, que soem acontecer aos incautos, que passam pela lida em "brancas nuvens", sem se importarem com as duras realidades do dia a dia, como se a vida e as pessoas lhes devessem algo ou tudo que tem direito, demonstrando, desde cedo os defeitos da alma, que acabam por trazer consequências funestas e dolorosas, levando tais pessoas à miséria, criminalidade, cadeia, manicômio ou cemitério - sem medo de errar, não necessariamente, nessa ordem...
De posse e conhecedor da partilha dos bens, começou a arquitetar um plano diabólico, para se livrar daquela que o acolheu na tenra infância, mas, sua mente doentia tinha planos escusos, fervendo no caldeirão de sua alma e da sua mente arguta e malévola, que imaginava viver como um rei com uma herança constituída de imóveis, empresas e dinheiro em contas que ele, desde a muito, já vinha se locupletando com as senhas surrupiadas na calada da noite, quando Morfeu abraçava sua mãe "adotiva", conduzindo-a para o sono reparador pelas lutas do cotidiano...
Mas, sempre há um mas... Leucádia, ( nome de sua mãe adotiva ) passou a apresentar um fenômeno conhecido por sonambulismo consciente - Tanto na Medicina tradicional quanto na Doutrina Espírita, há controvérsias sobre a conscientização ou não desse tipo de estado sonambúlico, pois, ao dormir, saia de seu leito e ia a lugares, os mais esquisitos, e apos realizar certos atos inofensivos, voltava ao leito e dormia tranquilamente, só que, no outro dia lembrava-se do que fizera na noite anterior, como se fosse um lusco-fusco na sua memória, porém, não dava importância ao fato e continuava sua vida, como se nada tivesse acontecido, achava até, que era uma projeção da sua mente... e deixava pra lá.
Dizem as tradições do mundo espiritual, que certos fenômenos são providenciais e, na terceira idade - que seria a melhor, se não fossem as dores e mazelas inerentes - certos acontecimentos tem o dom de nos alertar sobre o mau uso do nosso livre arbítrio ou de outra pessoa a quem presamos muito, de nossa convivência diária, portanto, no caso em questão, em uma noite cálida de verão, o sonambulismo se manifestou mais uma vez...
Arquitetando mil e uma situações, Jacinto encontrou a solução que melhor lhe pareceu, para finalizar seu intento de liquidar de vez, sem deixar rastro ou pistas, que o condenasse, que era de colocar uma poção venenosa ( líquido tóxico que produz enfermidade podendo vir a causar o óbito de quem o ingere ) dentro da garrafa de leite, que sua mãe tomava todos os dias, quando ia se deitar.... e dirigiu-se á copa, abriu a geladeira, pegou e destampou a garrafa e, quando ia misturar o fatídico líquido, sua genitora "postiça", como a chamava, apareceu na porta contígua ao ambiente e surpreendeu o filho com aquela atitude estranha, mas, nada disse e virou-se entre pés, voltando ao leito, onde adormeceu como um anjo... no entanto, Jacinto, que era conhecedor do sonambulismo, aquietou seu coração e foi, também, recolher-se ao leito, sem dar importância ao fato...Mas, sua mãe, como já mencionei, era possuidora de um  sonambulismo consciente, pois, via e ouvia tudo no seu estado sonambúlico, gravando e retendo na mente, tudo que se passava quando saía por aquém e além...
Muito bem, sua aguda percepção de mãe e psicologa das estradas da vida e tempo de "rodagem" lhe garantiu o entendimento do inusitado e inimaginável fato, ao perceber o nervosismo e o frasco que Jacinto tentava esconder, inutilmente...
Não sabia, seu filho, que ela era manipuladora de medicamentos por profissão, não exercendo-a, em um dos negócios de sua família, na área da fitoterapia... E passou, da imaginação, à realidade dos fatos ao:mandar analisar uma amostra do leite, sem que fosse percebida sua retirada, pelo filho de suas esperanças de se tornar um homem bom e caridoso...
E a verdade se torna cristalina... aí,  o que fazer? Nada é tão fácil quanto parece... Incriminá-lo? Chamar a polícia? Expulsá-lo de casa? Expor-lhe os fatos de maneira nua e crua? Leocádia, pensava e não chegava a uma conclusão... Onde tinha errado? Não via uma saída que pudesse acalmar sua alma sufocada pela angústia e decepção com aquele à quem devotara sua vida e seu coração maternal...
Foi aí, que lhe veio à mente a imagem de sua mãe, que fora sua guia espiritual, com sua crença espírita, que à época, era considerada "coisa do diabo" pelas religiões dominantes - católica e protestante - de se ajoelhar e pedir socorro às entidades do Bem, para encontrar uma saída digna e plausível... Orou sem saber quanto tempo, adormecendo em seguida, profundamente...
Jacinto, saíra de casa, como de costume, quando a noite espalhava seu manto negro, apos o entardecer, e ia "curtir" os amigos e os folguedos, tão comuns nas cidades do interior e do litoral, desde tempos imemoriais e, eis que, senão quando, viu em letras garrafais e simples: Centro Espirita Reluz.
Entrou como se fosse um autômato, e dirigiu-se à um dos atendentes e perguntou, sem saber porque, se podia tomar um passe ou fazer uma consulta, pois estava sendo acometido de um mal estar indefinível... Dada as perguntas e respostas de praxe, foi marcada uma consulta para encaminhá-lo ao tratamento que a casa oferece, gratuitamente, e foi-lhe instruído participar do Evangelho, palestra que estava para começar... assentou-se, convenientemente, e ouviu, pela primeira vez, o tal Evangelho que os espiritas sempre falavam... e logo em seguida foi-lhe aplicado o passe magnético e encaminhado para tomar a água fluidificada, que fazia parte do tratamento a que iria se submeter...
Nos desígnios de Deus nada é por acaso, então, vamos falar sobre o tema daquele dia que versava sobre uma das páginas do Evangelho Segundo o Espiritismo, que a médiun, através do Mentor da Casa, assim falou aos que escutávamos, atentos e bebendo suas palavras esclarecedoras sobre o tema já tantas vezes escutados, mas , não ouvidos com os "ouvidos de ouvir..."

Evangelho do dia:

"-

Texto em construção...

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Petitório aleatório

Pedi, aleatoriamente, varias coisas à vida, mas...

" - À aurora a beleza do nascimento,
mas, a aurora não me respondeu!

Ao entardecer a maravilha do poente,
mas, o poente se calou acabrunhadamente!

À noite, que se aproximava, pedi o seu frescor,
mas, a noite adormeceu nos braços de Morfeu!

Entendi que, não adiantava pedir nada,
aos fenômenos da natureza,
para mudar minha jornada, traçada,
nos desígnios do meu destino...

Então... a vida começou a ensinar-me coisas importantes,
acolhendo-me com seus modos rudes, ásperos e malfadados,
entre a pureza e os pecados dos amores ilícitos
de todos os incompreendidos amantes...
Caminhei por caminhos jamais imaginados,
entre o bem e o mal, entre o certo e o errado,
para aprender o sentido da vida,
nos acontecimentos desta má lida,
neste latifúndio que não me pertence,
devido ser, apenas, usuário passageiro...
Na sequência, a vida me ofereceu banquetes, amigos, inimigos,
amores e desamores, paixões e ilusões...
Chicoteou-me com o látego da fome, das mentiras e amarguras...
Feriu-me com asperezas mil e deixou-me à míngua do amor,
mas, cheio de dor... dor que não sara, coisa não muito rara...
Hoje sou, com as palavras, um chicote de açoite,
na expectativa da morte, a qualquer dia... à qualquer noite!

A vida explode dentro de mim:
Sou o resultado das dores, das alegrias,
sou expectador da esperança e da utopia,
sou como uma criança que aprendeu a viver,
e, mais forte, não tenho mais medo da morte...
Aprendi a amar, perdoar, compreender e ser feliz!
Parei de pedir...
Hoje, sou um cristão convicto nas lides de Jesus!"

Itanhaém 10/10/2017

Jose aloísio Jardim    ( Mr. Garden )




Jesus Cristo: O Filho do GAU

Para matar a sede de Jesus - deram-lhe fel!
Para coroar sua cabeça - galhos de espinhos!
Para seus pés descalços - nem azeite e nem mel!
Para seu ombro - uma pesada cruz pelos caminhos!

Seu olhar... era de tristeza misturada ao pranto,
Pela dor imposta por seus impiedosos algozes,
Com o corpo desnudo... pelo seu roto manto,
Ao som sacrílego, de histéricas e altas vozes!

A turba enfurecida não se importava com Jesus,
Açoitava, humilhava,  gritava e cada vez mais feria,
Numa" via crucis " das trevas, cega, bruta, e sem luz!

Quando passou por sua Santíssima mãe - a doce Maria,
Ouvia com os ouvidos de ouvir: " Deus Pai, tenha piedade,
De meu filho, mas, seja feita a Tua sagrada - e única vontade!"

Ofertório:
Quando, nas horas de íntimo desgosto, lembramos do calvário,
Sentimos uma dor imensa, inexplicável... culpa e remorso atroz,
Como se desse tempo, a gente lembrasse, na qualidade de adversário,
Então - do imo da nossa alma suplicamos perdão: Perdão em alta voz!

Itanhaém, 10/10/2017

Jose Aloísio Jardim   ( Mr. Garden )





A solidão no ocaso da lida

Temos durante a nossa vida: Amores, romances e paixões...
Somos frutos da ânsia de viver,
De viver um grande amor!
Sonhamos com um berço balançando,
E uma vida inocente palpitando,
Num bercinho,
De seda ou de cetim,
Ornado com flores perfumadas de um jardim...

O tempo, inexorável, passa,
E nos curvamos à sua inflexibilidade,
E tudo vai ficando na saudade,
Nas desilusões e nos desenganos,
De duas vidas unidas,
Pelas pessoas que amamos,
Separadas, pela própria lida!

Nas escadas, descemos e subimos,
Com dificuldade... já na provecta idade!


Nossas vidas e nossos corações,
Mais parecem uma colcha de retalhos,
E as flores do nosso jardim,
Já não abrem em botões,
E suas pétalas, caídas ao chão,
São restos de sonhos e alegrias:
Tudo em vão!?...

Nossos pés sangram ao andar e ao pisar na terra seca da vida,
Somos almas vencidas nas veredas da solidão...

O que nos resta? O que esperar no ocaso do último dia?
Qual sera a foice que decapitará nossas esperanças,
De amar e ser amado?
Não sei e ninguém sabe, mas, se tivermos um pouco de lucidez,
Entenderemos que, na curva deste longo caminho,
Infelizmente, estaremos, simplesmente: Sozinhos!

A gente, geralmente, começa em dois,
Aí, o destino nos separa, agora ou depois,
Então, contamos com o talvez,
Da separação... ou da viuvez!

Acho que todos nós somos iguais aos passarinhos,
No final desta jornada, deste orbe em transição,
Todos temos como sina ficarmos sem ninhos,
Na dita viuvez...ou na maledeta separação!

" Quem vai primeiro? Eu ou você? Só quem sabe... é Deus!
Mas, uma coisa é certa: Para nós dois... a porta está aberta,
A vida é um ponto de interrogação para os crentes e os ateus:
Uma coisa podemos ter certeza - a morte é uma coisa certa!

Itanhaém, 10 de out de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Mr. Garden )

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A boca da barra de Itanhaém

Sozinho, caminho até a boca da barra,
Olho para a água do mar e do rio,
Onde meu olhar... se esbarra,
Neste mar, mar tão bravio!

Quando a água do rio invade o mar,
No refluxo gravitacional da maré,
Quedo-me sozinho a pensar:
E agora, e agora José?

A boca da barra... tem lá os seus mistérios,
Nas ondas que fazem... divisa com o rio,
Em perigo constante qual cadela no cio...

Olho com os meus olhos meio perdigueiros,
Caçando a esperança na volta dos marinheiros,
Os barcos atracando no Baixio, tem seus critérios!

Então, vem-me uma tristeza  de veras indefinida,
E uma névoa, devagarinho, se abate sobre mim,
Me envolvendo em recordações da minha vida,
De um passado, que me parece nunca ter fim!

Perdido no tempo das minhas memórias,
De antigas amizades - amores e saudades,
Que fazem parte ( ... ) das minhas histórias!

A boca da barra de Itanhaém - é um recanto indefinível:
Lá, a pedra, o mar e o rio canta, neste lugar aprazível!

E seu verbete, em latim é:
" Angulus ridet!" Não é, Beth?

Itanhaém, 10 de out de 2017

Jose Aloísio Jardim     ( Mr. Garden )



sábado, 30 de setembro de 2017

Projeto ao Congresso

Eu tenho um projeto: Um projeto de vida!
Vou fazer com que todos os políticos,
Virem anjos e santos... nesta lida,
Mas, todos: fiquem paralíticos!

Que não posam, também, mais falar,
E  que fiquem, definitivamente... cegos,
Sem ao menos poder, direito, nos escutar,
E seus pés e mãos sejam cravados de pregos!

Esse projeto, enviarei... ao Congresso Nacional,
Para ser submetido, aos egrégios congressistas,
Já sabendo que será engavetado... isso é normal!

Sei que este projeto é deveras bem pessimista.,
Neste mundo - de políticos corruptos e venais,
Porém os aguardam: O Hades nos umbrais!

Ofertório:
Fico, a conjecturar a melhora desse projeto,
Então, releio... todas as páginas formatadas,
Pois, a minha raiva era meu principal objeto,
No lugar do amor  - dessas almas condenadas!
Portanto, mais coerente e muito mais fraterno,
Engavetei as páginas escritas no meu caderno!

Itanhaém, 01 de 10 de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )




quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Criança ao relento

Chove, uma chuvinha esquisita, fria e fina,
 Desce devagarinho, pela minha janela,
Estou feliz e alegre igual minha amiga Lina,
Que escreve e pinta com tinta aquarela.

É chuva e frio no dorso da noite nua,
Aí, abro a veneziana e olho para a rua,
Sob a minha janela... passa uma criança,
Tremendo de frio na sua trôpega andança!

Será uma menina indigente? Ou uma fora da lei?
Não quero nem olhar, mas, abro, devagar a porta,
E peço para aquela criança entrar... Assim, ajuizei!

Consciência... E se ela, no outro dia... aparecer morta?
Eu estava feliz na minha casa, quente e bem acomodado,
Mas, nunca fiquei, da minha felicidade... tão envergonhado!

Oferta:
Eu queria que naquele momento eu sentisse na alma,
O que aquela criança sentia por estar na rua do abandono:
Todas as dores e todos os problemas... todos os seus traumas,
De criança como tantas que vivem pela vida como cão sem dono!

Itanhaém, 28 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

O poeta e a vida

Fechado dentro de si mesmo,
Não liga... para as coisas mundanas,
Vivendo a caminhar, de certa maneira, à esmo,
É conhecedor da vida e das mentes doentes e insanas.

Tem por liberdade de viver o pensamento aberto,
Não pára quieto em nenhum lugar, é uma ânsia total,
Brinca com o imponderável e do impossível - fica liberto,
Pega as estrelas do céu e coloca numa trova, coisa surreal!

Dentro da alma deste ser enigmático, oferta mil ilusões,
Faz a gente sonhar, querer viver  e ter esperança,
Espalhando no caos o esplendor da bonança!

Assim, somos os poetas, deixando veras lições,
Nas palavras e idéias, na utopia, construída:
Único lugar que faz valer a pena: A vida!

Oferta:
Porque e o que - faz o poeta tão diferente?
É que ele não se importa com as convenções,
Deixa que as lagrimas caiam... abundantemente,
Quando a dor se faz presente - em outros corações! 

ET
Li, não sei quando e nem onde, que:  "O poeta é um viajor da obviedade!", portanto, tudo que ele pensa, fala e escreve, é uma verdade insofismável, que um dia terá sua veracidade confirmada. 
Dia virá - pelo entendimento - axiomático, evidente, incontestável, que salta á vista, claro e patente... do que é óbvio!

Itanhaém, 28 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo |Jardim )

:

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Velhas cartas de amor

                                 ( In memorian )

Velhas cartas de amor... achei-as jogadas a um canto,
Peguei-as com minhas mãos trêmulas e adormecidas,
Deixando lagrimas correrem no meu rosto em pranto,
Pelas lembranças afloradas - de nossas pobres vidas!

Tudo que fomos um para o outro o destino destruiu,
Pelas mãos firmes e fortes... de uma assassina cruel,
Esse crime prescreveu à revelia - Assim, é no Brasil.
Meu consolo - é que meu amor - agora vive no céu!

Assassina: O vale das trevas te espera... calmamente!
Pois, a lei de causa e efeito e o juiz esta na tua mente.
Peço à Deus, que me ensine como amar... e perdoar!

Velhas cartas de amor - em meu coração vou guardar,
Nenhuma delas ficará ao léu... num canto, esquecidas,
Todas elas lembram sonhos perdidos de nossas vidas!

Ofertório:
O tempo - cicatriza todas as feridas abertas na alma,
Porém, as lembranças emergem do nosso passado,
E de repente - a gente sente - o mesmo trauma,
E a dor que faz reviver a perda do ser amado!

ET 
Velhas carta de amor : 
Jamais ficarão jogadas a um canto, esquecidas,
Pois, elas me lembram projetos, metas e inocentes utopias,
Elas me lembram nossos sonhos e nossas vidas...

Itanhaém, 18 de setembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   Sêo Jardim )

domingo, 17 de setembro de 2017

Águas passadas

Se tu me me conheces, por favor, não diga nada sobre mim,
Nada fale sobre as minhas dores - decepções e meus amores,
Nada diga sobre sobre as flores - que morreram no meu jardim,
Não diga nada! Não emita nenhum comentário, por onde te fores.

Aquele tempo que eu vivia ao léu, sozinho, sem amor e sem carinho,
Era mais um "gouche" na lida - com meu peito exposto às cicatrizes,
Causado pelas espertas mulheres da vida, as insinuantes meretrizes,
E quanto mais apanhava, mais eu pedia: " - Bate... bate devagarinho!"

Era um gesto extravagante de culpa, essa minha auto punição,
Mas, quem pode entender a razão, estúpida... de uma razão?
Certamente, ninguém pode, somente a lógica e o bom senso.

Se tu me conheces daquele tempo em que fostes uma "sexi" menina,
Não tentes, hoje, falar do meu passado, cheio de pecados - aí, penso:
Se fui no pretérito, um Marques de Sade, tu fostes uma cruel Messalina!

Mas:
Se tu me conheces, por favor, não digas nada sobre mim.
Pois, eu nada direi sobre ti, sobre as coisas que fizeste,
Se todas as flores morreram no meu solitário jardim,
Do teu nada sobrou... nem um ramo de cipreste!
Nada fales sobre mim... pelas suas estradas
Pois, nossas vidas, são: Águas passadas!

Itanhaém, 19 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Olhos vermelhos e molhados

Não teças entendimento sobre o vermelho de meus olhos,
Pois, vou dizer em palavras francas o porque de tudo,
Que vive dentro de minha alma cheia de abrolhos,
E que, por vezes... me deixa lacrimoso e mudo.

São os meus sonhos desfeitos... desde a puberdade,
Quando jovem e sonhador no amor me aventurava,
Hoje, me resta somente... a cruel e tísica saudade,
Da primeira namorada, que dizia que me amava.

Quando vires os meus olhos vermelhos e molhados,
Não tenhas pena e nem te compadeças de mim,
Pois, cada lágrima, é uma flor do meu jardim.

Tudo que passei e tudo que fui e sou, há de ter um fim,
E neste meu soneto dos meus olhos vermelhos e molhados,
As cicatrizes serão lembranças - tênues - de amores passados!

PS: 
" - Se, por acaso, eu chorar, novamente, 
terei, certamente, um ombro amigo,
e o calor de uma mão, 
cicatrizando, as feridas do meu triste coração,
cheio de veniais pecados,
através de meus olhos vermelhos e molhados!"

Diz o Mestre Nazareno: 
" Não julgueis para não seres julgados... "

Itanhaém, 17 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )






Vozes

Sempre fui, dolorosamente cruel, com minhas palavras,
Ao dizer, como quando o carrasco ergue o chicote,
Para bater na carne nua do negro, ao archote,
O latego e suas imprecações tão bravas.

O tempo, só o tempo foi meu educador
Para me ensinar... nos dias e nas noites,
As palavras certas e o seu valor,
Sem torná-las ferinas em açoites.

Verdugo, algoz e executor: Fui cruel!
Não tive nenhuma piedade!
Eu era, o dono da verdade!

Hoje... me calo e no silêncio sou fiel.
Mudei minha vida e palavras atrozes,
Do passado... ainda ouço: As vozes!

Oferta:
As vozes - que perseguem... os contumazes faladores,
Aqueles que viviam exprimindo ao léu  e à esmo,
São ecos de um passado - ecoando em si mesmo,
Mais vivo do que antes: Sina de miseráveis pecadores!

Exortação milenar do Mestre Jesus:
" - Seja o seu falar: Sim, sim e Não, não!"

Itanhaém, 17 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim    ( Sêo Jardim )


sábado, 16 de setembro de 2017

Só somos donos de alguém... quando amamos esse alguém

Só somos donos de  alguém, quando amamos esse alguém,
Porém, se alguém ama a gente, também, completa o vai e vem,
Na doação recíproca, do amor incondicional, daquele que dá e tem,
É muito difícil, encontrar pela vida a fora, quem tem esse tipo de bem!

Quando o ser humano ama alguém, sente-se preso pelo laço do amor,
Mas, quando esse amor não sente e não tem, para ele... tanto faz,
Na verdade, essa prisão temporária, se torna uma grande dor,
Tanto para aquela que é moça ou aquele que é um rapaz!

A razão de tudo isso... esta na sintonia do fluído magnético,
São forças energéticas da alma, que não vibram  alinhadas,
Com outras almas... enfim, que me perdoe quem é cético!

E assim, repelimos as almas, que caminham nas mesmas estradas,
Não existem curas milagrosas... e cada um carrega a sua própria cruz:
Pois, somente o amor, o perdão e o "passe", essas trevas das almas: Reluz!

Exortação:
Jesus, curava enfermos da alma e do corpo, com seu poder magnético.
E disse: " Vos sois deuses e podeis fazer muito mais do que Eu o faço!"
E nós - pobres degredados filhos de Eva, somos do amor, anoréticos...
Essa energia - derivada do fluido vital - forma entre os seres: Um laço!

ET - Ser dono e ter a posse espiritual de alguém, só conseguimos através do amor, pois, não há nada neste mundo, que nos enlace com o "outro", se não esse sentimento, verdadeiramente desprendido, que é o amor, incondicional... pois, alguém, só fica preso à nós, quando lhe conferimos a liberdade de ser e viver sem amarras, quaisquer que sejam: 
Portanto, é o amor que nos liberta e aprisiona, irmanando-nos à corrente do Bem!
O amor é a sublimidade de todos os sentimentos, que nada mais é do que energia, transubstanciada, vibrando no Cosmo Universal e atingindo a união dos seres em mutua cumplicidade amorosa... 
Aí, nos tornarmos  - donos do outro e presos - pelos laços inquebrantáveis e eternos do amor... 

Itanhaém, 16 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

domingo, 10 de setembro de 2017

Almas em reencontro

Felippe e  Paula, são duas almas feridas,
Por similares reveses... das próprias vidas,
Com uma nova chance de mudar o destino,
Em nova união - pela misericórdia do Divino!

Nada e nem ninguém pertence à alguém,
Somos, todos, passageiros de uma viagem,
Afetos e desafetos, pertencemos à paisagem,
E um dia estaremos na moldura imortal do além!

E tudo na lida passa, passam no tempo, todas as dores,
As mínimas dívidas, certamente - algum dia, pagaremos:
Crentes e ateus, somos o resultado daquilo que cremos!

Tantas encruzilhadas pelas veredas de infaustos amores:
Mas, ditoso é aquele, que encontra a sua "cara metade."
Tendo a chance de ser feliz ...na segunda oportunidade!

Quero:
Quero que encontrem a paz... nesta nova oportunidade,
A vida é um desafio constante na marcha do progresso,
Mas, nem tudo são flores, e nem tudo é só felicidade:
Nós fazemos a hora, a derrota, a vitória e o sucesso!


ET - Todos nós - temos na vida, novas chances e oportunidades para buscar novos caminhos, de mudar a nossa rota e enveredar por novos rumos, pois, nada é extático e sim em constante movimento, e em cada momento um "flash" para ficar gravado na nossa alma... e um "belo ou feio dia", seremos chamados a prestar contas no Tribunal da nossa consciência, onde estão registrados os nossos atos, palavras e pensamentos perpetrados, consciente ou inconscientemente, sob a nossa responsabilidade, portanto, saibamos plantar, daqui para frente, para colhermos os frutos doces da vitória pela luta do dia a dia, na propositura de cair, levantar e seguir em frente, no desejo de mudar para melhor, sempre, sempre, sempre...
Saiba que: plantar é facultativo, mas, colher é obrigatório, pela Lei de causa e efeito! Não tem outro jeito...

Itanhaém, 10 de setembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )


sábado, 9 de setembro de 2017

Quem aos seus pais puxa não desdenha os maus atos?

Nesta encruzilhada da vida, sofrida, carcomida pelas insanidades dos homens, que deveriam ser uma fortaleza inexpugnável dos valores morais e éticos, apresentam-se, a maioria da vezes, como corruptos e trânsfugas das leis instituídas pela sociedade vigente, nos seus códigos, parágrafos e itens, que utilizam ao seu bel prazer, principalmente, encontrando "brechas" nas leis, para se eximirem das condenações e, ao mesmo tempo, promulgando novas leis com fins escusos em futuro próximo, advindo das ilicitudes de seus atos, que permeia e enxameia suas "liberdades" concedidas, antes, durante e depois, de um julgamento, aparentemente, "justo e perfeito" no Tribunal da Justiça dos homens, sem se preocupar a mínima com o de Deus e Suas leis, que estão dentro da consciência de cada um...
" - Geração de hipócritas, até quando vos suportarei?" E o Mestre, "fica a ver navios..." cuja linha do  horizonte se perde nas ondas tumultuosas das correntes do mal e da maldade, que parece que nunca mais vai ter fim...
Mas, não adianta ficar remoendo a permanência desse "status quo" advindo das mentes trevosas que estarão, ainda, um longo tempo entre nós, os "degredados de Eva", que passamos pelo cadinho do sofrimento, impingido pelas mentes malsãs da classe politica e empresarial, de tantos "matizes"  negros de inclinação maléfica... Todo poder é efêmero e sempre há alguém querendo a sua zona de conforto, por isso, é melhor ficar atento...
Os filhos, geneticamente falando, de alguém que chafurda no mal, segue os passos do genitor sem pestanejar, pois, acha, pelo exemplo, que pode substituir o patriarca... e pode, como não? O nepotismo não é permitido, mas, as variantes para consegui-lo são as mais diferentes possíveis e, quem aos seus pais e mestres puxam,, não desdenha seus maus atos herdados, por osmose de convivência e aprendizado.
Dizem que, filho de peixe é peixinho e de corrupto é herdeiro verdadeiro, como se fosse um porco no chiqueiro...
Nenhum filho é obrigado a seguir um pai de vida pregressa, pois, tem o livre arbítrio para decidir que caminho tomar, porém, a moeda sonante fala mais alto, e o cidadão da esperança se torna o mensageiro da vingança e da matança da esperança....
Isso é uma pena, pois, o mundo poderia ser melhor para todos se houvessem homens de brio como antigamente... hoje, escassos, devido a inversão de valores e condutas imperdoáveis nas áreas da fraternidade, solidariedade, igualdade e liberdade com responsabilidade...
Não fale mal... Candidate-se a um cargo político e faça, você, a diferença quando eleito...
Não ha outro jeito e o mal feito continuará sendo feito de qualquer jeito...
A não ser que - você seja o sujeito - quando eleito!
Por hoje é só!

Itanhaém, 09 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Receba as flores que te dou

                                                         ( Soneto inacabado )

Darei mil flores multicoloridas às crianças,
Todas aquelas que passaram por nossas vidas,
Crianças que são do mundo as únicas esperanças,
Esperanças de todas as causas - que ficaram perdidas!

No jazigo de minha mãe - colocarei a mais bela de todas as flores,
Que meu gosto colheu no "canteiro da praça da vida" - uma  rosa carmim.
A flor é igual a uma mãe: - que perfuma o ar que nos sufoca - os veros amores,
E elas enfeitam. o nascimento e a morte, e são colhidas, por Deus, no mesmo jardim.

Flores de vários matizes e espécies, darei àquela que foi a Mãe de Jesus o meu Mestre!
E à ti - Senhor da vida - dar-Te-ei violetas, muitas e muitas violetas, " violetas na janela."
 As violetas não tem espinhos, e nas Tuas mãos - nunca mais haverá - nenhuma sequela!

Oferta:
Receba as flores que te dou, colhidas nos canteiros, orvalhados do meu jardim,
São, na verdade, flores plantadas no imo do meu coração e da minha pobre alma,
Que luta para evoluir, crescer e amar, incondicionalmente, nesta lida... até o fim,
Transubstanciando as flores no verbo amar, sem deixar no espírito nenhum trauma!

Itanhaém, 09 de set. de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )



As lembranças boas de outrora

Como eu gostaria de voltar... aos meus tempos de criança!
Ser livre como um pássaro e perder-me nos matagais,
Viver todos os dias na perspectiva da vida e da esperança,
Tudo isso eu sei que não volta, nesta vida, nunca mais!

Naquele tempo de outrora eu via as lindas e doces meninas,
Correndo pelas calçadas - enamoradas - de ingênuas purezas,
Pisando, sem saber, as flores esmagadas, atapetadas de boninas,
Mas - tudo é efêmero, ficam somente, na vida... as suas asperezas.

Por isso, queria eu ser pedra dura, poeira que sobe e some no ar,
Mas - sou gente que se agarra no que tem ate às suas raízes,
Sou avezinha desgarrada, perdida... à procura de um lar.

Trago comigo algumas incuráveis e profundas cicatrizes,
Que me doem a alma imortal... neste tempo de agora:
Dor que não doía, dor que eu não conhecia: Outrora!

Dou-te:
Minha vida sem valor aparente que sobra no final da estrada!
Podes ficar com o que dela restou - e de tudo que ainda sou,
Pois, o tempo inexorável, passa como o vento... em rajada,
Antes do ocaso: As lembranças boas de outrora, te dou!

Itanhaém, 09 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )




Recados para mim mesmo

Eis que tenho aprendido pela dor,
O que não foi possível pelo amor,
Cavei a cova do meu sofrimento,
Pois, pela alegria, não tive talento.

Fui na vida, ate hoje, um jogador,
Brincando... com a própria sorte,
Acostumei-me - a ser um perdedor,
No jogo da vida do medo da morte.

Amei e odiei... nessa parada dura,
Fui ator desse carteado - joguei e blefei,
E minha alma, ao nascer, deixou de ser pura...

Hoje, sou o resultado do jogo de mim mesmo,
No ocaso da vida e à beira da minha própria sepultura:
E  o meu "ás de copas..." esta mais frito do que um torresmo!

Ofertório:
Porém, o "jogo da vida" não vai parar - carteado ou xadrez?,
Não será mais preciso - esse jogo embaralhar... Isso faz parte:
Cada um de nós tem várias oportunidades, e também, a sua vez,
E Deus, se a jogatina está difícil e pesada, nos dá um "xeque-marte!"

Notificação:
" Xeque marte", é uma paródia referindo-se aos planetas da transição a que, possivelmente, seremos exilados, pela contextualização do Espiritismo, descrita na Doutrina de amor e luz, codificada pelo Mestre Allan Kardec, através  dos espíritos da Plêiade de Jesus.

" - ET - Um mimo ao meu brother, Antonio Faciollo, que gosta de jogar... e morre de medo de morrer!"

Itanhaém, 09 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A decepção que espreita a gente

Quando, nas horas de intimo desgosto, a decepção espreitar teu coração, não te magoes pela ofensa sofrida, pois ela faz parte da vida como reflexo do passado, incrustada na tua alma, cheia de esperança de dias melhores e de felicidade sem fim, isso, faz parte das tuas metas de amar e servir ao próximo, quando aceitastes a cruz da tua redenção, tal qual o Mestre, um dia, aceitou a Dele por amor à humanidade...
A calunia, o sentimento de ódio e raiva, que as pessoas sentem de nós, são advindos dos refolhos da alma de prístinas eras onde fomos, certamente, o causador da dor ou da dívida, que ensombram o nosso espirito imortal que, um dia, defrontaremos frente a frente, nas arenas da existência deste orbe de dores e aflições, prantos e ranger de dentes, pela compulsoriedade das provas... acertando débitos contraídos pelos sentimentos e emoções "roubadas" de nossas vítimas, sem dó nem piedade e que, agora, temos a chance e a oportunidade da redenção, através do amor e do perdão, pelas ofensas que, nem sequer entendemos o como e o porque... ainda bem, que Deus nos brindou com o esquecimento do nosso pretérito, cuja ações, talvez, não suportássemos a minima lembrança... O acerto de contas esta no perdão, amor e oração em prol de nossos "algozes"  e "inimigos" do presente, que se nos apresentam "de graça..." como chance de reabilitação - basta aproveitar a chance, conjugando o verbo amar, incondicionalmente, no presente: Não há outro caminho, quer dizer, há, mas, não convém ao cristão, ainda mais se formos seguidores da Doutrina do Codificador...

Rebuscando a obviedade:
Sei que a tarde é mansa, o coração está cheio de esperança... e no reino do céu só se entra se formos iguais às crianças, de mente o coração puro como as água cristalinas, que desce das matas sobre as campinas...
Sejamos como as flores, que exalam o seu perfume nas noites cálidas, cheias de vaga-lumes, sem ficarem manchadas pelo pó das estradas...
A decepção que espreita a gente vem, sorrateiramente, das pessoas que mais amamos, que temos simpatia ou mais gostamos - é o ciclo do aprendizado do amar e não ser amado, amar pelo prazer de amar e o amor poder sublimar...
E tudo passa, com graça ou sem graça, mas, tudo passa.

Observemos:
Uma árvore vestida de flores de mil matizes...
Um gato que passa, lentamente...
Um cachorro, alegremente, correndo atras do seu próprio rabo...
Um passarinho, feliz, fazendo o seu ninho...
Um rio correndo para abraçar o mar...
O sol nascendo e aquecendo a vida ao amanhecer...
A lua despontando, tímida, cúmplice dos enamorados ao entardecer...
Um vestido de noiva sobre a alcova - sonhos de nubentes...
Manhãs de agosto em dias de inverno... 
Sonhos de primavera em noites de verão...
Uma roseira em flor "falando" de amor...
Coruja piando no silêncio da noite...
Tudo é vibração e harmonia, mas, a palavra falada não volta atras...
O mal feito não é direito...
A oportunidade perdida - é erro na vida e nova dor e a ser vivida...
Digamos que, temos a eternidade como chance de reabilitação, porém, o tempo é agora, senão, depois a gente chora, as lagrimas do coração, pelo cadinho da transição!
Como dizia Jesus: " - Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos perseguem e caluniam..."
Amar os nossos inimigos, fazer o bem e emprestar sem nada esperar, aos que são ingratos e maus... 
Se o amor ao próximo é o princípio da Caridade, amar os inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitorias conquistadas sobre o egoísmo e o orgulho.

A decepção que espreita a gente, é a palavra mal  dita, eivada de sentimento que não compreendemos, por quem nos condena, sem antes ter nos ouvido e nem depois querendo nos escutar...
Só Jesus na causa!

Itanhaém, 01 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Quem bate?

                                                       (  Elegia aos Ventos: Noroeste, Minuano e "El Niño." )

Quem, ao cair da noite, bate à minha porta?
Será amor de mentira ou amor de verdade?
A última hora do dia... já é uma pagina morta!
Sera que é uma alma penada, da erraticidade?                            

Quem bate? Quem bate? Responda, por favor!
Esse silêncio me mata... me arrasa e me destrói,
Quem será... que vem perturbar meu ocaso de dor,
Sem saber que ele é pungente e o quanto em si dói!

Sera a brisa - ou os vultos notívagos da noite erma,
Que querem assustar a minha vida e a alma enferma?
Nada disso tem  - verdadeiramente - um vero sentido!

Porém, fico amedrontado ao ouvir a força do batido:
Não me preocupo  - se alguém entra... e me mate!
Só quero saber, na realidade, quem... Quem bate?

Finalmente:
Com muita precaução, abri a porta, bem devagarinho...
E o vento, em forma de redemoinho, entra no recinto,
Tinha uma aparência daquele fenômeno: " El Niño."
Isto é a mais pura verdade - e juro que não minto!

ET:  - Esperava eu, que fosse o derradeiro amor, que batia à minha porta, no ocaso da lida, perdida nas entranhas da vida... mas, era o vento que invadia o meu aposento - esse coração - que debocha do próprio sofrimento, como se fosse um masoquista, equilibrista das "surpresinhas" do cotidiano, açoitado pelos ventos noroeste e minuano, que invadem a minha "praia particular", cheia de nudistas envergonhados...

Itanhaém, 31 de ago de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Soneto da perdição

Sou um eterno viajor... das delícias da vida,
Nunca fui celibatário nem contra o matrimônio,
Gosto de sexo sem compromisso, querida,
Às vezes, meu nome é fogo... outras, demônio!

Quero uma mulher impura, quando na cama deita,
Que goste de fazer amor tanto de noite quanto de dia,
Que goste, também, de muita luxúria e muita, muita orgia.
Que seja sensual, carinhosa e pecadora e ao vinho... afeita!

Quero-te, mulher, com seios túmidos de amor e desejos,
Que com meus carinhos fiques toda - totalmente - desfeita,
Quando sentires o doce prazer... dos meus calorosos beijos


Oferta:
Essa mulher - existe somente na minha imaginação,
Mas... é difícil encontrá-la na realidade,
Pois, é um misto de pecado e santidade,
Que todos os homens desejamos com muita tesão!

Itanhaém, 28/08/2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Um retrato de família

Já, bem antigo, à guisa de moldura na parede,
O retrato de meus pais, meu único irmão e eu,
Chegava até a me dar um pouquinho de sede,
Na garganta, que um nó de repente aconteceu.

Eram lembranças de um pretérito bem distante,
De meu pai... de olhos azuis e sua barba ruiva,
De minha mãe... pálida  e pela tísica galopante,
De meu irmão... minhas saudades chora e uiva!

Na parede, o retrato está hirto completamente,
Minhas lembranças afloram num estático surto,
Nas imagens, que pela retina minha alma sente.

O espaço entre o passado e o presente é curto:
O retrato na parede, faz parte da nossa mobília,
E para matar a saudade: Um retrato de família!

Oferta:
Pendurado... entre tantos outros retratos,
Todos eles... tem a sua história e seu motivo,
Estão no contexto da família - substratos,
Para me lembrar a razão - porque estou vivo!

Itanhaém, 28/08/2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

domingo, 27 de agosto de 2017

Esse sou eu

Sou aquele cara, que sofre calado,
Por ter cometido "aquele pecado",
Que o tempo célere já prescreveu,
O quanto te feri por ter-te amado!

Tu eras uma mulher quase virgem, fria.
E eu, apaixonado... cheio de desejos,
Fiquei bem louco pelo amor de Maria,
Cobrindo-a, com meus loucos beijos!

De tê-la amado como um profano,
Ao pedir teu perdão me esforço:
É a lâmina cortante do remorso!

O tempo passou - foi ano por ano,
Fui eu quem teu corpo colheu:
Hoje, peço socorro - esse sou eu!

Itanhaém, 27 de ago de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Isabela

Isabela, minha neta querida, criança mimosa,
Teus encantos são a nossa doce felicidade,
Tu tens a beleza de uma flor... A rosa!
No teu casto coração sem maldade!

No teu olhar trazes a esperança almejada,
Por teus pais, teus avós e tua irmã Beatriz,
Anjo de luz que clareia a nossa caminhada,
Cujo sorriso faz à todos, imensamente feliz!

Teus jeitos e trejeitos são atitudes angelicais,
E quanto mais tu os fazes... queremos mais,
Serás por certo motivos de futuros madrigais.

Tens dons celestiais, que surpreso, reparo,
Quando falas coisas incríveis... isso, é raro,
Sabes de cor toda resposta... e isso, é claro!

Oferta:Oferta:
Isabela - Criança índigo, cristal ou diamante?
Não sei ao certo, só o tempo nos dirá, creio eu,
Porém, por vezes... me quedo num breve instante,
Pela certeza que na terra, um anjo: Isabela -  nasceu!


Itanhaém, 27 de ago de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

Meu coração

Meu coração, mais parece um lago adormecido,
Cujo fundo negro nada nele  vejo palpitar,
Um monte de pedras e gravetos: tudo escondido,
Como a prenunciar... as procelas do mar!

Meu coração... já teve um AVC isquêmico,
Venceu e foi herói - ficou cheio de glória,
Forte... tornou-se um tanto polêmico,
Sem mudar, no amor, a sua história!

Meu coração, vive o passar das horas,
Na solidão e no desdém - assim:
Não tem flores - o meu jardim!

Meu coração, por ele, nem tu choras,
Meu coração, não tem o teu regaço,
Meu coração, não tem o teu abraço!

Oferta:
Meu coração - ficou escravo de uma jura!
Meu coração - Só queria ser um pouco feliz,
Meu coração - Sempre e somente te quis,
Meu coração - Espera a morte na amargura!

A sofrência é o equivalente da querência pela falta condicional do teu amor transformado em dor da alma que somente a tua presença me acalma...

Itanhaém, 27 de ago de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Fenômeno vespertino

Era uma tarde de verão no lugar aprazível da "Pedra que canta" - cujos quase quarenta graus, fazia um buraco na camada de ozônio do planeta, lá pelas latitudes dos polos e, também, num pedacinho do céu de Itanhaém, que insistia em ser indiferente ao tal fenômeno, que causa câncer de pele, herpes e cataratas insidiosas, que a nossa imprevidência desconhece a causa - quando descia, faceira, a ladeira....................uma linda mulher, cor de jabuticaba, gingando os quadris, naquele mexe e remexe, que parecia não ter fim, deixando embasbacados os marmanjos de plantão, que jogavam "conversa fora", tranquilamente, sentados nas cadeiras confortáveis em uma das mesinhas, que ladeavam o "point" do Colibri, Cafeteria já tradicional da cidade, sem tirar os olhos parados e pregados na deusa cor de ébano, que descia e sumia do declive, sem ao menos olhar para traz, deixando um certo perfume no ar, que embevecia a nossa alma e ativava, num ímpeto, a lubricidade meio que adormecida pelos anos já vividos...
O difícil era esquecer sua fragrância de flores do campo, mas, fácil era recordar a imagem, que acendia as emoções dormentes nos corações e nas mentes dos sexagenários - ditos em melhor idade - pelas experiências e usufruto do amor carnal, nas alcovas do cotidiano, quando, solteiros ou casados, nas "escapadelas", saindo de fininho pelas portas ou janelas, quase sem roupa, numa corrida louca, como se da polícia fugisse, ou se alguém, talvez, o visse, como enfrentar a situação?
Bom, se aconteceu ou não, fica na imaginação...
O fato curioso, nessa tarde de verão, era a mulher que, no outro dia, era um comentário danado e, como quem conta um conto aumenta um ponto, a deusa do dia anterior, que descia a ladeira, diziam que era uma feiticeira, pois, deixou todos os que a viram, totalmente apaixonados e em êxtase profundo na utopia de um belo dia, pela beleza singular daquela diva, que ao entardecer, quando o sol declinava seus raios de luz no horizonte,  todos os que ouviam a história - achavam e entendiam - que era uma loira maravilhosa, com lábios carmim, parecendo uma rosa de um jardim.
Pois é: A linda mulher cor de ébano, tornou-se uma loira esplendorosa, de lábios rubros e com gosto de mel, pela singular transformação do poder das palavras, que passa de boca em boca, nas prosas do povo, nas cidades litorâneas, onde o caiçara dolente se diverte, como se fosse um pescador das invenções do cotidiano, que muda o conteúdo e o fim da mesma estória, contada e recontada nas "rodinhas" da terceira idade, que enxameiam os "point´s" da nossa cidade.

Itanhaém, 27 de ago. de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Delírios de um santo

Era homem e não um santo... tinha suas mazelas,
Da alma de beato... em ascensão à santidade,
E ao ficar junto das índias e outras donzelas,
Tinha que ser bem forte, e não covarde!

Era seu dever levar a luz da Verdade,
Aos corações... na volúpia encarcerados,
Nada podia ser feito só pela metade,
Nesta questão sagrada sobre os pecados!

Mas, de repente, uma selvagem bela e louca,
Abraça seu corpo casto e dedicado à Deus,
E crava-lhe um delicioso beijo na sua boca,
Cujo néctar sorve, emergindo delírios seus.
Rasgou sua batina, gasta pelo tempo de ministério,
Deixando-o quase nu e seu corpo másculo à vista,
Transforma seus desejos em milhões de  mistérios,
Nunca experimentados em sua vida de seminarista.

Carecia vencer os seus desejos ardentes de sexo,
Então, desvencilhando-se da deusa do amor carnal,
Caiu de mãos postas ao céu e pediu ao Pai, genuflexo,
Que o livrasse desses delírios loucos - desse gostoso mal.

Conta-se uma lenda tribal, tupiniquim... que uma linda mulher,
Fora transformada em flor, pela compreensão de Tupã e Jaci,
Ao suplicar pelo Padre Jesuíta... a continuidade de seu mister,
E o perdão de seu pecado pela nova convertida da tribo Tupi.

No costão que o mar banhava... na cama de Anchieta,
Nasceu, de repente, a mais bela das flores no paredão,
Tinha nuances das histórias de amor - do nosso planeta,
Sua estoria é contada aos descendentes - como tradição.

Ofertório:
E as estrelas com suas centelhas luminosas,
Desde essa época passou a brilhar no azul:
São as lágrimas de Anchieta... perfumosas,
Que descem rutilantes, do Cruzeiro do Sul!

Exortação:
" É preciso ser forte na minhas fraquezas!"  Apostolo Paulo.
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Itanhaém, 21 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )



Paixão de verão

                                              ( Encontros em Itanhaém )

Meu ser é uma infernal tortura,
Por amar tua carne fresca e fogosa,
Esta é uma paixão...sem cura,
Ao afagar teus seios... cor de rosa!

Paixão nascida de um simples olhar,
De duas cumplicidades sem razão,
De desejos... repletos de tesão,
Só podia ser: paixão de verão!

Quando, na alcova, fazemos amor,
Somos duas almas, apaixonadas,
Entregues - sem nenhum pudor!

Não tem hora nas madrugadas,
Quando dizes baixinho: Sou tua,
Entre beijos - sob o olhar da lua!

Oferta:
Quando terminou o verão... chorei!
Pois, estava ainda ébrio de desejo,
E naquela noite tua boca sufoquei,
Quis até matá-la num único beijo!
Mas, não tive coragem, ainda bem:
Ela nunca mais voltou... à Itanhaém!

Itanhaém, 21 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )




sábado, 19 de agosto de 2017

Neste mundo de expiação e provas

Neste mundo, temos a oportunidade de mudarmos nossos paradigmas, conceitos, crenças arraigadas e impostas por mentes admiráveis e perversas, embora tenhamos a eternidade como chance de reabilitação, creio não ser de bom senso viver por esse viés do "dolce far niente" da vida, que o criador nos prodigalizou com tanto amor, para que o nosso progresso espiritual seja um moto contínuo, sem interrupções no calendário dos evos...
Diz a Doutrina Espírita, que este mundo é de expiação e provas, para que atinjamos nossa evolução no cadinho das dores pela Lei de Causa e Efeito, pois, o espirito, que é imortal, só consegue crescer nesse "mar dos sargaços" que é a terra, onde o lapidar da "pedra bruta" da alma, se faz necessário pelas múltiplas reencarnações, ate que aprendamos a amar, incondicionalmente, como Jesus nos amou...
Porém, criados simples e ignorantes, Deus nos concedeu o livre arbítrio, para que possamos ter mérito próprio na nossa escalada evolutiva, decidindo o que fazer de nossos pensamentos, palavras e ações, sem imposições de nenhuma vontade, que não seja a nossa, pois, é ela que nos conduz às trevas ou à luz, ao bom ou ao mau caminho, à porta estreita do Bem ou à porta larga do mal: a decisão é pessoal e intransferível e ninguém paga a nossa dívida, contraída e inscrita no Tribunal da nossa consciência, razão pela qual somos os artífices da nossa dor no caminho da evolução, portanto, ninguém paga o que devemos a não ser nós mesmos, demore o tempo que demorar, um dia, a "casa cái..." aí, não adianta se lamentar, por isso é que o planeta é considerado um reduto de prantos e ranger de dentes, onde temos a chance de "pagar" os nossos débitos perpetrados pelo livre arbítrio, que tanto falamos, pois, semear é facultativo, mas, colher é obrigatório!
Estacionar a vida no marasmo da preguiça, na insensibilidade de auxiliar o próximo e praticar os erros e desvios, contra as Leis de Deus, que é de nossa vontade e responsabilidade pessoal e intransferível.
Dizem que, se conselho fosse bom a gente vendia, mas, é bom... é só agir dentro do bom senso, razão e lógica, até, e principalmente, nas pequeninas coisas que não damos valor, pois, tudo está interligado e tudo está em tudo, como elos de uma corrente, onde nos unimos uns aos outros e fazemos parte de um todo, um emaranhado de situações, onde só nos sentiremos felizes, quando todos fizermos parte de tudo, na intercessão de almas em estado de amor e êxtase, em plena consciência universal...
Os gigantes da alma, que fala Mira Y Lopes, e que nos atrasa a jornada, são os sentimentos negativos: o medo, raiva, ódio, rancor, orgulho, vaidade, egoísmo, prepotência, arrogância e intolerância... existem outros, não menos importantes, que paralisam nossa evolução, nos impedindo de sermos felizes e termos um pouco de paz...
Nos Evangelhos de Jesus está o caminho, a verdade e a vida. Procura e acharás!
Mas, até lá, aprenderemos pela dor o que é possível pelo amor... neste mundo de expiação e provas!

Itanhaém, 19 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Anna Bela e o caiçara

                        ( História de um caiçara da " Pedra que canta" ) 

Disse-me um caiçara: 

" - Eu tinha uma namorada,
E o nome dela,
Era Anna Bela!
Eu mandava para ela,
Rosas vermelhas e uma amarela,
E a gente, junto, parecia,
Pipoca na panela,
Era noite era dia,
Eu vivia ao lado dela...

Mas, um belo dia,
Eu entrei numa fria,
Por causa da Anna Bela,
Por ciúme,
Segui os passos dela,
Porem, o Zé também seguiu,
Aí, a Anna Bela me traiu...
Fiquei com muita raiva dos dois,
( E me arrependi bem depois. )
Ao mandá-los... para a P.Q.P."

Oferta:
" Tudo aconteceu em frente uma gruta:
E ainda tenho saudade daquela F.da P."

Itanhaém, 18 de setembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )

terça-feira, 15 de agosto de 2017

O poder da palavra

A palavra pode ser falada,
A palavra pode ser escrita,
A palavra pode ser desenhada,
Pelo pincel de um artista.

A palavra pode ser mal dita,
Nascida do imo do pensamento,
Tem palavras que são bem ditas,
E também, as palavras ao vento.

O poder da palavra é insofismável,
Faz a paz, mas, também, a guerra,
Neste Mundo Novo, dito, admirável.

É com palavras que uma contenda encerra,
O dito pelo não dito... faz a gente de arteiro,
Peço vênia ao Acadêmico: Altamiro Rollo Ribeiro

Oferta:
A palavra dita, nunca mais volta atras,
Mesmo que seja... só palavras ao léu,
Falar à esmo é um defeito contumaz,
Que não leva... ninguém para o céu!

Exortação:
" Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação."
                                                                                                         Paulo.              ( Efésios, 4:29 )

Itanhaém, 16 de setembro de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim ) Membro efetivo da AIL  Cadeira Nº 05 - Patrono - Isaías Cândido Soares

A síndrome de Down

                                           ( Sob a ótica espírita do amor pater/maternal )  

Essas crianças, com síndrome de Down, que a vida nos mostra no cotidiano das dores da alma, são os filhos de alguém, que para eles, a felicidade é apenas um aceno da ilusão passageira, pois, vieram ao mundo para a difícil tarefa do resgate compulsório, por esta razão, é preciso que estendamos as mãos compassivas à esses pequeninos enfermos, que chegam ao planeta terra com a missão definida, como se fossem flores recebendo a chuva de granizo do sofrimento, enquanto vida tiver...
Mães e pais - ao acalentar os seus filhos nos braços, que no sacrossanto reduto de seus lares, que é sinônimo de alegria e deles se orgulham como pérola rara, sentindo, no âmago de suas almas, alvissareiras esperanças por pequeninas e importantíssimas insignificâncias, tais como: Seus olhos são reflexos dos astros e das estrelas do firmamento... seus pequeninos dedos lembram a fragilidade das pétalas das flores, caindo ao entardecer... seus cabelos lembram espigas de milho ao sabor do vento... seu corpo frágil acalentado no abraço apertado e carinhoso desde o amanhecer... e sua boca assemelha-se a um botão inocente de uma flor, que seus beijos de amor e ternura desfalecem na plenitude da vida, que palpita no ser gerado e amado...
Não esqueçam que, na outra face da moeda da vida, estão aqueles que o destino ofereceu mais uma chance de reabilitação, pela compulsoriedade da dor, para quitar antigos débitos de pristinas eras - são aves cegas que não conhecem o seu ninho, pássaros de asas quebradas pedindo socorro em lugares perdidos na densa floresta do orbe... muitas vezes, os vemos como anjos paralíticos, pregados na cruz, como se imitassem o Mestre Jesus, perguntando à Deus: " - Oh! Pai, porque me abandonaste?", com a mente cheia de tristezas, incompreensões e nas densidades agourentas das trevas da alma, quase que ensandecida...
Nessas horas, não faltam acusadores nem detratores, que acham que devem ser exterminados da face da terra... Aí é que entram os pais, que sabem o que é a missão de um genitor (a), que tiveram o prêmio de ter um filho sadio e inteligente, recebendo o conforto de um lar...
Pensa neles, pois, são esses os nossos outros filhos do coração, pelo sentimento do amor, que volvem das vidas passadas, solicitando devoção, carinho e entendimento, para quitar dívidas contraídas no Tribunal da consciência devedora, com seu próprio corpo físico passageiro e seu espírito imortal em ascensão e progresso, pelas dores e limitações necessárias...
Liberte-se da compaixão imprudente, porque, por enquanto, só sabem padecer e chorar as oportunidades malbaratadas...
Enterneça-se, compreenda-os o quanto possa e ame até doer, na sublimação de si mesmo!
Ofereçamos à eles, todo o auxilio possível do tempo da nossa vida, do alimento que fortalece o corpo, o pão, o leite, e a água que mitiga a sede na solidão das enxergas dos hospitais do SUS... a carícia de um talco ou de uma "água de cheiro..." no corpinho diferente, principalmente, quando a criança não é filho biológico da gente! Então, amemos incondicionalmente!...
Sem medo de errar, posso dizer:  
Verás a prodigalidade misericordiosa de Deus, envolvendo seu coração, sua mente e sua alma, no perfume da gratidão e na transcendente melodia da bênção, descendo sobre aqueles a quem diz tanto amar, pois, a Lei de Causa e Efeito é justa e perfeita, e a gente só recebe, na contabilidade Divina, aquilo que doamos quando, verdadeiramente, amamos!
ET: O amor  dos pais não tem barreiras, pois, " um pai é para cem filhos e cem filhos não é para um pai! Ditado popular.
A síndrome de Down é um bem e não um mal para ninguém... Basta olhar e sentir com os olhos do amor!

Itanhaém, 16 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )



segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A dançarina solitaria

Ela entrou no salão de maneira sutil,
Era uma deusa descendo do Olimpo,
Seu corpo... retorcia de maneira febril,
Nas suas curvas - meu desejo garimpo!

Vejo-a em enlevados volteios,
No espetáculo da casa noturna,
Deixando à mostra os seus seios,
Como se eles fossem... uma urna!

Mulher como poucas, bem ardente,
Olha-me, com olhos de uma serpente,
Provoca em mim... toda lubricidade.

Toda volúpia, sexo, tesão e fúria!
Tê-la nos braços seria a felicidade:
Dançarina do meu pecado de luxúria!

Oferta:
Fico, ao ver seu corpo e seu jeito de ser,
Como um alucinado: Oh, minha dançarina,
Você é a única mulher, fatal, que me fascina,
Deusa solitária: Em seus braços quero morrer!

Itanhaém, 15 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )











Os passarinhos


Era o alvorecer...que despertava o dia com seus raios de sol, cheio de vida e esperanças de dias melhores, sob o teto azul anil da cidade litorânea de Itanhaém.
Eu nunca tinha visto tantos passarinhos - e de tantas espécies - em revoadas sinuosas e arabescas, enfeitando a orla da praia... e os que estavam no chão, pelas calçadas desenhadas, faziam uma algazarra danada, saltitando, correndo com seus passos acelerados, que ninguém era capaz de pegar, nenhum deles, quando paravam, por tão longe que já se encontravam, mas, era um divertimento para as crianças, que tentavam aprisioná-los, sem realizar seus intentos de pura peraltice, nestes tempos da inocência da infância dos seres índigos e cristais, como à elas se referem os estudiosos da parapsicologia...
Pede-se para que não seja dada comida aos pombos da praça ( causadores de doenças infecciosas agudas e infecções varias ) porém, nunca vi ninguém fazer tal solicitação aos passarinhos, razão pela qual a passarinhada estava, aos bandos, na orla da praia buscando saciar a fome, com as migalhas e guloseimas - miolo de pão francês, salgadinhos crocantes e alpiste - espalhadas, não sei por quem, mas, certamente, é alguém que gosta de passarinhos, pois, boa parte do calçadão estava salpicado desses apetitosos acepipes, que a fauna adora se abarrotar e ficar de "papo cheio..." e, ainda  mais, por estarem de frente para o mar da Boca da barra, que a todos encanta por sua beleza natural e sem igual, destes litorais afora...
O sol ia se despedindo do dia, nos instantes em que a lua ia abraçando o anoitecer, e os passarinhos, já ensaiavam seus voos em direção à flora da Mata Atlântica, que os aguardavam na soberana beleza do verde esperança e dos vários matizes, que transmite paz e vitalidade aos que se acercam de suas imponentes árvores, que a depredação humana, ainda não conseguiu chegar com suas máquinas (moto serra) potentes, que cortam, matam e destroem a vida do meio ambiente, junto aos passarinhos, que perdem os seus ninhos!
Agora, era o anoitecer que se avizinhava, e a lua faceira e serelepe, com seus raios prateados iluminavam o poente, como se quisesse ficar namorando o sol, que sumia no horizonte, para renascer no outro lado do mundo, como se quisesse correr da lua, por quem, certamente, ficaria perdidamente apaixonado, criando um caos, ao cometer, por amor, um ato que, erroneamente, chamamos de "pecado!"
E no lusco-fusco do entardecer, uma brisa marinha afarfalhava minha audição, e depois, o silêncio, apenas o silêncio do anoitecer, que era quebrado por uma música suave, ao longe, misturada  com o  pio de uma coruja, pressagiando o "vento noroeste", que costuma nos surpreender com a força dos elementos e pelo calor  abafado e repentino, com que açoita a noite, a  natureza verde esperança e a gleba da cidade da "Pedra que canta", que tem, no seu pendão, a inscrição em latim: " Angulus ridet" que nada mais é do que ... Lugar aprazível... que nada mais é, do que um sentimento indizível, e pelo poder da palavra é que construímos a paz, dita, impossível!
E como diz o velho anexim: " Em tempo de tempestade passarinho não muda de galho!"


Itanhaém, 15 de set de 2017

Jose Aloísio Jardim   ( Sêo Jardim )